Metade do volume de óleo de cozinha consumido anualmente no Brasil, cerca de dois bilhões de litros, é jogada incorretamente em ralos, pias e bueiros. Estima-se que cada litro de óleo descartado polua milhares de litros de água. O óleo no esgoto tende a criar uma barreira que impede a passagem da água, causa entupimentos e, consequentemente, enchentes. Além disso, ao contaminar os mananciais, resulta na mortandade de peixes. A reciclagem do óleo de cozinha, além de necessária, tem mercado na produção de biodiesel. Há uma demanda atual de 1,2 bilhões de litros de biodiesel no Brasil. Se houver planejamento na coleta, transporte e produção, estima-se que se possa pagar até R$ 1,00 por litro de óleo a ser recidado.
Programa mostra caminho para uso do óleo de fritura na produção de biodiesel. Disponível em: http://www.nutrinews.com.br. Acesso em: 14 fev. 2009
De acordo com o texto, o destino inadequado do óleo de cozinha traz diversos problemas. Com o objetivo de contribuir para resolver esses problemas, deve-se
Nesse contexto, para conciliar os interesses aparentemente contraditórios entre o progresso social e urbano e a conservação do meio ambiente, seria razoável
A seca extrema que atingiu a região
amazônica em 2005 provocou problemas de saúde em
90% da população pobre de Rio Branco (AC). A
principal causa foi a fumaça liberada, em grandes
quantidades, pelas queimadas, que se intensificaram
devido ao clima. A concentração de fumaça ficou três
vezes maior que o limite crítico estabelecido pelo
Ministério do Meio Ambiente, e a de fuligem, mais do
que dobrou.
Ciência hoje, Rio de Janeiro, v. 42, n.º. 252, p.54, set./2008 (adaptado)
A fumaça liberada pelas queimadas
Com a onda de calor na Europa, as praias do
mar Mediterrâneo ficaram repletas de turistas e de
águas–vivas. Na ilha de Mallorca, na Espanha, esses
animais tiraram os visitantes da água. Segundo a Cruz
Vermelha, cerca de 3 mil pessoas foram tratadas só
nessa região espanhola, durante o verão. No mesmo
mar Mediterrâneo, só que em praias italianas, as
águas–vivas espantaram banhistas e causaram
prejuízos a quem vive de turismo. Um jornal declarou:
"O mar ficou febril". Além do calor excessivo, outro
motivo que trouxe os animais para perto da costa foi a
diminuição do número de predadores naturais, como
tartarugas e golfinhos. As águas–vivas ou medusas
são belas e leves – 95% do seu corpo são formado
por água – no entanto, suas células urticantes, que
contêm uma toxina utilizada para se defenderem de
predadores e para imobilizarem presas, causam
queimaduras e urticárias nos humanos.
Disponível em: http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,OI1090958–EI6580,00.html.
Acesso em: 24 set. 2009 (adaptado)
O desequilíbrio que acarretou a proliferação de águasvivas
nas praias do Mediterrâneo está relacionado
A imagem acima, foi utilizada em uma campanha da
Organização das Nações Unidas para alertar sobre a
falta de acesso de parcela significativa da população à
água e ao esgoto tratado mundial. Em relação a esse
tema, a escolha da imagem
Um experimento realizado na Floresta
Nacional dos Tapajós, no Pará, teve como objetivo
identificar o papel da redução das chuvas sobre a
floresta Amazônica decorrente do aquecimento global.
Para tanto, entre os anos de 2000 a 2004, foi simulada
uma situação de seca severa em uma área de
vegetação nativa que media um hectare, denominada
“área estudada". Os resultados obtidos foram
comparados com os dados de outra área com
tamanho, vegetação e estrutura similar e que não
havia sido exposta à seca, denominada “área
controle". Foi medida a quantidade de água no solo
das duas áreas durante os períodos de chuva e de
seca na floresta amazônica. A quantidade de água
(em milímetros) encontrada na área estudada (pontos
cinzas) e controle (pontos pretos) é mostrada no
gráfico as seguir. As faixas verticais cinzas
representam o período no qual os pesquisadores
criaram uma seca artificial na área estudada, durante
os períodos chuvosos.
Analisando–se o gráfico, que revela o resultado direto
da metodologia usada para criar secas artificiais,
observa–se que
Suponha que o chefe do departamento de administração de uma empresa tenha feito um discurso defendendo a ideia de que os funcionários deveriam cuidar do meio ambiente no espaço da empresa. Um dos funcionários levantou-se e comentou que o conceito de meio ambiente não era claro o suficiente para se falar sobre esse assunto naquele lugar. Considerando que o chefe do departamento de administração entende que a empresa é parte do meio ambiente, a definição que mais se aproxima dessa concepção é:
Confirmada pelos cientistas e já sentida pela população mundial, a mudança climática global é hoje o principal desafio socioambiental a ser enfrentado pela humanidade. Mudança climática é o nome que se dá ao conjunto de alterações nas condições do clima da Terra pelo acúmulo de seis tipos de gases na atmosfera — sendo os principais o dióxido de carbono (CO2) e o metano (CH4) — emitidos em quantidade excessiva através da queima de combustíveis (petróleo e carvão) e do uso inadequado do solo. SANTILLI, M. Mudança climática global. Almanaque Brasil Socioambiental 2008 . São Paulo, 2007 (adaptado).
Suponha que, ao invés de superaquecimento, o planeta sofresse uma queda de temperatura, resfriando-se como numa era glacial, nesse caso
Na atual estrutura social, o abastecimento de água tratada desempenha um papel fundamental para a prevenção de doenças. Entretanto, a população mais carente é a que mais sofre com a falta de água tratada, em geral, pela falta de estações de tratamento capazes de fornecer o volume de água necessário para o abastecimento ou pela falta de distribuição dessa água.

No sistema de tratamento de água apresentado na figura, a remoção do odor e a desinfecção da água coletada ocorrem, respectivamente, nas etapas
Em 2006, foi realizada uma conferência das
Nações Unidas em que se discutiu o problema do lixo
eletrônico, também denominado e-waste. Nessa ocasião,
destacou-se a necessidade de os países em
desenvolvimento serem protegidos das doações nem
sempre bem-intencionadas dos países mais ricos. Uma
vez descartados ou doados, equipamentos eletrônicos
chegam a países em desenvolvimento com o rótulo de
“mercadorias recondicionadas", mas acabam deteriorandose
em lixões, liberando chumbo, cádmio, mercúrio e outros
materiais tóxicos.
Internet:
A discussão dos problemas associados ao e-waste leva à
conclusão de que
Um grupo de ecólogos esperava encontrar
aumento de tamanho das acácias, árvores preferidas
de grandes mamíferos herbívoros africanos, como
girafas e elefantes, já que a área estudada era
cercada para evitar a entrada desses herbívoros.
Para espanto dos cientistas, as acácias pareciam
menos viçosas, o que os levou a compará-las com
outras de duas áreas de savana: uma área na qual os
herbívoros circulam livremente e fazem podas
regulares nas acácias, e outra de onde eles foram
retirados há 15 anos. O esquema a seguir mostra os
resultados observados nessas duas áreas.

De acordo com as informações acima,
Um estudo recente feito no Pantanal dá uma
boa idéia de como o equilíbrio entre as espécies,
na natureza, é um verdadeiro quebra-cabeça. As peças
do quebra-cabeça são o tucano-toco, a arara-azul e o
manduvi. O tucano-toco é o único pássaro que consegue
abrir o fruto e engolir a semente do manduvi, sendo, assim,
o principal dispersor de suas sementes. O manduvi, por
sua vez, é uma das poucas árvores onde as araras-azuis
fazem seus ninhos.
Até aqui, tudo parece bem encaixado, mas... é
justamente o tucano-toco o maior predador de ovos de
arara-azul — mais da metade dos ovos das araras são
predados pelos tucanos. Então, ficamos na seguinte
encruzilhada: se não há tucanos-toco, os manduvis se
extinguem, pois não há dispersão de suas sementes e não
surgem novos manduvinhos, e isso afeta as araras-azuis,
que não têm onde fazer seus ninhos. Se, por outro lado, há
muitos tucanos-toco, eles dispersam as sementes dos
manduvis, e as araras-azuis têm muito lugar para fazer
seus ninhos, mas seus ovos são muito predados.
Internet:
De acordo com a situação descrita,
A Lei Federal n.º 9.985/2000, que instituiu o
sistema nacional de unidades de conservação, define dois
tipos de áreas protegidas. O primeiro, as unidades de
proteção integral, tem por objetivo preservar a natureza,
admitindo-se apenas o uso indireto dos seus recursos
naturais, isto é, aquele que não envolve consumo, coleta,
dano ou destruição dos recursos naturais. O segundo, as
unidades de uso sustentável, tem por função compatibilizar
a conservação da natureza com o uso sustentável de
parcela dos recursos naturais. Nesse caso, permite-se a
exploração do ambiente de maneira a garantir a
perenidade dos recursos ambientais renováveis e dos
processos ecológicos, mantendo-se a biodiversidade e os
demais atributos ecológicos, de forma socialmente justa e
economicamente viável.
Considerando essas informações, analise a seguinte
situação hipotética.
Ao discutir a aplicação de recursos disponíveis
para o desenvolvimento de determinada região,
organizações civis, universidade e governo resolveram
investir na utilização de uma unidade de proteção integral,
o Parque Nacional do Morro do Pindaré, e de uma unidade
de uso sustentável, a Floresta Nacional do Sabiá. Depois
das discussões, a equipe resolveu levar adiante três
projetos:
- o projeto I consiste de pesquisas científicas
embasadas exclusivamente na observação de
animais;
- o projeto II inclui a construção de uma escola e de
um centro de vivência;
- o projeto III promove a organização de uma
comunidade extrativista que poderá coletar e
explorar comercialmente frutas e sementes
nativas.
Nessa situação hipotética, atendendo-se à lei mencionada
acima, é possível desenvolver tanto na unidade de
proteção integral quanto na de uso sustentável
Os ingredientes que compõem uma gotícula de
nuvem são o vapor de água e um núcleo de condensação
de nuvens (NCN). Em torno desse núcleo, que consiste em
uma minúscula partícula em suspensão no ar, o vapor de
água se condensa, formando uma gotícula microscópica,
que, devido a uma série de processos físicos, cresce até
precipitar-se como chuva.
Na floresta Amazônica, a principal fonte natural de
NCN é a própria vegetação. As chuvas de nuvens baixas,
na estação chuvosa, devolvem os NCNs, aerossóis, à
superfície, praticamente no mesmo lugar em que foram
gerados pela floresta. As nuvens altas são carregadas por
ventos mais intensos, de altitude, e viajam centenas de
quilômetros de seu local de origem, exportando as
partículas contidas no interior das gotas de chuva.
Na Amazônia, cuja taxa de precipitação é uma das mais
altas do mundo, o ciclo de evaporação e precipitação
natural é altamente eficiente.
Com a chegada, em larga escala, dos seres
humanos à Amazônia, ao longo dos últimos 30 anos, parte
dos ciclos naturais está sendo alterada. As emissões de
poluentes atmosféricos pelas queimadas, na época da
seca, modificam as características físicas e químicas da
atmosfera amazônica, provocando o seu aquecimento,
com modificação do perfil natural da variação da
temperatura com a altura, o que torna mais difícil a
formação de nuvens.
Paulo Artaxo et al. O mecanismo da floresta para fazer chover. In: Scientific
American Brasil, ano 1, n.º 11, abr./2003, p. 38-45 (com adaptações).
Na Amazônia, o ciclo hidrológico depende
fundamentalmente