“Em setembro de 1973, o golpe de Estado que derrubou o
presidente eleito Salvador Allende motivou um debate entre
advogados brasileiros da Ordem dos Advogados do Brasil
(OAB). A ata da reunião da entidade ocorrida no mesmo mês
registra a proposta de um dos seus membros para ‘que a OAB
se dirija ao Governo do Chile solicitando seja respeitada a
situação jurídica dos brasileiros que ali se encontram
protegidos pelo instituto do asilo’. Outro advogado sugeriu
também a necessidade de recorrer à ONU”.
(Apud Denise Rollemberg. “Memória, Opinião e Cultura Política. A Ordem dos
Advogados do Brasil sob a Ditadura (1964–1974)”. In: REIS, Daniel Aarão; ROLLAND,
Denis (orgs.). Modernidades Alternativas. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2008, p. 93.)
A respeito da conjuntura política nacional e internacional da
década de 1970, assinale V para a afirmativa verdadeira e
F para a falsa.
( ) A OAB foi alvo de atentado a bomba por setores das Forças
Armadas que se opunham ao processo de abertura política
iniciado no governo Médici.
( ) A OAB e outras organizações da sociedade civil brasileira
atuaram dentro e fora do país em defesa dos direitos
humanos.
( ) A decisão da OAB de recorrer à ONU em defesa do direito
de asilo representou uma crítica indireta à ditadura
brasileira.
As afirmativas são, respectivamente,
O professor de História apresenta duas fotografias para estimular
o debate sobre o esporte na sociedade contemporânea, entre os
seus alunos.
A primeira foto registra a cerimônia de abertura dos jogos
olímpicos de Berlim (1936). A segunda, a premiação de Tommie
Smith e John Carlos na prova de atletismo dos 200 metros dos
jogos olímpicos na Cidade do México (1968).
Sobre as duas imagens e seus respectivos contextos históricos, analise as afirmativas a seguir.
I. Ambas as imagens mostram o uso político do esporte, visto como instrumento útil para mobilizar a nação a favor do programa do regime instituído.O aprendizado autônomo e a aplicação responsável das
habilidades e competências adquiridas assumiram um papel
central na Educação em História. Esta nova abordagem do
processo de ensino e aprendizagem reativou o debate teórico
sobre os conceitos de “consciência” e de “pensamento
histórico”, derivados do historicismo e retomados por Jorn
Rüsen no campo da didática.
Para Jorn Rüsen, a consciência histórica é “(...) a suma das
operações mentais com as quais os homens interpretam sua
experiência da evolução temporal de seu mundo e de si
mesmos, de forma tal que possam orientar, intencionalmente,
sua vida prática no tempo”.
(RÜSEN, Jorn. Razão histórica: teoria da história: fundamentos da ciência
histórica. Brasília: Editora UNB, 2010. p. 57)
As alternativas a seguir identificam procedimentos didáticos
relacionados ao processo de ensino e aprendizagem, centrados
no tema da consciência histórica, tal como definida acima,
à exceção de uma. Assinale–a.
Nossos livros e atividades escolares, ao longo do tempo, têm
reproduzido imagens cristalizadas sobre os índios. Nas últimas
décadas, entretanto, antropólogos, historiadores e arqueólogos
vêm se indagando a respeito deste desafio: como superar o
ensino estereotipado sobre o tema da cultura indígena nas
salas de aula? Um primeiro passo é a análise crítica dos livros
didáticos que produzimos e adotamos, identificando seus
equívocos e contradições.
Com relação aos equívocos e contradições que encontramos na
maioria dos livros didáticos, analise as afirmativas a seguir.
I. As sociedades indígenas são mencionadas, na maior parte
das vezes, nos capítulos referentes à chamada pré–história
do Brasil, no período anterior à chegada dos exploradores
europeus e na fase chamada de pré–colonizadora, o que
transforma as sociedades indígenas em “objetos do
passado”.
II. Existem mais de duas centenas de povos indígenas no Brasil
atual, entretanto, em vários livros os índios costumam ser
projetados em um “espaço distante” e caracterizados como
habitantes das florestas.
III. Nos livros didáticos a população brasileira é apresentada
como resultante de um processo histórico de miscigenação,
o que nos transforma a todos em “descendentes” de
europeus, africanos e indígenas, homogeneizando a
pluralidade da cultura indígena.
Assinale:
Analise as imagens a seguir.
Ao trabalhar em sala de aula com imagens de cidades coloniais,
o professor apresenta uma gravura holandesa produzida em
1624, no contexto das invasões em Salvador.
Em meio à baía, estão representadas as naus holandesas,
contra as quais os canhões das fortalezas portuguesas
disparam, envoltos em fumaça.
Em seu discurso de posse transmitido pela “Voz do Brasil”, o
Presidente Jânio Quadros faz referência à conjuntura
internacional e anuncia, em linhas gerais, uma nova postura do
governo brasileiro em termos de sua inserção no mundo:
Palácio da Alvorada, 31 de janeiro de 1961.
[COMUNICADO]
Rio de Janeiro, 1º de fevereiro de 1961
Atravessamos horas das mais conturbadas que a humanidade já
conheceu. O colonialismo agoniza, envergonhado de si mesmo,
incapaz de solver os dramas e as contradições que engendrou. Ao
Brasil cabe estender as mãos a esse mundo jovem,
compreendendo–lhe os excessos ou desvios ocasionais, que
decorrem da secular contenção de aspirações enobrecedoras. (...)
Os nossos portos agasalharão todos os que conosco queiram
comerciar. Somos uma comunhão sem rancores ou temores.
Temos plena consciência da nossa pujança para que nos
arreceemos de tratar com quem quer que seja.
(Apud FRANCO, Alvaro da Costa (org.). Documentos da política externa
independente. Rio de Janeiro: Centro de História e Documentação Diplomática;
Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2007. Vol. 1: p. 21–31, p. 30–31.)
Assinale a alternativa que indica, respectivamente, o processo
histórico e o princípio de política externa a que o discurso
presidencial alude.
Desde a segunda metade do século XIX, a tradição das exposições universais e coloniais transforma o mundo não europeu em objeto de museu. A imagem a seguir reproduz um cartaz da Exposição Colonial Internacional e dos Países de Além–Mar, de 1931, realizada em Paris e visitada por oito milhões de pessoas. A legenda do cartaz esclarece: “É com 76.900 homens que a França assegura a paz e os benefícios de sua civilização a seus 60 milhões de indígenas”.
“Nas várias áreas do currículo escolar existem, implícita ou
explicitamente, ensinamentos a respeito dos temas transversais
(...). Por outro lado, sua complexidade faz com que nenhuma
das áreas, isoladamente, seja suficiente para explicá–los; ao
contrário, a problemática dos temas transversais atravessa os
diferentes campos do conhecimento.”
(BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:
terceiro e quarto ciclos: apresentação dos temas transversais. Brasília: MEC/SEF,
1998, p. 26 inhttp://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/ttransversais.pdf.)
Com relação ao ensino a partir de temas transversais ou
geradores, analise as afirmativas a seguir, de acordo com a
perspectiva dos PCN’s e das novas discussões teórico–
metodológicas e didáticas da História.
I. As questões dos temas transversais devem ser integradas
às áreas convencionais do currículo escolar, de tal forma
que produzam adaptações nas orientações didáticas de
cada área e que assegurem um trabalho pedagógico
voltado à educação de valores em todas as áreas.
II. A questão ambiental é um exemplo de tema que, embora
não seja habitualmente incluído nos conteúdos das aulas de
História, só pode ser plenamente compreendido por meio
da articulação de conhecimentos históricos com as
contribuições de outras disciplinas escolares.
III. A transversalidade do conjunto de temas escolhidos para
integrar o currículo escolar deve resultar na criação de
áreas didaticamente autônomas e estruturadas em torno
de atividades comuns às várias disciplinas, de modo que
incentive e promova a polivalência dos professores de
História.
Assinale:
Em sala de aula, um professor propôs aos alunos, a análise da imagem a seguir: uma xilogravura de Lucas Cranach, o Velho, intitulada “Cristo expulsa os vendilhões do templo de Jerusalém e o Papa vende indulgências”, retirada de Paixão do Cristo e do Anticristo, de Lutero (Wittenberg, 1521).
Entre os anos de 1879 e 1880, a capital do Império foi palco de
protestos violentos, duramente reprimidos por tropas da
polícia e do Exército, com saldo de pelo menos três mortos.
Era a Revolta do Vintém, que também teve como consequência
a queda do ministério que tinha instituído a cobrança da taxa
de um vintém (20 réis) sobre o transporte urbano. O novo
ministério nomeado pelo Imperador revogou a tarifa.
As motivações e os resultados obtidos pela revolta popular
indicam que a Revolta do Vintém viabilizou–se por meio de
mecanismos de organização da sociedade civil e de participação
política popular
A Lei n. 11.645/08, que tornou obrigatório o estudo da História e das culturas afro–brasileira e indígena nos estabelecimentos de Ensino Fundamental e de Ensino Médio,
A respeito da “Era das Revoluções”, analise as afirmativas a
seguir.
I. As consequências da Revolução Industrial Inglesa e da
Revolução Francesa, em seu conjunto, consolidaram a
França e a Inglaterra como potências capitalistas do mundo.
II. O período das guerras napoleônicas traduziu, em termos
militares e econômicos, o confronto entre França e
Inglaterra pela hegemonia europeia e mundial.
III. Os efeitos do Bloqueio Continental, decretado pela França
durante o período das guerras napoleônicas, contribuíram
para a afirmação da hegemonia comercial britânica na
América do Sul.
Assinale:
As Tecnologias de Informação e de Comunicação (TICs) têm sido usadas como instrumentos para a pesquisa e o ensino da História. No entanto, o seu uso também acarreta mudanças epistemológicas na concepção, produção e comunicação do conhecimento histórico. Para superar o uso meramente instrumental das TICs, o historiador deve eletrônicas de fontes e aparatos bibliográficos.