Com base na norma culta, assinale a alternativa com as opções verdadeiras ( V ) e falsas ( F ).
I - A substituição do trecho “seis mudanças que vão afetar a sua rotina de trabalho" pela redação “seis mudanças que afetarão a sua rotina de trabalho" não comprometeria a norma culta.
II - A substituição do trecho “faz uma profunda mudança na legislação trabalhista e altera em mais de cem pontos a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT)" pela redação “faz uma profunda mudança na legislação trabalhista alterando em mais de cem pontos a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT)" comprometeria a norma culta.
III – O trecho “(…) utiliza fórmulas de flexibilizações trabalhistas já experimentadas em alguns países da Europa que não funcionaram" pode ser desambiguizado sem perda de sentido por meio da redação “(…) utiliza fórmulas de flexibilizações trabalhistas já experimentadas em alguns países da Europa, os quais não funcionaram"
O texto informativo caracteriza-se por apresentar um saber já construído e legitimado, ou um saber teórico, além de expor, refletir, explicar e avaliar ideias de modo objetivo, com a intenção de informar e esclarecer. Assinale o exemplo que não condiz com essas características e a explicação para isso.
Em E, após esse ponto da vida, metade das pessoas que participaram da pesquisa... (2º parágrafo), a oração iniciada pela palavra “que” restringe o significado de “pessoas”. Temos o “que” iniciando uma oração com essa mesma função em:
Lá o visitante pode ver miniaturas de castelos, barcos, ferrovias, estradas, igrejas, cascatas, moinhos, casarios, carros e outros inúmeros detalhes, tudo numa escala 24 vezes menor. (2º parágrafo)
O item sublinhado expressa
Atenção: As questões de números 1 a 4 referem-se ao texto abaixo.
Houve um tempo em que eu comia um monte de coisas e não precisava contar nada para ninguém. Na civilização
contemporânea, on-line, conectada o tempo todo, se não for registrado e postado, não aconteceu. Comeu, jantou, bebeu? Então,
prove. Não está na rede? Então, não vale.
Não estou aqui desfiando lamúrias de dinossauro tecnológico. Pelo contrário: interajo com muita gente e publico ativamente
fotos de minhas fornadas. A vida, hoje, é digital. Contudo, presumo que algumas coisas não precisam deixar de pertencer à esfera
privada. Sendo tudo tão novo nessa área, ainda engatinhamos a respeito de uma etiqueta que equilibre a convivência entre câmeras,
pratos, extroversão, intimidade.
Em meados da década passada, quando a cozinha espanhola de vanguarda ainda povoava os debates e as fantasias de
muitos gourmets, fotografar pratos envolvia um dilema: devorar ou clicar? A criação saía da cozinha, muitas vezes verticalizada,
comumente finalizada com esferas delicadas, espumas fugazes... O que fazer, capturá-la em seu melhor instante cenográfico,
considerando luzes e sombras, e comê-la depois, já desfigurada, derretida, escorrida? Ou prová-la imediatamente, abrindo mão da
imagem? Nunca tive dúvidas desse tipo (o que talvez faça de mim um bom comensal, mas um mau divulgador).
Fotos e quitutes tornaram-se indissociáveis, e acho que já estamos nos acostumando. Mas será que precisa acontecer
durante todo o repasto? Não dá para fazer só na chegada do prato e depois comer sossegado, à maneira analógica? Provavelmente
não: há o tratamento da imagem, a publicação, os comentários, as discussões, a contabilidade das curtidas. Reconheço que, talvez
antiquadamente, ainda sinto desconforto em ver casais e famílias à mesa, nos salões, cada qual com seu smartphone, sem diálogos
presenciais ou interações reais. A pizza esfria e perde o viço; mas a foto chega tinindo aos amigos de rede.
(Adaptado de: CAMARGO, Luiz Américo. Comeu e não postou? Então, não valeu. Disponível em: http://brasil.elpais.com/brasil/2017/01/09/opinion/1483977251_216185.html)
Está reescrito conforme a norma-padrão da língua e com o sentido preservado em linhas gerais o seguinte trecho do texto:
O primo Basílio
Eça de Queiroz
[...]
Entraram para o escritório.
Era uma saleta pequena, com uma estante alta e
envidraçada, tendo em cima a estatueta de gesso, empoeirada e
velha, de uma bacante em delírio. A mesa, com um antigo tinteiro
de prata que fora de seu avô, estava ao pé da janela; uma coleção
empilhada de Diários do Governo branquejava a um canto; por
cima da cadeira de marroquim-escuro pendia, num caixilho preto,
uma larga fotografia de Jorge; e sobre o quadro duas espadas
encruzadas reluziam. Uma porta, no fundo, coberta com um
reposteiro de baeta escarlate, abria para o patamar.
Disponível em:
Acesso em: 20 fev. 2017
O fragmento está inserido em uma estrutura narrativa comprovada
por aspectos linguísticos marcados pela presença de
Todos nós que usamos profissionalmente a mídia de massa
somos formadores da sociedade. Nós podemos vulgarizar a
sociedade. Nós podemos brutalizá-la. Ou nós podemos ajudar a
elevá-la a um nível melhor.
William Bernbach, publicitário.
Assinale a alternativa correta, considerando as ideias e a estrutura
linguística do texto.
O aluno surdo na escola regular: imagem e ação do
professor
RESUMO – Com o objetivo de conhecer a imagem que
professores de escola regular têm da surdez e do aluno surdo,
bem como a influência desta imagem na sua prática pedagógica,
procedeu-se à análise de entrevistas e observações em sala de
aula de sete professoras do Ensino Fundamental regular, que têm
aluno surdo na classe. A interpretação dos dados fundamentou-se
na Análise de Conteúdo, proposta por Bardin (1977), tendo sido
estabelecidas as seguintes categorias temáticas: intelectual,
comportamental, aprendizagem e linguagem. A análise dos dados
evidenciou que a dificuldade de linguagem da criança surda leva,
muitas vezes, o professor a construir uma imagem equivocada do
aluno surdo a qual se reflete nas suas ações em relação às
crianças. Assim, embora considerem os alunos inteligentes, bem
comportados e com potencial para aprendizagem, todas as
professoras pareciam tratar os alunos como tendo muita
dificuldade para acompanhar o processo escolar.
Palavras-chave: surdez; imagem (Psicologia); surdos-educação.
PAIVA e SILVA, A. B.de & PEREIRA, M. C. C. O aluno surdo na escola regular: imagem e ação do
professor. Revista Psicologia: Teoria e Pesquisa. maio-ago. 2003, vol. 19, n. 2, p. 173-176
O texto é um exemplo do gênero textual resumo de trabalho
científico. Assinale a alternativa em que se apresenta o resultado
da análise dos dados coletados pelas autoras.
Atenção: As questões de números 1 a 6 referem-se ao texto seguinte.
A representação da "realidade" na imprensa
Parece ser um fato assentado, para muitos, que um jornal ou um telejornal expresse a "realidade". Folhear os cadernos de
papel de ponta a ponta ou seguir pacientemente todas as imagens do grande noticiário televisivo seriam operações que atualizariam a
cada dia nossa "compreensão do mundo". Mas esse pensamento, tão disseminado quanto ingênuo, não leva em conta a questão da
perspectiva pela qual se interpretam todas e quaisquer situações focalizadas. Submetermo-nos à visada do jornalista que compôs a
notícia, ou mesmo à do câmera que flagra uma situação (e que, aliás, tem suas tomadas sob o controle de um editor de imagens), é
desfazermo-nos da nossa própria capacidade de análise, é renunciarmos à perspectiva de sujeitos da nossa interpretação.
Tanto quanto os propalados e indiscutíveis "fatos", as notícias em si mesmas, com a forma acabada pela qual se veiculam, são
parte do mundo: convém averiguar a quem interessa o contorno de uma análise política, o perfil criado de uma personalidade, o
sentido de um levante popular ou o alcance de uma medida econômica. O leitor e o espectador atentos ao que leem ou veem não têm
o direito de colocar de lado seu senso crítico e tomar a notícia como espelho fiel da "realidade". Antes de julgarmos "real" o "fato" que
já está interpretado diante de nossos olhos, convém reconhecermos o ângulo pelo qual o fato se apresenta como indiscutível e como
se compõe, por palavras ou imagens, a perspectiva pela qual uma bem particular "realidade" quer se impor para nós, dispensandonos
de discutir o ponto de vista pelo qual se construiu uma informação.
(Tibério Gaspar, inédito)
Observam-se plenamente as normas de concordância verbal e a adequada articulação entre os tempos e os modos na frase:
Atenção: Considere o texto abaixo para responder às questões de números 1 a 4.
Aspectos Culturais de Mato Grosso do Sul
A cultura de Mato Grosso do Sul é o conjunto de manifestações artístico-culturais desenvolvidas pela população sul-mato-
-grossense muito influenciada pela cultura paraguaia. Essa cultura estadual retrata, também, uma mistura de várias outras
contribuições das muitas migrações ocorridas em seu território.
O artesanato, uma das mais ricas expressões culturais de um povo, no Mato Grosso do Sul, evidencia crenças, hábitos,
tradições e demais referências culturais do Estado. É produzido com matérias primas da própria região e manifesta a criatividade e a
identidade do povo sul-mato-grossense por meio de trabalhos em madeira, cerâmica, fibras, osso, chifre, sementes, etc.
As peças em geral trazem à tona temas referentes ao Pantanal e às populações indígenas, são feitas nas cores da paisagem
regional e, além da fauna e da flora, podem retratar tipos humanos e costumes da região.
(Adaptado de: CANTU, Gilberto. Disponível em: http://profgilbertocantu.blogspot.com.br/2013/08/aspectos-culturais-de-mato-grosso-dosul.html)
Depreende-se corretamente do texto que a cultura de Mato Grosso do Sul é
Atenção: Considere o texto abaixo para responder às questões de números 6 a 9.
Instituições financeiras reconhecem que é cada vez mais difícil detectar
se uma transação é fraudulenta ou verdadeira
Os bancos e as empresas que efetuam pagamentos têm dificuldades de controlar as fraudes financeiras on-line no atual
cenário tecnológico conectado e complexo. Mais de um terço (38%) das organizações reconhece que é cada vez mais difícil detectar
se uma transação é fraudulenta ou verdadeira, revela pesquisa realizada por instituições renomadas.
O estudo revela que o índice de fraudes on-line acompanha o aumento do número de transações on-line, e 50% das
organizações de serviços financeiros pesquisadas acreditam que há um crescimento das fraudes financeiras eletrônicas. Esse
avanço, juntamente com o crescimento massivo dos pagamentos eletrônicos combinado aos novos avanços tecnológicos e às
mudanças nas demandas corporativas, tem forçado, nos últimos anos, muitas delas a melhorar a eficiência de seus processos de
negócios.
De acordo com os resultados, cerca de metade das organizações que atuam no campo de pagamentos eletrônicos usa
soluções não especializadas que, segundo as estatísticas, não são confiáveis contra fraude e apresentam uma grande porcentagem
de falsos positivos. O uso incorreto dos sistemas de segurança também pode acarretar o bloqueio de transações. Também vale notar
que o desvio de pagamentos pode causar perda de clientes e, em última instância, uma redução nos lucros.
Conclui-se que a fraude não é o único obstáculo a ser superado: as instituições financeiras precisam também reduzir o número
de alarmes falsos em seus sistemas a fim de fornecer o melhor atendimento possível ao cliente.
(Adaptado de: computerworld.com.br. Disponível em: http://computerworld.com.br/quase-40-dos-bancos-nao-sao-capazes-de-diferenciar-um-ataque-de-atividades-normais-de-clientes)
Infere-se corretamente do texto que
Atenção: Considere o texto abaixo para responder às questões de números 6 a 9.
Instituições financeiras reconhecem que é cada vez mais difícil detectar
se uma transação é fraudulenta ou verdadeira
Os bancos e as empresas que efetuam pagamentos têm dificuldades de controlar as fraudes financeiras on-line no atual
cenário tecnológico conectado e complexo. Mais de um terço (38%) das organizações reconhece que é cada vez mais difícil detectar
se uma transação é fraudulenta ou verdadeira, revela pesquisa realizada por instituições renomadas.
O estudo revela que o índice de fraudes on-line acompanha o aumento do número de transações on-line, e 50% das
organizações de serviços financeiros pesquisadas acreditam que há um crescimento das fraudes financeiras eletrônicas. Esse
avanço, juntamente com o crescimento massivo dos pagamentos eletrônicos combinado aos novos avanços tecnológicos e às
mudanças nas demandas corporativas, tem forçado, nos últimos anos, muitas delas a melhorar a eficiência de seus processos de
negócios.
De acordo com os resultados, cerca de metade das organizações que atuam no campo de pagamentos eletrônicos usa
soluções não especializadas que, segundo as estatísticas, não são confiáveis contra fraude e apresentam uma grande porcentagem
de falsos positivos. O uso incorreto dos sistemas de segurança também pode acarretar o bloqueio de transações. Também vale notar
que o desvio de pagamentos pode causar perda de clientes e, em última instância, uma redução nos lucros.
Conclui-se que a fraude não é o único obstáculo a ser superado: as instituições financeiras precisam também reduzir o número
de alarmes falsos em seus sistemas a fim de fornecer o melhor atendimento possível ao cliente.
(Adaptado de: computerworld.com.br. Disponível em: http://computerworld.com.br/quase-40-dos-bancos-nao-sao-capazes-de-diferenciar-um-ataque-de-atividades-normais-de-clientes)
No trecho Os bancos e as empresas que efetuam pagamentos, no início do primeiro parágrafo, o “que” exerce função pronominal. Outro trecho do texto em que essa palavra exerce a mesma função é:
Leia o texto a seguir para responder as questões sobre seu
conteúdo.
A "LÍNGUA" DO PENSAMENTO
Publicado em Língua Portuguesa, ano 7, n.º 75, janeiro de 2012.
Adaptado de: http://www.aldobizzocchi.com.br/divulgacao.asp.
Acesso em: 28 mar 2017.
Por mais distintas que as línguas sejam,
praticamente tudo que pode ser dito em uma língua pode
ser dito nas demais. Certas palavras não encontram
equivalentes exatos em outros idiomas, as estruturas
sintáticas são muito diferentes, mas o sentido geral das
frases tende a permanecer o mesmo. Tanto que, salvo em
traduções de poesia, em que a expressão é tão importante
quanto o conteúdo, o que se traduz num texto é o seu
sentido geral e não o significado termo a termo, a chamada
tradução literal, que muitas vezes conduz a enunciados sem
sentido.
Essa possibilidade quase irrestrita de tradução é
possível porque o "sentido geral" a que estou me referindo
é algo que transcende a língua. Trata-se de uma
representação mental que fazemos da realidade e que
prescinde de palavras. Mas tampouco se dá por imagens
ou outros símbolos dotados de um significante material.
Tanto que cegos de nascença, surdos-mudos e indivíduos
privados da linguagem por alguma patologia são
perfeitamente capazes de pensar e compreender a
realidade.
Também comprovam a existência dessa
representação mental puramente abstrata, situações como
quando não recordamos uma palavra, mas mesmo assim
sabemos o que queremos dizer, ou quando alguém diz algo
e, tempos depois, lembramos o que foi dito mesmo tendo
esquecido as palavras exatas. A ideia de que pensamos
independentemente da língua que falamos e mesmo de
outros sistemas simbólicos (sons, gestos, desenhos,
esquemas) é bem antiga e tem inquietado muitos
pensadores e cientistas ao longo do tempo.
[...] Fazendo uma analogia, fatos do mundo real são
interações entre objetos formados de átomos ou de
partículas ainda menores. Se o pensamento é a
representação mental da realidade exterior, então a mente
seria povoada por "objetos" (conceitos) compostos de
partículas mínimas hierarquicamente organizadas, os quais
interagem por meio de relações lógicas e abstratas. Isso
explicaria por que substância, qualidade e ação são
categorias universais e por que classes como substantivo,
adjetivo e verbo existem em todas as línguas – ainda que,
no plano da superfície discursiva, possam estar mascaradas
em algumas delas.
Paralelamente, os estudos de Noam Chomsky
sobre a aquisição da linguagem e a competência linguística
demonstraram que, por mais pobres que sejam os estímulos
vindos do meio, toda criança aprende a falar muito cedo e é
capaz de formular corretamente frases que jamais ouviu
antes.
[...] Chomsky postula que a aptidão linguística é
inata e se dá por meio de módulos cerebrais. É como se o
cérebro fosse o hardware no qual já viesse de fábrica um
sistema operacional capaz de processar
qualquer software linguístico (isto é, qualquer língua). A
esse sistema pré-instalado Chomsky chamou de Gramática
Universal (GU). Assim, se o cérebro é como um
computador, a GU é a plataforma (como o Windows, por
exemplo) na qual roda o "software" linguístico instalado (no
nosso caso, algo como o programa "português.exe"). A fala
é então o produto do processamento desse programa, como
o papel que sai da impressora.
Mas, se não pensamos só com palavras, a GU,
sendo uma plataforma de processamento linguístico,
provavelmente ainda não é o sistema de base do
pensamento: deve haver um sistema ainda mais básico, que
permite "rodar" não só línguas mas todos os demais códigos
simbólicos já inventados ou por inventar.
[...] Eu mesmo venho realizando pesquisas sobre o
assunto, algumas já publicadas. É importante dizer que
todas as teorias, apesar das diferenças, são tributárias de
um mesmo princípio, já intuído pelos gregos na Antiguidade.
Como diria Mário Quintana, não há nada que possamos
pensar que algum grego já não tenha pensado.
Aldo Bizzocchi é doutor em Linguística pela USP, pós-doutor pela
UERJ, pesquisador do Núcleo de Pesquisa em Etimologia e História da
Língua Portuguesa da USP e autor de Léxico e Ideologia na Europa
Ocidental (Annablume) e Anatomia da Cultura (Palas Athena).
Assinale a alternativa que contenha corretamente a função principal desse texto.
Assinale a alternativa em que está correto o emprego de a/há.
Temos três modos verbais em Língua Portuguesa: indicativo, imperativo e subjuntivo. Indique abaixo a resposta correta que apresenta um exemplo CORRETO do modo subjuntivo.