De acordo com o texto, um aspecto negativo em relação ao atendimento das pautas feministas é o fato de que
Conforme o autor, a realização de trabalho na modalidade home office
As expressões segundo dados da Fundação Telefónica e segundo um relatório mundial da Deloitte, no 1° e no 3° parágrafo, respectivamente, servem ao propósito de
Um anúncio que a deixou desesperada: vamos tentar mais uma vez, só uma vez, implorou, em prantos. (1° parágrafo)
O trecho acima estará corretamente reescrito com a fala da namorada reportada em discurso indireto, e sem prejuízo do sentido,
em:
Um anúncio que a deixou desesperada, implorando, em prantos,
VIVER MENOS
Drauzio Varella
Dinheiro compra tudo, até o amor verdadeiro. Quando escreveu essa frase, Nelson Rodrigues, talvez o maior dramaturgo brasileiro do século XX, certamente não levou em conta a saúde humana, bem que uma vez perdido nem sempre o dinheiro permite recuperar (embora seja de grande valia).
Veja o caso dos Estados Unidos, o país mais rico do mundo. Em 2017, a expectativa média de vida ao nascer da população americana caiu pelo terceiro ano consecutivo. A expectativa do americano nascido em 2016 era a de viver, em média, 78,7 anos; número que em 2017 diminuiu para 78,6 anos.
A diminuição de um mês no intervalo de um ano pode não parecer exagerada, mas é altamente significativa. Primeiro, porque mostra ser continuada; depois, porque vai na contramão dos sucessivos aumentos anuais que a expectativa de vida ao nascer experimentou nos Estados Unidos desde a última queda, ocorrida no início da década de 1960.
Em 2016, a mortalidade geral na população americana foi de 728,8 para cada 100 mil habitantes; número que aumentou para 731,9 em 2017, diferença estatisticamente significante.
No entanto, as mortes por doenças cardiovasculares no país têm diminuído, graças às medidas preventivas, aos métodos de diagnóstico e tratamento e à tecnologia, que possibilita intervenções capazes de controlar o ritmo das batidas e a irrigação sanguínea do músculo cardíaco.
Ao mesmo tempo, diminuíram as mortes por câncer, porque o diagnóstico é mais precoce, os tratamentos mais eficazes e a prevalência do tabagismo cai lenta, porém continuadamente. Se houve queda das duas principais causas de morte, como explicar a sucessão de reduções da expectativa de vida dos três últimos anos?
Os aumentos de mortalidade mais expressivos nos Estados Unidos ocorreram por suicídio, acidentes e overdoses de drogas ilícitas (principalmente por heroína e fentanil). Outras condições também contribuíram: acidentes vasculares cerebrais, gripe, pneumonia, doença de Alzheimer e outras demências
Na comparação com 2016, o número de suicídios aumentou 26% entre os homens e 53% entre as mulheres. No período de 2010 a 2016, o índice entre meninas adolescentes cresceu 70%. O índice atual de suicídios é de 14 para cada 100 mil habitantes (cerca da metade do índice de homicídios do Brasil).
Em 2017, as drogas ilícitas provocaram 70.237 mortes (número comparável ao de homicídios no Brasil). As que foram causadas por overdose de heroína e fentanil aumentaram perto de 10%. Com a popularização do consumo de opioides sintéticos, como o fentanil, as mortes por overdose dessa classe de drogas aumentaram 45% em relação ao ano anterior.
Os americanos investem em saúde cerca de 17% do Produto Interno Bruto do país. Como o PIB deles é de 19 trilhões de dólares, o investimento total em saúde atinge a cifra de 3,2 trilhões de dólares, ou seja, praticamente o PIB do Brasil.
Para justificar um investimento dessa ordem, quantos anos deveria viver o americano médio? Cem? Cento e dez?
(Carta Capital, 12/12/2018, p. 63)
As perguntas finais evidenciam que o articulista
Curiosamente, viver abaixo do nível do mar explica o etos igualitarista dos holandeses. As tempestades e enchentes que se abateram sobre a Holanda nos séculos XV e XVI incutiram no povo o senso do propósito comum. O menino que tapou com o dedo o furo no dique nunca existiu. Cada cidadão tinha de contribuir para manter o país seco, carregando pesados sacos de
argila no meio da noite se um dique estivesse prestes a ruir. Uma cidade podia ser totalmente engolida pelas águas num átimo. Quem pusesse o status acima do dever era malvisto. Mesmo hoje em dia, a monarquia holandesa é ambivalente na questão da pompa e circunstância. Uma
vez por ano, a rainha anda de bicicleta e serve chocolate quente a seus criados para mostrar que é do povo.
A natureza das hierarquias é culturalmente variável. Abrange toda a gama que vai da formalidade militar germânica e as nítidas divisões de classe britânicas às atitudes desencontradas e apreço pela igualdade dos americanos. No entanto, por mais informais que sejam algumas culturas, nada se compara à negação de status naqueles que os antropólogos
chamam de “verdadeiros igualitaristas”. Estes vão muito além de ter uma rainha ciclista ou um presidente chamado Bill. A própria ideia de monarquia os deixa indignados. Refiro-me aos índios navajos, aos hotentotes, pigmeus mbuti, !kung san, inuítes e outros. Afirma-se que essas sociedades em pequena escala, povos caçadores-coletores, horticultores ou dedicados a outras ocupações, eliminam completamente as distinções de riqueza, poder e status, mantendo apenas as de gênero e as entre pais e filhos. A ênfase é na igualdade e no compartilhamento. Acredita-se que nossos ancestrais imediatos viveram desse modo por milhões de anos. Nesse caso, seriam
as hierarquias menos arraigadas do que supomos?
Houve um tempo em que os antropólogos viam o igualitarismo como um arranjo pacífico no qual as pessoas mostravam o que tinham de melhor, amando e valorizando umas às outras. Era um estado utópico em que leão e cordeiro, dizia-se, dormiam lado a lado. Não estou afirmando que tais estados estão fora de questão. De fato, noticiou-se que uma leoa nas planícies quenianas demonstrou afeição maternal por um filhote de antílope. Mas da perspectiva biológica eles são insustentáveis. Em algum momento, o auto-interesse erguerá sua hedionda cabeça: os predadores sentirão o estômago vazio e as pessoas brigarão pelos recursos. O igualitarismo não
se baseia em amor mútuo, e muito menos em passividade. É uma condição ativamente mantida que reconhece o universal desejo humano de controlar e dominar. Em vez de negarem o desejo de poder, os igualitaristas o conhecem bem demais. Lidam com ele todos os dias.
(DE WAAL, F. Eu, primata. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 96-97)
Para o autor do texto, a atitude da rainha holandesa é:
Curiosamente, viver abaixo do nível do mar explica o etos igualitarista dos holandeses. As tempestades e enchentes que se abateram sobre a Holanda nos séculos XV e XVI incutiram no povo o senso do propósito comum. O menino que tapou com o dedo o furo no dique nunca existiu. Cada cidadão tinha de contribuir para manter o país seco, carregando pesados sacos de
argila no meio da noite se um dique estivesse prestes a ruir. Uma cidade podia ser totalmente engolida pelas águas num átimo. Quem pusesse o status acima do dever era malvisto. Mesmo hoje em dia, a monarquia holandesa é ambivalente na questão da pompa e circunstância. Uma
vez por ano, a rainha anda de bicicleta e serve chocolate quente a seus criados para mostrar que é do povo.
A natureza das hierarquias é culturalmente variável. Abrange toda a gama que vai da formalidade militar germânica e as nítidas divisões de classe britânicas às atitudes desencontradas e apreço pela igualdade dos americanos. No entanto, por mais informais que sejam algumas culturas, nada se compara à negação de status naqueles que os antropólogos
chamam de “verdadeiros igualitaristas”. Estes vão muito além de ter uma rainha ciclista ou um presidente chamado Bill. A própria ideia de monarquia os deixa indignados. Refiro-me aos índios navajos, aos hotentotes, pigmeus mbuti, !kung san, inuítes e outros. Afirma-se que essas sociedades em pequena escala, povos caçadores-coletores, horticultores ou dedicados a outras ocupações, eliminam completamente as distinções de riqueza, poder e status, mantendo apenas as de gênero e as entre pais e filhos. A ênfase é na igualdade e no compartilhamento. Acredita-se que nossos ancestrais imediatos viveram desse modo por milhões de anos. Nesse caso, seriam
as hierarquias menos arraigadas do que supomos?
Houve um tempo em que os antropólogos viam o igualitarismo como um arranjo pacífico no qual as pessoas mostravam o que tinham de melhor, amando e valorizando umas às outras. Era um estado utópico em que leão e cordeiro, dizia-se, dormiam lado a lado. Não estou afirmando que tais estados estão fora de questão. De fato, noticiou-se que uma leoa nas planícies quenianas demonstrou afeição maternal por um filhote de antílope. Mas da perspectiva biológica eles são insustentáveis. Em algum momento, o auto-interesse erguerá sua hedionda cabeça: os predadores sentirão o estômago vazio e as pessoas brigarão pelos recursos. O igualitarismo não
se baseia em amor mútuo, e muito menos em passividade. É uma condição ativamente mantida que reconhece o universal desejo humano de controlar e dominar. Em vez de negarem o desejo de poder, os igualitaristas o conhecem bem demais. Lidam com ele todos os dias.
(DE WAAL, F. Eu, primata. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 96-97)
Quanto ao emprego de tempos verbais no primeiro parágrafo, é correto afirmar que:
Ao afirmar – Não é uma crônica para narcisos. – a autora,
indiretamente,
Leia o texto para responder à questão.
Sidarta Ribeiro tem um sonho: convencer educadores de que o sono é decisivo para o aprendizado. O neurocientista do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) trabalha há anos nessa vertente e agora traz novos dados para tornar esse sonho realidade. Durante seis semanas seu grupo testou a hipótese em 24 alunos de 5º ano do ensino fundamental, com resultados animadores.
Todas as “cobaias” assistiram às mesmas aulas de ciência e história, abrangendo temas curriculares. Na sequência, alguns alunos puderam tirar uma soneca, enquanto outros tiveram outra preleção sobre assunto diverso; outros, ainda, fizeram uma pausa do tipo recreio.
A oportunidade de dormir surgia às 8h15, logo após a primeira aula do dia. O artigo explica que o nascer do sol em Natal ocorre por volta das 5h e que os meninos acordam em geral ali pelas 5h30, chegando à escola bem zonzos, sem dificuldade para cair no sono.
O experimento comprovou que sonecas de 30 a 60 minutos de duração aumentaram em cerca de 10% a retenção do conteúdo. Por outro lado, não se observaram melhoras significativas nos casos em que os alunos dormiam menos de 30 minutos.
Para os autores do estudo, a melhora deve ter sido propiciada pelo estágio 2 de sono, benéfico para a memória declarativa, de curto prazo. Sonecas matutinas também envolvem sono com sonhos, o chamado estágio REM, mais associado com criatividade.
“Estou cada vez mais convencido de que a revolução educacional que o Brasil precisa fazer começa pelo aumento dos salários do magistério e passa em seguida pela otimização da fisiologia (sono, alimentação, exercício) e pela avaliação contínua personalizada via computador”, diz Ribeiro.
(Marcelo Leite. Sonecas de 30 minutos ou mais melhoram aprendizado
na escola. www1.folha.uol.com.br, 02.09.2018. Adaptado)
Assinale a alternativa que apresenta frase cujas ideias estão em conformidade com o que se afirma no texto e com a norma-padrão da língua.
Leia o texto para responder à questão.
Agora o filho começava a andar, brincava com barcos que o velho Francisco fazia. Abandonados num canto, sem um olhar do garoto sequer, um trem de ferro que Rodolfo trouxera, o ursinho barato que Lívia comprara, o palhaço que era presente dos tios de Lívia. O barco feito de um pedaço de mastro que o velho dera valia por tudo. Na bacia onde Lívia lavava roupa o filho navegava. O menino falava na sua língua que lembrava o árabe: — Vovô, fá petá.
O velho Francisco sabia que ele queria que a tempestade desencadeasse sobre a bacia. Como Iemanjá que fazia o vento cair sobre o mar, o velho Francisco inchava as bochechas e desencadeava o nordeste sobre a bacia. O pobre barco rodava sobre si mesmo, andava ao léu do vento rapidamente, o garoto batia palmas com as mãozinhas sujas. O velho Francisco inchava mais as bochechas, fazia o vento
mais forte. As águas da bacia, calmas como as de um lago, se agitavam, ondas varriam o barco que terminava por se encher de água e afundar lentamente. O garoto batia palmas, o velho Francisco via sempre com tristeza o barco ir ao fundo.
Lívia olhava com medo o urso, o palhaço, o trem abandonados. Nunca o garoto fizera o trem descarrilar no passeio da casa. Nunca fizera o urso matar o palhaço. Os destinos da terra não interessavam ao filho. Seus olhos vivos seguiam o pequeno barco na sua luta contra a tempestade que saía das
bochechas do velho Francisco.
(Jorge Amado. Mar morto. Companhia das Letras, 2008. Adaptado)
A partir de informações presentes no texto, é correto afirmar que há nele
Todo Camburão Tem Um Pouco de Navio Negreiro
O Rappa
Tudo começou quando a gente conversava
Naquela esquina ali
De frente àquela praça
Veio os homens
E nos pararam
Documento por favor
Então a gente apresentou
Mas eles não paravam
Qual é negão? qual é negão?
O que que tá pegando?
Qual é negão? qual é negão?
É mole de ver
Que em qualquer dura
O tempo passa mais lento pro negão
Quem segurava com força a chibata
Agora usa farda
Engatilha a macaca
Escolhe sempre o primeiro
Negro pra passar na revista
Pra passar na revista
Todo camburão tem um pouco de navio negreiro
Todo camburão tem um pouco de navio negreiro (...)
Extraído de: https://www.letras.mus.br/o-rappa/Acesso em 16/10/2019.
Em relação à musica, assinale a alternativa correta:
Leia a tirinha:

Fernando Gonsales. Níquel Náusea: Nem tudo que balança cai. São Paulo: Devir, 2003.
De acordo com a fala do menino, no primeiro quadrinho, podemos inferir que: