Hoje em dia, não é raro encontrar sacolas
plásticas preenchidas com apenas um ou dois
produtos. E não só no supermercado: da padaria à
locadora de filmes, o consumidor está sempre diante
de uma sacola, mesmo que ela não seja tão
necessária assim. A cada mês, cerca de 1,5 bilhão de
sacolas é consumido no Brasil. Isso significa 50
milhões por dia e 18 bilhões ao ano. Não é à toa,
portanto, que o uso indiscriminado de sacolas virou
um dos alvos preferidos dos ambientalistas.
Revista Sustenta. São Paulo: Editora Confiança, n.º 1, out. 2008, p. 61 (adaptado).
Os ambientalistas consideram o uso excessivo de
sacolas plásticas um risco ambiental, pois
Algumas atividades humanas têm adicionado
à atmosfera quantidades significativas de gases que
contribuem para o aumento do efeito estufa,
ocasionando mudanças climáticas, como a elevação
da temperatura média global. Prevê–se um aumento
de temperatura entre 1,4 e 5,8 ºC e do nível global do
mar entre 0,09 m e 0,88 m até 2100, além de aumento
na média anual de precipitação e de evaporação em
nosso século. Fenômenos biológicos como a interação
insetos–plantas podem ser afetados: os calendários de
floração, maturação de frutos e quebra de dormência
das sementes dos vegetais e de passagem das
diversas fases dos insetos vêm sendo alterados. Com
isso, algumas plantas ficam prontas para a polinização
sem que seus polinizadores estejam prontos, ou viceversa.
BESUNSAN, N. O desafio das mudanças climáticas. In: Seria melhor mandar ladrilhar?
Biodiversidade: como, para que e por que. Ed. UnB/Petrópolis, 2008 (adaptado).
Com base no texto, os impactos das mudanças
climáticas previstos em nível mundial
Os cientistas conseguem determinar a idade
de um fóssil com menos de 40.000 anos de idade
utilizando o método do carbono–14 (14C ) ou carbono
radioativo. Isso é feito a partir da relação existente
entre a quantidade de 14C restante no fóssil e a
quantidade de 14C em uma espécie semelhante atual.
Apesar de sofrer decaimento radioativo, a quantidade
de carbono–14 na atmosfera, em particular em
moléculas de CO2, é praticamente constante devido à
incidência dos raios cósmicos, que atingem a Terra a
todo instante. Assim, por fazerem parte do ciclo do
carbono, animais e vegetais mantêm uma quantidade
praticamente constante de carbono–14 em sua
constituição enquanto estão vivos. Porém, quando
morrem, cessa a entrada de carbono no organismo e
esse número vai diminuindo à medida que o carbono–
14 vai decaindo radioativamente. A meia–vida do
carbono–14, isto é, o tempo necessário para que
metade dos átomos radioativos de uma amostra
decaia, é constante e de aproximadamente 5.730
anos.
Disponível em: http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI109680–EI1426,00.html.
Acesso em: 15 mar. 2009 (adaptado).
De acordo com o texto, para se descobrir a idade de
um fóssil que não poderia ter mais de 40.000 anos, é
relevante determinar
Para que um produto seja vendido como
orgânico, a unidade produtora deve passar por um
período de conversão, que, no caso do café, pode
durar até três anos, deixando o agricultor com
poucas alternativas de produção durante esse
tempo. Outro aspecto importante é a preservação
das características orgânicas do produto durante
as fases de beneficiamento e comercialização,
diante do risco de contaminação. O café orgânico
tem sua competitividade diretamente ligada à
minimização dos gastos com insumos por meio do
aproveitamento de resíduos orgânicos pelo valor
que agregam ao produto. Com isso, a cafeicultura
orgânica apresenta alta eficiência no sistema de
produção, relacionada ao estado nutricional do
produto e à fertilidade do solo das lavouras.
Disponível em:
http://www.custoseagronegocioonline.com.br/numero1v2/Custos%2520do%2520cafe%252
0organico.pdf. Acesso em: 2 dez. 2008 (adaptado).
Apesar do custo mais alto, uma das vantagens do
café organicamente cultivado é
Considere que exista um gene com dois
alelos: um dominante, que permite a expressão da cor,
e um recessivo, que não permite a expressão da cor.
Considere, ainda, que, em um oceano, existam duas
ilhas próximas e que, na ilha 1, todos os ratos
apresentem pelagem branca e, na ilha 2, todos
apresentem pelagem selvagem. Nesse contexto,
considere que a conseqüência de uma atividade
vulcânica tenha sido o surgimento de uma ponte entre
as duas ilhas, o que permitiu o transito dos ratos nas
duas ilhas. Suponha que, em decorrência disso, todos
os acasalamentos tenham ocorrido entre ratos de ilhas
diferentes e a geração seguinte (F1) tenha sido
composta exclusivamente de ratos com pelagem
selvagem.
Considerando–se que os acasalamentos para a
formação da próxima geração (F2) sejam ao acaso, é
correto afirmar que essa geração será constituída de
ratos com pelagem
A idéia de que uma pequena população de célulastronco
malignas pode causar câncer não é exatamente
nova. As primeiras pesquisas com células–tronco, nas
décadas de 50 e 60 do século passado, tiveram início
justamente em tumores.
CLARK, M. F.; BECKER, M. W. O potencial maligno das células–tronco. In.: Scientific
American Brasil. Ano 5, no 51, 2006, p–39–46.
As células capazes de gerarem tumores se parecem
com as células–tronco em vários aspectos. Entre esse
aspectos, inclui–se a capacidade de
O uso constante e correto do preservativo é
essencial para se alcançar o nível de proteção
necessária para evitar a gravidez indesejada e a
transmissão de HIV. Um outro fator vital para isso é a
qualidade do produto. A seguir, encontram–se
especificações de testes a serem realizados em
preservativos recomendadas pela Organização
Mundial de Saúde (OMS).
Considerando–se as orientações da OMS mostradas
no quadro acima, um lote de preservativos deve ser
avaliado
A seca extrema que atingiu a região
amazônica em 2005 provocou problemas de saúde em
90% da população pobre de Rio Branco (AC). A
principal causa foi a fumaça liberada, em grandes
quantidades, pelas queimadas, que se intensificaram
devido ao clima. A concentração de fumaça ficou três
vezes maior que o limite crítico estabelecido pelo
Ministério do Meio Ambiente, e a de fuligem, mais do
que dobrou.
Ciência hoje, Rio de Janeiro, v. 42, n.º. 252, p.54, set./2008 (adaptado)
A fumaça liberada pelas queimadas
Analise a seguinte história em quadrinhos.
A doença de Chagas é uma parasitose
causada por um protozoário, o Trypanosoma cruzi,
transmitido por um inseto, o barbeiro (Triatoma
infestans), citado pelo Chico Bento na história em
quadrinhos acima. Atualmente, as autoridades
sanitárias brasileiras estão preocupadas porque, além
da forma tradicionalmente conhecida de transmissão,
em casas de barro da zona rural, surgiram focos
isolados associados ao consumo de alimentos, como
o açaí e a cana–de–açúcar, em 2007 e 2008. Nesses
casos, a transmissão para o homem se deu pela
ingestão do próprio inseto contaminado.
O Estado de São Paulo, 30/12/2008 (adaptado).
Na forma endêmica tradicional do Mal de Chagas, o T.
cruzi é transmitido quando o barbeiro
Com a onda de calor na Europa, as praias do
mar Mediterrâneo ficaram repletas de turistas e de
águas–vivas. Na ilha de Mallorca, na Espanha, esses
animais tiraram os visitantes da água. Segundo a Cruz
Vermelha, cerca de 3 mil pessoas foram tratadas só
nessa região espanhola, durante o verão. No mesmo
mar Mediterrâneo, só que em praias italianas, as
águas–vivas espantaram banhistas e causaram
prejuízos a quem vive de turismo. Um jornal declarou:
"O mar ficou febril". Além do calor excessivo, outro
motivo que trouxe os animais para perto da costa foi a
diminuição do número de predadores naturais, como
tartarugas e golfinhos. As águas–vivas ou medusas
são belas e leves – 95% do seu corpo são formado
por água – no entanto, suas células urticantes, que
contêm uma toxina utilizada para se defenderem de
predadores e para imobilizarem presas, causam
queimaduras e urticárias nos humanos.
Disponível em: http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,OI1090958–EI6580,00.html.
Acesso em: 24 set. 2009 (adaptado)
O desequilíbrio que acarretou a proliferação de águasvivas
nas praias do Mediterrâneo está relacionado
Um estudo experimental mostrou que a canade–
açúcar mantida em ambiente com o dobro da
concentração de CO2 realiza 30% a mais de
fotossíntese e produz 30% a mais de açúcar que a
cana–de–açúcar que cresce sob a concentração
normal de CO2. Nas câmaras que mantinham esse ar
rico em gás carbônico, cresceram plantas também
mais altas e mais encorpadas.
Revista da Fapesp, N. 148, junho de 2008, p. 40–45.
Depreende–se do texto que o CO2 é
Pesquisador do Instituto Pasteur, Louis Calmette
desenvolveu um soro contra picada de cobras najas
do sudeste asiático, fabricado na França, desde 1894.
Pouco depois, o mineiro Vital Brazil pesquisou soros
específicos para jararaca e cascavel junto à equipe do
recém–criado Instituto Butantan. O valor científico de
suas descobertas difundiu–se apenas em 1915,
quando o soro antiveneno da Crotalus terrificus foi
aplicado em um funcionário do zoológico de Nova
Iorque, picado por Crotalus atrox do Texas. O fato foi
noticiado e comentado nos jornais da época. Pelo
relato de Vital Brazil, ficamos sabendo que o
permanganato de potássio e o soro Calmette já
haviam sido empregados, sem que o estado do doente
se modificasse para melhor. A ação do soro específico
não se fez esperar: seis horas após a sua aplicação, o
doente começou a melhorar, e, 12 horas depois, era
considerado livre do perigo.
REZENDE, J. Caminhos da medicina: providencial coincidência na história do
ofidismo. Disponível em: http://www.usuarios.cultura.com.br/jmrezende/vitalbrazil.html.
Acesso em: 30 abr. 2008.
Como o soro antiveneno de Calmette não funcionou, a
surpresa dos cientistas e do público em relação à cura
do funcionário deveu–se ao fato de, naquela época,
conhecer–se pouco
A imagem acima, foi utilizada em uma campanha da
Organização das Nações Unidas para alertar sobre a
falta de acesso de parcela significativa da população à
água e ao esgoto tratado mundial. Em relação a esse
tema, a escolha da imagem
Um experimento realizado na Floresta
Nacional dos Tapajós, no Pará, teve como objetivo
identificar o papel da redução das chuvas sobre a
floresta Amazônica decorrente do aquecimento global.
Para tanto, entre os anos de 2000 a 2004, foi simulada
uma situação de seca severa em uma área de
vegetação nativa que media um hectare, denominada
“área estudada". Os resultados obtidos foram
comparados com os dados de outra área com
tamanho, vegetação e estrutura similar e que não
havia sido exposta à seca, denominada “área
controle". Foi medida a quantidade de água no solo
das duas áreas durante os períodos de chuva e de
seca na floresta amazônica. A quantidade de água
(em milímetros) encontrada na área estudada (pontos
cinzas) e controle (pontos pretos) é mostrada no
gráfico as seguir. As faixas verticais cinzas
representam o período no qual os pesquisadores
criaram uma seca artificial na área estudada, durante
os períodos chuvosos.
Analisando–se o gráfico, que revela o resultado direto
da metodologia usada para criar secas artificiais,
observa–se que