O termo judicialização é usado para se referir a questões relevantes
do ponto de vista político, social ou moral decididas, em caráter
final, pelo Poder Judiciário. A respeito desse assunto, julgue os
próximos itens.
Entende-se que a judicialização da política decorre da
consolidação democrática, propiciada pela adoção de uma
constituição repleta de direitos políticos e pela aceitação de
que os indivíduos são titulares de direitos.
O termo judicialização é usado para se referir a questões relevantes
do ponto de vista político, social ou moral decididas, em caráter
final, pelo Poder Judiciário. A respeito desse assunto, julgue os
próximos itens.
A judicialização parece decorrer, sobretudo, do sistema de
controle de constitucionalidade vigente no Brasil, que combina
a matriz norte-americana — em que juiz e tribunal podem
pronunciar a invalidade de norma no caso concreto — e a
matriz europeia — em que ações diretas podem ser ajuizáveis
perante a corte constitucional.
No Brasil, como em outras partes do mundo, os conflitos são
tratados em função de sua natureza: alguns são considerados
menores, produto de relações de proximidade (vizinhança,
parentesco, afinidade, amizade), outros são classificados no campo
jurídico como macrocriminalidades ou crime organizado. Acerca
desse assunto, julgue os itens a seguir.
Como envolvem situações de convívio cotidiano entre pessoas
conhecidas, que se veem, ocasionalmente, atraídas ao sistema
criminal, os conflitos de proximidade não são tratados
conforme a lógica da punição penal clássica.
“Atualmente, a relação cidade-campo se transforma, aspecto importante de uma mutação geral. Nos países industriais,
a velha exploração do campo circundante pela cidade, centro de acumulação de capital, cede lugar a formas mais sutis
de dominação e de exploração, tornando-se a cidade um centro de muitas decisões e aparentemente de associação. [...]
A vida urbana penetra na vida camponesa despojando-a de elementos tradicionais: artesanato, pequenos centros que
definham em proveito dos centros urbanos (comerciais e industriais, redes de distribuição, centros de decisão).”
(Lefebvre. O direito à cidade, p. 74)
Muitos autores procuram enfatizar a relação entre o rural e o urbano não como desejo, utopia ou ilusão, pelos
conteúdos expressos num “deve ser”, mas, sim, como evolução de configurações determinadas, analisando as
interdependências entre estruturas sociais, o meio ambiente e as instituições a partir de um enfoque em sua
evolução de longo prazo. Tendo em vista o pensamento de Lefebvre e a análise da relação entre rural e urbano de
uma maneira geral, é correto afirmar que
Para Joan Scott, em seu texto intitulado “Gênero: uma categoria útil de análise histórica”, o conceito de gênero
chegou até nós através de pesquisadoras norte-americanas que passaram a usar a categoria “gender” para falar das
“origens exclusivamente sociais das identidades subjetivas de homens e mulheres” [...] De fato, não existe uma
determinação natural de alguns comportamentos de homens e de mulheres, apesar das inúmeras regras sociais
calcadas numa determinação biológica diferencial dos sexos usadas nos exemplos mais corriqueiros, como “mulher
não pode levantar peso” ou “homem não tem jeito para cuidar de criança”. (SCOTT, Joan, 1990)
“[...] Por ‘gênero’, eu me refiro ao discurso sobre a diferença dos sexos. Ele não remete apenas a ideias, mas também a
instituições, a estruturas, a práticas cotidianas e a rituais, ou seja, a tudo aquilo que constitui as relações sociais. O
discurso é um instrumento de organização do mundo, mesmo se ele não é anterior à organização social da diferença
sexual. Ele não reflete a realidade biológica primária, mas ele constrói o sentido desta realidade. A diferença sexual não
é a causa originária a partir da qual a organização social poderia ter derivado; ela é mais uma estrutura social movediça
que deve ser ela mesma analisada em seus diferentes contextos históricos.” (Scott, 1998:15)
Em relação a diversas concepções em pauta acerca das questões de “Gênero, sexualidade e identidades”, é correto
afirmar que
o comportamento masculino ou feminino das pessoas, que não está sujeito a influências exteriores.
A sociologia contemporânea tem procurado superar as dicotomias da sociologia clássica, como aquelas entre teoria e ação, indivíduo e sociedade, cultura e natureza, nacionalismos e identidades regionais, trabalho e ócio, individualismo e solidariedade, globalização e regionalização. Dentre as várias correntes de pensamento sociológico contemporâneo, destaca-se a Escola de Frankfurt, ligada ao Instituto Para Pesquisa Social da Universidade de Frankfurt, fundado em 1924. Um de seus mais famosos membros, Jürgen Habermas, procurou estudar os fracassos do movimento operário alemão, entre outras temáticas. Ao analisar a sociedade global Habermas
A sociologia clássica difere-se da sociologia contemporânea também no que se refere ao modo de coleta e tratamento de dados, ao uso sistemático de estatísticas e à incorporação de inovações tecnológicas e metodológicas. Na França, Pierre Bourdieu, professor titular de Sociologia no College de France, merece destaque como um dos grandes representantes dessa sociologia contemporânea. Pierre Bourdieu e seus colaboradores dedicaram muitas décadas à análise do sistema de ensino (francês), sem deixarem de observar com atenção outros sistemas educacionais, evidenciando a distância entre a realidade escolar e os princípios preconizados pelas políticas para a educação. Bourdieu desenvolveu uma teoria que chamou de sociologia relacional na qual identifica o conceito de Habitus, que para ele seria(m)
Temos, no Brasil, uma grande diversidade cultural e racial. Descendentes de povos africanos e de índios brasileiros, de imigrantes europeus, asiáticos e latino-americanos compõem o cenário brasileiro. Por conta disso, podemos que afirmar que

Com base na charge, assinale a opção que caracteriza
corretamente a relação entre conhecimento sociológico e senso
comum.
Em 1835, Alexis de Tocqueville regressou de uma viagem aos
Estados Unidos e publicou suas reflexões sobre a vida política na
nova nação: “O gradual desenvolvimento da igualdade é uma
realidade providencial. Dessa realidade, tem ele as principais
características: é universal, é durável, foge dia a dia à
interferência humana; e, para seu progresso, contribuíram todos
os acontecimentos, assim como todos os homens. Seria prudente
imaginar que um movimento social de tão remotas origens
pudesse ser detido por uma geração? Pode-se conceber que, após
ter destruído o sistema feudal e vencido os reis, ele irá recuar
ante a burguesia e a classe rica? Agora que se tornou tão forte, e
tão frágeis os seus adversários, deter-se-á ainda?”
Neste trecho o autor descreve um processo igualitário por ele
considerado um movimento social cuja marcha está associada à
história da humanidade.
Esse movimento social corresponde à

Com base na charge, assinale a opção que caracteriza
corretamente o conceito de fato social de Durkheim.
Eu vi os expoentes da minha geração destruídos pela loucura,
morrendo de fome, histéricos, nus,
arrastando-se pelas ruas do bairro negro de madrugada
em busca de uma dose violenta de qualquer coisa,
que pobres, esfarrapados e olheiras fundas, viajaram
fumando sentados na sobrenatural escuridão dos miseráveis
apartamentos sem água quente, flutuando sobre
os tetos das cidades contemplando jazz,
que se atiraram sob caminhões de carne em busca de um
ovo,
que jogaram seus relógios do telhado fazendo seu lance
de aposta pela Eternidade fora do Tempo & despertadores
caíram nas suas cabeças por todos os dias
da década seguinte.
(Allen Ginsberg, Uivo, 1956)
O movimento da contracultura teve como marco de lançamento
na sociedade norte-americana o poema “Uivo” de A. Ginsberg, na
década de 1950, que disseminou um discurso de contestação e
denúncia dos valores da sociedade de consumo do pós-Segunda
Guerra.
As opções a seguir caracterizam corretamente aspectos da contra
cultura, à exceção de uma. Assinale-a.
“Na sociedade aristocrática de corte, a vida sexual era por certo
muito mais escondida do que na sociedade medieval. O que o
observador de uma sociedade industrializada-burguesa amiúde
interpreta como ‘frivolidade’ da sociedade de corte nada mais é
do que essa orientação rumo à privacidade. Não obstante,
medidos pelo padrão de controle dos impulsos na própria
sociedade burguesa, o ocultamento e a segregação da
sexualidade na vida social, tanto quanto na consciência, foram
relativamente sem importância nessa fase. Aqui, também, o
julgamento de fases posteriores é com frequência induzido em
erro porque os padrões, da pessoa que julga e da aristocracia de
corte, são considerados como absolutos e não como opostos
inseparáveis, e também porque o padrão próprio é utilizado como
medida de todos os demais.”
(ELIAS, N. O Processo Civilizador: Uma história dos costumes.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1994, v. 1, p. 178)
Em O Processo Civilizador, Norbert Elias analisa a história dos
costumes, buscando compreender o curso das transformações
gerais da sociedade ocidental que, na longa duração,
contribuíram para um processo civilizatório.
A esse respeito, com base no fragmento acima, assinale V para a
afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) O autor examina a dinâmica civilizadora, entendida como as
reações dos indivíduos às condições materiais de vida.
( ) O autor estuda os processos de naturalização de hábitos e
costumes, como os processos de controle das emoções
individuais.
( ) O autor identifica representações sociais e hábitos analisando
o processo cognitivo pelo qual lhe são atribuídos significados.
As afirmativas são, respectivamente,
A figura a seguir apresenta um fenômeno estudado pela
Sociologia

A imagem critica
Com relação ao Estado moderno e à dominação racional legal, julgue os itens a seguir.
Na perspectiva da dominação racional legal, funcionários que
compõem o quadro administrativo burocrático do Estado são
livres e devem obedecer às obrigações objetivas de seu cargo,
são nomeados por hierarquia, têm competências funcionais
fixas, são contratados de acordo com a qualificação
profissional e exercem o cargo como profissão única.