Ir para o conteúdo principal
Milhares de questões atuais de concursos.

Desencaixotando Machado: a crônica está no detalhe, no mínimo, no escondido, naquilo que aos olhos comuns

pode não significar nada, mas, uma palavra daqui, “uma reminiscência clássica" dali, e coloca–se de pé uma obra delicada

de observação absolutamente pessoal. O borogodó está no que o cronista escolhe como tema. Nada de engomar o verbo.

É um rabo de arraia na pompa literária. Um “falar à fresca", como o bruxo do Cosme Velho pedia. Muitas vezes uma crônica

brilha, gloriosa, mesmo que o autor esteja declarando, como é comum, a falta de qualquer assunto. Não vale o que está

escrito, mas como está escrito.

SANTOS, Joaquim Ferreira dos (org.). As cem melhores crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005, p.17.

Em As Cem Melhores Crônicas Brasileiras, Joaquim Ferreira dos Santos argumenta contra a ideia de que a crônica é um

gênero menor. De acordo com o fragmento apresentado acima, a crônica

© Aprova Concursos - Al. Dr. Carlos de Carvalho, 1482 - Curitiba, PR - 0800 727 6282