Muitos processos erosivos se concentram nas encostas, principalmente aqueles motivados pela água e pelo vento. No entanto, os reflexos também são sentidos nas áreas de baixada, onde geralmente há ocupação urbana. Um exemplo desses reflexos na vida cotidiana de muitas cidades brasileiras é
No ano de 2000, um vazamento em dutos de óleo na baía de Guanabara (RJ) causou um dos maiores acidentes ambientais do Brasil. Além de afetar a fauna e a flora, o acidente abalou o equílibrio da cadeia alimentar de toda a baía. O petróleo forma uma película na superfície da água, o que prejudica as trocas gasosas da atmosfera com a água e desfavorece a realização de fotossíntese pelas algas, que estão na base da cadeia alimentar hídrica. Além disso, o derramamento de óleo contribuiu para o envenenamento das árvores e, consequentemente, para a intoxicação da fauna e flora aquáticas, bem como conduziu à morte diversas espécies de animais, entre outras formas de vida, afetando também a atividade pesqueira.
LAUBIER, L. Diversidade da Maré Negra. In: Scientific American Brasil 4(39), ago. 2005 (adaptado).
A situação exposta no texto e suas implicações
Um ambiente capaz de asfixiar todos os animais conhecidos do planeta foi colonizado por pelo menos três espécies diferentes de invertebrados marinhos. Descobertos a mais de 3.000 m de profundidade no Mediterrâneo, eles são os primeiros membros do reino animal a prosperar mesmo diante da ausência total de oxigênio. Até agora, achava-se que só bactérias pudessem ter esse estilo de vida. Não admira que os bichos pertençam a um grupo pouco conhecido, o dos loricíferos, que mal chegam a 1,0 mm. Apesar do tamanho, possuem cabeça, boca, sistema digestivo e uma carapaça. A adaptação dos bichos à vida no sufoco é tão profunda que suas células dispensaram as chamadas mitocôndrias.
LOPES, R. J. Italianos descobrem animal que vive em água sem oxigênio. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 10 abr. 2010 (adaptado).
Que substâncias poderiam ter a mesma função do O2 na respiração celular realizada pelos loricíferos?
O flúor tem sido adicionado à água para
prevenir cáries. Contudo, o Conselho Nacional de
Pesquisas norte–americano publicou um relatório em
que a adição de flúor na água é condenada. O
relatório concluiu que o atual limite de fluoreto na água
potável, indicado pela Agência de Proteção Ambiental
norte–americana – 4 mg/L – deveria ser diminuído por
causa dos altos riscos, tanto para crianças como para
adultos. O fluoreto, apesar de prevenir uma doença,
acaba causando outras, pois age sobre os tecidos do
corpo que contêm cálcio e 99% do fluoreto ingerido
não são excretados, permanecendo no corpo.
FAGIN, D. Controvérsias sobre o flúor. Scientific American Brasil. Edição 69. Fevereiro
de 2008. Disponível em:
http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/controversias_sobre_o_fluor_4.html. Acesso em:
08 nov. 2008 (adaptado)
Os médicos do posto de saúde de uma pequena
cidade começaram uma pesquisa e perceberam que
uma parcela dos cidadãos apresentava problemas nas
articulações e vários tipos de deformidades na arcada
dentária. Suspeitando que a água da região pudesse
possuir mais fluoreto que o permitido pela Agência de
Proteção Ambiental, os médicos deveriam ter
Os liquens são associações simbióticas,
geralmente mutualistas, entre algas e fungos. Como
alguns desses organismos são muito sensíveis à
poluição ambiental, os liquens têm sido usados como
bioindicadores da qualidade do ar. Suponha que
determinada área apresentava grande diversidade de
liquens. Porém, após a instalação de uma indústria no
local, que passou a emitir grande quantidade de
poluentes atmosféricos, tenha–se observado o
aumento da abundância de certos liquens, mas uma
redução geral da diversidade dos liquens.
A queda da diversidade de liquens relatada acima
Atualmente, o comércio ilegal de vida silvestre,
que inclui a fauna e seus produtos, movimenta de 10 a
20 bilhões de dólares por ano. É a terceira atividade
ilícita do mundo, depois do tráfico de armas e de
drogas. Países em desenvolvimento são os principais
fornecedores de vida silvestre, com parte de suas
populações sobrevivendo dessa atividade. O Brasil
participa com cerca de 5% a 15% do total mundial, e a
maioria dos animais silvestres comercializados
ilegalmente é proveniente das regiões Norte, Nordeste
e Centro–Oeste, sendo escoada para as regiões Sul e
Sudeste pelas rodovias federais. Nos estados
nordestinos, é comum a presença de pessoas, nas
margens das rodovias, comercializando esses
animais. Os principais pontos de destino são os
estados do Rio de Janeiro e de São Paulo, onde são
vendidos em feiras livres ou exportados por meio dos
principais portos e aeroportos dessas regiões.
Primeiro relatório nacional sobre o tráfico de fauna silvestre. Disponível em:
www.renctas.org.br/pt/informese/renctas_brasil_detail.asp?id=216 Acesso em: 26 ago.
2008 (adaptado)
O texto permite afirmar–se que o comércio ilegal de
vida silvestre
A caatinga está em risco: estudo revela que
59% da vegetação natural desse bioma já sofreram
algum tipo de modificação por atividades humanas.
Um problema que esse bioma enfrenta é o fenômeno
da desertificação. Segundo cientistas, à medida que a
agricultura avança na região, esse fenômeno ganha
maiores proporções. Para os cientistas, essa
constatação evidencia a grande necessidade de
medidas urgentes para a preservação da caatinga,
que hoje só tem 1% de sua área incluída em unidades
de conservação.
Ferraz, M. Caatinga, muito prazer. Ciência Hoje, Rio de Janeiro; v. 42, n, 251, p. 46–47.
2008 (adaptado).
A caatinga pode ser considerada um ambiente frágil
onde a desertificação
Antigamente, os homens é que ficavam
menstruados e isolavam–se num tapirizinho perto da
aldeia. Um jovem guerreiro resolveu guardar o sangue
que escorria em um potezinho de barro. Passavam ao
largo mocinhas para ir ao rio tomar banho, espiando
curiosas. Uma delas caçoava, sarcástica: — Bem feito
para os homens, têm que ficar fechados, escorrendo
sangue, com inveja de nós, que passeamos à
vontade... O rapaz ficou tão vermelho de raiva quanto
o sangue que juntava no potinho. Pegou o talo de
capim, encheu–o de sangue como se fosse uma colher
e jogou o sangue no corpo dela. Acertou em cheio,
bem no meio das pernas. Nesse dia, as mulheres
todas ficaram menstruadas. Agora os homens, é que
zombavam delas.
Tupari, E. E. A menstruação dos homens. In: MINDLIN, B. Moqueca de Maridos: mitos
eróticos. 2ed. Rio de Janeiro: Record, Rosa dos Ventos, 1998 (adaptado).
O texto acima, que expressa um mito indígena, trata
de forma bastante diferente de se percebem a
menstruação de forma bastante diferente. Embora, no
mito indígena, a menstruação seja abordada como
algo negativo, ela é considerada muito importante pois
é
Arroz e feijão formam um "par perfeito", pois fornecem energia, aminoácidos e diversos nutrientes. O que falta em um deles pode ser encontrado no outro. Por exemplo, o arroz é pobre no aminoácido lisina, que é encontrado em abundância no feijão, e o aminoácido metionina é abundante no arroz e pouco encontrado no feijão. A tabela seguinte apresenta informações nutricionais desses dois alimentos.
A partir das informações contidas no texto e na tabela, conclui-se que
Na região semiárida do Nordeste brasileiro, mesmo nos anos mais secos, chove pelo menos 200 milímetros por ano. Durante a seca, muitas pessoas, em geral as mães de família, têm de caminhar várias horas em busca de água, utilizando açudes compartilhados com animais e frequentemente contaminados. Sem tratamento, essa água é fonte de diarreias, parasitas intestinais, e uma das responsáveis pela elevada mortalidade infantil da região. Os açudes secam com frequência, tornando necessário o abastecimento das populações por carros-pipa, uma alternativa cara e que não traz solução definitiva ao abastecimento de água. OSAVA, M. Chuva de beber: Cisternas para 50 mil famílias. Revista Eco21, n. 96, novembro 2004 (adaptado).
Considerando o texto, a proposta mais eficaz para reduzir os impactos da falta de água na região seria
Mendel cruzou plantas puras de ervilha com flores vermelhas e plantas puras com flores brancas, e observou que todos os descendentes tinham flores vermelhas. Nesse caso, Mendel chamou a cor vermelha de dominante e a cor branca de recessiva. A explicação oferecida por ele para esses resultados era a de que as plantas de flores vermelhas da geração inicial (P ) possuíam dois fatores dominantes iguais para essa característica (VV), e as plantas de flores brancas possuíam dois fatores recessivos iguais (vv). Todos os descendentes desse cruzamento, a primeira geração de filhos (F1), tinham um fator de cada progenitor e eram Vv, combinação que assegura a cor vermelha nas flores. Tomando-se um grupo de plantas cujas flores são vermelhas, como distinguir aquelas que são VV das que são Vv?
Quando adquirimos frutas no comércio, observamos com mais frequência frutas sem ou com poucas sementes. Essas frutas têm grande apelo comercial e são preferidas por uma parcela cada vez maior da população. Em plantas que normalmente são diplóides, isto é, apresentam dois cromossomos de cada par, uma das maneiras de produzir frutas sem sementes é gerar plantas com uma ploidia diferente de dois, geralmente triplóide. Uma das técnicas de produção dessas plantas triplóides é a geração de uma planta tetraplóide (com 4 conjuntos de cromossomos), que produz gametas diplóides e promove a reprodução dessa planta com uma planta diplóide normal.
A planta triplóide oriunda desse cruzamento apresentará uma grande dificuldade de gerar gametas viáveis, pois como a segregação dos cromossomos homólogos na meiose I é aleatória e independente, espera-se que
Potencializado pela necessidade de reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa, o desenvolvimento de fontes de energia renováveis e limpas dificilmente resultará em um modelo hegemônico. A tendência é que cada país crie uma combinação própria de matrizes, escolhida entre várias categorias de biocombustíveis, a energia solar ou a eólica e, mais tarde, provavelmente o hidrogênio, capaz de lhe garantir eficiência energética e ajudar o mundo a atenuar os efeitos das mudanças climáticas. O hidrogênio, em um primeiro momento, poderia ser obtido a partir de hidrocarbonetos ou de carboidratos.
Disponível em:
Considerando as fontes de hidrogênio citadas, a de menor impacto ambiental seria
Do veneno de serpentes como a jararaca e a cascavel, pesquisadores brasileiros obtiveram um adesivo cirúrgico testado com sucesso em aplicações como colagem de pele, nervos, gengivas e na cicatrização de úlceras venosas, entre outras. Acola é baseada no mesmo princípio natural da coagulação do sangue. Os produtos já disponíveis no mercado utilizam fibrinogênio humano e trombina bovina. Nessa nova formulação são utilizados fibrinogênio de búfalos e trombina de serpentes. Asubstituição da trombina bovina pela de cascavel mostrou, em testes, ser uma escolha altamente eficaz na cicatrização de tecidos. ERENO, D. Veneno que cola. Pesquisa FAPESP. n° 158, abr. 2009 (adaptado). A principal vantagem deste novo produto biotecnológico é