No trecho que compreende os parágrafos 5º, 6º e 7º, predominam os tipos textuais
Um livro didático apresenta em suas atividades de interpretação
de texto uma entrevista, uma descrição de um folheto turístico,
um poema de Carlos Drummond de Andrade e um trecho de um
romance de Clarice Lispector.
Essa seleção se revela adequada
Leia o texto e responda às questões de 01 a 08, a seguir:
O assassino era o escriba
Paulo Leminsky
Meu professor de análise sintática era o tipo do
sujeito inexistente.
Um pleonasmo, o principal predicado da sua vida,
regular como um paradigma da 1ª conjugação.
Entre uma oração subordinada e um adjunto
adverbial,
ele não tinha dúvidas: sempre achava um jeito
assindético de nos torturar com um aposto.
Casou com uma regência.
Foi infeliz.
Era possessivo como um pronome.
E ela era bitransitiva.
Tentou ir para os EUA.
Não deu.
Acharam um artigo indefinido em sua bagagem.
A interjeição do bigode declinava partículas
expletivas,
conectivos e agentes da passiva, o tempo todo.
Um dia, matei-o com um objeto direto na cabeça.
A respeito da estrutura e interpretação do texto, é possível afirmar que é:

A respeito das ideias veiculadas no texto CB2A2AAA, julgue os itens que se seguem.
A tese defendida pelo autor do texto resume-se à ideia expressa na seguinte assertiva: o Estado é um peso para toda a sociedade, mas, como não se pode prescindir dele, devem-se arquitetar mecanismos para que os impostos pagos pela sociedade sejam distribuídos em favor dos mais pobres.
Atenção: As questões de números 1 a 6 referem-se ao texto seguinte.
A velhinha contrabandista
Todos os dias uma velhinha atravessava a ponte entre dois países, de bicicleta e carregando uma bolsa. E todos os dias era
revistada pelos guardas da fronteira, à procura de contrabando. Os guardas tinham certeza que a velhinha era contrabandista, mas
revistavam a velhinha, revistavam a sua bolsa e nunca encontravam nada. Todos os dias a mesma coisa: nada. Até que um dia um
dos guardas decidiu seguir a velhinha, para flagrá-la vendendo a muamba, ficar sabendo o que ela contrabandeava e, principalmente,
como. E seguiu a velhinha até o seu próspero comércio de bicicletas e bolsas.
Como todas as fábulas, esta traz uma lição, só nos cabendo descobrir qual. Significa que quem se concentra no mal
aparentemente disfarçado descuida do mal disfarçado de aparente, ou que muita atenção ao detalhe atrapalha a percepção do todo,
ou que o hábito de só pensar o óbvio é a pior forma de distração.
(VERISSIMO, Luis Fernando. O mundo é bárbaro. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008, p. 41)
Os dois parágrafos que compõem o texto constituem-se, respectivamente, de uma
Considerando alguns princípios ou critérios da textualidade tais como: situacionalidade, intencionalidade,
intertextualidade e informatividade; estabeleça adequadamente a relação com os aspectos por eles apresentados.

Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto Um amigo em talas, julgue os itens que se seguem
Para caracterizar o personagem Amadeu Amaral Júnior, o narrador combina, no segundo parágrafo, recursos dos tipos textuais narrativo e descritivo.
“O mais importante para aprender-se a escrever uma dissertação
é considerar a estrutura textual ‘introdução, desenvolvimento e
conclusão’ como características específicas desse modo de
organização discursiva”.
Essa afirmação, retirada de um livro didático
Assinale o item que substitui corretamente o termo sublinhado do trecho que segue, sem mudar o sentido: “É, pois, função precípua dos Institutos Federais atuar a favor dos arranjos produtivos, sociais e culturais locais.” (6º parágrafo)
Campinas tem alerta após 10 casos de microcefalia
Por Inaê Miranda – publicado em 05/12/2015
O número de casos de microcefalia registrados
em Campinas chegou a dez, segundo informou na
última sexta-feira (4) a diretora do Departamento de
Vigilância em Saúde (Devisa), Brigina Kemp. Todos
os bebês nasceram em Campinas, mas três deles são
de mães moradoras de Sumaré.
Uma criança nasceu no mês de outubro, a segunda
no dia 3 de novembro e as outras oito nasceram nos
últimos dias — do final de novembro até ontem. A
média anual da doença até 2014 era de um registro, o
que torna os casos recentes uma preocupação para
os Serviços de Saúde da cidade. O município apura a
relação dos casos com o zika vírus.
No último sábado, o Ministério da Saúde confirmou
a relação entre o zika vírus e o surto de microcefalia
na região Nordeste do País. Até esta data, foram
notificados 1.248 casos suspeitos, identificados em
311 municípios de 14 unidades da federação. Até
então, São Paulo não figurava nesta lista e os únicos
dois casos registrados ocorreram em Sumaré e São
José do Rio Preto. Segundo a Secretaria Municipal de
Saúde, o vírus pode ter ocorrido na cidade sem que
as autoridades tenham conhecimento.
Segundo Brigina, Campinas está contabilizando
os casos dos três residentes de Sumaré porque os
bebês nasceram na cidade. “A gente notifica, avisando
que é de outro município e esse município também
é informado. As investigações iniciais ocorrem aqui
e, na hora que a criança tem alta, a investigação tem
continuidade na cidade onde ela reside", explicou.
Ela informou que as crianças nasceram nas redes
pública e privada, sendo que a maior parte foi na
Maternidade de Campinas. “Quase todos", disse.
Uma das mães é moradora de rua e usuária de crack.
“Mas todos os dez permanecem sob investigação
para o zika. Não confirmamos nenhum até agora, mas
também não descartamos."
A diretora do Devisa acrescentou que as mães
estão recebendo toda a assistência necessária. “Se
alguma mãe não tem condição de fazer a tomografia,
nós estamos fazendo."
Campinas tinha um caso de microcefalia por ano,
entre 2010 a 2014, causada por infecção congênita.
Sendo que em 2011 foram registrados quatro casos
de microcefalia por infecção congênita. “Mas a gente
acredita que esse era um número subnotificado.
Agora todos estão bem sensibilizados para fazer as
notificações", disse.
Segundo Brigina, esse aumento da notificação
pode estar relacionado com o alerta que foi dado pelo
Ministério da Saúde.
Múltiplas causas
A microcefalia não é uma doença nova. Trata-se de
uma malformação congênita, em que o cérebro não
se desenvolve de maneira adequada. “É quando você
mede a cabeça e vê que está menor do que deveria
ser para a idade gestacional em que o bebê nasceu",
explicou Brigina.
A especialista esclarece que a microcefalia pode
ser efeito de uma série de fatores de diferentes
origens. “Microcefalia não significa zika vírus.
É importante dizer isso para as pessoas não
relacionarem imediatamente esses 10 casos de
Campinas ao vírus", diz.
As causas, segundo ela, em geral são o uso
de drogas, medicamentos, cigarro, tabagismo,
bebida, traumatismo, falta de irrigação adequada da
cabeça do bebê durante a gestação, contato com
radiação, fatores genéticos e uma série de vírus ou
outros agentes infecciosos, chamados de infecção
congênita.
Segundo Brigina, o que tem causado a microcefalia
nas crianças é o que está em questão. “As notificações
chegaram para a gente e agora vamos investigar." De
acordo com ela, a investigação consiste num exame
de tomografia sem contraste, exames no sangue, na
urina e no líquor, que é um líquido do sistema nervoso
da coluna.
As tomografias estão sendo feitas em Campinas,
mas os exames estão sendo conduzidos pelo Instituto
Adolfo Lutz, na Capital. “Vai para o Lutz porque toda
doença sob vigilância e de importância para saúde
pública a gente tem que fazer num laboratório de
referência de saúde pública."
Vírus
Segundo as secretarias estadual e municipal
de Saúde, o vírus zika não está circulando em São
Paulo. Brigina, entretanto, não descarta que ele tenha
entrado no Estado e se mantém despercebido. “Só
posso dizer que tem uma possibilidade. E porque digo
que tem uma possibilidade? Porque o vírus circulou
amplamente no Norte e Nordeste, tem um percentual
de casos que não apresentam sintomas, e porque é
transmitido pelo mosquito Aedes aegypti."
Desde junho, Campinas organizou cinco unidades
sentinelas na tentativa de detecção precoce do zika
vírus. “A gente se organizou para tentar detectar,
mas isso não me dá garantia de dizer que não teve.
As pessoas circulam e viajam muito hoje em dia pelo
País."
(Fonte: http://correio.rac.com.br/_conteudo/2015/12/campinas_e_rmc/402739-campinas-tem-alerta-apos-dez-casos-de-microcefalia.html)
Qual é a tipologia do texto “Campinas tem alerta
após 10 casos de microcefalia"?
A respeito das sequências tipológicas, a que predomina no texto acima é
Os dois parágrafos que compõem o texto constituem-se, respectivamente, de uma

Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto Um amigo em talas, julgue os itens que se seguem.
Para caracterizar o personagem Amadeu Amaral Júnior, o narrador combina, no segundo parágrafo, recursos dos tipos textuais narrativo e descritivo.
Julgue os próximos itens, relativos a aspectos linguísticos e às ideias do texto CB2A2BBB.
Nesse texto, de natureza informativo-argumentativa, busca-se
convencer o leitor de que a integridade, como qualidade de
órgãos e entidades públicas, contribui para que os agentes do
serviço público atuem prevenindo a corrupção e em prol do
interesse público.
Quem sabe Deus está ouvindo
Outro dia eu estava distraído, chupando um caju na varanda, e fiquei com a castanha na mão, sem saber onde
botar. Perto de mim havia um vaso de antúrio; pus a castanha ali, calcando-a um pouco para entrar na terra, sem
sequer me dar conta do que fazia.
Na semana seguinte a empregada me chamou a atenção: a castanha estava brotando. Alguma coisa verde saía da
terra, em forma de concha. Dois ou três dias depois acordei cedo, e vi que durante a noite aquela coisa verde lançara
para o ar um caule com pequenas folhas. É impressionante a rapidez com que essa plantinha cresce e vai abrindo folhas
novas. Notei que a empregada regava com especial carinho a planta, e caçoei dela:
– Você vai criar um cajueiro aí?
Embaraçada, ela confessou: tinha de arrancar a mudinha, naturalmente; mas estava com pena.
– Mas é melhor arrancar logo, não é?
Fiquei em silêncio. Seria exagero dizer: silêncio criminoso – mas confesso que havia nele um certo remorso. Um
silêncio covarde. Não tenho terra onde plantar um cajueiro, e seria uma tolice permitir que ele crescesse ali mais alguns
centímetros, sem nenhum futuro. Eu fora o culpado, com meu gesto leviano de enterrar a castanha, mas isso a
empregada não sabe; ela pensa que tudo foi obra do acaso. Arrancar a plantinha com a minha mão – disso eu não seria
capaz; nem mesmo dar ordem para que ela o fizesse. Se ela o fizer darei de ombros e não pensarei mais no caso; mas
que o faça com sua mão, por sua iniciativa. Para a castanha e sua linda plantinha seremos dois deuses contrários, mas
igualmente ignaros: eu, o deus da Vida; ela, o da Morte.
Hoje pela manhã ela começou a me dizer qualquer coisa – "seu Rubem, o cajueirinho..." – mas o telefone tocou, fui
atender, e a frase não se completou. Agora mesmo ela voltou da feira; trouxe um pequeno vaso com terra e
transplantou para ele a mudinha.
Veio me mostrar:
– Eu comprei um vaso...
– Ahn...
Depois de um silêncio, eu disse:
– Cajueiro sente muito a mudança, morre à toa...
Ela olhou a plantinha e disse com convicção:
– Esse aqui não vai morrer, não senhor.
Eu devia lhe perguntar o que ela vai fazer com aquilo, daqui a uma, duas semanas. Ela espera, talvez, que eu o leve
para o quintal de algum amigo; ela mesma não tem onde plantá-lo. Senti que ela tivera medo de que eu a censurasse
pela compra do vaso, e ficara aliviada com a minha indiferença. Antes de me sentar para escrever, eu disse, sorrindo,
uma frase profética, dita apenas por dizer:
– Ainda vou chupar muito caju desse cajueiro.
Ela riu muito, depois ficou séria, levou o vaso para a varanda, e, ao passar por mim na sala, disse baixo com certa
gravidade:
– É capaz mesmo, seu Rubem; quem sabe Deus está ouvindo o que o senhor está dizendo...
Mas eu acho, sem falsa modéstia, que Deus deve andar muito ocupado com as bombas de hidrogênio e outros
assuntos maiores.
(BRAGA, Rubem, 1993-1990. 200 crônicas escolhidas – 31ª ed. – Rio de Janeiro: Record, 2010.)
“Outro dia..." / “Na semana seguinte..." / “Dois ou três dias depois..." As expressões anteriores constituem, dentro da
narrativa em questão, marcas de