Hoje o Rio de Janeiro é famoso pela bela alcunha de “Cidade Maravilhosa”, mas seu passado esconde apelidos muito menos lisonjeiros. “Porto Sujo” e “Cidade da Morte” eram os nomes que os estrangeiros usavam para se referir à capital fluminense antes da Reforma Pereira Passos.
Muitos navios passaram a evitar a Baía de Guanabara por medo. Em um episódio dramático, em 1895, 333 marinheiros do navio italiano Lombardia, que tinha 340 tripulantes, contraíram febre amarela, e 234 morreram.
BIAS, M. Passado a limpo. Disponível em: www.revistadehistoria.com.br.
Acesso em: 14 abr. 2015 (adaptado).
Os termos pelos quais a cidade era conhecida no passado, antes da reforma mencionada no texto, são explicados pela associação entre os seguintes fatores:
Declaração de Salamanca – 1994
Acreditamos e proclamamos que: toda criança tem direito fundamental à educação e deve ser dada a oportunidade de atingir e manter o nível adequado de aprendizagem; toda criança possui características, interesses, habilidades e necessidades de aprendizagem
que são únicas; sistemas educacionais deveriam ser designados e programas educacionais deveriam ser implementados no sentido de se levar em conta a vasta diversidade de tais características e necessidades.
Disponível em: http://portal.mec.gov.br. Acesso em: 4 out. 2015.
Como signatário da Declaração citada, o Brasil comprometeu-se com a elaboração de políticas públicas educacionais que contemplem a
Os seringueiros amazônicos eram invisíveis no cenário nacional nos anos 1970. Começaram a se articular como um movimento agrário no início dos anos 1980, e na década seguinte conseguiram reconhecimento nacional, obtendo a implantação das primeiras reservas
extrativas após o assassinato de Chico Mendes. Assim, em vinte anos, os camponeses da floresta passaram da invisibilidade à posição de paradigma de desenvolvimento sustentável com participação popular.
ALMEIDA, M. W. B. Direitos à floresta e ambientalismo: seringueiros e suas lu tas.
Revista Brasileira de Ciências Sociais, n. 55, 2004.
De acordo com o texto, a visibilidade dos seringueiros amazônicos foi estabelecida pela relação entre
A restrição à participação eleitoral mencionada no texto visava assegurar o poder político aos(às)
É difícil imaginar que nos anos 1990, num país com setores da população na pobreza absoluta e sem uma rede de benefícios sociais em que se apoiar, um governo possa abandonar o papel de promotor de programas de geração de emprego, de assistência social, de desenvolvimento da infraestrutura e de promoção de regiões excluídas, na expectativa de que o mercado venha algum dia a dar uma resposta adequada a tudo isso.
SORJ, B. A nova sociedade brasileira. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000 (adaptado).
Nesse contexto, a criticada postura dos governos frente à situação social do país coincidiu com a priorização de que medidas?
Chamando o repórter de “cidadão”, em 1904, o preto acapoeirado justificava a revolta: erapara “não andarem dizendo que o povo é carneiro. De vez em quando é bom a negrada mostrar que sabe morrer como homem!”. Para ele, a vacinação em si não era importante —embora não admitisse de modo algum deixar os homens da higiene meter o tal ferro em suasvirilhas. O mais importante era “mostrar ao governo que ele não põe o pé no pescoço dopovo”.
CARVALHO, J. M. Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi.
São Paulo: Cia. das Letras, 1987 (adaptado).
A referida Revolta, ocorrida na cidade do Rio de Janeiro no início da República, caracterizou-se por ser uma
O baixo índice de participação popular em eleições nos períodos mencionados ocorria em função da
Qual comportamento coletivo é criticado no trecho da letra da canção lançada em 1979?
Essa imagem foi impressa em cartilha escolar durante a vigência do Estado Novo com o intuito de
Essa dinâmica expõe uma forma de desigualdade social comum nas cidades brasileiras associada à dificuldade de ter acesso
A realidade contemporânea do espaço rural descrita no texto deriva do processo de expansão
No início do século XX, na transição do trabalho escravo para o livre, os objetivos da legislação citada eram
Enfermo a 14 de novembro, na segunda-feira o velho Lima voltou ao trabalho, ignorando que no entretempo caíra o regime. Sentou-se e viu que tinham tirado da parede a velha litografia representando D. Pedro de Alcântara. Como na ocasião passasse um contínuo, perguntou-lhe:
- Por que tiraram da parede o retrato de Sua Majestade?
O contínuo respondeu, num tom lentamente desdenhoso:
- Ora, cidadão, que fazia ali a figura do Pedro Banana?
- Pedro Banana! - repetiu raivoso o velho Lima.
E, sentando-se, pensou com tristeza:
- Não dou três anos para que isso seja uma República!
AZEVEDO, A. Vidas alheias. Porto Alegre: s,e, 1901 (adaptado)
A crônica de Artur Azevedo, retratando os dias imediatos à instauração da República no Brasil, refere-se ao(à)
Iniciou-se em 1903 a introdução de obras de arte
com representações de bandeirantes no acervo do
Museu Paulista, mediante a aquisição de uma tela que
homenageava o sertanista que comandara a destruição
do Quilombo de Palmares. Essa aquisição, viabilizada
por verba estadual, foi simultânea à emergência de uma
interpretação histórica que apontava o fenômeno do
sertanismo paulista como o elo decisivo entre a trajetória
territorial do Brasil e de São Paulo, concepção essa que
se consolidaria entre os historiadores ligados ao Instituto
Histórico e Geográfico de São Paulo ao longo das três
primeiras décadas do século XX.
MARINS, P. C. G. Nas matas com pose de reis: a representação de bandeirantes e a
tradição da retratística monárquica europeia. Revista do LEB, n. 44, fev. 2007
A prática governamental descrita no texto, com a escolha
dos temas das obras, tinha como propósito a construção
de uma memória que
Colonizar, afirmava, em 1912, um eminente jurista, "é relacionar-se com os países novos para tirar benefícios dos recursos de qualquer natureza desses países, aproveitá-los no interesse nacional, e ao mesmo tempo levar às populações primitivas as vantagens da cultura intelectual, social, científica, moral, artística, literária, comercial e industrial, apanágio das raças superiores. A colonização é, pois, um estabelecimento fundado em país novo por uma raça de civilização avançada, para realizar o duplo fim que acabamos de indicar". MÉRIGNHAC. Précis de législation et d'économie coloniales. Apud LINHARES, M. Y. A luta contra a Metrópole (Ásia e África). São Paulo: Brasiliense, 1981
A definição de colonização apresentada no texto tinha a função ideológica de