A concepção de moderno certamente causa um hiato profundo
entre o discurso do professor e do aluno. Esse hiato não é
acidental, pois a própria palavra moderno apresenta a
ambiguidade de referir-se tanto ao que é atual como ao período
imediatamente posterior à Idade Média Ocidental. Tomando o
ponto de vista da classificação cronológica, entendeu-se o
moderno como algo que se iniciava com a queda de
Constantinopla (1453) e ia até a Revolução Francesa (1789).
Sabemos das imensas limitações desses marcos (...).
KARNAL, Leandro. "A História Moderna e a sala de aula" in KARNAL, L. (Org.)
História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas: Contexto, 2015, p. 127
A respeito da problematização do conceito de moderno, referida
pelo autor, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a
falsa.
( ) A periodização da Época Moderna é uma operação
historiográfica que identifica, no passado, o nascimento de
nossa própria modernidade, qualificando-a com base em
variáveis diversas como civilização, nacionalidade ou luta de
classes.
( ) A periodização tem sempre um caráter convencional e o
estudo das periodizações da Época Moderna, próprio do
campo da história da historiografia, indica o que significou,
em diferentes contextos, a passagem para a modernidade.
( ) A periodização oferece uma interpretação do processo
histórico, na medida em que seleciona e ordena fatos e
processos considerados constitutivos de uma época, e a da
Época Moderna lida com um adjetivo (moderno) que a priori
a qualifica positivamente.
As afirmativas são, respectivamente,
Na coletânea organizada por Leandro Karnal sobre a História na
sala de aula, o medievalista José Rivair Macedo destaca a
importância de repensar a Idade Média que é ensinada na escola,
na medida em que os temas mais enfocados continuariam sendo
os da Idade Média Ocidental e ainda serviriam para legitimar uma
visão predominantemente ocidental sobre a experiência histórica
passada. José Rivair Macedo propõe, então, uma
“descolonização” do ensino da Idade Média, com o intuito de
“repensar alguns pontos sobre o que ensinar de História Medieval
no Brasil”.
Com base nas propostas de J. Rivair Macedo, podemos afirmar
que esta descolonização consiste em
O grupo extremista islâmico autodenominado “Estado Islâmico” (EI) começou a destruir mais um sítio arqueológico no norte do Iraque, segundo fontes curdas. No início desta semana, militantes do grupo haviam começado a demolir as ruínas da cidade de Nimrud, antiga capital do império assírio, situada no norte da Mesopotâmia e fundada no século 13 a.C..
(UOL, 7 mar.15. Disponível em: <http://goo.gl/zYfsfa> Adaptado)
Em relação à cidade citada no trecho, é correto afirmar que ficava localizada em uma região
A partir dos anos de 1990, estados e municípios articularam- se em busca de investimentos estrangeiros, patrocinados pelo governo central, agências federais, fundos estaduais e
bancos oficiais, como o BNDES, e ofereceram a devolução do imposto recolhido (ou o devido) às próprias empresas, por meio das mais variadas formas de financiamento, sempre a
taxas mais generosas que às do mercado. A guerra foi chamada “fiscal” por estar baseada no jogo com a receita e a arrecadação futura do ICMS. Envolvia, porém, diferentes taxas e financiamento para capital de giro e infraestrutura, incluindo terraplanagem, vias de acesso, terminais portuários, ferroviários e rodoviários, assim como malhas de comunicação e mesmo a diminuição das tarifas de energia elétrica. Nos municípios, as taxas, o IPTU e o ISS foram oferecidos por até trinta anos.
(http://www.scielo.br. Adaptado)
Um dos setores industriais mais beneficiados pela guerra fiscal foi o
Leia abaixo a definição de “refugiado":
De acordo com a Convenção de 1951 relativa ao Estatuto dos Refugiados, são refugiados as pessoas que se encontram fora do seu país por causa de fundado temor de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, opinião política ou participação em grupos sociais, e que não possa (ou não queira) voltar para casa. Posteriormente, definições mais amplas passaram a considerar como refugiados as pessoas obrigadas a deixar seu país devido a conflitos armados, violência generalizada e violação massiva dos direitos humanos.
(Agência da ONU para refugiados (ACNUR). Disponível em: http://www.acnur.org/t3/portugues/informacao-geral/perguntas-e-respostas/>.)
Sobre eventos históricos referentes à existência de refugiados na história contemporânea, considere as seguintes afirmativas:
1.Após a I Guerra Mundial, com a dissolução dos Impérios Otomano e Austro-Húngaro e a instauração do princípio de nacionalidade, milhões de refugiados europeus migraram dentro e fora da Europa.
2.Desde a criação do Estado de Israel, em 1948, milhões de palestinos ganharam dupla cidadania, resolvendo sua situação de refugiados durante o mandato britânico na Palestina.
3.O governo Vargas foi contrário à entrada de judeus no Brasil, quando muitos deles tornaram-se refugiados, migrando para fora da Europa, durante os anos 1930 e a II Guerra Mundial.
4.Entre o final do século XIX e o início do século XX, o Brasil recebeu uma grande quantidade de refugiados italianos, espanhóis, poloneses, japoneses e alemães.
Assinale a alternativa correta.
A fórmula utilizada por letrados europeus da primeira metade do século XVIII não era nova. A dualidade do Iluminismo está na própria raiz do Renascimento moderno, entre os séculos
XV e XVI, sobretudo em sua crítica à Europa da Idade Média.
(Rodrigo Elias, Os filósofos do século XVIII. Disponível em: <http://goo.gl/JU64to>. Adaptado)
Em relação às aproximações entre o Renascimento e o Iluminismo,é correto destacar:
Observe a charge a seguir.

Ela representa a política externa dos EUA na época
Observe as imagens a seguir.

Acerca do conflito dos anos 1930 representado nas duas imagens, é correto afirmar que é considerado um “prelúdio da Segunda Guerra” por ter colocado em oposição
Se o homem moderno não consegue viver sem dinheiro, o homem medieval mal conhecia seu significado, afirma Jacques Le Goff (um dos maiores medievalistas vivos). O historiador
francês demonstra como, numa sociedade dominada pelo cristianismo, a Igreja doutrinou a atitude que um cristão deveria ter perante o dinheiro, tendo em vista as obras de teólogos e as várias passagens bíblicas que o condenam. Para ele, a moeda começa a se desenvolver na Europa medieval apenas nos séculos XII e XIII.
(Carolina Ferro, A Idade Média e o dinheiro. Disponível em: <http://goo.gl/UG45So>. Adaptado)
O que explica esse desenvolvimento é
Compreendemos assim o alcance de uma reivindicação que surge desde o nascimento da cidade na Grécia Antiga: a redação das leis. Ao escrevê-las, não se faz mais que assegurar-lhes permanência e fixidez. As leis tornam-se bem comum, regra geral, suscetível de ser aplicada a todos da mesma maneira.
Para o autor, a reivindicação atendia na Grécia antiga, ainda vigente no mundo contemporâneo, busca garantir o seguinte princípio:
A Praça da Concórdia, antiga Praça Luís XV, é a maior praça pública de Paris. Inaugurada em 1763, tinha em seu centro uma estátua do rei. Situada ao longo do Sena, ela é a intersecção de dois eixos monumentais. Bem nesse cruzamento está o Obelisco de Luxor, decorado com hieróglifos que contam os reinados dos faraós Ramsés II e Ramsés III. Em 1829, foi oferecido pelo vice-rei do Egito ao povo francês e, em 1836, instalado na praça diante de mais de 200 mil espectadores e da família real.
A constituição do espaço público da Praça da Concórdia ao longo dos anos manifesta o (a)
Bastar-se a si mesma a uma meta a que tende a produção da natureza e também o mais perfeito estado. portanto, evidente que toda cidade esta
na natureza e que o homem a naturalmente feito para a sociedade política. Aquele que, por sua natureza e não por obra do acaso, existisse sem
nenhuma pátria seria um individuo detestável, muito acima ou muito abaixo do homem, segundo Homero: um ser sem lar, sem família e sem leis.
ARISTOTELES. A Política. Disponível em: http://.cfh.ufsc.br (adaptado). Para Aristóteles, a cidade resulta de um(a)
Tendo em vista que, no cenário contemporâneo, apesar da hibridização sociocultural e da consequente banalização dos artefatos, os públicos interessam-se pelas paisagens históricas devido ao fato de elas serem consideras um dos fundamentos da construção de identidades, julgue o item subsequente.
Houve uma tendência, no Brasil da década de 30 do século XX, a se pensar a nação como produto cultural de uma elite, em detrimento dos símbolos da formação de territórios híbridos representantes da totalidade de seus construtores.
O Ministério da Verdade — ou Miniver, em Novilingua —era completamente diferente de qualquer outro objeto visível.
Era uma enorme pirâmide de alvíssimo cimento branco, erguendo-se terraço sobre terraço, trezentos metros sobre o solo.
De onde Winston conseguia ler, em letras elegantes colocadas na fachada, os três lemas do Partido: GUERRA E PAZ; LIBERDADE E ESCRAVIDAO;
IGNORANCIA E Forca.
ORWELL, G. 1984. São Paulo: Nacional, 1984.
Na referida obra ficcional, o autor critica regimes existentes ao longo do século XX.
o mecanismo de dominação social utilizado pela
instituição descrita no texto promoveria
Queixume das operárias da seda
Sempre tecemos panos de seda
E nem por isso vestiremos melhor [...]
Nunca seremos capazes de ganhar tanto
Que possamos ter melhor comida [...]
Pois a obra de nossas mãos
Nenhuma de nós terá para se manter [...]
E estamos em grande miséria
Mas, com os nossos salários, enriquece aquele para
quem trabalhamos
Grande parte das noites ficamos acordadas
E todo o dia para isso ganhar
Ameaçam–nos de nos moer de pancada
Os membros quando descansamos
E assim, não nos atrevemos a repousar.
CHRÉTIEN DE TROYES apud LE GOFF. J. Civilização do Ocidente Medieval.
Lisboa: Edições 70, 1992.
Tendo em vista as transformações socioeconômicas da
Europa Ocidental durante a Baixa Idade Média, o texto
apresenta a seguinte situação: