Sejam x, y e z números reais que satisfazem ao sistema linear dado a seguir:

O valor de x + y é igual a
Considere que em uma empresa há um total de 200 funcionários, dos quais apenas 20% são mulheres. Sabe-se que, se x mulheres forem contratadas, o percentual de funcionários mulheres subirá para 50%. Qual a soma dos algarismos desse número x?
Se você não canta, então eu choro. Se você canta, então eu não danço. Ora, eu danço.
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LÍNGUA PORTUGUESA I
Com crise atual, clima passa a ser visto como ator relevante na História
Atravessamos um período de urgente preocupação climática. No Brasil, seca intensa, incêndios devastadores em diversos biomas e desastres como as chuvas que atingiram o Sul do país em 2024. No mundo, inundações no Saara e, em muitos outros países, elevação das temperaturas e do nível do mar. Para o campo da história, apesar de hoje os estudos que tratam de mudanças climáticas se mostrarem mais atuais que nunca, esse não é um tema novo, uma vez que muitos autores nos séculos 18 e 19 já pensavam a saúde e a doença a partir de suas relações com o ambiente e o clima.
Um pesquisador da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) tem se dedicado a temas ambientais e às transformações ecológicas que caracterizam o chamado Antropoceno, termo que designa uma nova época geológica definida pelo impacto do homem na Terra. Ele analisa como a relação entre clima e saúde foi percebida ao longo da história, afirmando que as mudanças climáticas interferem na saúde, podendo influenciar na propagação de vetores — como mosquitos que transmitem doenças —, na qualidade das águas e do ar, na fisiologia dos organismos e na produção de alimentos.
Para o pesquisador, a covid-19 trouxe à tona a discussão sobre a pandemia como parte de uma crise sistêmica, o que ocorreu não apenas entre cientistas e historiadores da doença e da medicina, mas também na esfera pública, na grande mídia e nas redes sociais. “Durante a pandemia, na imprensa, nas redes, ouvimos frases como ‘isso é uma expressão da crise ecológica’, ‘a humanidade é o vírus’. E essa questão não é supernova”.
Ele afirma que há correntes nos séculos 18 e 19 que pensavam a saúde de forma abrangente e integrada ao meio ambiente. Isso é bastante claro no século 19, porque a própria maneira de conceber as inter-relações entre doença, corpo e ambiente tinha base nas ideias do neo-hipocratismo, de que os corpos precisam estar em equilíbrio com o ambiente e que o desequilíbrio causa a doença.
Entre os estudos citados pelo pesquisador, consta uma pesquisa sobre a malária no interior de São Paulo, cuja proposta é pensar essas epidemias, conectando-as com a dinâmica do Tietê: “A malária é uma doença muito dependente de fatores ecológicos, muito ligada a questões climáticas, aos regimes hídricos. Ela convida a pensar a história das doenças não apenas como a narrativa da campanha de saúde pública focada em vacinas e antibióticos; essa é uma história que também envolve atores que pensaram doença e saúde de maneira a integrar as relações biológicas, as relações com o ambiente e com o clima”.
A COC/Fiocruz tem uma forte tradição de pesquisas sobre a Amazônia. A razão disso, segundo o pesquisador, deve-se “à importância incontornável que a Amazônia tem nos estudos científicos e na saúde pública e pela própria densidade das pesquisas que vão se realizar a partir da segunda metade do século 20”. O bioma pode ser visto como uma representação dos processos e dos impactos globais que caracterizam o Antropoceno, refletindo as interações e as tensões entre os humanos e a natureza em uma área específica. “É quase um truísmo afirmar que é importante conservar a Amazônia por causa de seu papel na regulação climática, da chuva e do ciclo da água. A Amazônia é uma região vital para o equilíbrio do clima, da biodiversidade e dos recursos naturais, representando muitos dos desafios globais enfrentados em termos de conservação ambiental e impacto humano”.
O pesquisador também destacou o caráter transnacional da própria Amazônia, que se estende por nove países (Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Venezuela e Suriname), acrescentando que o bioma ultrapassa as fronteiras políticas e que a história ambiental, por si só, já problematiza a ideia de uma história nacional, uma vez que rios, biomas e paisagens atravessam territórios. Além disso, sempre houve na região grandes projetos com financiamento de instituições internacionais e multilaterais. O pesquisador ressaltou ainda que há uma perspectiva na escrita da história de pensar a Amazônia de forma global desde a época colonial.
Analisando a forma como a história lidou com o clima, o pesquisador afirma que por muito tempo as ciências sociais estiveram intimamente ligadas ao tema, no entanto, muitas vezes de maneira determinista, inclusive, justificando o colonialismo: “as ideias sobre clima, em muitos casos, envolveram uma visão racista a partir do pensamento de que povos, clima e ambiente tinham seus respectivos lugares. Isso foi uma estrutura para a legitimação científica do conceito de raça. Ou seja, assim como plantas e animais são ligados a ambientes específicos, o mesmo aconteceria com as raças humanas. Então, por muito tempo, a questão do clima, do ambiente, foi muito ligada a essa visão determinista, que teve consequências danosas ao servir de suporte para o racismo e o colonialismo”.
Para ele, no entanto, agora, com a emergência da questão das mudanças climáticas contemporâneas, o clima vem sendo recuperado como “partícipe da história” e não mais a partir da ideia de que o clima determina a história e o caráter da sociedade. “Não é mais possível pensar processos climáticos sem considerar seus enredamentos com agência humana, com as organizações sociais e os processos políticos”.
MANNHEIMER, Vivian. Com crise atual, clima passa a ser visto como ator relevante na História. Agência Fiocruz de Notícia, 12 nov. 2024. Disponível em: https://agencia.fiocruz.br/com-cri-se-atual-clima-passa-ser-visto-como-ator relevante-na-historia. Acesso em: 18 jan. 2025. Adaptado
No trecho “Para o campo da história, apesar de hoje os estudos que tratam de mudanças climáticas se mostrarem mais atuais que nunca, esse não é um tema novo, uma vez que muitos autores nos séculos 18 e 19 já pensavam a saúde e a doença a partir de suas relações com o ambiente e o clima.” (parágrafo 1), a relação lógica que se estabelece entre as ideias por meio da expressão destacada é de
O debate sobre o futuro da Amazônia depende essencialmente de como se define desenvolvimento. Diversas iniciativas governamentais — e privadas, muitas vezes ilegais — desde os anos 1970 estão centradas na ideia de ocupação do território para atividades agropecuárias e de mineração, além do uso dos rios para geração de energia elétrica, mesmo que isso implique a derrubada descontrolada da floresta. Na região Norte, o desmatamento contínuo, que já consumiu 20% da área original da floresta no Brasil, afeta negativamente o clima regional, com impacto no continente e no restante do planeta.
A floresta amazônica exerce um papel fundamental na chamada química atmosférica: é uma gigantesca fonte de vapor d’água, que leva chuva da região Norte até a bacia do rio da Prata, favorecendo, por exemplo, a atividade agropecuária da região Centro-Oeste. Um estudo mostra que o desmatamento
total ou parcial das três grandes florestas tropicais do mundo — a da bacia do Congo e a do Sudeste Asiático, além da amazônica, a maior delas — causaria um aumento da temperatura do planeta de 0,7 °C, o que equivale a boa parte do aquecimento gerado pela ação humana desde a Revolução Industrial.
O ecossistema rico e delicado da Amazônia demanda um modelo de desenvolvimento próprio que privilegie as particularidades da floresta, aproveitando sua imensa biodiversidade e respeitando a população local — indígenas, ribeirinhos e moradores das cidades. A discussão deve contemplar questões como o manejo sustentável de recursos como pesca, madeira e frutos, a oferta de infraestrutura para seus habitantes (na região que concentra 20% de água doce de toda a Terra, 30% da população não tem acesso à água potável e 87% vive sem coleta de esgoto), o combate ao desmatamento ilegal, a grilagem de terras públicas, entre outros pontos. A ciência tem a contribuir no estudo da biodiversidade; na domesticação de espécies nativas com relevância comercial; e na recuperação de pastagens abandonadas para uso em uma agricultura mais tecnológica e uma pecuária mais intensiva, ou realizada em floresta.
Alexandra O. de Almeida. Revista Pesquisa FAPESP, edição 285, nov./2019 (com adaptações)
De acordo com as ideias veiculadas no texto CB1A1, julgue os itens a seguir
De acordo com as ideias do texto, a formulação de um novo modelo de desenvolvimento para a Amazônia pode ser beneficiada pelas contribuições da ciência.
Julgue os itens subsequentes, relativos à Política Nacional do Meio Ambiente, à Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, ao Sistema Nacional de Unidades de Conservação e ao manejo de unidades de conservação.
A queima controlada consiste no uso planejado, monitorado e controlado do fogo realizado para fins, por exemplo, de conservação ou manejo em áreas determinadas e sob condições específicas, com objetivos predefinidos em plano de manejo integrado do fogo.
Considerando os parâmetros estabelecidos no Manual de Redação da Presidência da República para a produção de documentos oficiais, julgue os próximos itens.
O vocativo que deve ser utilizado em comunicação dirigida a ministro de Estado é Vossa Excelência.
No que se refere à definição de estratégias organizacionais, bem como à melhoria de processos, à metodologia BSC (balanced scorecard) e à gestão de projetos, julgue os itens seguintes.
Os projetos, por definição, não devem ser constituídos de atividades repetitivas e contínuas, mas compreender esforços temporários, com datas de início e fim, ainda que sua execução demande períodos de longa duração.
No que se refere a redes de computadores e ao uso transparente e imparcial de inteligência artificial (IA) no serviço público, julgue os itens subsequentes.
O Microsoft Edge permite que se ajuste o nível de prevenção de rastreamento para equilibrar privacidade e personalização, sendo o nível básico recomendado para a maioria dos usuários.
A crise econômica de 1929 afetou fortemente a economia brasileira, especialmente se considerada a posição do Brasil como nação agroexportadora.
Diante da crise do café no mercado internacional, a economia agrícola do chamado Centro-Sul expande-se em direção à produção do açúcar, com efeitos devastadores para a economia do Nordeste, como um todo, e para a de Sergipe, em particular. O declínio do preço do açúcar que se seguiu ao aumento da oferta interna vai afetar fortemente a economia sergipana e nordestina.
No contexto descrito, um programa do governo federal, principalmente durante a Era Vargas, foi capaz de manter o nível da produção rural sergipana e das usinas de açúcar, evitando o colapso das plantações e um processo de migração massiva.
Trata-se do Instituto do Açúcar e do Álcool, cujo funcionamento baseava-se principalmente na
Julgue os itens seguintes, com base na Lei de Acesso à Informação e na Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).
Qualquer interessado poderá requerer acesso a informações aos órgãos públicos, por qualquer meio legítimo, desde que mediante identificação pessoal e especificação da informação requerida e dos motivos do pedido.
Julgue os itens subsequentes, relacionados à estrutura e ao fechamento das demonstrações contábeis aplicadas ao setor público.
Na demonstração dos fluxos de caixa, as receitas e as despesas serão classificadas em recursos vinculados e não vinculados, respectivamente.
No que diz respeito à administração pública, à organização político-administrativa do Estado e ao Sistema Tributário Nacional, julgue os seguintes itens.
A proibição de pulverização aérea de agrotóxicos é matéria afeta à saúde e ao meio ambiente, temas elencados entre as competências legislativas concorrentes da União, dos estados e do Distrito Federal.
Em relação à ordem econômica e financeira, aos direitos e deveres individuais e coletivos e ao Ministério Público, julgue os itens a seguir, considerando as disposições da CF e o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo a CF, a defesa do meio ambiente é um fundamento da ordem econômica, devendo ser assegurada inclusive mediante tratamento diferenciado, conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação.
A respeito do orçamento público e de suas receitas e despesas, julgue os itens subsecutivos.
A despesa orçamentária consiste nos gastos previstos na LOA, enquanto a despesa extraorçamentária envolve saídas de recursos que não alteram o patrimônio líquido do ente público, pois correspondem a movimentações financeiras sem impacto efetivo na execução orçamentária.