Leia o texto abaixo para responder às questões de 41 a 43.
"Pós-impressionismo foi uma definição elástica para agrupar artistas que ultrapassavam
um movimento claramente estabelecido, o impressionismo – mas tateavam, com ansiedade
explícita, em busca de um novo referencial. O impressionismo firmou-se como o movimento
mais célebre da pintura do século XIX, por obra de uma geração que, com Claude Monet e
Pierre-Auguste Renoir à frente, usou da força de seu individualismo e autoestima inabaláveis
para atacar as convenções da arte acadêmica."
(In: Veja, Rio de Janeiro: Abril, ano 49, n.18, p. 93, mai. 2016.)
No sistema ortográfico vigente, o emprego do hífen é determinado nas palavras iniciadas por prefixos tônicos como pós, pré e pró. Por esse motivo, pós-impressionismo é hifenizado.
Atenção: As questões de números 1 a 6 referem-se ao texto seguinte.
A velhinha contrabandista
Todos os dias uma velhinha atravessava a ponte entre dois países, de bicicleta e carregando uma bolsa. E todos os dias era
revistada pelos guardas da fronteira, à procura de contrabando. Os guardas tinham certeza que a velhinha era contrabandista, mas
revistavam a velhinha, revistavam a sua bolsa e nunca encontravam nada. Todos os dias a mesma coisa: nada. Até que um dia um
dos guardas decidiu seguir a velhinha, para flagrá-la vendendo a muamba, ficar sabendo o que ela contrabandeava e, principalmente,
como. E seguiu a velhinha até o seu próspero comércio de bicicletas e bolsas.
Como todas as fábulas, esta traz uma lição, só nos cabendo descobrir qual. Significa que quem se concentra no mal
aparentemente disfarçado descuida do mal disfarçado de aparente, ou que muita atenção ao detalhe atrapalha a percepção do todo,
ou que o hábito de só pensar o óbvio é a pior forma de distração.
(VERISSIMO, Luis Fernando. O mundo é bárbaro. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008, p. 41)
Atente para as seguintes afirmações, referentes a segmentos do 2º parágrafo do texto:
I.em quem se concentra no mal aparentemente disfarçado descuida do mal disfarçado de aparente, a expressão
sublinhada refere-se ao contrabando que a velhinha parecia ocultar na bolsa.
II.em muita atenção ao detalhe atrapalha a percepção do todo, a expressão sublinhada refere-se ao fato de que a bolsa em
si mesma e a bicicleta, tão evidentes, não levantaram suspeitas.
III.em o hábito de só pensar o óbvio é a pior forma de distração, a expressão sublinhada refere-se ao fato de que se julgou
que o contrabando só poderia estar dentro da bolsa da velhinha.
Em relação ao texto, está correto o que se afirma em
Atenção: As questões de números 7 a 14 referem-se ao texto seguinte.
A música relativa
Parece existir uma série enorme de mal-entendidos em torno do lugar-comum que afirma ser a música uma linguagem
universal, passível de ser compreendida por todos. “Fenômeno universal" − está claro que sim; mas “linguagem universal" − até que
ponto?
Ao que tudo indica, todos os povos do planeta desenvolvem manifestações sonoras. Falo tanto dos povos que ainda se
encontram em estágio dito “primitivo" − entre os quais ela continua a fazer parte da magia − como das civilizações tecnicamente
desenvolvidas, nas quais a música chega até mesmo a possuir valor de mercadoria, a propiciar lucro, a se propagar em escala
industrial, transformando-se em um novo fetiche.
Contudo, se essa tendência a expressar-se através de sons dá mostras de ser algo inerente ao ser humano, ela se concretiza
de maneira tão diferente em cada comunidade, dá-se de forma tão particular em cada cultura que é muito difícil acreditar que cada
uma de suas manifestações possua um sentido universal. Talvez seja melhor dizer que a linguagem musical só existe concretizada
por meio de “línguas" particulares ou de “falas" determinadas; e que essas manifestações podem até, em parte, ser compreendidas,
mas nunca vivenciadas em alguns de seus elementos de base por aqueles que não pertençam à cultura que as gerou.
(Adaptado de: MORAES, J. Jota de. O que é música. São Paulo: Brasiliense, 2001, p.12-14)
Quanto ao alcance da música entre os diferentes povos, o autor do texto,
Atenção: As questões de números 15 a 20 referem-se ao texto seguinte.
Idades e verdades
O médico e jornalista Drauzio Varella escreveu outro dia no jornal uma crônica muito instigante. Destaco este trecho:
“Nada mais ofensivo para o velho do que dizer que ele tem 'cabeça de jovem'. É considerá-lo mais inadequado do que o rapaz de
20 anos que se comporta como criança de dez. Ainda que maldigamos o envelhecimento, é ele que nos traz a aceitação das
ambiguidades, das diferenças, do contraditório e abre espaço para uma diversidade de experiências com as quais nem sonhávamos
anteriormente."
Tomo a liberdade de adicionar meu comentário de velho: não preciso que os jovens acreditem em mim, tampouco estou aberto
para receber lições dos mocinhos. Nossa alternativa: ao nos defrontarmos com uma questão de comum interesse, discutirmos
honestamente que sentido ela tem para nós. O que nos unirá não serão nossas diferenças, mas o que nos desafia.
(LAMEIRA, Viriato, inédito)
O trecho de Drauzio Varella, citado no texto, considera que as ambiguidades, as diferenças e as contradições,
Atenção: As questões de números 15 a 20 referem-se ao texto seguinte.
Idades e verdades
O médico e jornalista Drauzio Varella escreveu outro dia no jornal uma crônica muito instigante. Destaco este trecho:
“Nada mais ofensivo para o velho do que dizer que ele tem 'cabeça de jovem'. É considerá-lo mais inadequado do que o rapaz de
20 anos que se comporta como criança de dez. Ainda que maldigamos o envelhecimento, é ele que nos traz a aceitação das
ambiguidades, das diferenças, do contraditório e abre espaço para uma diversidade de experiências com as quais nem sonhávamos
anteriormente."
Tomo a liberdade de adicionar meu comentário de velho: não preciso que os jovens acreditem em mim, tampouco estou aberto
para receber lições dos mocinhos. Nossa alternativa: ao nos defrontarmos com uma questão de comum interesse, discutirmos
honestamente que sentido ela tem para nós. O que nos unirá não serão nossas diferenças, mas o que nos desafia.
(LAMEIRA, Viriato, inédito)
Está plenamente adequado o emprego de ambas as formas sublinhadas na frase:
A frase escrita conforme a norma-padrão da língua portuguesa é:
O projeto apoiado pelo físico ambiciona produzir aeronaves do tamanho de um chip usado em equipamentos eletrônicos e lançar milhares dessas “mininaves” na órbita da Terra. (3 °parágrafo) Esse trecho está corretamente reescrito, respeitando-se o sentido original, em: O projeto apoiado pelo físico
A frase do texto Como todas as fábulas, esta traz uma lição, só nos cabendo descobrir qual mantém-se clara, correta e coerente nesta nova redação:
Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento do texto em:
Ao comentar a afirmação de Drauzio Varella, citado no texto, o autor Viriato Lameira propõe que
“Antônio deu dinheiro _ dona Joana para que voltasse _ casa dos familiares. Ela queria ficar cara _ cara com os primos.”
“Não consigo imaginar o como de tudo isso.” A palavra “como” exerce a função de:
“Sempre achei João um menino taciturno."
A palavra grifada é o mesmo que: