No primeiro reinado, D. Pedro I nomeou e
comandou um Conselho de Estado que concluiu a
primeira Constituição Brasileira, que, outorgada em 1824,
estabeleceu quatro poderes assim configurados.
Nesses quatro poderes,
A Confederação do Equador contou com a participação de diversos segmentos sociais, incluindo os proprietários rurais que, em grande parte, haviam apoiado o movimento de independência e a ascensão de D. Pedro I ao trono. A necessidade de lutar contra o poder central fez com que a aristocracia rural mobilizasse as camadas populares, que passaram então a questionar não apenas o autoritarismo do poder central, mas o da própria aristocracia da província. Os líderes mais democráticos defendiam a extinção do tráfico negreiro e mais igualdade social. Essas ideias assustaram os grandes proprietários de terras que, temendo uma revolução popular, decidiram se afastar do movimento. Abandonado pelas elites, o movimento enfraqueceu e não conseguiu resistir à violenta pressão organizada pelo governo imperial.
FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 1996 (adaptado).
Com base no texto, é possível concluir que a composição da Confederação do Equador envolveu, a princípio,
A liderança política do processo de
independência das colônias foi decisiva para os rumos
que as novas nações tomaram, pois as elites evitaram
que as reivindicações mais radicais fossem atendidas,
marginalizando, assim, política e socialmente, a maioria.
A ruptura dos laços coloniais não significou o surgimento
de uma sociedade democrática e autônoma.
A respeito da formação do Estado Nacional na América
Latina, é correto associar ao texto acima
O abolicionista Joaquim Nabuco fez um resumo dos
fatores que levaram à abolição da escravatura com as
seguintes palavras: “Cinco ações ou concursos diferentes
cooperaram para o resultado final: 1.º) o espírito daqueles que
criavam a opinião pela idéia, pela palavra, pelo sentimento, e
que a faziam valer por meio do Parlamento, dos meetings
[reuniões públicas], da imprensa, do ensino superior, do púlpito,
dos tribunais; 2.º) a ação coercitiva dos que se propunham a
destruir materialmente o formidável aparelho da escravidão,
arrebatando os escravos ao poder dos senhores; 3.º) a ação
complementar dos próprios proprietários, que, à medida que
o movimento se precipitava, iam libertando em massa as suas
'fábricas'; 4.º) a ação política dos estadistas, representando as
concessões do governo; 5.º) a ação da família imperial."
Joaquim Nabuco. Minha formação. São Paulo:
Martin Claret, 2005, p. 144 (com adaptações).
Nesse texto, Joaquim Nabuco afirma que a abolição da
escravatura foi o resultado de uma luta
Considerando a linha do tempo acima e o processo de abolição
da escravatura no Brasil, assinale a opção correta.
Após a Independência, integramo-nos como
exportadores de produtos primários à divisão internacional do
trabalho, estruturada ao redor da Grã-Bretanha. O Brasil
especializou-se na produção, com braço escravo importado da
África, de plantas tropicais para a Europa e a América do Norte.
Isso atrasou o desenvolvimento de nossa economia por pelo
menos uns oitenta anos. Éramos um país essencialmente
agrícola e tecnicamente atrasado por depender de produtores
cativos. Não se poderia confiar a trabalhadores forçados outros
instrumentos de produção que os mais toscos e baratos.
O atraso econômico forçou o Brasil a se voltar para
fora. Era do exterior que vinham os bens de consumo que
fundamentavam um padrão de vida “civilizado", marca que
distinguia as classes cultas e “naturalmente" dominantes do
povaréu primitivo e miserável. (...) E de fora vinham também os
capitais que permitiam iniciar a construção de uma infraestrutura
de serviços urbanos, de energia, transportes e
comunicações.
Paul Singer. Evolução da economia e vinculação internacional.
In: I. Sachs; J. Willheim; P. S. Pinheiro (Orgs.). Brasil: um século
de transformações. São Paulo: Cia. das Letras, 2001, p. 80
Levando-se em consideração as afirmações acima, relativas à
estrutura econômica do Brasil por ocasião da independência
política (1822), é correto afirmar que o país
Constituição de 1824:
“Art. 98. O Poder Moderador é a chave de toda a organização política, e é delegado privativamente ao Imperador
(…) para que incessantemente vele sobre a manutenção da Independência, equilíbrio, e harmonia dos demais
poderes políticos (...) dissolvendo a Câmara dos Deputados nos casos em que o exigir a salvação do Estado."
Frei Caneca:
“O Poder Moderador da nova invenção maquiavélica é a chave mestra da opressão da nação brasileira e o garrote
mais forte da liberdade dos povos. Por ele, o imperador pode dissolver a Câmara dos Deputados, que é a
representante do povo, ficando sempre no gozo de seus direitos o Senado, que é o representante dos
apaniguados do imperador."
(Voto sobre o juramento do projeto de Constituição)
Para Frei Caneca, o Poder Moderador definido pela Constituição outorgada pelo Imperador em 1824 era
Viam-se de cima as casas acavaladas umas pelas outras, formando ruas, contornando praças. As chaminés principiavam a
fumar; deslizavam as carrocinhas multicores dos padeiros; as vacas de leite caminhavam com o seu passo vagaroso, parando
à porta dos fregueses, tilintando o chocalho; os quiosques vendiam café a homens de jaqueta e chapéu desabado; cruzavamse
na rua os libertinos retardios com os operários que se levantavam para a obrigação; ouvia-se o ruído estalado dos carros
de água, o rodar monótono dos bondes.
(AZEVEDO, Aluísio de. Casa de Pensão. São Paulo: Martins, 1973)
O trecho, retirado de romance escrito em 1884, descreve o cotidiano de uma cidade, no seguinte contexto: