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“Uma prática tradicional na Escola Fundamental, adotada nas aulas de estudos sociais, mas desenvolvida não apenas sob sua égide, é o estudo do meio considerando que se deve partir do próprio sujeito, estudando a criança particularmente, a sua vida, a sua família, a escola, a rua, o bairro, a cidade, e, assim, ir sucessivamente ampliando, espacialmente, aquilo que é o conteúdo a ser trabalhado. São os Círculos Concêntricos, que se sucedem numa sequência linear, do mais simples e próximo ao mais distante.”

(CALLAI, H. Aprendendo a ler o mundo: a geografia nos anos iniciais do ensino fundamental. Caderno Cedes. Campinas, vol. 25, n. 66, p. 227-247, maio/ago, 2005).

“Quando se evita, no ensino de Geografia para o primeiro ciclo do Ensino Fundamental, estabelecer a conexão entre o lugar (próximo) e o global (longínquo) está fazendo um desserviço para o ensino, pois ao invés de trazer a realidade dos e aos alunos, está, na verdade, distanciando-os cada vez mais”.

(STRAFORINI, R. A totalidade mundo nas primeiras séries do ensino fundamental: um desafio a ser enfrentado. Terra Livre: São Paulo, Ano 18, vol. I, n. 18, p. 95-114, jan-jun, 2002.)

Sabemos que no Ensino de Geografia o estudo do meio a partir da realidade e conhecimentos prévios dos alunos é importante. No entanto, autores como Callai (2005) e Straforini (2002) apresentam críticas ao ensino restrito a essa forma de pensamento que vem sendo realizado nas escolas. Sendo assim, utilizando-se de seus conhecimentos sobre o Ensino de Geografia e partindo das reflexões dos autores, a alternativa que traduz uma explicação razoável para as críticas dos estudiosos do tema é a seguinte:

Passados quase 130 anos da abolição da escravatura, a população quilombola continua sendo negligenciada como organização de resistência a favor da cultura e da população negra do país. O reconhecimento das comunidades remanescentes de quilombos foi fragilizado nos últimos 2 (dois) anos, obstaculizando ações afirmativas de reparo a danos do período escravagista sentidos ainda hoje. A não equidade dada à população negra é comprovada nos estudos que demonstram que a qualidade de vida desta parcela da população apresenta quase uma década de atraso quando comparada à população branca (PNUD; IPEA; FJP, 2017). De acordo com o mapa a seguir, o Brasil apresenta em torno de 3 (três) mil comunidades quilombolas:

Número de comunidades remanescentes de quilombos por Estado


Fonte: Fundação Palmares, 2016.

Alguns motivos ajudam a explicar esse relativo abandono em relação às políticas afirmativas de raça:

“Quando nos lembramos de nossa infância, vem em nossa mente os jogos e brincadeiras que praticávamos: jogar bola, pular muro, pegar goiaba do vizinho eram algumas de nossas práticas quase que diárias. Uma das brincadeiras que mais fazíamos não tinha um nome ou título, mas consistia em ter um chefe, e este, determinava o que os outros fariam. Todos marchavam e ao sinal do chefe deveríamos virar seguindo uma ordem aleatória: “direita vou ver, esquerda vou ver, meia volta vou ver…”, e assim alternadamente até que alguém errasse e, é claro, quem não seguisse o comando era excluído até que restasse somente um, o vencedor. Esta singela brincadeira de criança se perdeu no tempo. Não vemos mais crianças a praticá-la. Intuitivamente, esta brincadeira fazia com que operássemos nossa lateralidade”

(TEIXEIRA, C. C.; CASTROGIOVANNI, A. C. Orientação e lateralidade: uma proposta à luz da epistemologia genética. In: ENCONTRO DE PRÁTICAS DE ENSINO DE GEOGRAFIA DA REGIÃO SUL, Florianópolis: UFSC, 2014).

Com base nesta reflexão e em seus conhecimentos sobre os fundamentos da alfabetização geográfica no Ensino Fundamental, identifique os itens certos e os itens errados.
(  ) As brincadeiras de infância destacadas desenvolvem a noção de lateralidade e, portanto, as escolas não precisam trabalhar esse conceito que já vem nivelado da infância das crianças.

(  ) Atividades que envolvem o corpo, mais precisamente a noção corporal de direita e esquerda ou hemisferização corporal, desenvolvem domínios necessários para a leitura de mapas.

(  ) No estudo da orientação, o aluno precisa da lateralidade para construir referências aos astros, como o Sol por exemplo, e relacionar o sentido (Norte, Sul, Leste e Oeste) à sua direita ou esquerda.

(  ) Para entender a visão do mapa como sendo uma representação plana, geralmente vista de frente, a questão da lateralidade se torna espelhada: à esquerda ou à direita de quem observa o mapa é o contrário da lateralidade dos continentes.

A alternativa que apresenta a sequência correta é:

Segundo Damiani: “É possível, embora este não seja o único objetivo, realizar um trabalho educativo, visando esclarecer os indivíduos sobre sua condição de cidadãos, quando se apropriam do mundo, do país, da cidade, da casa e, ao mesmo tempo, decifrando os inúmeros limites decorrentes das alienações”. (DAMIANI, A. L. A geografia e a construção da cidadania. In: CARLOS, A.F.A. (org). Novos caminhos da geografia. São Paulo: Contexto, 1999). Segundo Kaercher: “Os conceitos e vivências espaciais (geográficas) são importantes, fazem parte de nossa vida a toda instante. Em outras palavras: Geografia não é só o que está no livro ou o que o professor fala. Você a faz diariamente. Ao vir para a escola a pé, de carro ou de ônibus, por exemplo, você mapeou, na sua cabeça, o trajeto. Em outras palavras: o homem faz Geografia desde sempre”.

(KAERCHER, N. A. A geografia é o nosso dia a dia. In: CASTROGIOVANNI, A.C. et al. Geografia em sala de aula, práticas e reflexões. Porto Alegre: Associação dos Geógrafos Brasileiros. 1998).

A respeito do ensino de Geografia, analise as afirmativas a seguir:

  1. Em suas atividades diárias, alunos e professores constroem geografia, pois, ao circularem, brincarem, trabalharem pela cidade e pelos bairros, eles constroem lugares, produzem espaço, delimitam seus territórios.
  2. Entre as recomendações presentes nos textos sobre ensino de geografia está a de não considerar os conhecimentos que os alunos trazem para a sala de aula, sob o risco de estabelecer diferenciações entre as turmas a respeito do ensino de um mesmo tema de aula.
  3. A prática cotidiana dos alunos é plena de espacialidade e de conhecimento, cabendo à escola trabalhar discutindo, ampliando e alterando a qualidade das práticas dos alunos, no sentido de uma prática reflexiva e crítica, necessária ao exercício conquistado de cidadania.
  4. As percepções, as vivências e a memória dos indivíduos e dos grupos sociais são considerados fatores emocionais e, portanto, não são aceitos como elementos importantes na constituição do saber geográfico.

Entre as afirmativas destacadas, são verdadeiras apenas:

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