Leia:
“Você me desama
E depois reclama
Quando os seus desejos
Já bem cansados
Desagradam os meus
Não posso mais alimentar
A esse amor tão louco
Que sufoco!
Eu sei que tenho mil razões
até para deixar
De lhe amar”
Há, nos versos acima, uma hipérbole
INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto a seguir para responder à questão que a ele se referem.

Assinale a alternativa CORRETA, tendo em vista a linguagem utilizada no texto.
Leia o texto para responder à questão.

A repetição do pronome ela no início das três últimas estrofes constitui uma
Em “Pois não foi para conclamar a nova França a salvar a velha, expressa naquela catedral imorredoura, que Victor Hugo pôs-se a escrever?”, no trecho destacado observa-se a ocorrência da seguinte figura de sintaxe:
Acerca da linguagem empregada no texto, assinale a alternativa correta.
Leia a charge a seguir e assinale a alternativa incorreta

Alguns termos de um texto são explicitados por termos posteriores (catáforas) e não por termos anteriores, como nas anáforas.
A frase abaixo que tem um exemplo de catáfora é:
Atenção: Leia o texto para responder à questão.
Desde aquela história de Jó contada no Antigo Testamento, Deus e o Diabo não apostavam sobre os seres humanos, com o que a eternidade já estava ficando meio monótona. O Maligno resolveu, então, provocar o Senhor: que tal uma nova aposta? Deus, na sua infinita paciência, topou.
Dessa vez, contudo, o Diabo estava decidido a não perder. Para começar, escolheu cuidadosamente o lugar onde procuraria sua vítima: um país chamado Brasil no qual, segundo seus assessores ministeriais, a diferença entre pobres e ricos chegava ao nível da obscenidade. Os mesmos assessores tinham sugerido que se concentrasse em aposentados, pessoas que sabidamente ganham pouco.
O Diabo pôs-se em ação. Foi-lhe fácil induzir um erro no sistema de pagamento de aposentadorias, com o qual um aposentado recebeu, de uma só vez, mais de R$ 6 milhões. E aí tanto o céu como o inferno pararam: anjos, santos e demônios, todos queriam ver o que o homem faria com o dinheiro. O Diabo, naturalmente, esperava que ele se entregasse a uma vida de deboches: festas espantosas, passeios em iates luxuosos, rios de champanhe fluindo diariamente.
Não foi nada disto que aconteceu. Ao constatar a existência do depósito milionário, o aposentado simplesmente devolveu o dinheiro.Eu não conseguiria dormir, disse, à guisa de explicação.
O Diabo ficou indignado com o que lhe parecia uma extrema burrice. Mas então teve a ideia de verificar o quanto o homem recebia de aposentadoria por mês: menos de R$ 600. Deu-se conta então de seu erro: a desproporção entre a quantia e os R$ 6 milhões da tentação tinha sido grande demais.
Mas o Diabo aprendeu a lição. Pretende desafiar de novo o Senhor. Desta vez, porém, escolherá um milionário, alguém familiarizado com o excesso de grana. Ou então um pobre. Mas neste acaso fornecerá, além de muito dinheiro, um frasco de pílulas para dormir. A insônia dos justos tira o sono de qualquer diabo.
(SCLIAR, Moacyr. O imaginário cotidiano. São Paulo: Global, 2002, p. 71-72)
A hipérbole consiste no exagero da expressão de uma ideia (por exemplo: morrer de medo, estourar de rir etc.). Ocorre hipérbole no seguinte trecho:
Assinale a alternativa que NÃO apresenta uso de linguagem figurada através do emprego de figuras de linguagem.
Na tirinha abaixo, há dois exemplos de figura de linguagem, identifique-os e assinale a alternativa CORRETA:

A palavra “ força” na frase está empregada em sentido figurado, o que ocorre também na frase:
O Dicionário Porto Editora da Língua Portuguesa define “personificação” como “recurso expressivo que consiste em atribuir propriedades humanas a uma coisa, a um ser inanimado ou abstrato”. Verifica-se a ocorrência desse recurso expressivo no seguinte trecho:
Curiosamente, viver abaixo do nível do mar explica o etos igualitarista dos holandeses. As tempestades e enchentes que se abateram sobre a Holanda nos séculos XV e XVI incutiram no povo o senso do propósito comum. O menino que tapou com o dedo o furo no dique nunca existiu. Cada cidadão tinha de contribuir para manter o país seco, carregando pesados sacos de
argila no meio da noite se um dique estivesse prestes a ruir. Uma cidade podia ser totalmente engolida pelas águas num átimo. Quem pusesse o status acima do dever era malvisto. Mesmo hoje em dia, a monarquia holandesa é ambivalente na questão da pompa e circunstância. Uma vez por ano, a rainha anda de bicicleta e serve chocolate quente a seus criados para mostrar que é do povo.
A natureza das hierarquias é culturalmente variável. Abrange toda a gama que vai da formalidade militar germânica e as nítidas divisões de classe britânicas às atitudes desencontradas e apreço pela igualdade dos americanos. No entanto, por mais informais que sejam algumas culturas, nada se compara à negação de status naqueles que os antropólogos chamam de “verdadeiros igualitaristas”. Estes vão muito além de ter uma rainha ciclista ou um presidente chamado Bill. A própria ideia de monarquia os deixa indignados. Refiro-me aos índios navajos, aos hotentotes, pigmeus mbuti, !kung san, inuítes e outros. Afirma-se que essas sociedades em pequena escala, povos caçadores-coletores, horticultores ou dedicados a outras ocupações, eliminam completamente as distinções de riqueza, poder e status, mantendo apenas as de gênero e as entre pais e filhos. A ênfase é na igualdade e no compartilhamento. Acredita-se que nossos ancestrais imediatos viveram desse modo por milhões de anos.
Nesse caso, seriam as hierarquias menos arraigadas do que supomos?
Houve um tempo em que os antropólogos viam o igualitarismo como um arranjo pacífico no qual as pessoas mostravam o que tinham de melhor, amando e valorizando umas às outras. Era um estado utópico em que leão e cordeiro, dizia-se, dormiam lado a lado. Não estou afirmando que tais estados estão fora de questão. De fato, noticiou-se que uma leoa nas planícies quenianas demonstrou afeição maternal por um filhote de antílope. Mas da perspectiva biológica eles são insustentáveis. Em algum momento, o auto-interesse erguerá sua hedionda cabeça: os predadores sentirão o estômago vazio e as pessoas brigarão pelos recursos. O igualitarismo não se baseia em amor mútuo, e muito menos em passividade. É uma condição ativamente mantida que reconhece o universal desejo humano de controlar e dominar. Em vez de negarem o desejo de poder, os igualitaristas o conhecem bem demais. Lidam com ele todos os dias.
(DE WAAL, F. Eu, primata. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 96-97)
No trecho “Em algum momento, o auto-interesse erguerá sua hedionda cabeça:”, ocorre a figura de linguagem:
“... e queremos que elas sejam vistas, compartilhadas, apreciadas" (3º parágrafo). No trecho, a sequência de palavras expressa uma:
Leia os textos abaixo para responder à questão.
TEXTO I
EPÍLOGO
Vocês, melhor aprenderem a ver, em vez de apenas
Arregalar os olhos, e a agir, em vez de somente falar.
Uma coisa dessas quase chegou a governar o mundo!
Os povos conseguiram dominá-la, mas ainda
Émuito cedo para sair cantando vitória:
O ventre que gerou a coisa imunda continua fértil!
(Bertolt Brecht)
TEXTO II
Esse texto é o epílogo, muito célebre, da peça teatral A
resistível ascensão de Arturo Ui, no qual o dramaturgo se dirige
aos espectadores. Escrita nos anos de 1940 e revista durante a
década de 1950, a peça tem como referências históricas a ascensão
do nazifacismo na Europa e a Segunda Guerra Mundial. Assim, a
“coisa” que “quase chegou a governar o mundo”, de que fala o texto,
remete ao projeto nazifacista de dominação, do qual são parte
inseparável, além da mencionada guerra mundial, também os
programas de perseguição e de extermínio de minorias étnico-
religiosas, de dissidentes políticos e de minorias sexuais, entre
outros grupos. Essa conjugação característica de violência e
preconceito, gangsterismo e terror, regressão e barbárie é que o
autor designou como “a coisa imunda”.
Com base em seus conhecimentos sobre funções comunicativas da linguagem, pode-se afirmar que o TEXTO II procura estabelecer com o TEXTO I a relação de