A felicidade é, portanto, a melhor, a mais nobre e a mais aprazível coisa do mundo, e esses atributos não devem estar separados como na inscrição existente em Delfos “das coisas, a mais nobre é a mais justa, e a melhor é a saúde; porém o mais doce é ter o que amamos”. Todos estes atributos estão presentes nas mais excelentes atividades, e entre essas a melhor, nós a identificamos como felicidade.
ARISTÓTELES. A Política. São Paulo: Cia. Das Letras, 2010.
Ao reconhecer na felicidade a reunião dos mais excelentes atributos, Aristóteles a identifica como
TEXTO I
O Heliocentrismo não é o “meu sistema", mas a
Ordem de Deus.
COPÉRNICO, N. As revoluções dos orbes celestes [1543].
Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1984.
TEXTO II
Não vejo nenhum motivo para que as ideias expostas
neste livro (A origem das espécies) se choquem com as
ideias religiosas.
DARWIN, C. A origem das espécies [1859]. São Paulo: Escala, 2009.
Os textos expressam a visão de dois pensadores —
Copérnico e Darwin — sobre a questão religiosa e suas
relações com a ciência, no contexto histórico de construção
e consolidação da Modernidade. A comparação entre
essas visões expressa, respectivamente:
O contrário de um fato qualquer é sempre possível,
pois, além de jamais implicar uma contradição, o espírito
o concebe com a mesma facilidade e distinção como se
ele estivesse em completo acordo com a realidade.
Que o Sol não nascerá amanhã é tão inteligível e não
implica mais contradição do que a afirmação de que ele
nascerá. Podemos em vão, todavia, tentar demonstrar sua
falsidade de maneira absolutamente precisa. Se ela fosse
demonstrativamente falsa, implicaria uma contradição e
o espírito nunca poderia concebê–la distintamente, assim
como não pode conceber que 1 + 1 seja diferente de 2.
HUME, D. Investigação acerca do entendimento humano.
São Paulo: Nova Cultural, 1999 (adaptado).
O filósofo escocês David Hume refere–se a fatos, ou seja,
a eventos espaço–temporais, que acontecem no mundo.
Com relação ao conhecimento referente a tais eventos,
Hume considera que os fenômenos
Hobbes realiza o esforço supremo de atribuir ao
contrato uma soberania absoluta e indivisível. Ensina
que, por um único e mesmo ato, os homens naturais
constituem–se em sociedade política e submetem–se a
um senhor, a um soberano. Não firmam contrato com
esse senhor, mas entre si. É entre si que renunciam, em
proveito desse senhor, a todo o direito e toda liberdade
nocivos à paz.
CHEVALLIER, J. J. As grandes obras políticas de Maquiavel a nossos dias.
Rio de Janeiro: Agir, 1995 (adaptado).
A proposta de organização da sociedade apresentada no texto encontra–se fundamentada na
Mas, sendo minha intenção escrever algo de útil
para quem por tal se interesse, pareceu–me mais
conveniente ir em busca da verdade extraída dos fatos e
não à imaginação dos mesmos, pois muitos conceberam
repúblicas e principados jamais vistos ou conhecidos
como tendo realmente existido.
MAQUIAVEL, N. O príncipe. Disponível em: www.culturabrasil.pro.br.
Acesso em: 4 abr. 2013.
A partir do texto, é possível perceber a crítica
maquiaveliana à filosofia política de Platão, pois há nesta a
Os produtos e seu consumo constituem a meta declarada do empreendimento tecnológico. Essa meta foi proposta pela primeira vez no inicio da Modernidade, como expectativa de que o homem poderia dominar a natureza. No entanto, essa expectativa, convertida em programa anunciado por pensadores como Descartes e Bacon e impulsionado pelo Iluminismo, não surgiu “de um prazer de poder”, “de um mero imperialismo humano”, mas da aspiração de libertar o homem e de enriquecer sua vida, física e culturalmente.
CUPANI, A. A tecnologia como problema filosófico: três enfoques.
Scientlase Studia, São Paulo, v. 2 n, 4, 2004 (adaptado).
Autores da filosofia moderna, notadamente Descartes e Bacon, e o projeto iluminista concebem a ciência como uma forma de saber que almeja libertar o homem das intempéries da natureza. Nesse contexto, a investigação cientifica consiste em:
Nasce daqui uma : se vale mais ser amado que temido ou temido que amado. Responde-se que ambas as coisas seriam de desejar; mas porque é difícil juntá-las, é muito mais seguro ser temido que amado, quando haja de faltar uma das duas. Porque dos homens se pode dizer, duma maneira geral, que são ingratos, volúveis, simuladores, covardes e ávidos de lucro, e enquanto lhes fazes bem são inteiramente teus, oferecem-te o sangue, os bens, a vida e os filhos, quando, como acima disse, o perigo está longe; mas quando ele chega, revoltam-se.
MAQUIAVEL, N. O príncipe. Rio de Janeiro: Bertrand, 1991.
A partir da análise histórica do comportamento humano em suas relações sociais e políticas, Maquiavel define o homem como um ser
A substância é um Ser capaz de Ação. Ela é simples
ou composta. A substância simples é aquela que não
tem partes. O composto é a reunião das substâncias
simples ou Mônadas. Monas é uma palavra grega que
significa unidade ou o que é uno. Os compostos ou os
corpos são Multiplicidades, e as Substâncias simples,
as Vidas, as Almas, os Espíritos são unidades. É preciso
que em toda parte haja substâncias simples porque sem
as simples não haveria as compostas, nem movimento.
Por conseguinte, toda natureza está plena de vida.
LEIBNIZ, G. W. Discurso de metafísicas e outros textos.
São Paulo: Matins Fontes, 2004 (adaptado).
Dentre suas diversas reflexões, Leibniz voltou
sua atenção para o tema da metafísica, que trata
basicamente do fundamento de realidade das coisas do
mundo. A busca por esse fundamento muitas vezes é
resumida a partir do conceito de substância, que para
ele se refere a algo que é
O termo injusto se aplica tanto às pessoas que
infringem a lei quanto às pessoas ambiciosas (no sentido
de quererem mais do que aquilo a que têm direito)
e iníquas, de tal forma que as cumpridoras da lei e as
pessoas corretas serão justas. O justo, então, é aquilo
conforme à lei e o injusto é o ilegal e iníquo.
ARISTÓTELES. Ética à Nicômaco. São Paulo: Nova Cultural: 1996 (adaptado).
Segundo Aristóteles, pode–se reconhecer uma ação justa
quando ela observa o
O texto faz referência à relação entre razão e sensação, um aspecto essencial da Doutrina das Ideias de Platão (427 a.C.-346 a.C.). De acordo com o texto, como Platão se situa diante dessa relação?
Pode–se viver sem ciência, pode–se adotar
crenças sem querer justificá–las racionalmente, podese
desprezar as evidências empíricas. No entanto,
depois de Platão e Aristóteles, nenhum homem honesto
pode ignorar que uma outra atitude intelectual foi
experimentada, a de adotar crenças com base em
razões e evidências e questionar tudo o mais a fim de
descobrir seu sentido último.
ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. São Paulo: Odysseus, 2002.
Platão e Aristóteles marcaram profundamente a formação
do pensamento Ocidental. No texto, é ressaltado
importante aspecto filosófico de ambos os autores que,
em linhas gerais, refere–se à
Mirem–se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Vivem pros seus maridos
Orgulho e raça de Atenas.
BUARQUE, C.; BOAL, A. Mulheres de Atenas. In: Meus caros Amigos, 1976. Disponível
em: http://letras.terra.com.br. Acesso em: 4 dez. 2011 (fragmento).
Os versos da composição remetem à condição das
mulheres na Grécia antiga, caracterizada, naquela
época, em razão de
O homem natural é tudo para si mesmo; é a unidade
numérica, o inteiro absoluto, que só se relaciona consigo
mesmo ou com seu semelhante. O homem civil é apenas
uma unidade fracionária que se liga ao denominador, e
cujo valor está em sua relação com o todo, que é o corpo
social. As boas instituições sociais são as que melhor
sabem desnaturar o homem, retirar–lhe sua existência
absoluta para dar–lhe uma relativa, e transferir o eu para
a unidade comum, de sorte que cada particular não se
julgue mais como tal, e sim como uma parte da unidade,
e só seja percebido no todo.
ROUSSEAU, J. J. Emílio ou da Educação. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
A visão de Rousseau em relação à natureza humana,
conforme expressa o texto, diz que
Nos textos, ambos os autores se posicionam sobre a natureza do conhecimento humano. A comparação dos excertos permite assumir que Descartes e Hume
No contexto da polis grega, as leis comuns nasciam de uma convenção entre cidadãos, definida pelo confronto
de suas opiniões em um verdadeiro espaço público, a ágora, confronto esse que concedia a essas convenções a
qualidade de instituições públicas.
MAGDALENO, F. S. A territorialidade da representação política: vínculos territoriais de compromisso dos deputados fluminenses. São Paulo: Annablume, 2010.
No texto, está relatado um exemplo de exercício da cidadania associado ao seguinte modelo de prática democrática: