
Considerando as ideias apresentadas nesse fragmento de texto, julgue os itens que se seguem, relativos à literatura brasileira e à obra de Machado de Assis.
A obra ficcional de Machado de Assis confirma os seus pressupostos críticos, sendo dividida comumente em duas fases: a primeira, em que não se configura o instinto de nacionalidade, e a segunda, na qual o instinto de nacionalidade se expressa em uma escrita marcada pelo pitoresco e por figurações do nativismo.

Em relação ao poema acima apresentado, à obra de Carlos Drummond de Andrade e às diversas fases do Modernismo brasileiro, julgue os próximos itens.
Na última estrofe do poema, o eu-lírico faz alusão a tempos distintos da modernização brasileira, mediante referência à existência íntima e à passagem do tempo experienciada em termos individuais.
Apelo
Amanhã faz um mês que a Senhora está longe de casa. Primeiros dias, para dizer a verdade, não senti falta, bom chegar tarde, esquecido na conversa de esquina. Não foi ausência por uma semana: o batom ainda no lenço, o prato na mesa por engano, a imagem de relance no espelho. Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notícia de sua perda veio aos poucos: a pilha de jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo da escada. Toda a casa era um corredor deserto, até o canário ficou mudo. Não dar parte de fraco, ah, Senhora, fui beber com os amigos. Uma hora da noite eles se iam. Ficava só, sem o perdão de sua presença, última luz na varanda, a todas as aflições do dia. Sentia falta da pequena briga pelo sal no tomate — meu jeito de querer bem. Acaso é saudade, Senhora? Às suas violetas, na janela, não lhes poupei água e elas murcham. Não tenho botão na camisa. Calço a meia furada. Que fim levou o saca-rolha? Nenhum de nós sabe, sem a Senhora, conversar com os outros: bocas raivosas mastigando. Venha para casa, Senhora, por favor.
Dalton Trevisan. Mistérios de Curitiba. Rio de Janeiro: Record, 1979, p.73.
Considerando o texto acima, bem como as tendências temáticas e formais da literatura brasileira contemporânea, julgue os itens a seguir.
O texto acima se configura como uma exceção no que se refere ao espaço representado na narrativa, haja vista que a literatura brasileira contemporânea, contrariamente ao movimento de êxodo rural que se verificou no país nos últimos cinquenta anos, compõe-se de obras ambientadas predominantemente no meio rural.
Atenção: Para responder às questões de números 16 a 20,
considere o poema abaixo.
As questões 16 e 17 se baseiam também nos
textos III e IV.
Banguê
Cadê você meu país do Nordeste
que eu não vi nessa Usina Leão de minha terra?
Ah, Usina, você engoliu os banguezinhos do país das
Alagoas!
Você é grande, Usina Leão!
Você é forte, Usina Leão!
..................
Onde é que está a alegria das bagaceiras?
O cheiro bom do mel borbulhando nas tachas?
A tropa dos pães de açúcar atraindo arapuás?
Onde é que mugem os meus bois trabalhadores?
Onde é que cantam meus caboclos lambanceiros?
Onde é que dormem de papos para o ar os bebedores
de resto de alambique?
E os senhores de espora?
E as sinhás-donas de cocó?
........................
O meu banguezinho era tão diferente,
vestidinho de branco, o chapeuzinho do telhado sobre os
olhos,
fumando o cigarro do boeiro pra namorar a mata virgem.
Nos domingos tinha missa na capela
e depois da missa uma feira danada:
a zabumba tirando esmola para as almas;
e os cabras de faca de ponta na cintura,
a camisa por fora das calças:
"Mão de milho a pataca!"
"Carretel marca Alexandre a doistões!"
Cadê você meu país de banguês
com as cantigas da boca da moenda:
"Tomba cana João que eu já tombei!"
E o eixo de maçaranduba chorando
talvez os estragos que a cachaça ia fazer!
.......................
Cadê a sua casa-grande, banguê,
...............
com as suas Donanas alcoviteiras?
Com seus Totôs e seus Pipius corredores de cavalhadas?
E as suas molecas catadoras de piolho,
e as suas negras Calus, que sabiam fazer munguzás,
manuês,
cuscuz,
e suas sinhás dengosas amantes dos banhos de rio
e de redes de franja larga!
Cadê os nomes de você, banguê?
...........................................
Ah, Usina Leão, você engoliu
os banguezinhos do país das Alagoas!
...............................
Glossário - banguê: engenho de açúcar primitivo, movido a
força animal.
(LIMA, Jorge de. Poesias Completas. Rio de Janeiro: José
Aguilar, 1974, v. I, p. 161-163)
Retomando as observações constantes dos Textos III e
IV, a afirmativa correta sobre Jorge de Lima, a exemplo
do poema transcrito, é:
Pode-se afirmar que é função da literatura, EXCETO:
Leia as seguintes estrofes do texto Aos poetas clássicos, de Patativa do Assaré.
Sobre o texto é possível afirmar, corretamente, que:
Assinale a alternativa que aponta, respectivamente, o significado literário, que o autor, Eugênio de Andrade, atribui às palavras destacadas no texto.
É correto afirmar que a complicação do miniconto “De um certo tom azulado” é:
Nos versos 10 e 11 “Um movimento universal de insânia/Arrancará da insciência o homem precito...” (Ultima Visio), o vocábulo destacado traz para a compreensão do texto que:
É característica do modernismo e está presente nesse poema de Carlos Drummond de Andrade:
As rimas dos textos 1 e 2 quanto à sua posição nas duas primeiras estrofes, podem ser classificadas como:
"FIM DE SEMANA NO PARQUE"
Racionais MC'S
"[...] A molecada lá da área como é que tá.
Provavelmente correndo pra lá e pra cá.
Jogando bola descalços nas ruas de terra.
É, brincam do jeito que dá.
[...]
Milhares de casas amontoadas!
Ruas de terra, esse é o morro, a minha área me espera!
Gritaria na feira 'vamos chegando!'
Pode crer, eu gosto disso, mais calor humano
Na periferia a alegria é igual!
É quase meio dia, a euforia é geral!
É lá que moram meus irmãos, meus amigos.
E a maioria por aqui se parece comigo
E eu também sou bambambã e eu que mando
O pessoal desde as 10 da manhã está no samba.
Preste atenção no repique atenção no acorde
'Como é que é Mano Brown?'
'Pode crer, pela ordem!' [...]"
Trecho da música "Fim de semana no parque", composição de Mano Brown/Edy Rock.
Utilize o texto acima para responder as questões de 1 a 6.
Qual o sentimento do autor em relação ao local descrito por ele?