De fato, quando o sociólogo se limita a tomar à sua conta os objetivos de reflexão do senso comum e a reflexão comum sobre esses objetivos, não tem mais nada a opor à certeza comum de que pertence a todos os homens falarem de tudo o que é humano e julgarem qualquer discurso, até mesmo científico, sobre o que é humano. (BOURDIEU, P.; CHAMBOREDON, J. C.; PASSERON, J.C. Ofício de sociólogo. Petrópolis: Vozes, 2004. p. 36) De acordo com a perspectiva apresentada, o conhecimento sociológico demanda cuidados metodológicos para que se preserve:
A orientação utópica se manifesta quase por toda a parte e quase sempre, mas apesar da variedade de seus conteúdos, possui algumas características reconhecíveis. De início, constitui-se em oposição aos valores dominantes da sociedade em que nasceu. Além disso, leva os seus partidários a uma grande intolerância em relação ao mesmo tempo a um mundo corrompido e àqueles a quem cabe impedir o advento da nova ordem. (BOUDON, R. & BOURRICAUD, F. Dicionário crítico de sociologia. São Paulo: Ática, 1993. p. 593) Tal como abordada, a orientação utópica está relacionada à:
Considerando a sociologia do conhecimento, a noção de falsa consciência e a tradição teórica a ela associada implicam:
A obra de Jessé Souza tem inspirado as pesquisas recentes sobre a nova estrutura de classes da sociedade brasileira. Dada a perspectiva adotada pelo autor, essas pesquisas têm criticado:
Não há brasileiro de classe mais elevada, mesmo depois de nascido e criado depois de oficialmente abolida a escravidão, que não se sinta aparentado do menino Braz Cubas na malvadez e no gosto de judiar com negros. Aquele mórbido deleite em ser mau com os inferiores e com os animais é bem nosso: é de todo o menino brasileiro atingido pela influência do sistema escravocrata. (FREYRE, G. Casa-grande e senzala. Lisboa: Livros do Brasil, 1957. p. 361) Analisando os resquícios do escravismo na formação social brasileira, Gilberto Freyre destaca como características do nosso hibridismo cultural e racial:
A análise weberiana do fenômeno da dominação fundamenta-se na:
A mensuração dos fatos sociais depende da categorização do mundo social. As atividades sociais devem ser distinguidas antes que qualquer frequência ou percentual possa ser atribuído a qualquer distinção. É necessário ter uma noção das distinções entre categorias sociais, antes que se possa medir quantas pessoas pertencem a uma ou outra categoria. (BAUER, M., GASKELL, G. & ALLUM, N. Qualidade, quantidade e interesses do conhecimento. Petrópolis: Vozes: 2005. p. 24) Em termos metodológicos, o argumento apresentado pelos autores sustenta a:
Abordando a transição do fordismo ao pós-fordismo, Manuel Castells caracteriza o funcionamento da sociedade em rede e destaca:
O meio ambiente como um bem universal e uniforme não existe no campo das relações sociais. Nem tampouco existe um sujeito universal preocupado com a proteção ambiental. Existem, sim, situações concretas, passíveis de se transformarem em mobilização de grupos sociais específicos, que contam com acervos definidos de recursos (simbólicos e organizacionais) e que falam a partir de percepções, valores, projetos, necessidades e interesses pertinentes ao lugar que ocupam. Isso significa que esses grupos atribuem valores próprios, apresentam demandas específicas e elaboram as suas compreensões a respeito do meio ambiente. (FUKS, M. Conflitos ambientais no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: UFRJ, 2001. p. 97) Na perspectiva do autor, tratado como um espaço de conflitos, o meio ambiente representa:
Ao elaborar o conceito de cidadania regulada, Wanderley Guilherme dos Santos interpreta o caso brasileiro como: