A partir da discussão de construção social no contexto brasileiro, só se pode afirmar corretamente:
As classes sociais, pela força da transmissão familiar, vão reproduzir, por sua vez, capitais que serão decisivos na luta de todos contra todos pelos recursos escassos. Quem luta são os indivíduos, mas quem pré-decide as lutas individuais são os pertencimentos diferenciais às classes sociais e seu acesso ou obstáculo típico aos capitais que facilitam a vida. O privilégio de uns e a carência de outros são decididos desde o berço. [...] O mundo moderno ou capitalista cria uma nova hierarquia social que é impessoal e opaca e não pessoal e facilmente visível, como nos tipos de sociedade anteriores a ele. Isso quer dizer que, ao contrário dos poderosos do passado, por exemplo, como os nossos senhores de terra e gente que tudo podia fazer e desfazer, até os homens mais ricos e poderosos de hoje têm que obedecer a regras que eles próprios não podem mudar. Na base da nova hierarquia social moderna, está a luta entre indivíduos e classes sociais pelo acesso a capitais, ou seja, tudo aquilo que funcione como facilitador na competição social de indivíduos e classes por todos os recursos escassos. Como, na verdade, todos os recursos são escassos e não apenas os recursos materiais, como carros, roupas e casas, mas também os imateriais, como prestígio, reconhecimento, respeito, charme ou beleza, toda a nossa vida é pré-decidida pela posse ou ausência desses capitais. (SOUZA, Jessé. A elite do atraso: da escravidão à Lava Jato. Rio de Janeiro: Leya, 2017. p. 90)
O trecho acima trata das transformações acerca da classe social no Brasil. Considerando o trecho e a sociedade brasileira no mundo contemporâneo, é CORRETO afirmar:
Leia o trecho a seguir servirá de base para questão que se segue:
A formação da opinião pública começou com a destruição da imprensa livre. Nas semanas e meses que se seguirão a 30 de janeiro de 1933, cerca de 2 mil jornalistas alemães, incluindo escritores judeus, liberais, conservadores, apolíticos, socialdemocratas e comunistas sofreram a perda de seus empregos, prisão, exílio forçado ou, às vezes, uma combinação dessas três formas de perseguição. A grande maioria dos jornalistas permaneceu em seus empregos. O controle da imprensa implicava tanto a expulsão e repressão a suspeitos de dissidência, o que abria vagas para membros do Partido Nazista, como a adaptação oportunista por parte de jornalistas que adotaram a causa das elites conservadoras do novo regime. Ao todo, 200 jornais socialdemocratas e 35 jornais comunistas, de circulação conjunta de aproximadamente 2 milhões de unidades, foram fechados. Em julho de 1933, os jornais da editora Mosse, incluindo um dos carros-chefes do liberalismo alemão, o Berliner Tageblatt, sucumbiu à Gleichshaltung, ou “coordenação", o termo nazista para a purga, a incorporação e o controle das várias instituições da sociedade política, economia e cultura alemãs. Em 4 de outubro de 1933, a Lei de Controle Editorial formulada pelo diretor de imprensa da Reich, Otto Dietrich, colocou todos os editores de jornais e periódicos sob controle governamental, o que acabou assim com qualquer pretensão de liberdade de imprensa. Os editores precisavam ser “arianos" e não podiam ser casados com alguém não ariano. Dessa forma, a lei bania judeus e todos aqueles casados com judeus da prática jornalista. Todos os editores deviam ser membros da Liga da Imprensa Alemão do Reich, cujo diretor era Dietrich. A lei estabelecia tribunais controlados pela liga que podiam punir ou banir editores suspeitos de terem violado os requerimentos da lei. Em 12 de dezembro de 1933, importantes serviços alemães de imprensa juntaram-se para formar a Agência Alemã de Notícias (Deutsches Nachrichtenbüro ou DNB), que, por sua vez, foi colocada sob supervisão do Escritório de Imprensa de Dietrich no Ministério da Propaganda. A imprensa alemã tornara-se monopólio estatal. (HERF, Jeffrey. Inimigo Judeu: propaganda nazista durante a Segunda Guerra Mundial e o Holocausto. São Paulo: Edipro, 2014. p.60)
O trecho acima narra o percurso de controle da imprensa pelo Partido Nazista, no processo de implantação da Ditadura hitlerista na Alemanha. Tudo isso nos faz pensar na importância de uma imprensa livre e múltipla para a manutenção das democracias.
Sobre o controle da imprensa alemã e em relação ao mundo nazista, os impactos desse controle da imprensa e a seletividade dos que podiam escrever e publicar, assim como os valores impostos levaram à
“Ela é imaginada como uma comunidade porque, independentemente da desigualdade e da exploração efetiva que possam existir dentro dela, a nação sempre é concebida como uma profunda camaradagem horizontal. No fundo, foi essa fraternidade que tornou possível, nestes dois últimos séculos, que tantos milhões de pessoas tenham-se disposto não tanto a matar, mas sobretudo a morrer por essas criações imaginárias limitadas. (ANDERSON, Benedict. Nações Imaginadas. São Paulo: Companhia das Letras, 2008. p. 34)
Anderson (2008) refere-se à nação, sob um olhar antropológico, como uma comunidade política imaginada e traduzida, assim, por uma fraternidade capaz de possibilitar as guerras mundiais. A Primeira Grande Guerra (1914-1918) foi o primeiro conflito, de dimensão mundial, que rompeu com o intervalo de “paz" após as guerras napoleônicas. Sobre a Primeira Grande Guerra, considerando o conceito de comunidades imaginadas de Anderson, é CORRETO afirmar:
Tanto quanto a vida humana, a ciência histórica é dinâmica e se renova continuamente. Nessa perspectiva, diferentemente da antiga concepção segundo a qual a história tem no passado sua exclusiva razão de ser, hoje o modo mais adequado para defini‐la seria o(a)
A Era Vargas (1930‐1945) assinalou profundas transformações no Brasil. Sendo assim, assinale a alternativa que apresenta um dos acontecimentos mais significativos desse período da história republicana brasileira.
Em 1776, as treze colônias inglesas da América do Norte proclamaram sua independência. Era a primeira vez na história que uma colônia conquistava sua emancipação, fato que muito repercutiu nas colônias espanholas e portuguesa da América. Como exemplo dessa influência, no Brasil, um movimento de independência foi tramado em Vila Rica e, descoberto em 1789, exemplarmente punido segundo a lógica metropolitana. Esse movimento, que teve um de seus integrantes condenados à forca, foi a
No processo de luta pela independência das colônias ibéricas na América, o contexto histórico europeu das primeiras décadas do século XIX favoreceu a desintegração dos impérios que Espanha e Portugal mantinham no Novo Mundo. Esse contexto caracterizou‐se, entre outros aspectos, pelo(pela)
Leia o texto e classifique as afirmações com verdadeiro (v) ou falso (f).
“No Segundo Reinado do Brasil, com as reformas centralizadoras que ocorreram a partir de 1840, o governo central conseguiu limitar o poder das elites locais e promover acordos que contemplavam diferentes interesses sob o controle da Coroa. Dois desses acordos tiveram longa duração, a Política de Conciliação (1853-1858) e a Liga Progressista (1862-1868)."
(CABRINI. 2005 p. 200)
( ) O governo imperial concedia favores, distribuía cargos e verbas públicas para atrair quem lhe interessasse.
( ) Os acordos não permitiram que o governo Imperial mantivesse as elites sob o seu pleno poder.
( ) Nos dois casos, o Partido conservador e o Partido Liberal formularam um programa comum para se manter no poder.
( ) Tal programa de consenso entre os dois partidos incluía uma reforma judiciária e um reforma eleitoral.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência completa de forma correta:
“As semelhanças entre as ditaduras de Getúlio Vargas e a de Benito Mussolini já foram apontadas por muitos historiadores. […] Após romper relações diplomáticas com o Eixo, o Brasil teve navios atacados por submarinos alemães, o que levou o país a enviar 25 mil soldados para lutar na Itália em 1944."
https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/brasil-na-segunda-guerra---vargas-e-hitler-ditador-brasileiro-preferia-a-neutrali-dade.htm
Complementando esse contexto, podemos afirmar:
I- Ao todo, estima-se que perto de 15000 brasileiros tenham morrido em combate contra os alemães.
II- Vargas era um político hábil, conseguiu manter o Brasil neutro na guerra, soube tirar proveito das vantagens de ter relações comerciais tanto com os Estados Unidos quanto com a Alemanha.
III- O próprio nome Estado Novo foi tirado de outra ditadura europeia da época, instituída por Salazar em Por-tugal, país que se manteve oficialmente neutro durante a Segunda Guerra.
IV- O governo brasileiro realizou um esforço para a mobilização de soldados para enviá-los ao fronte de guerra.
Assinale a alternativa correta:
“A antropofagia foi o conceito mais polêmico que surgiu a partir do movimento modernista de 22. Mais precisa-mente, o termo ganhou permanência alguns anos depois, com a publicação do Manifesto Antropófago, por Oswald de Andrade, em 1928.
[…] O canibalismo serviu de mote para outros movimentos de vanguarda."
(Da Costa, 1998. P. 43)
Os movimentos de vanguarda foram:
I- O concretismo de Augusto e Haroldo de Campos.
II- O Cinema Novo de Glauber Rocha.
III- O “Teatro selvagem" de Lygia Clark.
IV- O tropicalismo de Caetano Veloso.
V- XXIV Bienal de Arte de São Paulo.
Assinale a alternativa correta:
Leia o texto e marque a opção certa.
“Florianópolis, capital de Santa Catarina, ganhou esse nome em homenagem ao alagoano Floriano Peixoto, herói na Guerra do Paraguai e segundo presidente do Brasil nascido em 1839, até hoje uma das mais contro-versas personalidades da história do país."
Fonte: https://www.sohistoria.com.br/biografias/floriano/
Sobre Floriano Peixoto, assinale a questão certa:
Foi o principal artífice da independência do Chile:
Povo guerreiro que habitou a região do atual México entre os séculos XIV e XVI. Fundaram, no século XIV, a importante cidade de Tenochtitlán (atual Cidade do México), numa região de pântanos, próxima do lago Texcoco. Trata-se de:
A partir da segunda metade do século XX, o termo Pré-história passou a ser cada vez mais questionado por historiadores que, em seu lugar, têm utilizado História dos povos sem escrita.
Sobre o referido debate entre historiadores, é correto afirmar que o termo Pré-história é rejeitado porque: