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SBT PODE ANUNCIAR VERSÃO INÉDITA DE “A MADRASTA” PARA NOVO HORÁRIO DE NOVELAS EM 2024

A nova versão do clássico foi protagonizada por Aracely Arámbula e Andrés Palacios


O SBT está empenhado em buscar reverter a queda de audiência histórica em 2024, e no embalo dos lançamentos de programas inéditos previstos, a emissora estaria planejando exibir o remake de A Madrasta (2022) De acordo com o perfil Febre Latina, no X (antigo Twitter), o canal de Sílvio Santos enviou a nova versão do dramalhão mexicano para o processo 
de dublagem – a obra, inclusive, é a quinta produção da franquia Fábrica de Sueños, projeto que reúne remakes das tramas clássicas de maior sucesso da Televisa, o qual teve início em 2019. Com 50 capítulos, o reboot de A Madrasta deve já fazer parte da nova grade vespertina do SBT em 2024, a ser transmitida na faixa das 15h30, antecedendo o possível novo programa do fim das tardes do canal. Estrelado por Aracely Arámbula e Andrés Palacios, A Madrasta é uma versão do clássico homônimo de 2005, e foi exibida pelo canal Las Estrellas. Em sua transmissão, que aconteceu entre agosto e outubro de 2022, a trama conquistou uma média de 3,1 milhões de telespectadores nas terras mexicanas.


(Disponível em: https://www.otempo.com.br/entretenimento/celebridades/sbtpode-anunciar-versao-inedita-de-a-madrasta-para-novo-horario-de-novelas-em-2024-1.3293261. Acesso em: 
23/05/2024).

Considerando a progressão temática do texto acima e os sentidos negociados, assinale a alternativa em que as expressões de cada par NÃO são correferenciais, isto é, NÃO se referem a um mesmo objeto de discurso

Provas: FCC - 2023 - CBM-BA
Disciplina:

Língua Portuguesa

- Assuntos: Pontuação

Medo da eternidade

1. Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade. Quando eu era muito pequena ainda não tinha provado chicles e mesmo em Recife falava-se pouco deles. Eu nem sabia bem de que espécie de bala ou bombom se tratava. Mesmo o dinheiro que eu tinha não dava para comprar: com o mesmo dinheiro eu lucraria não sei quantas balas. Afinal minha irmã juntou dinheiro, comprou e ao sairmos de casa para a escola me explicou: 
– Tome cuidado para não perder, porque esta bala nunca se acaba. Dura a vida inteira. 
– Como não acaba? – Parei um instante na rua, perplexa. 
5. – Não acaba nunca, e pronto. 
Eu estava boba: parecia-me ter sido transportada para o reino de histórias de príncipes e fadas. Peguei a pequena pastilha cor-de-rosa que representava o elixir do longo prazer. Examinei-a, quase não podia acreditar no milagre. Eu que, como outras crianças, às vezes tirava da boca uma bala ainda inteira, para chupar depois, só para fazê-la durar mais. E eis-me com aquela coisa cor-de-rosa, de aparência tão inocente, tornando possível o mundo impossível do qual já começara a me dar conta. 
Com delicadeza, terminei afinal pondo o chicle na boca. 
– E agora que é que eu faço? – perguntei para não errar no ritual que certamente deveria haver. 
– Agora chupe o chicle para ir gostando do docinho dele, e só depois que passar o gosto você começa a mastigar. E aí mastiga a vida inteira. A menos que você perca, eu já perdi vários. 
10. Perder a eternidade? Nunca. 
O adocicado do chicle era bonzinho, não podia dizer que era ótimo. E, ainda perplexa, encaminhávamo-nos para a escola. 
– Acabou-se o docinho. E agora? 
– Agora mastigue para sempre. 
Assustei-me, não saberia dizer por quê. Comecei a mastigar e em breve tinha na boca aquele puxa-puxa cinzento de borracha que não tinha gosto de nada. Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita. Na verdade eu não estava gostando do gosto. E a vantagem de ser bala eterna me enchia de uma espécie de medo, como se tem diante da ideia de eternidade ou de infinito. 
15. Eu não quis confessar que não estava à altura da eternidade. Que só me dava aflição. Enquanto isso, eu mastigava obedientemente, sem parar. 
Até que não suportei mais, e, atravessando o portão da escola, dei um jeito de o chicle mastigado cair no chão de areia. 
– Olha só o que me aconteceu! – disse eu em fingidos espanto e tristeza. – Agora não posso mastigar mais! A bala acabou! 
– Já lhe disse – repetiu minha irmã – que ela não acaba nunca. Mas a gente às vezes perde. Até de noite a gente pode ir mastigando, mas para não engolir no sono a gente prega o chicle na cama. Não fique triste, um dia lhe dou outro, e esse você não perderá. 
Eu estava envergonhada diante da bondade de minha irmã, envergonhada da mentira que pregara dizendo que o chicle caíra da boca por acaso. 
20. Mas aliviada. Sem o peso da eternidade sobre mim. 

                                                                                                                           (LISPECTOR, Clarice. Jornal do Brasil, 06 de jun. de 1970)

Justifica-se o uso de vírgulas pelo mesmo motivo que o do trecho A menos que você perca, eu já perdi vários. (9° parágrafo) em:

Leia o trecho a seguir, extraído do 6º parágrafo, para responder às questões 7, 8 e 9:

“A biblioteca da meia-noite” também capricha no brilho,
mas fala menos sobre livros do que sobre oportunidades
perdidas e vidas em planos paralelos, uma espécie de
“Tudo em todo o lugar ao mesmo tempo” em papel (mas
menos confuso e mais tocante)

A vírgula que antecede a conjunção “mas” foi empregada para:

“Não me refiro a locuções, expressões idiomáticas, palavras de gíria, flexões verbais, declinações e coisas assim.” (1º§). No trecho destacado anteriormente, é possível observar que a forma verbal “refiro” possui como complemento, termos:

Ao dizer que não dispõe de estatísticas confiáveis, o enunciador faz referência a um recurso da argumentação que tem como principal objetivo: 

Quanto ao emprego do sinal indicativo de crase, pode-se afirmar em relação ao trecho destacado a seguir “Isto dá para ser resolvido de uma maneira ou de outra, se bem que, muitas vezes, à custa de intenso sofrimento por parte do tradutor.” (1º§) que:

I. É facultativo.

II. É obrigatório.  

III.  Está de acordo com a norma padrão.  

IV. Justifica-se de acordo com a regência verbal.

V. Justifica-se de acordo com a regência nominal.

VI. Justifica-se, pois se trata de uma locução feminina que o exige.

Autor sempre declarou o amor por Itaparica, suas belezas naturais e patrimônio cultural em suas criações.”

Acerca do sintagma sublinhado, pode-se afirmar que: 

O MITO DA MADRASTA MALVADA QUE PERSISTE ATÉ HOJE


O mundo da ficção está repleto de madrastas bastante desagradáveis – algumas delas retratadas como monstros assassinos. A madrasta invejosa da Branca de Neve ou a madrasta de João e Maria, que obriga os enteados a se perderem na floresta, pertencem a uma classe de mulheres malvadas com “apetite voraz”, às vezes “até pela carne e sangue ou 
pelo fígado e pelo coração dos seus próprios parentes”, segundo Maria Tatar, professora de literatura, folclore e mitologia da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, no seu livro The Hard Facts of the Grimms’ Fairy Tales (A Cruel Realidade dos Contos dos Irmãos Grimm, em tradução livre). Existem mais de 900 histórias escritas em todo o mundo sobre madrastas maldosas ao longo dos séculos (sem falar na corrente interminável de adaptações cinematográficas) que fazem com que 
elas, muitas vezes, sejam consideradas menos afetuosas, gentis, alegres e agradáveis – mais cruéis, injustas e até odiosas. Famílias com padrastos e madrastas de todos os tipos certamente enfrentam dificuldades e conflitos que podem até reforçar alguns elementos desses estereótipos. Mas não existem evidências reais que sustentem a caricatura perversa da madrasta. Na verdade, existem pesquisas que demonstram que as madrastas podem ser muito benéficas para as famílias, servindo como o laço que une familiares entre si depois de uma separação e fornecendo maior apoio para as crianças que sofrem com a perda. Por que, então, esses juízos hostis persistem? E, com as madrastas se tornando cada vez mais comuns em todo 
o mundo, será que um dia essas imagens irão desaparecer? 

O estereótipo da madrasta perversa existe há milênios nos contos de fadas e no folclore em todo o mundo. Algumas histórias datam dos tempos dos romanos. Outras referências podem ser encontradas na Bíblia. Sara, a matriarca que deu à luz Isaac, filho de Abraão, conseguiu com que o pai expulsasse o outro filho, Ismael, para evitar a divisão da herança. A pesquisadora Maria Tatar explica que boa parte das madrastas fictícias conhecidas hoje, assim como outros personagens clássicos, se estabeleceram no nosso imaginário, com ajuda de filmes e livros, a partir de 1812, quando os irmãos alemães Jacob e 
Wilhelm Grimm publicaram, pela primeira vez, a coleção Contos de Grimm. Os autores usaram fragmentos de histórias orais existentes e se apropriaram de outras para formar novas narrativas.  Essa combinação gerou contos de fadas como João e Maria, Cinderela e Branca de Neve. Embora sejam obras de ficção, o foco nas madrastas, de fato, reflete algumas verdades sobre a sociedade do século 19. “Quando esses contos de fadas foram criados, a expectativa de vida era extraordinariamente baixa”, afirma Lawrence Ganong, professor emérito de desenvolvimento humano da Universidade de Missouri, nos Estados Unidos. Ganong estudou famílias com madrastas por décadas. Naquela época, as mulheres morriam  frequentemente no parto, deixando as crianças aos cuidados apenas dos pais. As madrastas malvadas que apareciam nas páginas dos contos de fadas ofereciam um alerta para que a família tivesse cautela. Os pais deveriam proteger e sustentar os seus filhos e as 
madrastas deveriam cuidar bem dos seus enteados – ou algo de ruim iria acontecer. As histórias também  ofereciam aos leitores soluções terapêuticas seguras para processar sentimentos tidos como tabu, como a raiva materna, segundo Tatar.
No século 19, os pais frequentemente se casavam novamente com mulheres mais jovens, que poderiam ter idade próxima de suas enteadas. Nessas circunstâncias, poderiam surgir situações e sentimentos “intensos e estranhos”, como a rivalidade  pela atenção do pai, “concursos de beleza” entre gerações, como vemos em Branca de Neve, e “um nível considerável de disputas, raiva e conflitos”, afirma Tatar. Da publicação dos contos de Grimm pra cá, a madrasta perversa transportou-se das histórias para a vida real. E, mesmo quando o divórcio, o novo casamento e a criação de famílias com madrastas e padrastos ficaram mais comuns no final do século 20, diversos psicólogos ajudaram a diluir a fronteira entre a ficção e a realidade. Nos anos 1970, os pesquisadores deram um nome aos casos de abuso por parte de madrastas e  padrastos: o Efeito Cinderela. Desde então, estudos concluíram que padrastos e madrastas realmente prejudicam as crianças com mais frequência do que os pais genéticos, mas é importante observar que virtualmente todos os casos de violência envolvem os padrastos – e não as madrastas. Outros estudos também ajudaram a perpetuar o mito, talvez de forma não intencional. Pesquisas dos anos 1980 concluíram que as madrastas admitem que se sentem mais próximas dos seus filhos biológicos que dos enteados, mesmo quando ambos têm o mesmo pai biológico.Também não foi preciso ter evidências empíricas para que os estereótipos das madrastas horríveis e negligentes fossem mantidos. Eles continuaram se proliferando pelas mesmas razões de séculos atrás, segundo Ganong. As ideias culturalmente dominantes giram em torno da toda importante família nuclear e o relacionamento 
sagrado entre os pais e filhos biológicos. Mas, apesar da persistência dessas metáforas, existem poucas evidências de que as madrastas se comportem como as imagens caricaturadas da cultura popular, de pessoas sem coração – e muitas evidências demonstram que não é este o caso. “A maioria das madrastas se dá bem com seus enteados”, afirma Ganong. Ele leu cerca de 3 mil relatórios de pesquisa sobre esse tema e conversou com incontáveis famílias com madrastas. “As madrastas perversas não aparecem nos dados”, concorda o professor e pesquisador Todd Jensen, da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos. Ele estuda padrões de relacionamento entre padrastos, madrastas e enteados.

(Adaptado de https://www.bbc.com/portuguese/geral-63763967. Acesso em: 23/05/2024)

Outras referências podem ser encontradas na Bíblia.


Assinale a alternativa verdadeira a respeito da estrutura sintática da sentença acima.

O MITO DA MADRASTA MALVADA QUE PERSISTE ATÉ HOJE


O mundo da ficção está repleto de madrastas bastante desagradáveis – algumas delas retratadas como monstros assassinos. A madrasta invejosa da Branca de Neve ou a madrasta de João e Maria, que obriga os enteados a se perderem na floresta, pertencem a uma classe de mulheres malvadas com “apetite voraz”, às vezes “até pela carne e sangue ou 
pelo fígado e pelo coração dos seus próprios parentes”, segundo Maria Tatar, professora de literatura, folclore e mitologia da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, no seu livro The Hard Facts of the Grimms’ Fairy Tales (A Cruel Realidade dos Contos dos Irmãos Grimm, em tradução livre). Existem mais de 900 histórias escritas em todo o mundo sobre madrastas maldosas ao longo dos séculos (sem falar na corrente interminável de adaptações cinematográficas) que fazem com que 
elas, muitas vezes, sejam consideradas menos afetuosas, gentis, alegres e agradáveis – mais cruéis, injustas e até odiosas. Famílias com padrastos e madrastas de todos os tipos certamente enfrentam dificuldades e conflitos que podem até reforçar alguns elementos desses estereótipos. Mas não existem evidências reais que sustentem a caricatura perversa da madrasta. Na verdade, existem pesquisas que demonstram que as madrastas podem ser muito benéficas para as famílias, servindo como o laço que une familiares entre si depois de uma separação e fornecendo maior apoio para as crianças que sofrem com a perda. Por que, então, esses juízos hostis persistem? E, com as madrastas se tornando cada vez mais comuns em todo 
o mundo, será que um dia essas imagens irão desaparecer? 

O estereótipo da madrasta perversa existe há milênios nos contos de fadas e no folclore em todo o mundo. Algumas histórias datam dos tempos dos romanos. Outras referências podem ser encontradas na Bíblia. Sara, a matriarca que deu à luz Isaac, filho de Abraão, conseguiu com que o pai expulsasse o outro filho, Ismael, para evitar a divisão da herança. A pesquisadora Maria Tatar explica que boa parte das madrastas fictícias conhecidas hoje, assim como outros personagens clássicos, se estabeleceram no nosso imaginário, com ajuda de filmes e livros, a partir de 1812, quando os irmãos alemães Jacob e 
Wilhelm Grimm publicaram, pela primeira vez, a coleção Contos de Grimm. Os autores usaram fragmentos de histórias orais existentes e se apropriaram de outras para formar novas narrativas.  Essa combinação gerou contos de fadas como João e Maria, Cinderela e Branca de Neve. Embora sejam obras de ficção, o foco nas madrastas, de fato, reflete algumas verdades sobre a sociedade do século 19. “Quando esses contos de fadas foram criados, a expectativa de vida era extraordinariamente baixa”, afirma Lawrence Ganong, professor emérito de desenvolvimento humano da Universidade de Missouri, nos Estados Unidos. Ganong estudou famílias com madrastas por décadas. Naquela época, as mulheres morriam  frequentemente no parto, deixando as crianças aos cuidados apenas dos pais. As madrastas malvadas que apareciam nas páginas dos contos de fadas ofereciam um alerta para que a família tivesse cautela. Os pais deveriam proteger e sustentar os seus filhos e as 
madrastas deveriam cuidar bem dos seus enteados – ou algo de ruim iria acontecer. As histórias também  ofereciam aos leitores soluções terapêuticas seguras para processar sentimentos tidos como tabu, como a raiva materna, segundo Tatar.
No século 19, os pais frequentemente se casavam novamente com mulheres mais jovens, que poderiam ter idade próxima de suas enteadas. Nessas circunstâncias, poderiam surgir situações e sentimentos “intensos e estranhos”, como a rivalidade  pela atenção do pai, “concursos de beleza” entre gerações, como vemos em Branca de Neve, e “um nível considerável de disputas, raiva e conflitos”, afirma Tatar. Da publicação dos contos de Grimm pra cá, a madrasta perversa transportou-se das histórias para a vida real. E, mesmo quando o divórcio, o novo casamento e a criação de famílias com madrastas e padrastos ficaram mais comuns no final do século 20, diversos psicólogos ajudaram a diluir a fronteira entre a ficção e a realidade. Nos anos 1970, os pesquisadores deram um nome aos casos de abuso por parte de madrastas e  padrastos: o Efeito Cinderela. Desde então, estudos concluíram que padrastos e madrastas realmente prejudicam as crianças com mais frequência do que os pais genéticos, mas é importante observar que virtualmente todos os casos de violência envolvem os padrastos – e não as madrastas. Outros estudos também ajudaram a perpetuar o mito, talvez de forma não intencional. Pesquisas dos anos 1980 concluíram que as madrastas admitem que se sentem mais próximas dos seus filhos biológicos que dos enteados, mesmo quando ambos têm o mesmo pai biológico.Também não foi preciso ter evidências empíricas para que os estereótipos das madrastas horríveis e negligentes fossem mantidos. Eles continuaram se proliferando pelas mesmas razões de séculos atrás, segundo Ganong. As ideias culturalmente dominantes giram em torno da toda importante família nuclear e o relacionamento 
sagrado entre os pais e filhos biológicos. Mas, apesar da persistência dessas metáforas, existem poucas evidências de que as madrastas se comportem como as imagens caricaturadas da cultura popular, de pessoas sem coração – e muitas evidências demonstram que não é este o caso. “A maioria das madrastas se dá bem com seus enteados”, afirma Ganong. Ele leu cerca de 3 mil relatórios de pesquisa sobre esse tema e conversou com incontáveis famílias com madrastas. “As madrastas perversas não aparecem nos dados”, concorda o professor e pesquisador Todd Jensen, da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos. Ele estuda padrões de relacionamento entre padrastos, madrastas e enteados.

(Adaptado de https://www.bbc.com/portuguese/geral-63763967. Acesso em: 23/05/2024)

Por meio das informações fornecidas pelo texto, pode-se concluir que:

A maioria de nós já teve esta experiência: fazer uma trilha e no caminho encontrar um mamífero, um réptil, uma
ave inesperada. Apesar de ter completado o percurso outras vezes, aquele dia foi diferente: o animal deixou tudo melhor.
O que quase nenhum dos trilheiros nota, no entanto, é a presença de árvores, arbustos e pequenas plantas, muitas vezes
igualmente raras, tão (ou mais?) importantes quanto os animais, e com propriedades diferentes e interessantes. É o que
chamamos de cegueira botânica.
Ao vermos um animal em seu ambiente natural, cercado de plantas, nosso cérebro o destaca, porém transforma
as plantas em uma massa verde amorfa. É compreensível: nos conectamos facilmente com o comportamento animal,
enquanto os vegetais, com seu crescimento lento, movimentos pouco perceptíveis e organização corporal muito diferente,
parecem quase alienígenas. O diretor Steven Spielberg, em conversa com o astrofísico Neil deGrasse Tyson, diz ter
pensado o personagem E.T. como planta, mas acabou fazendo alterações para gerar empatia, tornando-o mais parecido
conosco.
Plantas têm uma intrincada relação com a história da humanidade. No livro Plantas e civilização, o biólogo Luiz
Mors Cabral, professor da Universidade Federal Fluminense, relata como elas participaram de alguns eventos históricos.
A descoberta do rio Amazonas (pelos europeus, pois os povos nativos o conheciam havia tempos) ocorreu porque
exploradores buscavam valiosas “árvores de canela”, embora essas plantas não existissem na América do Sul (havia
apenas uma cujo casco cheirava a canela). No século 19, a massiva migração da Irlanda, em especial para os Estados
Unidos – não à toa Boston tem uma das maiores festas de St. Patrick’s Day do mundo, e o time de basquete da cidade é
o Celtics –, foi motivada por uma doença nas batatas, tubérculo então crucial para a alimentação dos irlandeses.
Já em Sob o efeito das plantas, Michael Pollan sugere que o café – a cafeína, especificamente, nosso vício quase
universal – pode ter acelerado o Iluminismo e o desenvolvimento da ciência moderna. Como água potável era difícil de
armazenar sem ser logo contaminada, consumia-se cerveja e vinho, pois o álcool impedia o crescimento de bactérias. O
efeito adverso era a dificuldade em enfrentar um dia de trabalho e estar bem hidratado. O hábito do café, bebida fervida
(e, portanto, estéril) ofereceu uma alternativa, com a vantagem de aumentar a energia e o foco, e sobretudo manter os
indivíduos sóbrios. Talvez não por acaso os coffee shops britânicos eram locais onde vários expoentes intelectuais da
época se encontravam para discutir ideias que contribuíram para o Iluminismo.
A relação das plantas com os seres humanos é ainda mais profunda. Quando éramos caçadores-coletores,
comíamos carne de animais de caça, raízes, frutos e grãos em uma dieta variada. Há cerca de 10 mil anos, passamos
a guardar alguns grãos e os plantamos perto do acampamento, para facilitar a colheita. Logo estávamos selecionando
sementes das plantas que produziam mais. Iniciamos assim a Revolução Agrícola, e nos tornamos agricultores.
Como explica Yuval Noah Harari no livro Sapiens, a domesticação de algumas plantas permitiu que alimentássemos
um número maior de pessoas, ainda que com uma nutrição mais restrita. Enquanto modificávamos plantas de trigo,
milho, arroz, batata, tomate, ervilha, feijão – até que produzimos novas espécies, agora dependentes de nós, e nós
delas –, criamos vilarejos e posteriormente cidades. A domesticação de plantas ocorreu entre 10 mil e 3 mil anos atrás, e
hoje são os vegetais que sustentam nossa segurança alimentar.
Como sabemos, a fotossíntese, também realizada por organismos de célula única na superfície dos oceanos, é a
marca registrada dos vegetais. Ela captura energia do Sol e a armazena em ligações entre átomos de carbono, derivados
do CO2
 atmosférico. A energia armazenada é depois utilizada pelas próprias plantas para sustentar seu funcionamento e
crescimento. Os animais, por sua vez, como não fazem fotossíntese, precisam “roubar” energia. Se esse mecanismo de
captura de energia solar parasse de funcionar, a vida multicelular não sobreviveria – nós próprios, os humanos, inclusos.
A fotossíntese também produz como subproduto oxigênio (O2
), essencial para grande parte da vida na Terra. Na verdade,
quando esse tipo de fotossíntese surgiu na Terra, há cerca de 2 bilhões de anos, os organismos que a utilizavam foram tão
bem-sucedidos que se multiplicaram rapidamente, causando um excesso de O2
 na atmosfera. O acúmulo levou à extinção
em massa, e apenas aqueles organismos que sabiam lidar com o O2
 sobreviveram. Ou seja, o Grande Evento de Oxidação
mudou a história evolutiva, e sem ele talvez nós, que dependemos de oxigênio, não estivéssemos aqui.
As plantas estão no centro de uma das principais questões que ameaçam a mesma civilização que ajudaram a criar.
As mudanças climáticas são em grande parte causadas pelo uso massivo de combustíveis fósseis. A origem deles?
Fotossíntese antiga. Estamos devolvendo rapidamente para a atmosfera o CO2
 capturado na biosfera ao longo de milhões
de anos, causando aumento da temperatura do planeta. Em How Light Makes Life, o biólogo Raffael Jovine sugere que a 

fotossíntese, o mecanismo de captura de carbono mais eficiente da natureza – e por enquanto mais eficiente do que os
artificiais –, é a solução. Ou seja: para combater as mudanças climáticas, precisamos de mais plantas que vivam muitos
anos, acumulem muito carbono em seus corpos e custem barato. Pensou numa árvore? Então talvez você tenha diminuído
sua cegueira botânica. Plante, e contribua.


(Felipe Ricachenevsky. Felipe Klein Ricachenevsky é professor e pesquisador da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. https://www1.folha.uol.com.br
/blogs/ciencia-fundamental/2023/05/por-que-os-animais-nos-fascinam-mais-do-que-as-plantas.shtml. 4.mai.2023.)

Na verdade, quando esse tipo de fotossíntese surgiu na Terra, há cerca de 2 bilhões de anos, os organismos que a utilizavam foram tão bem-sucedidos que se multiplicaram rapidamente, causando um excesso de O2 na atmosfera. (linhas 40 a 42)

 

Assinale a alternativa com a grafia correta do contrário da palavra sublinhada no período acima. 

Texto

   A Guiné Equatorial confirmou o seu primeiro surto de febre hemorrágica de Marburg, doença causada pelo vírus de Marburg. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), até aquela data foram contabilizadas nove mortes mais 16 casos suspeitos com sintomas como febre, fadiga e vômito com sangue e diarreia.

   Autoridades de saúde do país enviaram amostras ao laboratório de referência do Instituto Pasteur no Senegal, com ajuda da OMS, para 
determinar a origem do surto. Das oito amostras testadas, uma deu positivo para o vírus.

   Segundo a OMS, há várias investigações em andamento. Existem equipes nos distritos afetados para rastrear contatos, isolar e fornecer assistência médica às pessoas que apresentam sintomas da doença. A organização, em colaboração com forças nacionais da Guiné Equatorial, também colocou esforços para montar rapidamente uma resposta de emergência e controle do surto.

   A doença causada pelo vírus de Marburg é rara, porém mortal. Ela tem taxa de letalidade de até 88%, mas com os cuidados adequados ao paciente, pode cair para até 24%. Em comparação, a taxa do Sars-CoV-2, o vírus da Covid-19, chegou a 14% no auge da pandemia. A do vírus do Ebola, que já variou de 25% a 90%, hoje tem média de 50%.

   Isso torna o vírus de Marburg um dos mais letais do mundo. Capaz de atingir humanos e outros primatas, ele pertence à família Filoviridae, a mesma do vírus do Ebola – e causa sintomas similares: a doença começa abruptamente, com febre alta, dor de cabeça e mal-estar intensos. Dentro de sete dias, muitos pacientes já desenvolvem sintomas hemorrágicos graves. 

   O vírus é altamente infeccioso, e pode ser transmitido às pessoas por morcegos que se alimentam de frutas, ou se espalhar entre os humanos por meio do contato direto com fluidos corporais, superfícies e materiais infectados.

   O intervalo da infecção até o início dos sintomas, chamado de período de incubação, varia de 2 a 21 dias. Além dos sintomas já citados, dores musculares também são uma característica comum. Diarreia intensa, dor abdominal e cólicas, náuseas e vômitos podem começar no terceiro dia.

   Muitos pacientes desenvolvem quadros hemorrágicos graves entre o quinto e o sétimo dia –casos fatais costumam apresentar sangramento generalizado. O sangue fresco no vômito e nas fezes costuma ser acompanhado de sangramento nasal, gengival e vaginal.
   Em casos fatais, a morte ocorre mais frequentemente entre 8 e 9 dias após o início dos sintomas, geralmente precedida por intensa perda de sangue.

   O nome Marburg é em referência à cidade em que foi identificado um dos primeiros surtos da doença. Em 1967, grandes surtos simultâneos 
atingiram três cidade: Belgrado (Sérvia), Frankfurt (Alemanha) e, a pouco menos de 100 quilômetros ao norte dali, a também alemã Marburg.
   O problema começou quando trabalhadores de laboratório foram expostos a macacos infectados trazidos de Uganda. Os pesquisadores passaram a doença para médicos e familiares, resultando em 31 pessoas infectadas e sete mortes.

Apesar do início na Europa, a maioria dos casos ao longo dos anos se restringiu à África. Há relatos de surtos e casos esporádicos em Angola, 
República Democrática do Congo, Quénia, África do Sul e em Uganda – neste último, em 2008, houve registro de dois casos independentes de viajantes que visitaram uma caverna habitada por colônias de morcegos.

   O mais indicado é tomar cuidado com áreas de morcegos frugívoros. Durante pesquisas ou visitas turísticas em minas ou cavernas habitadas por morcegos do tipo, as pessoas devem usar luvas e outras roupas de proteção adequadas. Detalhe: a espécie de morcego atribuída à propagação do vírus, a Rousettus aegyptiacus, só é encontrada na África e em algumas partes da Ásia.

   Outra medida importante é reduzir o risco de transmissão entre pessoas via fluidos corporais. É melhor evitar contato físico próximo com pacientes suspeitos, e luvas e equipamentos de proteção individual devem ser usados ao cuidar de doentes em casa. Além de, é claro, sempre lavar as mãos.

   É pouco provável que o surto da Guiné Equatorial se torne uma pandemia tão disseminada quanto a da Covid-19. Os sintomas do vírus de Malburg aparecem em poucos dias e, rapidamente, levam o paciente a um quadro grave (e um possível óbito). Dessa forma, não dá tempo para que ele se espalhe e infecte muitas pessoas, como fez o SarsCoV-2 (e como faz o vírus da gripe, que tem uma taxa de letalidade baixa e se dissemina rapidinho).

   Mesmo assim, é bom ficar alerta – afinal, viajantes podem levar o vírus para outros países – e acompanhar a resposta à doença, que, até agora, tem sido positiva.

   “Graças à ação rápida e decisiva das autoridades da Guiné Equatorial na confirmação da doença, a resposta de emergência pôde atingir todo o vapor rapidamente para salvarmos vidas e determos o vírus o mais rápido possível”, afirma o Dr. Matshidiso Moeti, diretor regional da OMS na África.

CAPARROZ, Leo. O que é o Vírus de Marburg que teve surto confirmado pela OMS. Disponível em: 
<https://super.abril.com.br/saude/o-que-e-o-virus-de-marburg-que-teve-surto-confirmado-pela-oms/>. Último acesso em 18 fev. 2023. (Adaptado)

Assinale a alternativa em que o termo destacado funciona sintaticamente como predicativo do sujeito.

Texto

   A Guiné Equatorial confirmou o seu primeiro surto de febre hemorrágica de Marburg, doença causada pelo vírus de Marburg. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), até aquela data foram contabilizadas nove mortes mais 16 casos suspeitos com sintomas como febre, fadiga e vômito com sangue e diarreia.

   Autoridades de saúde do país enviaram amostras ao laboratório de referência do Instituto Pasteur no Senegal, com ajuda da OMS, para 
determinar a origem do surto. Das oito amostras testadas, uma deu positivo para o vírus.

   Segundo a OMS, há várias investigações em andamento. Existem equipes nos distritos afetados para rastrear contatos, isolar e fornecer assistência médica às pessoas que apresentam sintomas da doença. A organização, em colaboração com forças nacionais da Guiné Equatorial, também colocou esforços para montar rapidamente uma resposta de emergência e controle do surto.

   A doença causada pelo vírus de Marburg é rara, porém mortal. Ela tem taxa de letalidade de até 88%, mas com os cuidados adequados ao paciente, pode cair para até 24%. Em comparação, a taxa do Sars-CoV-2, o vírus da Covid-19, chegou a 14% no auge da pandemia. A do vírus do Ebola, que já variou de 25% a 90%, hoje tem média de 50%.

   Isso torna o vírus de Marburg um dos mais letais do mundo. Capaz de atingir humanos e outros primatas, ele pertence à família Filoviridae, a mesma do vírus do Ebola – e causa sintomas similares: a doença começa abruptamente, com febre alta, dor de cabeça e mal-estar intensos. Dentro de sete dias, muitos pacientes já desenvolvem sintomas hemorrágicos graves. 

   O vírus é altamente infeccioso, e pode ser transmitido às pessoas por morcegos que se alimentam de frutas, ou se espalhar entre os humanos por meio do contato direto com fluidos corporais, superfícies e materiais infectados.

   O intervalo da infecção até o início dos sintomas, chamado de período de incubação, varia de 2 a 21 dias. Além dos sintomas já citados, dores musculares também são uma característica comum. Diarreia intensa, dor abdominal e cólicas, náuseas e vômitos podem começar no terceiro dia.

   Muitos pacientes desenvolvem quadros hemorrágicos graves entre o quinto e o sétimo dia –casos fatais costumam apresentar sangramento generalizado. O sangue fresco no vômito e nas fezes costuma ser acompanhado de sangramento nasal, gengival e vaginal.
   Em casos fatais, a morte ocorre mais frequentemente entre 8 e 9 dias após o início dos sintomas, geralmente precedida por intensa perda de sangue.

   O nome Marburg é em referência à cidade em que foi identificado um dos primeiros surtos da doença. Em 1967, grandes surtos simultâneos 
atingiram três cidade: Belgrado (Sérvia), Frankfurt (Alemanha) e, a pouco menos de 100 quilômetros ao norte dali, a também alemã Marburg.
   O problema começou quando trabalhadores de laboratório foram expostos a macacos infectados trazidos de Uganda. Os pesquisadores passaram a doença para médicos e familiares, resultando em 31 pessoas infectadas e sete mortes.

Apesar do início na Europa, a maioria dos casos ao longo dos anos se restringiu à África. Há relatos de surtos e casos esporádicos em Angola, 
República Democrática do Congo, Quénia, África do Sul e em Uganda – neste último, em 2008, houve registro de dois casos independentes de viajantes que visitaram uma caverna habitada por colônias de morcegos.

   O mais indicado é tomar cuidado com áreas de morcegos frugívoros. Durante pesquisas ou visitas turísticas em minas ou cavernas habitadas por morcegos do tipo, as pessoas devem usar luvas e outras roupas de proteção adequadas. Detalhe: a espécie de morcego atribuída à propagação do vírus, a Rousettus aegyptiacus, só é encontrada na África e em algumas partes da Ásia.

   Outra medida importante é reduzir o risco de transmissão entre pessoas via fluidos corporais. É melhor evitar contato físico próximo com pacientes suspeitos, e luvas e equipamentos de proteção individual devem ser usados ao cuidar de doentes em casa. Além de, é claro, sempre lavar as mãos.

   É pouco provável que o surto da Guiné Equatorial se torne uma pandemia tão disseminada quanto a da Covid-19. Os sintomas do vírus de Malburg aparecem em poucos dias e, rapidamente, levam o paciente a um quadro grave (e um possível óbito). Dessa forma, não dá tempo para que ele se espalhe e infecte muitas pessoas, como fez o SarsCoV-2 (e como faz o vírus da gripe, que tem uma taxa de letalidade baixa e se dissemina rapidinho).

   Mesmo assim, é bom ficar alerta – afinal, viajantes podem levar o vírus para outros países – e acompanhar a resposta à doença, que, até agora, tem sido positiva.

   “Graças à ação rápida e decisiva das autoridades da Guiné Equatorial na confirmação da doença, a resposta de emergência pôde atingir todo o vapor rapidamente para salvarmos vidas e determos o vírus o mais rápido possível”, afirma o Dr. Matshidiso Moeti, diretor regional da OMS na África.

CAPARROZ, Leo. O que é o Vírus de Marburg que teve surto confirmado pela OMS. Disponível em: 
<https://super.abril.com.br/saude/o-que-e-o-virus-de-marburg-que-teve-surto-confirmado-pela-oms/>. Último acesso em 18 fev. 2023. (Adaptado)

Assinale a alternativa em que a grafia de todas as palavras do comentário sobre o texto está CORRETA:

Considerando a correta concordância verbal, assinale a alternativa que preenche,correta e respectivamente, as lacunas tracejadas das linhas 01, 05 e 30.

Texto para responder às questões 49 e 50. Leia-o atentamente.

Aprender, aprender, aprender

Por Maria do Carmo Nóbrega.

   Capacitar e valorizar cada vez mais o profissional da contabilidade brasileiro. Esta sempre foi uma das maiores bandeiras desse líder nato, natural do Crato-CE e filho da dona Maria e do seu Antônio, José Martonio Alves Coelho. Nesta 
entrevista especial para a RBC, em decorrência do Dia do Profissional da Contabilidade, o contador e ex-presidente do 
Conselho Federal de Contabilidade (CFC) fala um pouco da leitura desse novo profissional, tecnológico e multidisciplinar, 
e do futuro da profissão.

Revista Brasileira de Contabilidade (RBC) – A emblemática frase “Trabalhemos, pois, bem unidos, tão convencidos de nosso triunfo, que desde já consideramos 25 de abril o Dia do Contabilista Brasileiro” foi proferida em 25 de abril de 
1926 pelo Patrono dos Profissionais da Contabilidade, João Lyra. A partir da sua ampla visão na esfera contábil, aponte um motivo para a comemoração da data, neste ano de 2023, em grande estilo.
Martonio – Considero que, por trás da data simbólica, não existe um motivo único para a comemoração, mas um conjunto 
de motivos. São incontáveis lutas, desafios e conquistas ao longo desses quase 100 anos. Durante esse tempo, nossos 
vários antecessores, com suas dignas competências e compromissos, buscaram a valorização e o pleno desenvolvimento 
da profissão – profissionais valorosos que não arredaram de sua missão de realizarem um trabalho de excelência, a partir 
da união de seus pares, com absoluta responsabilidade e ética. 
   Desde a formação dos nossos primeiros guarda-livros, que tinham atribuições mais restritas e simplórias do que as 
que desempenhamos atualmente, foram muitas vitórias à custa de tantas dificuldades. De 1926 para cá, a Ciência Contábil 
tornou-se exigente quanto ao conhecimento teórico, aperfeiçoou suas práticas, modernizou seus procedimentos e 
normativos e adotou a tecnologia da informação como a sua grande aliada. 
   Com isso, hoje, temos muito a comemorar. Comemorar o fato de que a profissão contábil alcançou o seu justo e 
legítimo espaço na sociedade brasileira; de que somos uma profissão indispensável, respeitada e forte, beirando a marca 
de 530 mil profissionais e de 85 mil organizações contábeis, totalmente afinada e em sintonia com o que estabelece a 
nossa lei de regência, o Decreto-Lei nº 9.295, de 1946, que regulamenta a profissão e institui os Conselhos de Contabilidade; de que transcendemos as paredes dos escritórios a partir do momento que passamos a nos capacitar e a nos 
aprimorar ainda mais, desenvolvendo a nossa capacidade de atuar não só dentro da lógica dos números, mas de relacioná-
-los ao ambiente dos negócios.

(Aprender, aprender, aprender. REVISTA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE. Edição nº 260, março/abril de 2023. Disponível em: https://cfc.org.br/wp-content/uploads/2023/05/RBC260_mar_abr.pdf. Fragmento.)

A partir das escolhas linguísticas empregadas no texto e de suas demais características estruturais, pode-se afirmar que: 

Por mais que “socioemocionais” e “autoestima” sejam grafados sem hífen, porque o fim do prefixo e o início do
radical têm vogais diferentes, quando adjetivos pátrios juntam duas ou mais nacionalidades, o hífen se faz
obrigatório, como em “luso-africano” e “ibero-americano”.

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