Há muitos significados para o termo “espaço”, podendo esse ser tratado na perspectiva da Filosofia, da Física, da Arte, da Sociologia, da Psicologia, da Geografia, etc. Os geógrafos, ao destacarem o espaço como objeto de estudo, procuram compreender o valor que ele representa para cada sociedade. Isso pode ser explicado em duas linhas de raciocínio que se interagem. Uma delas tem estreita relação com o exercício da cidadania – uma vez que o cidadão é “territorializado” e vive de acordo com as leis vigentes em determinado território. A outra linha de raciocínio tem importância para as relações de poder inerentes a cada sociedade. Considerando que o espaço é social, visto que não há sociedade a-espacial e a História não se escreve fora do espaço, essa última direção, mencionada no texto acima, destaca, um dos valores que o espaço encerra em si, que é o
Um professor apresentou em sua aula a figura e o texto
abaixo.

Ainda que haja grandes singularidades e grandes
paradoxos relacionados às desigualdades sociais, o
peso da Geografia e o papel do Estado numa lenta
constituição de cidadania são aspectos reveladores
para a compreensão de como esse território se organizou,
apesar dos contrastes, consolidando o setor
industrial e se colocando, na atualidade, como uma
potência emergente.
A associação entre a figura e o texto são mais bem aproveitados,
na sala de aula de Geografia, para uma análise
de um recorte espacial na escala geográfica
A água é fonte de riqueza e conflitos. PORQUE A água foi transformada em uma mercadoria em escala internacional, o que gera interesses de grandes grupos transnacionais e, ao mesmo tempo, sua distribuição natural não corresponde à sua distribuição política, de forma que, em alguns países, os recursos hídricos são mais do que suficientes e, em outros, os recursos são raros para esse fim. Analisando as afirmações acima, conclui-se que
Em relação ao Brasil, considere o texto a seguir.
Em pouco mais de 40 anos, deixamos a condição
de sociedade agrária. Rapidamente, o país vence a
etapa da inclusão – mais crianças nas escolas, mais
trabalhadores nas cidades, mais consumidores no
mercado. O desafio à frente é transformar crescimento
em desenvolvimento.

O desafio de transformar crescimento em desenvolvimento
a ser enfrentado tem relação mais estreita com a necessidade
de
Segundo muitos estudiosos, o mundo pós-guerra fria seria caracterizado como uma “desordem”, um “caos”, marcados pela ausência de regulação, pela instabilidade do mercado, pela multiplicação dos conflitos e pela variada manifestação da exclusão. Há também uma tendência de pensamento de que vivemos num mundo em que há uma combinação entre ordem e desordem, dialeticamente articulados. Do ponto de vista conceitual, a chamada des-ordem internacional refere-se a uma forma de organização do espaço mundial em função de relações de poder (político e econômico) específicas, representativas de um determinado período na estruturação do capitalismo e de um(a) novo(a)
Considere as pirâmides etárias brasileiras de 1980 e 2010 e a projeção para 2050

De acordo com os perfis das pirâmides apresentadas, conclui-se que
Tornou-se usual explicar a complexidade do mundo atual por meio do binômio globalização-fragmentação, visto que, de acordo com alguns estudos, contrapor um aspecto ao outro é inadequado, pois ambos caminham juntos. Da mesma forma que a globalização se revela de várias formas, a fragmentação também. Podemos, por exemplo, fazer referência a uma fragmentação inserida de forma mais visível nos processos de globalização e a uma fragmentação paralela ou contrária à globalização. Há uma fragmentação “inclusiva ou integradora” e há uma fragmentação “excludente ou desintegradora”. Levando em conta a lógica de “fragmentar para melhor globalizar”, NÃO faz parte do processo de fragmentação “inclusiva ou integradora” a seguinte característica:
Entender as causas do sucesso ou do fracasso dos alunos
tem sido uma preocupação recorrente de professores
e educadores em geral. As características culturais dos
alunos vêm a ser um fator geralmente apontado como determinante
para a aprendizagem de crianças, adolescentes
ou jovens.
Considerando as teorias educacionais contemporâneas,
qual, dentre as afirmativas abaixo relacionadas, NÃO
justifica essa situação?
Embora as práticas de avaliação acompanhem a história
da educação escolar, contemporaneamente tem crescido
a preocupação em fazer dessa um componente importante
do processo de ensino e aprendizagem.
Considerando-se a realidade das escolas brasileiras, uma
das funções que a avaliação deve ter é ser um instrumento
para
Há um desconhecimento dos clássicos que é fonte de dois grandes equívocos na história do pensamento geográfico já de um século: a tradição das escolas e a tradição das geografias setoriais. A geografia tem a tradição da escola. Escola francesa, escola alemã, escola norte-americana ... Cada escola é um país, cada país é uma escola. Talvez se flagre aqui o vínculo da Geografia com o Estado [...]. MOREIRA, Ruy. O Pensamento Geográfi co Brasileiro: As matrizes clássicas originárias. São Paulo: Contexto, V. 1, 2010. p.37. Considerando a história do pensamento geográfico, a vinculação mencionada no texto acima engendrou, já no século XX, o trabalho produzido pelo renomado geógrafo Yves Lacoste. Nessa perspectiva específica, sua obra valoriza, entre outros aspectos, uma discussão da Geografia usualmente identificada com
Seria uma visão reducionista considerar que a rede urbana é um simples conjunto de cidades ligadas entre si por fluxos de pessoas, bens e informações, como se isso em nada tivesse relação com outros mecanismos existentes em nossas sociedades. Na perspectiva de que a rede urbana não é “inocente” e, por meio dela, a gestão do território se exerce, há uma relação mais estreita com os seguintes mecanismos de nossa sociedade:
De acordo com uma das linhas de pensamento expressivas nos meios intelectuais, revoltas em vários países representam uma resposta da juventude ao quadro de devastação social legado por décadas de neoliberalismo. Na perspectiva do enfoque de análise apresentado, considere as afirmações. I - Para os europeus, por exemplo, causa estranheza o fato de as novas gerações estarem com nível de vida inferior ao de seus pais. II - A crise fi nanceira, com suas estratégias de austeridade, afeta em demasia a classe média e os mais humildes e piora o mal-estar geral. III - A privatização dos serviços públicos consiste em um aspecto particular do neoliberalismo que é contestado. IV - Em vez de reagir, os governos dos países em crise, assustados com as quedas das bolsas de valores, insistem em satisfazer as necessidades dos mercados e dos bancos. Está correto o que se afirma em
No texto dos Parâmetros Curriculares para o ensino fundamental (terceiro e quarto ciclos) está escrito: No atual momento em que se discute a globalização, dialeticamente ressurge o interesse de desvendar a possibilidade das resistências que nascem no interior de certos espaços, evidenciando que as regiões, como conjunto de lugares que interagem solidariamente na busca de uma autonomia e identidade, não desapareceram. Segundo Paulo Cesar da Costa Gomes: “ De qualquer forma, se a região é um conceito que funda uma reflexão política de base territorial, se ela coloca em jogo comunidades de interesses identificadas a uma certa área e, finalmente, se ela é sempre uma discussão entre os limites da autonomia face a um poder central, parece que estes elementos devem fazer parte dessa nova definição ao invés de assumirmos de imediato uma solidariedade total com o senso comum que, nesse caso da região, pode obscurecer um dado essencial: o fundamento [...] de controle e gestão do território. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: geografi a/Secretaria de Educação Fundamental. - Brasília: MEC/SEF, 1998, p. 20 Segundo a perspectiva de análise do autor citado nesse trecho do documento oficial, no caso da região, é preciso transpor o senso comum e colocar em evidência a dimensão de ordem
Em nível global, a Amazônia é uma fronteira percebida como espaço a ser preservado para a sobrevivência do planeta. Coexistem nessa percepção interesses ambientalistas legítimos e também interesses econômicos e geopolíticos, expressos respectivamente num processo de mercantilização da natureza e de apropriação do poder de decisão dos Estados sobre o uso do território. BECKER, Bertha K. Amazônia – Geopolítica na virada do III milênio. Rio de Janeiro: Garamond, 2009, p.21 Considerando essa conjugação de interesses diversos, no nível estratégico de escala nacional, a Amazônia é percebida, principalmente, como uma fronteira de recursos que corresponde à área de expansão do povoamento e da economia brasileira, de forma a garantir a(o)
A modernização é uma realidade no campo brasileiro, baseada nas mudanças da base técnica da produção agrária. No entanto, há quem afirme que a distribuição de terras custa mais caro do que as políticas focadas na agricultura familiar. Tal pensamento representa uma dificuldade para realizar a Reforma Agrária — uma reivindicação justa, segundo outros segmentos de pensamento. Diante do exposto, é possível concluir que, no país, a