Como o objeto da história (entendida como um constructo teórico) é o que aconteceu, abstraído tanto do presente quanto do futuro, então o tempo torna-se um dos elementos determinantes do conceito de história. Parece-me, no entanto, que nem a relação que o tempo mantém com outros elementos nem o sentido específico do seu efeito na história foram identificados até hoje com a clareza desejável, tampouco com a clareza possível.
Georg Simmel.
O problema do tempo histórico [1916]. In: Simmel. Ensaios
sobre teoria da história
. Rio de Janeiro: Contraponto, 2011, p. 9 (com adaptações).
Tendo o texto precedente como referência inicial, julgue o item seguinte, relativo à relação entre tempo e história.
A noção tripartite do tempo histórico desenvolvida em meados do século XX pelo historiador francês Fernand Braudel está calcada na distinção entre evento, conjuntura e longa duração.
Como o objeto da história (entendida como um constructo teórico) é o que aconteceu, abstraído tanto do presente quanto do futuro, então o tempo torna-se um dos elementos determinantes do conceito de história. Parece-me, no entanto, que nem a relação que o tempo mantém com outros elementos nem o sentido específico do seu efeito na história foram identificados até hoje com a clareza desejável, tampouco com a clareza possível.
Georg Simmel.
O problema do tempo histórico [1916]. In: Simmel. Ensaios
sobre teoria da história
. Rio de Janeiro: Contraponto, 2011, p. 9 (com adaptações).
Tendo o texto precedente como referência inicial, julgue o item seguinte, relativo à relação entre tempo e história.
Nas suas investigações sobre conceitos sociopolíticos modernos, o historiador alemão Reinhart Koselleck estudou fontes relativas a um considerável número de espaços linguísticos distintos, o que lhe permitiu empreender uma história conceitual da temporalidade em perspectiva comparada.
Acerca de diferentes abordagens historiográficas contemporâneas, julgue o item que se segue.
A chamada nova história cultural estabelece-se em diversos cenários historiográficos, ao final da década de 70 do século passado, em meio a uma tensa relação com a tradição da história social, embora retenha desta a crença no valor positivo da modernização e o foco nas manifestações racionais da experiência humana.
Não se pode coligir provas antes de se começar a pensar [...]. Isto porque pensar significa fazer perguntas, e nada constitui prova a não ser em relação a uma pergunta definida.
Robin Collingwood. A ideia de história. Lisboa: Presença, 1994, p. 346 (com adaptações).
Tendo o fragmento de texto precedente como referência inicial, julgue o próximo item, a respeito da problemática das fontes no ofício do historiador.
Em estudos de cidades, paisagens e territórios, os historiadores fazem frequente uso de trabalhos produzidos por geógrafos e sociólogos.
A respeito de história e memória social, julgue o item a seguir.
Memória e história estão conectadas, embora a ligação de cada uma com o passado seja processada de formas diferenciadas.
Acerca dos lugares de memórias, julgue o item que se segue.
Os lugares de memórias são espaços que surgem espontaneamente, estando, portanto, vinculados à memória espontânea.
Julgue o item seguinte, referente a narrativas patrimoniais e representações.
A memória preservada pelo patrimônio histórico é mais significativa para o grupo que convive em seu entorno do que para aqueles que vivem mais distantes dele.
Com relação a patrimônio cultural e cidadania, julgue o item seguinte.
É obrigação do Estado, por meio da educação e de outras medidas, conscientizar a população sobre a importância da preservação do patrimônio cultural para a memória de grupos sociais e da própria identidade nacional.
Considerando as figuras apresentadas, julgue o item seguinte, acerca da diversidade de atores sociais que formaram a sociedade brasileira.
A opção pelo escravismo, intensificada na América portuguesa do século XVII, resultou em uma sociedade com uma massiva presença de africanos trazidos ao Brasil na condição de escravos, o que produziu profundas desigualdades e intensos conflitos sociais e raciais.
"O império do Brasil é associação política de todos os cidadãos brasileiros. Eles formam uma nação livre, e independente, que não admite com qualquer outra laço algum de união ou federação que se oponha à sua independência."
Constituição de 1824, título I, art. 1.º.
A partir do fragmento de texto precedente, julgue o próximo item, a respeito da formação da nação brasileira.
A escravidão era a instituição central do Brasil imperial e impactava de forma decisiva a concepção de cidadania que vigorava na sociedade daquela época.
Julgue o item subsecutivo, referente à historiografia do século XIX.
Por tratar de uma sociedade escravista, a historiografia sobre o Brasil imperial dedicou grande atenção ao tema da cidadania, assunto que já vinha sendo debatido havia bastante tempo.
Julgue o item subsecutivo, referente à historiografia do século XIX.
Os estudos sobre a formação de uma sociedade africana no Brasil são uma das principais novidades historiográficas a respeito do Brasil imperial.
Com relação à produção historiográfica das décadas de 1930 e 1940, julgue o item subsequente.
Tema corrente no Brasil desde o século XIX, a diversidade racial da população brasileira seguia como assunto polêmico em 1930, tendo sido debatida por intelectuais importantes desse período, como Oliveira Vianna e Gilberto Freyre.
Ora, uma história não é narrada sob a pressão esquizofrênica de ser ou a pura facticidade das informações das fontes, de um lado, ou a imaginação ficcional de seu caráter histórico. Sua facticidade própria, muito mais real do que a facticidade dos dados das fontes, encontra-se na forma em que o passado se torna um elemento influente na vida humana prática no presente.
Jörn Rüsen. História viva. Teoria da História III: formas e funções
do conhecimento histórico. Brasília: EdUnB, 2007, p. 33 (com adaptações).
Considerando esse fragmento de texto, julgue o item subsequente, com referência a aspectos teórico-metodológicos dos estudos em história.
As reflexões apresentadas no texto projetam o conhecimento histórico como algo fortemente determinado pela imaginação ficcional e subdeterminado pelos resultados de pesquisa.
Como o objeto da história (entendida como um constructo teórico) é o que aconteceu, abstraído tanto do presente quanto do futuro, então o tempo torna-se um dos elementos determinantes do conceito de história. Parece-me, no entanto, que nem a relação que o tempo mantém com outros elementos nem o sentido específico do seu efeito na história foram identificados até hoje com a clareza desejável, tampouco com a clareza possível.
Georg Simmel.
O problema do tempo histórico [1916]. In: Simmel. Ensaios
sobre teoria da história
. Rio de Janeiro: Contraponto, 2011, p. 9 (com adaptações).
Tendo o texto precedente como referência inicial, julgue o item seguinte, relativo à relação entre tempo e história.
A ideia geral de tempo histórico que predomina na literatura teórica expressa a relativa homogeneidade temática e metodológica que caracteriza os diferentes ramos da pesquisa histórica atual.