Leia o texto a seguir: Foi na minha última viagem ao Perú que entrei em uma baiúca muito agradável. Apesar de simples, era bem frequentada. Isso podia ser constatado pelas assinaturas (ou simples rúbricas) dispostas em quadros afixados nas paredes do estabelecimento, algumas delas de pessoas famosas. Insisti com o garçom para também colocar a minha assinatura, registrando ali a minha presença. No final, o ônus foi pesado: a conta veio muito salgada. Tudo seria perfeito se o tempo ali passado, por algum milagre, tivesse sido gratuíto. Assinale a alternativa que apresenta palavra em que a acentuação está CORRETA, de acordo com a Reforma Ortográfica em vigor:
Leia o texto a seguir: Durante o verão, ouve um dia uma ventania muito grande, que, sem qualquer gentileza, derrubou muitas árvores. Pedro, que saíra com uma enchada na mão para capinar, disse-me que sentiu uma vertijem muito forte. A impressão que me deu é que nenhuma bússula daria a direção correta, se fosse preciso nos guiarmos. Foi uma exceção num tempo tão tranquilo como aquele em que vivíamos. Assinale a palavra CORRETAMENTE escrita:
No que se refere à tipologia e aos sentidos do texto CB8A1AAA, julgue os itens que se seguem.
A oração “que irão sofrer os reflexos da deliberação” (L. 22 e 23) é indispensável ao sentido do período, pois delimita a referência de “pessoas” (L.22).
Em relação aos elementos linguísticos do texto CB8A1AAA, julgue os itens a seguir.
Sem prejuízo do sentido original e da correção gramatical do texto, seu primeiro parágrafo poderia ser reescrito da seguinte forma: Na democracia participativa, existe várias formas de atuação do cidadão na condução política e administrativa do Estado, destacando, no Brasil, as audiências públicas na Constituição e nas demais leis.
No texto, a expressão “havia tudo por fazer" (L.3) tem sentido
equivalente ao da expressão “criar um país a partir do nada"
(L.11).
Com relação a aspectos linguísticos do texto CB8A1BBB, julgue os itens subsequentes.
Seriam mantidas a correção gramatical e as informações veiculadas no texto caso o ponto final empregado logo após “tempo” (L.7) fosse substituído por dois-pontos, da seguinte forma: D. João não perdeu tempo: no dia 10 de março (...).
Acerca das ideias e das estruturas linguísticas do texto 19A2AAA,
julgue os itens que se seguem.
O teor do último período do texto não se articula com as ideias que lhe antecedem, uma vez que nele não é retomado o tópico frasal.
No que se refere às ideias e às estruturas linguísticas do texto
19A2BBB, julgue os próximos itens.
Infere-se do texto que o envio dos dados das transações financeiras dos clientes pelos bancos é de caráter facultativo.
No que se refere às ideias e às estruturas linguísticas do texto
19A2BBB, julgue os próximos itens.
A sentença “decidisse a favor dos contribuintes” (R.18) expressa o desejo de que a corte guardiã da Constituição Federal considere inconstitucional o repasse de dados de movimentação financeira dos contribuintes pelas instituições bancárias.
Considerando que a eficácia do discurso depende das estratégias
argumentativas adotadas, julgue os itens subsequentes, a respeito
das ideias do texto 19A2BBB.
A intenção do autor de demonstrar a ação coativa do fisco
ficaria mais clara e objetiva se o primeiro período do texto
fosse reescrito da seguinte forma: As garras do Leão estão mais
afiadas porque é necessário afiar as garras do Leão para
agarrar melhor a presa
Quem são nossos ídolos?
Claudio de Moura Castro
Eu estava na França nos idos dos anos 80. Ligando a televisão, ouvi por
acaso uma entrevista com um jovem piloto de Fórmula 1. Foi-lhe perguntado em
quem se inspirava como piloto iniciante. A resposta foi pronta: Ayrton Senna. O
curioso é que nessa época Senna não havia ganho uma só corrida importante.
Mas bastou ver o piloto brasileiro se preparando para uma corrida: era o primeiro
a chegar no treino, o único a sempre fazer a pista a pé, o que mais trocava ideias
com os mecânicos e o último a ir embora. Em outras palavras, sua dedicação,
tenacidade, atenção aos detalhes eram tão descomunais que, aliadas a seu talento,
teriam de levar ao sucesso.
Por que tal comentário teria hoje alguma importância?
Cada época tem seus ídolos, pois eles são a tradução de anseios, esperanças,
sonhos e identidade cultural daquele momento. Mas, ao mesmo tempo,
reforçam e ajudam a materializar esses modelos de pensar e agir.
Já faz muito tempo, Heleno de Freitas foi um grande ídolo do futebol. Segundo
consta, jactava-se de tomar uma cachacinha antes do jogo, para aumentar
a criatividade. Entrava em campo exibindo seu bigodinho e, após o gol, puxava o
pente e corrigia o penteado. O ídolo era a genialidade pura do futebol-arte.
Mais tarde, Garrincha era a expressão do povo, com sua alegria e ingenuidade.
Era o jogador cujo estilo brotava naturalmente. Era a espontaneidade,
como pessoa e como jogo, e era facilmente amado pelos brasileiros, pois materializava
as virtudes da criação genial.
Para o jogador "cavador", cabia não mais do que um prêmio de consola-
ção. Até que veio Pelé. Genial, sim. Mas disciplinado, dedicado e totalmente
comprometido a usar todas as energias para levar a cabo sua tarefa. E de atleta
completo e brilhante passou a ser um cidadão exemplar.
É bem adiante que vem Ayrton Senna. Tinha talento, sem dúvida. Mas tinha
mais do que isso. Tinha a obsessão da disciplina, do detalhe e da dedicação
total e completa. Era o talento a serviço do método e da premeditação, que são
muito mais críticos nesse desporto.
Há mais do que uma coincidência nessa evolução. Nossa escolha de ídolos
evoluiu porque evoluímos. Nossos ídolos do passado refletiam nossa imaturidade.
Era a época de Macunaíma. Era a apologia da genialidade pura. Só talento,
pois esforço é careta. Admirávamos quem era talentoso por graça de Deus e
desdenhávamos o sucesso originado do esforço. Amadurecemos. Cresceu o
peso da razão nos ídolos. A emoção ingênua recuou. Hoje criamos espaço para
os ídolos cujo êxito é, em grande medida, resultado da dedicação e da disciplina
– como Pelé e Senna.
Mas há o outro lado da equação, vital para nossa juventude. Necessitamos
de modelos que mostrem o caminho do sucesso por via do esforço e da
dedicação. Tais ídolos trazem um ideário mais disciplinado e produtivo.
Nossa educação ainda valoriza o aluno genial, que não estuda – ou que,
paradoxalmente, se sente na obrigação de estudar escondido e jactar-se de não
fazê-lo. O cê-dê-efe é diminuído, menosprezado, é um pobre-diabo que só obtém
bons resultados porque se mata de estudar. A vitória comemorada é a que deriva
da improvisação, do golpe de mestre. E, nos casos mais tristes, até competência
na cola é motivo de orgulho.
Parte do sucesso da educação japonesa e dos Tigres Asiáticos provém
da crença de que todos podem obter bons resultados por via do esforço e da
dedicação. Pelo ideário desses países, pobres e ricos podem ter sucesso, é só
dar duro.
O êxito em nossa educação passa por uma evolução semelhante à que
aconteceu nos desportos – da emoção para a razão. É preciso que o sucesso
escolar passe a ser visto como resultado da disciplina, do paroxismo de dedica-
ção, da premeditação e do método na consecução de objetivos.
A valorização da genialidade em estado puro é o atraso, nos desportos e
na educação. O modelo para nossos estudantes deverá ser Ayrton Senna, o
supremo cê-dê-efe de nosso esporte. Se em seu modelo se inspirarem, vejo
bons augúrios para nossa educação.
Disponível em: http://veja.abril.com.br/idade/educacao/060601/ponto_de_vista.html. Acesso em: jul. 2016.
Sobre a constituição do texto, é correto afirmar, EXCETO:
Há linguagem oral em:
Em “O êxito em nossa educação passa por uma evolução semelhante à que
aconteceu nos desportos – da emoção para a razão.", à é:
Quando tratamos de classificação morfológica, há dez classes
gramaticais que as palavras podem representar. Mais
comumente, determinada palavra é representante de uma
classe gramatical específica. Existem casos, porém, de palavras
que mesclam, nelas mesmas, mais de uma classe gramatical.
Assinale, entre as alternativas, uma em que a palavra
destacada seja representativa de mais de uma classe
gramatical, considerando-a no contexto em que aparece.