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As crianças fazem as leis

1    A MENINA me havia advertido: para entender a sua escola eu teria de me esquecer de tudo o que eu sabia sobre as outras escolas... Lembrei-me da pedagogia de Ricardo Reis: "... tendo as crianças por nossas mestras...". E ali estava eu, um velho, aprendendo de uma criança!

2   Quis aprender um pouco mais. Perguntei: "Vocês não têm problemas de disciplina? Não há, entre vocês, os valentões que há em todas as escolas, que agridem, ofendem, ameaçam e amedrontam?" "Ah", ela me respondeu. "Temos sim. Mas para esses casos temos o tribunal..." "Tribunal?", perguntei curioso. Mais uma coisa que eu nunca vira em escolas! Ela então me
explicou: "As leis de nossa escola foram estabelecidas por nós mesmos, alunos. Temos então de zelar para que essas leis sejam cumpridas. A responsabilidade com o cumprimento das leis é nossa e não dos professores e do diretor. Somos nós, e não eles, que temos de tomar as providências para que a vida da escola não seja perturbada. Quando um aluno se torna um problema ele é levado a um tribunal - tribunal mesmo, com juiz, advogado de defesa, advogado de acusação - e é julgado. E a comunidade de alunos toma a decisão cabível".

3   Voltei à Escola da Ponte um ano depois e fui informado de que o tribunal deixara de existir. A razão? Um aluno terrível fora levado a julgamento. O juiz - não me lembro se menina ou menino - nomeou o advogado de acusação, e o réu nomeou seu
próprio advogado. No dia marcado, reunidos os alunos, o advogado de acusação proferiu a sua peça, tudo de mau que aquele menino havia feito. O diretor, que apenas assistia à sessão, relatou-me sua impressão: "O réu estava perdido. A peça acusatória era arrasadora..."

4   Chegou a vez do advogado da defesa que ficou mudo e não conseguiu falar. A presidência do tribunal nomeou então um
advogado "ad hoc", uma menina que teve de improvisar. E essa foi sua linha de argumentação:

5   "Vocês são todos religiosos, vão ao catecismo e aprendem as coisas da igreja. Vocês aprenderam que quando alguém está
em dificuldades é preciso ajudá-lo. Todos vocês sabiam que o nosso colega estava em dificuldades. Precisava ser ajudado. Eu
gostaria de saber o que foi que vocês, que aqui estão assentados como júri para proferir a sentença, fizeram para ajudar nosso colega..."

6   Seguiu-se um silêncio profundo. Ninguém disse nada.

7   A menina continuou: "Então vocês, que nada fizeram para ajudar esse colega, agora comparecem a esse julgamento com
pedras na mão, prontos a apedrejá-lo?"

8   Com essa pergunta, o tribunal se dissolveu porque perceberam que todos, inclusive o juiz e o advogado de acusação,
eram culpados. Como é que estão resolvendo agora o problema da indisciplina e da violência?

9   Criaram um novo sistema, inspirado numa história da escritora Sophia Mello de Breyner Andressen que conta de uma fada - acho que o seu nome era Oriana - que vivia para ajudar crianças em dificuldades. Como funciona? É simples. Quando um aluno começa a apresentar comportamento agressivo forma-se um pequeno grupo de "fadas Orianas" para impedir que a agressão e a violência aconteçam. Pelo que me foi relatado, as fadas Orianas têm tido resultados muito bons. Quem sabe coisa parecida poderia funcionar com os "bullies" que infernizam a vida dos mais fracos nas escolas...

RUBENS ALVES
Extraído de:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2009201106.htm

No trecho “(...) Um aluno terrível fora levado a julgamento...” (3º parágrafo).

A palavra destacada foi acentuada pela mesma razão que deveria ser acentuado o vocábulo:

A opção em que a colocação do pronome pessoal oblíquo átono foi feita de acordo com o padrão culto da língua é:

De acordo com o pacto de gestão, quanto ao mecanismo de gestão regional, os gestores de saúde da região deverão constituir um espaço permanente de pactuação e co-gestão solidária. Esse espaço é denominado de:

As Conferências Nacionais de Saúde são importantes no processo de reforma do setor saúde no Brasil. A conferência que pela primeira vez contou com a participação das entidades civil organizada de todo país foi:

Segundo Faleiros (2004), O modelo das Organizações Sociais surgiu com a proposta de reforma do Estado no governo de Fernando Henrique Cardoso, cuja necessidade institucional e política foi apresentada como consequência da globalização. Esse modelo tem elementos que colocam em questão o caráter universalista das políticas sociais dos campos da saúde e da educação, individualizando os direitos sociais e intensificando a mercantilização dos serviços, transferindo para o mercado a realização dessas necessidades. O efeito ao se compactuar com tal modelo foi:

O Serviço Social como uma profissão eminentemente interventiva, busca poder proporcionar a população menos favorecida
nos aspectos econômicos, sociais e políticos, a garantia de seus direitos enquanto cidadãos. Inicialmente a aproximação da pesquisa com serviço social, ocorreu sob uma perspectiva tradicionalista e superficial, onde os indivíduos eram estudados para fornecer dados ao profissional. Sob este ponto de vista, a principal contribuição da pesquisa para o serviço social seria:

Não é considerado dever do Assistente Social na sua relação com as instituições empregadoras:

As crianças fazem as leis

1    A MENINA me havia advertido: para entender a sua escola eu teria de me esquecer de tudo o que eu sabia sobre as outras escolas... Lembrei-me da pedagogia de Ricardo Reis: "... tendo as crianças por nossas mestras...". E ali estava eu, um velho, aprendendo de uma criança!

2   Quis aprender um pouco mais. Perguntei: "Vocês não têm problemas de disciplina? Não há, entre vocês, os valentões que há em todas as escolas, que agridem, ofendem, ameaçam e amedrontam?" "Ah", ela me respondeu. "Temos sim. Mas para esses casos temos o tribunal..." "Tribunal?", perguntei curioso. Mais uma coisa que eu nunca vira em escolas! Ela então me
explicou: "As leis de nossa escola foram estabelecidas por nós mesmos, alunos. Temos então de zelar para que essas leis sejam cumpridas. A responsabilidade com o cumprimento das leis é nossa e não dos professores e do diretor. Somos nós, e não eles, que temos de tomar as providências para que a vida da escola não seja perturbada. Quando um aluno se torna um problema ele é levado a um tribunal - tribunal mesmo, com juiz, advogado de defesa, advogado de acusação - e é julgado. E a comunidade de alunos toma a decisão cabível".

3   Voltei à Escola da Ponte um ano depois e fui informado de que o tribunal deixara de existir. A razão? Um aluno terrível fora levado a julgamento. O juiz - não me lembro se menina ou menino - nomeou o advogado de acusação, e o réu nomeou seu
próprio advogado. No dia marcado, reunidos os alunos, o advogado de acusação proferiu a sua peça, tudo de mau que aquele menino havia feito. O diretor, que apenas assistia à sessão, relatou-me sua impressão: "O réu estava perdido. A peça acusatória era arrasadora..."

4   Chegou a vez do advogado da defesa que ficou mudo e não conseguiu falar. A presidência do tribunal nomeou então um
advogado "ad hoc", uma menina que teve de improvisar. E essa foi sua linha de argumentação:

5   "Vocês são todos religiosos, vão ao catecismo e aprendem as coisas da igreja. Vocês aprenderam que quando alguém está
em dificuldades é preciso ajudá-lo. Todos vocês sabiam que o nosso colega estava em dificuldades. Precisava ser ajudado. Eu
gostaria de saber o que foi que vocês, que aqui estão assentados como júri para proferir a sentença, fizeram para ajudar nosso colega..."

6   Seguiu-se um silêncio profundo. Ninguém disse nada.

7   A menina continuou: "Então vocês, que nada fizeram para ajudar esse colega, agora comparecem a esse julgamento com
pedras na mão, prontos a apedrejá-lo?"

8   Com essa pergunta, o tribunal se dissolveu porque perceberam que todos, inclusive o juiz e o advogado de acusação,
eram culpados. Como é que estão resolvendo agora o problema da indisciplina e da violência?

9   Criaram um novo sistema, inspirado numa história da escritora Sophia Mello de Breyner Andressen que conta de uma fada - acho que o seu nome era Oriana - que vivia para ajudar crianças em dificuldades. Como funciona? É simples. Quando um aluno começa a apresentar comportamento agressivo forma-se um pequeno grupo de "fadas Orianas" para impedir que a agressão e a violência aconteçam. Pelo que me foi relatado, as fadas Orianas têm tido resultados muito bons. Quem sabe coisa parecida poderia funcionar com os "bullies" que infernizam a vida dos mais fracos nas escolas...

RUBENS ALVES
Extraído de:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2009201106.htm

Observe a passagem “A presidência do tribunal nomeou então um advogado "ad hoc", uma menina que teve de improvisar.
(4º parágrafo).

Assinale a opção correta sobre o termo destacado.

Ao longo dos tempos a humanidade busca explicar o processo saúde-doença de várias formas, no entanto todas essas explicações contribuem para o desenvolvimento de novas teorias. A explicação do processo saúdedoença proposta por Leavell e Chark em 1976 é denominado:

O Serviço Social é socialmente necessário porque ele atua sobre questões que dizem respeito a sobrevivência social e material dos setores majoritários da população trabalhadora. Viabiliza o acesso não só a recursos materiais, mas as ações
implementadas incidem sobre as condições de sobrevivência social dessa população. Diante da análise de Iamamoto, podemos concluir que:

Segundo Iamamoto (2005), ora é entendida como desigualdade, ora como rebeldia, por envolver sujeitos que vivenciam
desigualdades e a ela resistem e se opõem. É nesta tensão entre produção da desigualdade e produção da rebeldia e da resistência, que trabalham os assistentes sociais, situados neste terreno movidos por interesses sociais distintos, aos quais não é possível abstrair ou deles fugir porque tecem a vida em sociedade. Portanto é de fundamental importância para o
Serviço Social, decifrar as novas mediações por meio das quais se expressam a base de sua fundação como especialização do trabalho. O contexto refere-se:

Na realização de uma pesquisa, a classificação de dados que exigem leitura exaustiva e repetida, assumindo uma relação
interrogativa; elaboração de uma primeira classificação, onde cada assunto, tópico ou tema, é separado e guardado e enxugamento da classificação por temas mais relevantes, identificam qual fase da pesquisa?

Constituem-se como direitos do Assistente Social, conforme o Código de Ética Profissional, EXCETO:

Conforme a Lei nº. 10.741 de 01.12.03, a Política de Atendimento ao Idoso far-se-á por meio do conjunto articulado de ações
governamentais e não-governamentais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. São linhas de ação da política de atendimento, EXCETO:

As crianças fazem as leis

1    A MENINA me havia advertido: para entender a sua escola eu teria de me esquecer de tudo o que eu sabia sobre as outras escolas... Lembrei-me da pedagogia de Ricardo Reis: "... tendo as crianças por nossas mestras...". E ali estava eu, um velho, aprendendo de uma criança!

2   Quis aprender um pouco mais. Perguntei: "Vocês não têm problemas de disciplina? Não há, entre vocês, os valentões que há em todas as escolas, que agridem, ofendem, ameaçam e amedrontam?" "Ah", ela me respondeu. "Temos sim. Mas para esses casos temos o tribunal..." "Tribunal?", perguntei curioso. Mais uma coisa que eu nunca vira em escolas! Ela então me
explicou: "As leis de nossa escola foram estabelecidas por nós mesmos, alunos. Temos então de zelar para que essas leis sejam cumpridas. A responsabilidade com o cumprimento das leis é nossa e não dos professores e do diretor. Somos nós, e não eles, que temos de tomar as providências para que a vida da escola não seja perturbada. Quando um aluno se torna um problema ele é levado a um tribunal - tribunal mesmo, com juiz, advogado de defesa, advogado de acusação - e é julgado. E a comunidade de alunos toma a decisão cabível".

3   Voltei à Escola da Ponte um ano depois e fui informado de que o tribunal deixara de existir. A razão? Um aluno terrível fora levado a julgamento. O juiz - não me lembro se menina ou menino - nomeou o advogado de acusação, e o réu nomeou seu
próprio advogado. No dia marcado, reunidos os alunos, o advogado de acusação proferiu a sua peça, tudo de mau que aquele menino havia feito. O diretor, que apenas assistia à sessão, relatou-me sua impressão: "O réu estava perdido. A peça acusatória era arrasadora..."

4   Chegou a vez do advogado da defesa que ficou mudo e não conseguiu falar. A presidência do tribunal nomeou então um
advogado "ad hoc", uma menina que teve de improvisar. E essa foi sua linha de argumentação:

5   "Vocês são todos religiosos, vão ao catecismo e aprendem as coisas da igreja. Vocês aprenderam que quando alguém está
em dificuldades é preciso ajudá-lo. Todos vocês sabiam que o nosso colega estava em dificuldades. Precisava ser ajudado. Eu
gostaria de saber o que foi que vocês, que aqui estão assentados como júri para proferir a sentença, fizeram para ajudar nosso colega..."

6   Seguiu-se um silêncio profundo. Ninguém disse nada.

7   A menina continuou: "Então vocês, que nada fizeram para ajudar esse colega, agora comparecem a esse julgamento com
pedras na mão, prontos a apedrejá-lo?"

8   Com essa pergunta, o tribunal se dissolveu porque perceberam que todos, inclusive o juiz e o advogado de acusação,
eram culpados. Como é que estão resolvendo agora o problema da indisciplina e da violência?

9   Criaram um novo sistema, inspirado numa história da escritora Sophia Mello de Breyner Andressen que conta de uma fada - acho que o seu nome era Oriana - que vivia para ajudar crianças em dificuldades. Como funciona? É simples. Quando um aluno começa a apresentar comportamento agressivo forma-se um pequeno grupo de "fadas Orianas" para impedir que a agressão e a violência aconteçam. Pelo que me foi relatado, as fadas Orianas têm tido resultados muito bons. Quem sabe coisa parecida poderia funcionar com os "bullies" que infernizam a vida dos mais fracos nas escolas...

RUBENS ALVES
Extraído de:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2009201106.htm

A linha de argumentação utilizada pela menina escolhida para defender o garoto, só não teve como consequência direta:

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