Acerca de diferentes abordagens historiográficas contemporâneas, julgue o item que se segue.
A micro-história define-se, em geral, pelo foco em experiências e(ou) personagens do passado marcados por características extraordinárias e, sobretudo, exóticas.
Não se pode coligir provas antes de se começar a pensar [...]. Isto porque pensar significa fazer perguntas, e nada constitui prova a não ser em relação a uma pergunta definida.
Robin Collingwood. A ideia de história. Lisboa: Presença, 1994, p. 346 (com adaptações).
Tendo o fragmento de texto precedente como referência inicial, julgue o próximo item, a respeito da problemática das fontes no ofício do historiador.
O caráter extremamente subjetivo que costuma marcar a produção de diários pessoais impossibilita o emprego de exemplares desse gênero textual como fontes históricas.
A respeito de história e memória social, julgue o item a seguir.
Ao trabalhar com a memória como fonte, o historiador dispõe de metodologia apropriada que lhe garante análise isenta e objetiva.
Julgue o item seguinte, referente a narrativas patrimoniais e representações.
O processo de patrimonialização e musealização de bens culturais é conduzido de forma harmoniosa e consensual no âmbito societário.
Quanto à preservação do patrimônio cultural no Brasil, julgue o próximo item.
No Brasil, a preservação de bens culturais inicialmente aconteceu de forma segmentada, com a criação de várias instituições destinadas à proteção do patrimônio histórico e cultural.
Quanto à preservação do patrimônio cultural no Brasil, julgue o próximo item.
Elementos da cultura popular e tradições de comunidades reconhecidos como patrimônios nacionais imateriais são protegidos pelo Estado brasileiro.
Com relação a patrimônio cultural e cidadania, julgue o item seguinte.
O princípio da diversidade cultural, constitucionalmente previsto, norteia a política de preservação do patrimônio histórico e cultural brasileiro, o que reforça a relação entre cidadania e patrimônio cultural.
Considerando as figuras apresentadas, julgue o item seguinte, acerca da diversidade de atores sociais que formaram a sociedade brasileira.
Devido às características peculiares do império ultramarino português, a formação do Brasil não se confunde nem se circunscreve aos limites espaciais da colônia, tendo antes sido um processo ocorrido fora do território, no Atlântico.
"O império do Brasil é associação política de todos os cidadãos brasileiros. Eles formam uma nação livre, e independente, que não admite com qualquer outra laço algum de união ou federação que se oponha à sua independência."
Constituição de 1824, título I, art. 1.º.
A partir do fragmento de texto precedente, julgue o próximo item, a respeito da formação da nação brasileira.
O Estado Novo, instituído em 1937 por Getúlio Vargas, defendia e praticava a ampla e irrestrita liberdade de expressão, sem qualquer intervenção do Estado no controle e na produção de informações.
Julgue o item subsecutivo, referente à historiografia do século XIX.
A historiografia sobre a proclamação da República no Brasil é consensual em afirmar que a derrubada da monarquia portuguesa atendeu a fortes e generalizados apelos da população brasileira pela mudança do regime político.
No que se refere à produção acadêmica e a renovações teórico-metodológicas na área da historiografia brasileira, julgue o item a seguir.
Novidades tecnológicas impactam a escrita da história: nos e-books, por exemplo, grande quantidade de fontes históricas pode integrar uma narrativa histórica.
Ora, uma história não é narrada sob a pressão esquizofrênica de ser ou a pura facticidade das informações das fontes, de um lado, ou a imaginação ficcional de seu caráter histórico. Sua facticidade própria, muito mais real do que a facticidade dos dados das fontes, encontra-se na forma em que o passado se torna um elemento influente na vida humana prática no presente.
Jörn Rüsen. História viva. Teoria da História III: formas e funções
do conhecimento histórico. Brasília: EdUnB, 2007, p. 33 (com adaptações).
Considerando esse fragmento de texto, julgue o item subsequente, com referência a aspectos teórico-metodológicos dos estudos em história.
A ênfase analítica no caráter construtivo e nos aspectos ficcionais do conhecimento histórico raramente tem sido combinada com apologias à tolerância de mentiras e falsificações documentais.
Como o objeto da história (entendida como um constructo teórico) é o que aconteceu, abstraído tanto do presente quanto do futuro, então o tempo torna-se um dos elementos determinantes do conceito de história. Parece-me, no entanto, que nem a relação que o tempo mantém com outros elementos nem o sentido específico do seu efeito na história foram identificados até hoje com a clareza desejável, tampouco com a clareza possível.
Georg Simmel.
O problema do tempo histórico [1916]. In: Simmel. Ensaios
sobre teoria da história
. Rio de Janeiro: Contraponto, 2011, p. 9 (com adaptações).
Tendo o texto precedente como referência inicial, julgue o item seguinte, relativo à relação entre tempo e história.
O conceito de regimes de historicidade foi cunhado e mobilizado pelo filósofo e historiador francês Michel Foucault, para o estudo de formas modernas de interação entre sociedade e tempo.
Acerca de diferentes abordagens historiográficas contemporâneas, julgue o item que se segue.
Os primeiros praticantes da micro-história tinham o propósito metodológico de operacionalizar uma abordagem qualitativa de culturas e experiências ligadas a classes sociais subalternas.
Não se pode coligir provas antes de se começar a pensar [...]. Isto porque pensar significa fazer perguntas, e nada constitui prova a não ser em relação a uma pergunta definida.
Robin Collingwood. A ideia de história. Lisboa: Presença, 1994, p. 346 (com adaptações).
Tendo o fragmento de texto precedente como referência inicial, julgue o próximo item, a respeito da problemática das fontes no ofício do historiador.
A despeito de terem promovido significativas inovações metodológicas e fomentado a interdisciplinaridade na pesquisa histórica, historiadores ligados à primeira fase da tradição dos Analles, como Marc Bloch e Lucien Febvre, evitaram romper com a compreensão tradicional de que a história deve ser escrita apenas com base em documentos autênticos.