Leia o texto a seguir:
“A mudança da corte para o Brasil era um plano
muito antigo em Portugal, mas em 1807 o príncipe
regente não tinha escolha: ou fugia ou muito
provavelmente seria preso e deposto por Napoleão
Bonaparte, como aconteceu alguns meses mais tarde
com a monarquia espanhola. Se não havia
alternativa, também não se justifica o uso de
malabarismo semânticos para amenizar ou
disfarçar o que de fato ocorreu: uma fuga pura e
simples, apressada, atabalhoada, sujeita a erros e
improvisações. A pressa foi tanta que, na confusão
da partida, centenas de caixas repletas de prata das
igrejas e milhares de volumes da preciosa Biblioteca
Real, entre outras coisas, ficaram esquecidos no cais
de Belém, em Lisboa”.
(GOMES, Laurentino. 1808: como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma
corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a história de Portugal e do Brasil.
2-ed. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2007. p.23.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre os
antecedentes da vinda da Família Real Portuguesa
para o Brasil e as transformações posteriores que
decorreram deste ato, considere as afirmativas a
seguir:
I – Nesta época Portugal era governado pelo
príncipe regente D. João, em lugar de sua mãe D.
Maria I, doente mental. D. João tentou
contemporizar, lançando mão de um expediente:
propôs à Inglaterra que apenas fingiria atender às
exigências francesas, ou seja, declararia guerra,
fecharia os portos e expulsaria os ingleses apenas
aparentemente. Chegou mesmo a propor o
casamento de seu filho de nove anos, D. Pedro, com
uma sobrinha de Napoleão.
II – Uma das pretensões de D. João ao vir para o
Brasil era trazer consigo o acervo da Biblioteca
Real, pois temia que ele fosse destruído pelo exército
napoleônico. Este zelo com o acervo da Biblioteca
Real deve–se ao fato de um terremoto que a destruiu
no ano de 1755. Juntamente com a reconstrução da
cidade, iniciou–se a restauração do acervo.
Posteriormente a acervo foi mandado para o Brasil
e ano de 1810, por decisão de D. João, foi fundada,
na cidade do Rio de Janeiro, a Biblioteca Real, hoje
chamada de Biblioteca Nacional.
III – O Rio de Janeiro passou a contar com
estruturas típicas de capital. Foi estabelecida a
Biblioteca Real, surgiu a Gazeta do Rio de Janeiro,
primeiro jornal a funcionar no Brasil, foram
instaladas gráficas e diversos setores de prestação de
serviços antes inexistentes.
IV – Em represália pela invasão de Portugal, D. João
declarou guerra à França e invadiu a Guiana
Francesa, em 1809, devolvendo–a em 1817, após um
acordo de paz realizado com Napoleão Bonaparte.
Assinale a alternativa correta:
Levando em consideração a presença da escravidão no Brasil colonial, analise a Veracidade (V) ou Falsidade (F) das proposições abaixo:
( ) Nos primeiros tempos da colonização, a mão-de- obra utilizada foi a indígena, notabilizando-se os bandeirantes paulistas na captura e comercialização dos chamados negros da terra. Com a introdução da mão-de-obra africana, não se abandonou por completo a escravização do índio, ainda que houvesse legislação proibitiva a esse respeito.
( ) Segundo um observador da época, os escravos eram as mãos e os pés dos senhores, isso porque de modo geral os colonos não eram afetos ao trabalho braçal, posto que sua pratica poderia imporlhes restrições a ocupação de postos de destaque na sociedade a que pertenciam.
( ) A Igreja combatia com veemência o uso do trabalho escravo africano na Colônia, sendo a atuação do Padre Vieira merecedora de destaque a esse respeito. Para Vieira, o batismo dos escravos na fé católica era motivo mais que justifcável para emancipa-los do cativeiro.
( ) A prática livre da alforria foi muito comum durante todo o período colonial e, era entendida, de forma geral, como uma ação caritativa. Fazia-se também uso da coartação, que consistia na concessão da liberdade mediante o pagamento em parcelas por parte do cativo. Quando o pagamento era fnalizado, o escravo recebia sua carta de liberdade.
Assinale a alternativa que preenche CORRETAMENTE os parênteses, de cima para baixo:
No ano de 1817, na Província de Pernambuco, deu-se uma revolta contra o governo de D. João VI que ficou conhecida como
A vinda da família real portuguesa para o Brasil, em 1808, produziu uma série de alterações nas relações entre Metrópole e Colônia. Dentre as alternativas abaixo, assinale aquela que CONTÉM eventos associados à presença da corte no Brasil:
A elevação do Brasil à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves foi uma medida tomada pelo Regente D. João, com o objetivo
A elevação do Brasil à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves, em 1815, está ligada ao (à):