Quanto ao problema de construção de variáveis na Sociologia, pode-se afirmar CORRETAMENTE:
Entre os inúmeros efeitos econômico-sociais e políticos da revolução dupla revolução pós-século XIX, é possível destacar:
I. A consolidação do capitalismo industrial e o empobrecimento econômico das nações.
II. O aumento da produção, da circulação de mercadorias e do contato entre os países.
III. A expansão da população urbana e o aumento da produtividade no campo.
IV. O surgimento de novas classes sociais e a fragmentação do conceito de Estado-nação.
V. O advento da sociedade de consumo e a redução da cultura do medo urbano.
Estão corretos APENAS os itens:
Sociologicamente, o Estado contemporâneo não possui o monopólico da produção e de aplicação do direito. O direito estatal dominante, afirma Boaventura Sousa Santos, convive com outros modelos de juridicidade. O autor mostra, por exemplo, que o declínio da litigiosidade civil não significa a diminuição dos conflitos sociais, mas o desvio da solução de tais conflitos a outros mecanismos informais de poder mais baratos e rápidos.
Visando democratizar a aplicação do direito na sociedade as conclusões do autor ajudam a:
Segundo um importante sociológico contemporâneo (David Garland), até 1970/80 discurso criminal estatal já admitiu, na Europa e outros países, a possibilidade de o Estado vencer a guerra contra o crime. Contudo, entre os anos de 1980/90 verifica-se a mudança do discurso político do Estado alertando a sociedade para os limites do poder de prevenção e controle das ações criminais por parte do Estado. De agora em diante, o governo central poderá apenas compartilhar, com a sociedade civil, as diversas ações contra o crime. Desde então, continua o autor, a sociedade vem testemunhando o fim do discurso político que atribui ao Estado o monopólio da prevenção e controle do crime.
De acordo com a construção lógica do enunciado em questão, é INCORRETO afirmar:
A Constituição Federal de 1988 (CF) foi elaborada em um contexto histórico marcado, de um lado, pela ânsia de consagrar o moderno conceito de democracia, menos formal e mais identificado com as práticas de cidadania; de outro, pela acelerada urbanização, que leva à mobilização de crescente número de setores da sociedade em busca de soluções para os problemas que a nova realidade urbana fez emergir. Não por acaso, a CF dedica um capítulo às políticas urbanas. Da criação de secretaria, em 1995, passando pelo Estatuto das Cidades, em 2001, e chegando ao Ministério das Cidades, em 2003, um importante caminho foi percorrido, culminando com a aprovação da Política Nacional de Desenvolvimento Urbano.
Considerando o texto acima, relativamente à caracterização da sociedade brasileira contemporânea e a aspectos ligados ao planejamento e à gestão de serviços públicos no Brasil, julgue os itens seguintes.
No campo social, uma das maiores conquistas incorporadas ao texto da CF foi a determinação de acesso integral, igualitário e gratuito aos serviços médico-hospitalares, concebido como direito dos cidadãos e dever do Estado, materializado na criação do Sistema Único de Saúde.
A Constituição Federal de 1988 (CF) foi elaborada em um contexto histórico marcado, de um lado, pela ânsia de consagrar o moderno conceito de democracia, menos formal e mais identificado com as práticas de cidadania; de outro, pela acelerada urbanização, que leva à mobilização de crescente número de setores da sociedade em busca de soluções para os problemas que a nova realidade urbana fez emergir. Não por acaso, a CF dedica um capítulo às políticas urbanas. Da criação de secretaria, em 1995, passando pelo Estatuto das Cidades, em 2001, e chegando ao Ministério das Cidades, em 2003, um importante caminho foi percorrido, culminando com a aprovação da Política Nacional de Desenvolvimento Urbano.
Considerando o texto acima, relativamente à caracterização da sociedade brasileira contemporânea e a aspectos ligados ao planejamento e à gestão de serviços públicos no Brasil, julgue os itens seguintes.
O surgimento de um ministério específico para tratar de questões urbanas vincula-se diretamente ao processo de reforma do Estado posto em prática na última década do século passado, quando empresas públicas foram privatizadas e algumas reformas estruturais - como a da previdência social - se completaram
No livro A corrosão do caráter, Richard Sennet trata da noção de capitalismo flexível. Para ele:
A expressão capitalismo flexível descreve hoje um sistema que é mais que uma variação sobre um velho tema. Enfatiza-se a flexibilidade. Atacam-se as formas rígidas de burocracia e também os males da rotina cega. Pede-se aos trabalhadores que sejam ágeis, estejam abertos a mudanças a curto prazo, assumam riscos continuamente, dependam cada vez menos de leis e procedimentos formais. (SENNET, Richard. A corrosão do caráter. Rio de Janeiro, Ed: Record, 2004, p.9.)
Identifique entre as alternativas abaixo aquela que expressa CORRETAMENTE a visão de Richard Sennet sobre o capitalismo flexível.
Na obra À ética protestante e o espírito do capitalismo, o sociólogo Max Weber analisa a influência de um tipo de comportamento religioso no desenvolvimento do capitalismo moderno. O autor destaca a relação particular entre a ética protestante e a questão do trabalho para mostrar, por exemplo, que: I) o trabalho deve ser encarado como um dever (vocação) e não como uma obrigação; e II) o aumento de salário não significa aumento da produção.
Com base no enunciado e afirmações acima é CORRETO afirmar:
Leia as afirmações a seguir:
I. O nascimento do direito moderno é produto da racionalização da sociedade ocidental e do Estado
II. O direito moderno é reflexo do modo de produção capitalista.
III. A evolução do direito é resultado da divisão social do trabalho.
Assinale a alternativa que corresponde à sequência CORRETA dos autores.
O surgimento do interesse científico e as etapas de consolidação da Sociologia no Brasil implicaram uma combinação de causas provenientes de contatos sociais, conflitos e acomodações de culturas e povos diversos. Para efeito de explicação didática, o desenvolvimento das etapas da sociologia no Brasil pode ser resumido em três períodos: a) Período dos pensadores sociais (sociologia de cátedra); b) Período da Sociologia científica/ênfase à pesquisa macrossociológica I; c) Período da Sociologia científica II/momento de crise e diversificação da sociologia. Em linhas gerais, as etapas em questão correspondem respectivamente ao final do XIX até 1925; 1935-70; 1980/90. (LIEDKE FILHO, Enno D. A Sociologia no Brasil: história, teorias e desafios. sociologias, Porto Alegre, ano 7, nº 14, jul/dez 2005, pp. 376-437 ([DOSSIÊ A Sociologia no Brasil: história, teorias e desafios]).
De acordo com a classificação elaborada e datada pelo autor, a produção sociológica do último período foi caracterizada, sobretudo, pelo:
Émile Durkheim criou o conceito de fato social para
analisar a sociedade. Na perspectiva de Durkheim, os
fatos sociais são:
A sociabilidade é uma capacidade natural dos seres
humanos para viver em sociedade, que se
desenvolve pelo processo de socialização.
Destaca( m)-se neste processo:
Certos sociólogos consideram que a vida cotidiana de alunos, professores e funcionários das escolas é dominada pelas necessidades sociais; outros, que ela é dominada pela economia, sistema de classes e ideologia. As duas posturas correspondem, respectivamente, aos seguintes paradigmas:
Transformada por agitações políticas e tecnológicas nascidas nas grandes revoluções do século anterior, a Europa da segunda metade do Oitocentos testemunhava o aparecimento e consolidação de estudos acerca da realidade social como problema a ser enfrentado. Na França, por exemplo, a rápida urbanização, a mudança no tratamento dos meios de comunicação e transporte, recriaram o cenário cotidiano, gestando reflexões por parte de inúmeros pensadores acerca das causas e das tendências do novo mundo industrial. A busca por “leis gerais” que explicassem os contextos renovados, bem como uma dedicação metodológica direcionada a tratar a sociedade como um objeto da investigação científica próprio, se inscrevem como o primeiro desenho da sociologia como campo de estudo. Isso implica que, no caso francês, esta ciência:
A sociologia no Brasil, criada e desenvolvida a partir de núcleos institucionais e autorais diversos, se voltou desde o princípio a um exame de nossa formação histórica. Entre as mais respeitadas (e ao mesmo tempo controversas) interpretações desse processo, está a contribuição de Gilberto Freyre e seu entendimento de nossa realidade social de fundo colonial. Para esse autor, era fundamental redimensionar a leitura de nossa construção política inicial: