A AIDS na adolescência
A adolescência é um período da vida caracterizado por intenso crescimento e desenvolvimento, que se manifesta
por transformações físicas, psicológicas e sociais. Ela representa um período de crise, na qual o adolescente tenta se
integrar a uma sociedade que também está passando por intensas modificações e que exige muito dele. Dessa forma, o
jovem se vê frente a um enorme leque de possibilidades e opções e, por sua vez, quer explorar e experimentar tudo a
sua volta. Algumas dessas transformações e dificuldades que a juventude enfrenta, principalmente relacionadas à
sexualidade, bem como ao abuso de drogas ilícitas, aumentam as chances dos adolescentes de adquirirem a infecção
por HIV, fazendo-se necessária a realização de programas de prevenção e controle da AIDS na adolescência.
Estudos de vários países têm demonstrado a crescente ocorrência de AIDS entre os adolescentes, sendo que,
atualmente, as taxas de novas infecções são maiores entre a população jovem. Quase metade dos novos casos de AIDS
ocorre entre os jovens com idade entre 15 e 24 anos. Considerando que a maioria dos doentes está na faixa dos 20
anos, conclui-se que a grande parte das infecções aconteceu no período da adolescência, uma vez que a doença pode
ficar por longo tempo assintomática.
Existem algumas características comportamentais, socioeconômicas e biológicas que fazem com que os jovens
sejam um grupo propenso à infecção pelo HIV. Dentre as características comportamentais, destaca-se a sexualidade
entre os adolescentes. Muitas vezes, a não utilização dos preservativos está relacionada ao abuso de álcool e outras
drogas, os quais favorecem a prática do sexo inseguro. Outras vezes os jovens não usam o preservativo quando em
relacionamentos estáveis, justificando que seu uso pode gerar desconfiança em relação à fidelidade do casal, apesar de
que, no mundo, hoje, o uso de preservativo nas relações poderia significar uma prova de amor e proteção para com o
outro. Observa-se, também, que muitas jovens abrem mão do preservativo por medo de serem abandonadas ou
maltratadas por seus parceiros. Por outro lado, o fato de estar apaixonado faz com que o jovem crie uma imagem falsa
de segurança, negando os riscos inerentes ao não uso do preservativo.
Outro fator importante a ser levado em consideração é o grande apelo erótico emitido pelos meios de
comunicação, frequentemente direcionado ao adolescente. A televisão informa e forma opiniões, unificando padrões
de comportamento, independente da tradição cultural, colocando o jovem frente a uma educação sexual informal que
propaga o sexo como algo não planejado e comum, dizendo que "todo mundo faz sexo, mas poucos adoecem".
(Disponível em: http://www.boasaude.com.br/artigos-de-saude/3867/-1/a-aids-na-adolescencia.html. Adaptado. Acesso em: 19/04/2016.)
Segundo o texto, é correto afirmar que
A expressão “Sendo assim” que introduz o último parágrafo cumpre papel coesivo apresentando o valor semântico de:
O texto II explora a questão proposta pelo texto I através de uma situação concreta. Considerando essa relação entre textos, é correto afirmar que:
Um processo direcional na vida
Quer falemos de uma flor ou de um carvalho, de uma minhoca ou de um belo pássaro, de uma maçã ou de uma
pessoa, creio que estaremos certos ao reconhecermos que a vida é um processo ativo, e não passivo. Pouco importa
que o estímulo venha de dentro ou de fora, pouco importa que o ambiente seja favorável ou desfavorável. Em qualquer
uma dessas condições, os comportamentos de um organismo estarão voltados para a sua manutenção, seu crescimento
e sua reprodução. Essa é a própria natureza do processo a que chamamos vida. Esta tendência está em ação em todas
as ocasiões. Na verdade, somente a presença ou ausência desse processo direcional total permite-nos dizer se um dado
organismo está vivo ou morto.
A tendência realizadora pode, evidentemente, ser frustrada ou desvirtuada, mas não pode ser destruída sem que
se destrua também o organismo. Lembro-me de um episódio da minha meninice, que ilustra essa tendência. A caixa em
que armazenávamos nosso suprimento de batatas para o inverno era guardada no porão, vários pés abaixo de uma
pequena janela. As condições eram desfavoráveis, mas as batatas começavam a germinar – eram brotos pálidos e
brancos, tão diferentes dos rebentos verdes e sadios que as batatas produziam quando plantadas na terra, durante a
primavera. Mas esses brotos tristes e esguios cresceram dois ou três pés em busca da luz distante da janela. Em seu
crescimento bizarro e vão, esses brotos eram uma expressão desesperada da tendência direcional de que estou falando.
Nunca seriam plantas, nunca amadureceriam, nunca realizariam seu verdadeiro potencial. Mas sob as mais adversas
circunstâncias, estavam tentando ser uma planta.
A vida não entregaria os pontos, mesmo que não pudesse florescer. Ao lidar com clientes cujas vidas foram
terrivelmente desvirtuadas, ao trabalhar com homens e mulheres nas salas de fundo dos hospitais do Estado, sempre
penso nesses brotos de batatas. As condições em que se desenvolveram essas pessoas têm sido tão desfavoráveis que
suas vidas quase sempre parecem anormais, distorcidas, pouco humanas. E, no entanto, pode-se confiar que a
tendência realizadora está presente nessas pessoas. A chave para entender seu comportamento é a luta em que se
empenham para crescer e ser, utilizando-se dos recursos que acreditam ser os disponíveis. Para as pessoas saudáveis, os
resultados podem parecer bizarros e inúteis, mas são uma tentativa desesperada da vida para existir. Esta tendência
construtiva e poderosa é o alicerce da abordagem centrada na pessoa.
(Carl Rogers. Um jeito de ser. São Paulo: E.P.U., 1983.)
De acordo com o autor, “a vida é um processo ativo, e não passivo” (1º§) uma vez que
Leia o trecho a seguir extraído dos Parâmetros Curriculares de Língua Portuguesa:
“A leitura é o processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de compreensão e interpretação do texto, a partir de
seus objetivos, de seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, de tudo que sabe sobre a linguagem etc. Não se
trata de extrair informação, decodificando letra por letra, palavra por palavra. Trata-se uma atividade que implica
estratégias de seleção, antecipação, inferência e verificação, sem as quais não é possível proficiência. É o uso desses
procedimentos que possibilita controlar o que vai sendo lido, permitindo tomar decisões diante de dificuldades de
compreensão, avançar na busca de esclarecimento, validar no texto suposições feitas.”
(In: Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos de ensino fundamental: língua portuguesa/Secretaria de Educação Fundamental.
– Brasília: MEC/SEF, 1998, pp. 69-70)
Considerando a entrevista da escritora Ana Maria Machado, pode-se afirmar que suas ideias estão em consonância
com tal trecho especialmente no que se refere ao conteúdo de:
Leia o seguinte texto:
Leia as seguintes hipóteses acerca do paralelismo sintático-semântico nesse texto:
I. Há quebra de paralelismo sintático-semântico entre os trechos “vede totalmente a tampa da caixa-d'água para evitar a entrada e a saída do mosquito" e “as bandejas de ar condicionado devem ser limpas para que a água não se acumule".
II. a quebra de paralelismo sintático-semântico torna o texto mais claro e objetivo.
III. o uso de verbos no modo imperativo no início dos períodos seria uma estratégia para manter o paralelismo sintático-semântico no texto.
IV. No trecho “importante saber que plantas como bambu, bananeira, bromélias, gravatá, babosa, espada-de-são-jorge e outras parecidas podem acumular água", a quebra de paralelismo sintático-semântico acontece devido à elipse do verbo “ser" no início do período.
a sequência em que se indica CORRETAMENTE as afirmativas verdadeiras é
Copidesque é definido como: “revisão de texto a ser publicado, tendo em vista a correção ortográfica e gramatical, a clareza, a adequação às normas editoriais, os cortes para se obter a extensão devida, etc." (COELHO NETO, 2008: 136.)
Assinale o trecho em que a copidescagem do texto foi feita de forma a atender a essa definição.
Leia o seguinte texto, para responder a questão.
O produto desenvolvido pela Embrapa utiliza-se de tecnologia sustentável porque
Leia o seguinte texto, para responder a questão.
Releia o gráfico apresentado no texto:
Ao apresentar os dados em um gráfico, o autor pretende, EXCETO:
Gols de cocuruto
O melhor momento de futebol para um tático é o
minuto de silêncio. É quando os times ficam perfilados,
cada jogador com as mãos nas costas e mais ou
menos no lugar que lhes foi designado no esquema
– e parados. Então o tático pode olhar o campo como
se fosse um quadro negro e pensar no futebol como
alguma coisa lógica e diagramável. Mas aí começa o
jogo e tudo desanda. Os jogadores se movimentam e
o futebol passa a ser regido pelo imponderável, esse
inimigo mortal de qualquer estrategista. O futebol
brasileiro já teve grandes estrategistas cruelmente
traídos pela dinâmica do jogo. O Tim, por exemplo.
Tático exemplar, planejava todo o jogo numa mesa
de botão. Da entrada em campo até a troca de camisetas,
incluindo o minuto de silêncio. Foi um técnico
de sucesso, mas nunca conseguiu uma reputação no
campo à altura de sua reputação de vestiário. Falava
um jogo e o time jogava outro. O problema de Tim,
diziam todos, era que seus botões eram mais inteligentes
do que seus jogadores.
Luís Fernando Veríssimo
Analise as afirmativas feitas com base no texto.
1.A inteligência dos jogadores é quem decide
o jogo.
2.Há no texto a comparação do campo com
um quadro negro por ser este uma estratégia
de pensar o jogo como algo que se
consegue prever.
3.A hora do silêncio serve para o técnico planejar
o futuro do jogo.
4.O planejamento tático de um jogo está sujeito
a interferências do acaso.
5.A dinâmica do jogo é fruto de um planejamento
tático.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas
corretas.
No texto, percebe-se a presença de mais de um ponto de vista. São eles:
O texto expõe memórias coletivas através do olhar de um narrador. Assinale a opção em que se destaca um vocábulo que evidencie essa ideia de coletividade.
Texto
Setenta anos, por que não?
Acho essa coisa da idade fascinante: tem a ver com o
modo como lidamos com a vida. Se a gente a considera uma
ladeira que desce a partir da primeira ruga, ou do começo de
barriguinha, então viver é de certa forma uma desgraceira
que acaba na morte. Desse ponto de vista, a vida passa a ser
uma doença crônica de prognóstico sombrio. Nessa festa sem
graça, quem fica animado? Quem não se amargura?
[...]
Pois se minhas avós eram damas idosas aos 50 anos,
sempre de livro na mão lendo na poltrona junto à janela, com
vestidos discretíssimos, pretos de florzinha branca (ou, em
horas mais festivas, minúsculas flores ou bolinhas coloridas),
hoje aos 70 estamos fazendo projetos, viajando (pode ser
simplesmente à cidade vizinha para visitar uma amiga), indo ao
teatro e ao cinema, indo a restaurante (pode ser o de quilo, ali
na esquina), eventualmente namorando ou casando de novo.
Ou dando risada à toa com os netos, e fazendo uma excursão
com os filhos. Tudo isso sem esquecer a universidade, ou
aprender a ler, ou visitar pela primeira vez uma galeria de arte,
ou comer sorvete na calçada batendo papo com alguma nova
amiga.
[...]
Não precisamos ser tão incrivelmente sérios, cobrar tanto
de nós, dos outros e da vida, críticos o tempo todo, vendo só
o lado mais feio do mundo. Das pessoas. Da própria família.
Dos amigos. Se formos os eternos acusadores, acabaremos
com um gosto amargo na boca: o amargor de nossas próprias
palavras e sentimentos. Se não soubermos rir, se tivermos
desaprendido como dar uma boa risada, ficaremos com a cara
hirta das máscaras das cirurgias exageradas, dos remendos
e intervenções para manter ou recuperar a “beleza". A alma
tem suas dores, e para se curar necessita de projetos e afetos.
Precisa acreditar em alguma coisa.
(LUFT, Lya. In: http://veja.abril.com.br. Acesso em 18/09/16)
Considerando o emprego do pronome "se" em: "A alma tem suas dores, e para se curar necessita de projetos e afetos." (3º§),
Nota-se uma ambiguidade oriunda do emprego incomum da forma passiva sintética Desse modo, NÃO entendendo a construção como passiva, o leitor compreenderia a passagem da seguinte forma:
Existe uma discordância entre o que a crença popular e o que
a literatura médica — personificada na OMS — definem como
“estar sadio" (L.5).