O período entre o final do século XIX e o início
do século XX foi de intenso fluxo migratório em todo o
mundo; no entanto, muitos países passaram a restringir a
entrada de imigrantes japoneses, justificando que estes
concorriam com a mão de obra local e prejudicariam o
mercado de trabalho. Na verdade, havia um grande
preconceito racial contra os orientais nessa época. Na
imprensa, nos meios políticos e nos locais onde se
debatia a opinião pública, houve um intenso debate
acerca da imigração oriental. Influenciados pela
campanha antinipônica e pelas ideias racistas que
circulavam no mundo, muitos cafeicultores, políticos e
intelectuais brasileiros enxergavam os orientais como
“racialmente inferiores" e preferiam trazer trabalhadores
brancos e europeus, a fim de “branquear" a população
mestiça brasileira. Esse retrospecto contraria o mito do
Brasil republicano como um “paraíso inter–racial".
Biblioteca Virtual do Governo do Estado de São Paulo. Disponível em :
Entre os principais líderes brasileiros, a introdução do
imigrante japonês estava longe de ser uma unanimidade.
Segundo o texto, essa controvérsia tem origem