Considere um sistema que consiste em uma mistura bifásica líquido-vapor de
água a 100°C e título de 0,9. Sabendo-se que o volume específico do líquido
nessa temperatura é 0,0010435 m³ /kg e o volume específico do vapor é 1,673 m³ /kg, calcule o volume específico da mistura.
Determine o torque interno desenvolvido na seção C da configuração ilustrada
pela figura.
Quem são nossos ídolos?
Claudio de Moura Castro
Eu estava na França nos idos dos anos 80. Ligando a televisão, ouvi por
acaso uma entrevista com um jovem piloto de Fórmula 1. Foi-lhe perguntado em
quem se inspirava como piloto iniciante. A resposta foi pronta: Ayrton Senna. O
curioso é que nessa época Senna não havia ganho uma só corrida importante.
Mas bastou ver o piloto brasileiro se preparando para uma corrida: era o primeiro
a chegar no treino, o único a sempre fazer a pista a pé, o que mais trocava ideias
com os mecânicos e o último a ir embora. Em outras palavras, sua dedicação,
tenacidade, atenção aos detalhes eram tão descomunais que, aliadas a seu talento,
teriam de levar ao sucesso.
Por que tal comentário teria hoje alguma importância?
Cada época tem seus ídolos, pois eles são a tradução de anseios, esperanças,
sonhos e identidade cultural daquele momento. Mas, ao mesmo tempo,
reforçam e ajudam a materializar esses modelos de pensar e agir.
Já faz muito tempo, Heleno de Freitas foi um grande ídolo do futebol. Segundo
consta, jactava-se de tomar uma cachacinha antes do jogo, para aumentar
a criatividade. Entrava em campo exibindo seu bigodinho e, após o gol, puxava o
pente e corrigia o penteado. O ídolo era a genialidade pura do futebol-arte.
Mais tarde, Garrincha era a expressão do povo, com sua alegria e ingenuidade.
Era o jogador cujo estilo brotava naturalmente. Era a espontaneidade,
como pessoa e como jogo, e era facilmente amado pelos brasileiros, pois materializava
as virtudes da criação genial.
Para o jogador "cavador", cabia não mais do que um prêmio de consola-
ção. Até que veio Pelé. Genial, sim. Mas disciplinado, dedicado e totalmente
comprometido a usar todas as energias para levar a cabo sua tarefa. E de atleta
completo e brilhante passou a ser um cidadão exemplar.
É bem adiante que vem Ayrton Senna. Tinha talento, sem dúvida. Mas tinha
mais do que isso. Tinha a obsessão da disciplina, do detalhe e da dedicação
total e completa. Era o talento a serviço do método e da premeditação, que são
muito mais críticos nesse desporto.
Há mais do que uma coincidência nessa evolução. Nossa escolha de ídolos
evoluiu porque evoluímos. Nossos ídolos do passado refletiam nossa imaturidade.
Era a época de Macunaíma. Era a apologia da genialidade pura. Só talento,
pois esforço é careta. Admirávamos quem era talentoso por graça de Deus e
desdenhávamos o sucesso originado do esforço. Amadurecemos. Cresceu o
peso da razão nos ídolos. A emoção ingênua recuou. Hoje criamos espaço para
os ídolos cujo êxito é, em grande medida, resultado da dedicação e da disciplina
– como Pelé e Senna.
Mas há o outro lado da equação, vital para nossa juventude. Necessitamos
de modelos que mostrem o caminho do sucesso por via do esforço e da
dedicação. Tais ídolos trazem um ideário mais disciplinado e produtivo.
Nossa educação ainda valoriza o aluno genial, que não estuda – ou que,
paradoxalmente, se sente na obrigação de estudar escondido e jactar-se de não
fazê-lo. O cê-dê-efe é diminuído, menosprezado, é um pobre-diabo que só obtém
bons resultados porque se mata de estudar. A vitória comemorada é a que deriva
da improvisação, do golpe de mestre. E, nos casos mais tristes, até competência
na cola é motivo de orgulho.
Parte do sucesso da educação japonesa e dos Tigres Asiáticos provém
da crença de que todos podem obter bons resultados por via do esforço e da
dedicação. Pelo ideário desses países, pobres e ricos podem ter sucesso, é só
dar duro.
O êxito em nossa educação passa por uma evolução semelhante à que
aconteceu nos desportos – da emoção para a razão. É preciso que o sucesso
escolar passe a ser visto como resultado da disciplina, do paroxismo de dedica-
ção, da premeditação e do método na consecução de objetivos.
A valorização da genialidade em estado puro é o atraso, nos desportos e
na educação. O modelo para nossos estudantes deverá ser Ayrton Senna, o
supremo cê-dê-efe de nosso esporte. Se em seu modelo se inspirarem, vejo
bons augúrios para nossa educação.
Disponível em: http://veja.abril.com.br/idade/educacao/060601/ponto_de_vista.html. Acesso em: jul. 2016.
Todas as extrapolações abaixo podem ser feitas a partir do texto, EXCETO:
Uma indústria pretende comercializar latas de 0,5 Kg de uma mistura de três
tipos distintos de cereais: A, B e C. A tabela a seguir informa os preços praticados
por essa indústria na composição da mistura. Se, em cada lata, a quantidade
de cereal do tipo B deve ser igual a um terço da soma dos outros dois tipos, então
é CORRETO afirmar que as quantidades, em gramas, de cada tipo de cereal
A, B e C contidas em cada lata são, respectivamente, iguais a:
Opção disponível na guia “Layout” do Microsoft Word, versão português do Office 2010, exibida quando o cursor está em uma tabela, que permite dividir as células selecionadas em várias células novas, é:
Analise as seguintes afirmativas sobre teclas de atalho do Microsoft Internet Explorer 11, versão português: I – “Alt+C” pode ser utilizado para exibir Favoritos, Feeds e Histórico. II – “Ctrl+D” pode ser utilizado para Exibir Downloads. III – “Ctrl+Shift+Del” pode ser utilizado para Excluir Histórico de Navegação. Estão CORRETAS as afirmativas:
A respeito das disposições constitucionais inerentes à Administração Pública, é CORRETO afirmar:
São princípios que regem a Administração Pública previstos expressamente na Constituição, EXCETO:
Quanto à integridade geométrica do componente e velocidade de aplicação da carga, os ensaios se classificam, respectivamente, em destrutivos/não destrutivos e estáticos/dinâmicos. As principais vantagens dos ensaios não destrutivos são:
Duas barras iguais de alumínio possuem 20 m de comprimento e diâmetro de 14,0 mm. Uma delas é então trefilada através de uma matriz de 12,7 mm. Quais os novos comprimento e diâmetro, respectivamente, da barra após trefilação?
Determine a força normal, cortante e o momento fletor, respectivamente, da se-
ção no ponto C para a configuração apresentada na figura com viga AB e roldanas
acopladas, além de cabo e motor. W é um peso equivalente a 2.000 N, que o
motor está levantando nesse instante.
Quem são nossos ídolos?
Claudio de Moura Castro
Eu estava na França nos idos dos anos 80. Ligando a televisão, ouvi por
acaso uma entrevista com um jovem piloto de Fórmula 1. Foi-lhe perguntado em
quem se inspirava como piloto iniciante. A resposta foi pronta: Ayrton Senna. O
curioso é que nessa época Senna não havia ganho uma só corrida importante.
Mas bastou ver o piloto brasileiro se preparando para uma corrida: era o primeiro
a chegar no treino, o único a sempre fazer a pista a pé, o que mais trocava ideias
com os mecânicos e o último a ir embora. Em outras palavras, sua dedicação,
tenacidade, atenção aos detalhes eram tão descomunais que, aliadas a seu talento,
teriam de levar ao sucesso.
Por que tal comentário teria hoje alguma importância?
Cada época tem seus ídolos, pois eles são a tradução de anseios, esperanças,
sonhos e identidade cultural daquele momento. Mas, ao mesmo tempo,
reforçam e ajudam a materializar esses modelos de pensar e agir.
Já faz muito tempo, Heleno de Freitas foi um grande ídolo do futebol. Segundo
consta, jactava-se de tomar uma cachacinha antes do jogo, para aumentar
a criatividade. Entrava em campo exibindo seu bigodinho e, após o gol, puxava o
pente e corrigia o penteado. O ídolo era a genialidade pura do futebol-arte.
Mais tarde, Garrincha era a expressão do povo, com sua alegria e ingenuidade.
Era o jogador cujo estilo brotava naturalmente. Era a espontaneidade,
como pessoa e como jogo, e era facilmente amado pelos brasileiros, pois materializava
as virtudes da criação genial.
Para o jogador "cavador", cabia não mais do que um prêmio de consola-
ção. Até que veio Pelé. Genial, sim. Mas disciplinado, dedicado e totalmente
comprometido a usar todas as energias para levar a cabo sua tarefa. E de atleta
completo e brilhante passou a ser um cidadão exemplar.
É bem adiante que vem Ayrton Senna. Tinha talento, sem dúvida. Mas tinha
mais do que isso. Tinha a obsessão da disciplina, do detalhe e da dedicação
total e completa. Era o talento a serviço do método e da premeditação, que são
muito mais críticos nesse desporto.
Há mais do que uma coincidência nessa evolução. Nossa escolha de ídolos
evoluiu porque evoluímos. Nossos ídolos do passado refletiam nossa imaturidade.
Era a época de Macunaíma. Era a apologia da genialidade pura. Só talento,
pois esforço é careta. Admirávamos quem era talentoso por graça de Deus e
desdenhávamos o sucesso originado do esforço. Amadurecemos. Cresceu o
peso da razão nos ídolos. A emoção ingênua recuou. Hoje criamos espaço para
os ídolos cujo êxito é, em grande medida, resultado da dedicação e da disciplina
– como Pelé e Senna.
Mas há o outro lado da equação, vital para nossa juventude. Necessitamos
de modelos que mostrem o caminho do sucesso por via do esforço e da
dedicação. Tais ídolos trazem um ideário mais disciplinado e produtivo.
Nossa educação ainda valoriza o aluno genial, que não estuda – ou que,
paradoxalmente, se sente na obrigação de estudar escondido e jactar-se de não
fazê-lo. O cê-dê-efe é diminuído, menosprezado, é um pobre-diabo que só obtém
bons resultados porque se mata de estudar. A vitória comemorada é a que deriva
da improvisação, do golpe de mestre. E, nos casos mais tristes, até competência
na cola é motivo de orgulho.
Parte do sucesso da educação japonesa e dos Tigres Asiáticos provém
da crença de que todos podem obter bons resultados por via do esforço e da
dedicação. Pelo ideário desses países, pobres e ricos podem ter sucesso, é só
dar duro.
O êxito em nossa educação passa por uma evolução semelhante à que
aconteceu nos desportos – da emoção para a razão. É preciso que o sucesso
escolar passe a ser visto como resultado da disciplina, do paroxismo de dedica-
ção, da premeditação e do método na consecução de objetivos.
A valorização da genialidade em estado puro é o atraso, nos desportos e
na educação. O modelo para nossos estudantes deverá ser Ayrton Senna, o
supremo cê-dê-efe de nosso esporte. Se em seu modelo se inspirarem, vejo
bons augúrios para nossa educação.
Disponível em: http://veja.abril.com.br/idade/educacao/060601/ponto_de_vista.html. Acesso em: jul. 2016.
A evolução na escolha dos ídolos se deveu
A posição do pronome oblíquo destacado é facultativa em:
Considerando os argumentos lógicos: I. Alguns uruguaios são pobres. Alguns pobres são mendigos. Logo, todos os uruguaios são mendigos. II. Todos os alemães são europeus. Nietzche foi um filósofo alemão. Logo, Nietzche era europeu. III. Todo mineiro é brasileiro e todo curvelano é mineiro. Então todo curvelano é brasileiro. É CORRETO afirmar que:
A respeito dos direitos e das garantias fundamentais previstos na Constituição de 1988, é CORRETO afirmar: