Muito se tem falado da sociedade informacional,
da sociedade da comunicação global, do surgimento das
redes telemáticas e de sua correlata dinâmica social. O
ciberespaço é lócus de efervescência social e canal por
onde circulam formas multimodais de informação. A rede é
artefato, conteúdo, canal e metáfora. Como meio, a
Internet problematiza a forma midiática massiva de
divulgação cultural e artística. Ela é o foco de irradiação de
informação, conhecimento e troca de mensagens entre
pessoas ao redor do mundo, abrindo o polo da emissão.
Com a cibercultura, trata–se efetivamente da emergência
de uma liberação do polo da emissão, onde todos os
usuários são autores, e é essa liberação que, em nossa
hipótese, vai marcar a cultura da rede contemporânea em
suas mais diversas manifestações: chats, Orkut, jogos
online, fotologs, weblogs, wikipédia, troca de músicas,
filmes, fotos, textos, software livre... Ligar–se ao outro, ou
re–ligar, parece ser o mote atual da cibercultura, criando
formas de sociabilidade, tendo nas tecnologias digitais um
vetor de agregação social. A cibercultura contemporânea é
fruto de influências mútuas, de trabalho cooperativo, de
criação e de livre circulação de informação através dos
novos dispositivos eletrônicos e telemáticos. É nesse
sentido que a cibercultura traz uma cultura baseada na
metáfora do copyleft.
LEMOS, André. Cibercultura, cultura e identidade. Em direção a uma “Cultura Copyleft".
Disponível em: http://www.contemporanea.poscom.ufba.br/v2n2_pdf_dez04/lemoscibercultura–
v2n2.pdf. Acesso em: 02 maio 2009. (adaptado).
O texto Cibercultura, cultura e identidade de André
Lemos, visa demonstrar que a cibercultura