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Ao contrário dos vírus, os worms têm a capacidade de se propagar quando executados, enviando cópias completas de si mesmos para outros computadores. Eles necessitam se anexar a outros arquivos para infectar uma máquina e podem se mover entre hospedeiros. Uma vez que um worm se instala em um computador, não apenas pode realizar ações prejudiciais ao sistema, mas também procura meios de se autodisseminar.

O MITO DA MADRASTA MALVADA QUE PERSISTE ATÉ HOJE


O mundo da ficção está repleto de madrastas bastante desagradáveis – algumas delas retratadas como monstros assassinos. A madrasta invejosa da Branca de Neve ou a madrasta de João e Maria, que obriga os enteados a se perderem na floresta, pertencem a uma classe de mulheres malvadas com “apetite voraz”, às vezes “até pela carne e sangue ou 
pelo fígado e pelo coração dos seus próprios parentes”, segundo Maria Tatar, professora de literatura, folclore e mitologia da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, no seu livro The Hard Facts of the Grimms’ Fairy Tales (A Cruel Realidade dos Contos dos Irmãos Grimm, em tradução livre). Existem mais de 900 histórias escritas em todo o mundo sobre madrastas maldosas ao longo dos séculos (sem falar na corrente interminável de adaptações cinematográficas) que fazem com que 
elas, muitas vezes, sejam consideradas menos afetuosas, gentis, alegres e agradáveis – mais cruéis, injustas e até odiosas. Famílias com padrastos e madrastas de todos os tipos certamente enfrentam dificuldades e conflitos que podem até reforçar alguns elementos desses estereótipos. Mas não existem evidências reais que sustentem a caricatura perversa da madrasta. Na verdade, existem pesquisas que demonstram que as madrastas podem ser muito benéficas para as famílias, servindo como o laço que une familiares entre si depois de uma separação e fornecendo maior apoio para as crianças que sofrem com a perda. Por que, então, esses juízos hostis persistem? E, com as madrastas se tornando cada vez mais comuns em todo 
o mundo, será que um dia essas imagens irão desaparecer? 

O estereótipo da madrasta perversa existe há milênios nos contos de fadas e no folclore em todo o mundo. Algumas histórias datam dos tempos dos romanos. Outras referências podem ser encontradas na Bíblia. Sara, a matriarca que deu à luz Isaac, filho de Abraão, conseguiu com que o pai expulsasse o outro filho, Ismael, para evitar a divisão da herança. A pesquisadora Maria Tatar explica que boa parte das madrastas fictícias conhecidas hoje, assim como outros personagens clássicos, se estabeleceram no nosso imaginário, com ajuda de filmes e livros, a partir de 1812, quando os irmãos alemães Jacob e 
Wilhelm Grimm publicaram, pela primeira vez, a coleção Contos de Grimm. Os autores usaram fragmentos de histórias orais existentes e se apropriaram de outras para formar novas narrativas.  Essa combinação gerou contos de fadas como João e Maria, Cinderela e Branca de Neve. Embora sejam obras de ficção, o foco nas madrastas, de fato, reflete algumas verdades sobre a sociedade do século 19. “Quando esses contos de fadas foram criados, a expectativa de vida era extraordinariamente baixa”, afirma Lawrence Ganong, professor emérito de desenvolvimento humano da Universidade de Missouri, nos Estados Unidos. Ganong estudou famílias com madrastas por décadas. Naquela época, as mulheres morriam  frequentemente no parto, deixando as crianças aos cuidados apenas dos pais. As madrastas malvadas que apareciam nas páginas dos contos de fadas ofereciam um alerta para que a família tivesse cautela. Os pais deveriam proteger e sustentar os seus filhos e as 
madrastas deveriam cuidar bem dos seus enteados – ou algo de ruim iria acontecer. As histórias também  ofereciam aos leitores soluções terapêuticas seguras para processar sentimentos tidos como tabu, como a raiva materna, segundo Tatar.
No século 19, os pais frequentemente se casavam novamente com mulheres mais jovens, que poderiam ter idade próxima de suas enteadas. Nessas circunstâncias, poderiam surgir situações e sentimentos “intensos e estranhos”, como a rivalidade  pela atenção do pai, “concursos de beleza” entre gerações, como vemos em Branca de Neve, e “um nível considerável de disputas, raiva e conflitos”, afirma Tatar. Da publicação dos contos de Grimm pra cá, a madrasta perversa transportou-se das histórias para a vida real. E, mesmo quando o divórcio, o novo casamento e a criação de famílias com madrastas e padrastos ficaram mais comuns no final do século 20, diversos psicólogos ajudaram a diluir a fronteira entre a ficção e a realidade. Nos anos 1970, os pesquisadores deram um nome aos casos de abuso por parte de madrastas e  padrastos: o Efeito Cinderela. Desde então, estudos concluíram que padrastos e madrastas realmente prejudicam as crianças com mais frequência do que os pais genéticos, mas é importante observar que virtualmente todos os casos de violência envolvem os padrastos – e não as madrastas. Outros estudos também ajudaram a perpetuar o mito, talvez de forma não intencional. Pesquisas dos anos 1980 concluíram que as madrastas admitem que se sentem mais próximas dos seus filhos biológicos que dos enteados, mesmo quando ambos têm o mesmo pai biológico.Também não foi preciso ter evidências empíricas para que os estereótipos das madrastas horríveis e negligentes fossem mantidos. Eles continuaram se proliferando pelas mesmas razões de séculos atrás, segundo Ganong. As ideias culturalmente dominantes giram em torno da toda importante família nuclear e o relacionamento 
sagrado entre os pais e filhos biológicos. Mas, apesar da persistência dessas metáforas, existem poucas evidências de que as madrastas se comportem como as imagens caricaturadas da cultura popular, de pessoas sem coração – e muitas evidências demonstram que não é este o caso. “A maioria das madrastas se dá bem com seus enteados”, afirma Ganong. Ele leu cerca de 3 mil relatórios de pesquisa sobre esse tema e conversou com incontáveis famílias com madrastas. “As madrastas perversas não aparecem nos dados”, concorda o professor e pesquisador Todd Jensen, da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos. Ele estuda padrões de relacionamento entre padrastos, madrastas e enteados.

(Adaptado de https://www.bbc.com/portuguese/geral-63763967. Acesso em: 23/05/2024)

Outras referências podem ser encontradas na Bíblia.


Assinale a alternativa verdadeira a respeito da estrutura sintática da sentença acima.

Texto

   A Guiné Equatorial confirmou o seu primeiro surto de febre hemorrágica de Marburg, doença causada pelo vírus de Marburg. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), até aquela data foram contabilizadas nove mortes mais 16 casos suspeitos com sintomas como febre, fadiga e vômito com sangue e diarreia.

   Autoridades de saúde do país enviaram amostras ao laboratório de referência do Instituto Pasteur no Senegal, com ajuda da OMS, para 
determinar a origem do surto. Das oito amostras testadas, uma deu positivo para o vírus.

   Segundo a OMS, há várias investigações em andamento. Existem equipes nos distritos afetados para rastrear contatos, isolar e fornecer assistência médica às pessoas que apresentam sintomas da doença. A organização, em colaboração com forças nacionais da Guiné Equatorial, também colocou esforços para montar rapidamente uma resposta de emergência e controle do surto.

   A doença causada pelo vírus de Marburg é rara, porém mortal. Ela tem taxa de letalidade de até 88%, mas com os cuidados adequados ao paciente, pode cair para até 24%. Em comparação, a taxa do Sars-CoV-2, o vírus da Covid-19, chegou a 14% no auge da pandemia. A do vírus do Ebola, que já variou de 25% a 90%, hoje tem média de 50%.

   Isso torna o vírus de Marburg um dos mais letais do mundo. Capaz de atingir humanos e outros primatas, ele pertence à família Filoviridae, a mesma do vírus do Ebola – e causa sintomas similares: a doença começa abruptamente, com febre alta, dor de cabeça e mal-estar intensos. Dentro de sete dias, muitos pacientes já desenvolvem sintomas hemorrágicos graves. 

   O vírus é altamente infeccioso, e pode ser transmitido às pessoas por morcegos que se alimentam de frutas, ou se espalhar entre os humanos por meio do contato direto com fluidos corporais, superfícies e materiais infectados.

   O intervalo da infecção até o início dos sintomas, chamado de período de incubação, varia de 2 a 21 dias. Além dos sintomas já citados, dores musculares também são uma característica comum. Diarreia intensa, dor abdominal e cólicas, náuseas e vômitos podem começar no terceiro dia.

   Muitos pacientes desenvolvem quadros hemorrágicos graves entre o quinto e o sétimo dia –casos fatais costumam apresentar sangramento generalizado. O sangue fresco no vômito e nas fezes costuma ser acompanhado de sangramento nasal, gengival e vaginal.
   Em casos fatais, a morte ocorre mais frequentemente entre 8 e 9 dias após o início dos sintomas, geralmente precedida por intensa perda de sangue.

   O nome Marburg é em referência à cidade em que foi identificado um dos primeiros surtos da doença. Em 1967, grandes surtos simultâneos 
atingiram três cidade: Belgrado (Sérvia), Frankfurt (Alemanha) e, a pouco menos de 100 quilômetros ao norte dali, a também alemã Marburg.
   O problema começou quando trabalhadores de laboratório foram expostos a macacos infectados trazidos de Uganda. Os pesquisadores passaram a doença para médicos e familiares, resultando em 31 pessoas infectadas e sete mortes.

Apesar do início na Europa, a maioria dos casos ao longo dos anos se restringiu à África. Há relatos de surtos e casos esporádicos em Angola, 
República Democrática do Congo, Quénia, África do Sul e em Uganda – neste último, em 2008, houve registro de dois casos independentes de viajantes que visitaram uma caverna habitada por colônias de morcegos.

   O mais indicado é tomar cuidado com áreas de morcegos frugívoros. Durante pesquisas ou visitas turísticas em minas ou cavernas habitadas por morcegos do tipo, as pessoas devem usar luvas e outras roupas de proteção adequadas. Detalhe: a espécie de morcego atribuída à propagação do vírus, a Rousettus aegyptiacus, só é encontrada na África e em algumas partes da Ásia.

   Outra medida importante é reduzir o risco de transmissão entre pessoas via fluidos corporais. É melhor evitar contato físico próximo com pacientes suspeitos, e luvas e equipamentos de proteção individual devem ser usados ao cuidar de doentes em casa. Além de, é claro, sempre lavar as mãos.

   É pouco provável que o surto da Guiné Equatorial se torne uma pandemia tão disseminada quanto a da Covid-19. Os sintomas do vírus de Malburg aparecem em poucos dias e, rapidamente, levam o paciente a um quadro grave (e um possível óbito). Dessa forma, não dá tempo para que ele se espalhe e infecte muitas pessoas, como fez o SarsCoV-2 (e como faz o vírus da gripe, que tem uma taxa de letalidade baixa e se dissemina rapidinho).

   Mesmo assim, é bom ficar alerta – afinal, viajantes podem levar o vírus para outros países – e acompanhar a resposta à doença, que, até agora, tem sido positiva.

   “Graças à ação rápida e decisiva das autoridades da Guiné Equatorial na confirmação da doença, a resposta de emergência pôde atingir todo o vapor rapidamente para salvarmos vidas e determos o vírus o mais rápido possível”, afirma o Dr. Matshidiso Moeti, diretor regional da OMS na África.

CAPARROZ, Leo. O que é o Vírus de Marburg que teve surto confirmado pela OMS. Disponível em: 
<https://super.abril.com.br/saude/o-que-e-o-virus-de-marburg-que-teve-surto-confirmado-pela-oms/>. Último acesso em 18 fev. 2023. (Adaptado)

Assinale a alternativa em que o termo destacado funciona sintaticamente como predicativo do sujeito.

A sede de Triunfo tem categoria de cidade, ao passo que a sede do Distrito tem categoria de Vila Municipal, nos termos da Lei Orgânica do Município de Triunfo.

O humor da tira reside na ordenação atípica dos constituintes sintáticos. No intuito de garantir a ordenação linear característica da língua
portuguesa, poderíamos organizar as sentenças do seguinte modo:
Sentença 1: “As palavras que inventamos são interessantes”.
Sentença 2: “Vamos inventar sintaxe agora”.
Podemos afirmar que também está na ordem direta:

Texto I


Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)


O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi
criado na década de 1930 como uma organização estatal para
auxiliar no planejamento de políticas públicas


O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é o órgão estatal brasileiro responsável pelo levantamento de dados do país. Esse instituto, fundado com o intuito de reunir informações geográficas e estatísticas brasileiras, possui grande importância em termos governamentais. Ele é responsável, entre outras funções, pela realização do censo demográfico. Tradicionalmente, o IBGE realiza censos em períodos decenais cíclicos, fornecendo informações socioeconômicas importantes para o país.

O que é IBGE?


O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística é um órgão estatal brasileiro responsável por realizar levantamentos de dados quantitativos e qualitativos sobre diferentes setores da economia, da sociedade e da demografia do Brasil. Esse órgão é o responsável, entre outras funções, pela realização do censo demográfico brasileiro. O IBGE possui grande importância no fornecimento de dados às instituições públicas e privadas do país.


Qual a história do IBGE?


A história oficial do IBGE iniciou-se na data de 29 de maio de 1936, por meio da implementação do chamado Instituto Nacional de Estatística (INE). Essa instituição pública foi a antecessora histórica do IBGE, conjugando funções relacionadas às informações estatísticas e geográficas brasileiras, visto que também contava com o chamado Conselho Brasileiro de Geografia (CBG).
Em 1938, surgiu o formato atual do IBGE, sigla que designa o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Já a sua designação como fundação pública e sua subordinação ao Ministério da Economia do Brasil ocorreu somente em 1967, sendo todas essas mudanças fruto de decretos governamentais.
Atualmente, o IBGE é um dos principais órgãos pelo levantamento de dados e estudos técnicos dentro da organização do governo
brasileiro, como, por exemplo, o censo demográfico da população do país. Ele está presente nos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal. A sede atual do IBGE está situada na cidade do Rio de Janeiro.


Função do IBGE


O IBGE é considerado o principal órgão de levantamento de dados geográficos e estatísticos do Brasil. A sua produção atende diversos órgãos públicos e privados, e ainda auxilia na implementação de diferentes políticas públicas. O IBGE, conforme disponibilizado no seu site oficial, tem as seguintes funções:
 produção e análise de informações estatísticas;
 coordenação e consolidação das informações estatísticas;
 produção e análise de informações geográficas;
coordenação e consolidação das informações geográficas;
estruturação e implantação de um sistema de informações ambientais;
 documentação e disseminação das informações;
 coordenação dos sistemas estatístico e cartográfico nacionais.


Por que o IBGE é importante?


O IBGE é um órgão de grande importância para o levantamento de dados relacionados ao cenário geográfico, demográfico e social do Brasil. Os estudos realizados por essa instituição, com destaque para o censo demográfico, são cruciais para a fundamentação de diversas políticas públicas. Portanto, o IBGE fornece subsídios importantes para o desenvolvimento do país, contribuindo para traçar um panorama adequado da sociedade brasileira por meio de dados estatísticos.


Não responder a pesquisa do IBGE é crime?

A participação nas pesquisas é um dever cívico de todo cidadão brasileiro. A recusa na participação das pesquisas realizadas pelo órgão é, inclusive, passível de multa, por meio da Lei no 5.534, de 14 de novembro de 1968. Essa legislação aponta osvalores aplicados à não participação nos questionários do censo e garante o sigilo dos dados coletados pelos entrevistadores.


Fonte: Mundo Educação. Disponível em: http://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/
ibge.htm
Acesso em 25 jul. 2023 (adaptado)

Na frase “Esse instituto, fundado com o intuito de reunir informações geográficas e estatísticas brasileiras, possui grande importância em termos governamentais”, destaca-se uma oração:

Texto I


Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)


O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi
criado na década de 1930 como uma organização estatal para
auxiliar no planejamento de políticas públicas


O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é o órgão estatal brasileiro responsável pelo levantamento de dados do país. Esse instituto, fundado com o intuito de reunir informações geográficas e estatísticas brasileiras, possui grande importância em termos governamentais. Ele é responsável, entre outras funções, pela realização do censo demográfico. Tradicionalmente, o IBGE realiza censos em períodos decenais cíclicos, fornecendo informações socioeconômicas importantes para o país.

O que é IBGE?


O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística é um órgão estatal brasileiro responsável por realizar levantamentos de dados quantitativos e qualitativos sobre diferentes setores da economia, da sociedade e da demografia do Brasil. Esse órgão é o responsável, entre outras funções, pela realização do censo demográfico brasileiro. O IBGE possui grande importância no fornecimento de dados às instituições públicas e privadas do país.


Qual a história do IBGE?


A história oficial do IBGE iniciou-se na data de 29 de maio de 1936, por meio da implementação do chamado Instituto Nacional de Estatística (INE). Essa instituição pública foi a antecessora histórica do IBGE, conjugando funções relacionadas às informações estatísticas e geográficas brasileiras, visto que também contava com o chamado Conselho Brasileiro de Geografia (CBG).
Em 1938, surgiu o formato atual do IBGE, sigla que designa o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Já a sua designação como fundação pública e sua subordinação ao Ministério da Economia do Brasil ocorreu somente em 1967, sendo todas essas mudanças fruto de decretos governamentais.
Atualmente, o IBGE é um dos principais órgãos pelo levantamento de dados e estudos técnicos dentro da organização do governo
brasileiro, como, por exemplo, o censo demográfico da população do país. Ele está presente nos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal. A sede atual do IBGE está situada na cidade do Rio de Janeiro.


Função do IBGE


O IBGE é considerado o principal órgão de levantamento de dados geográficos e estatísticos do Brasil. A sua produção atende diversos órgãos públicos e privados, e ainda auxilia na implementação de diferentes políticas públicas. O IBGE, conforme disponibilizado no seu site oficial, tem as seguintes funções:
 produção e análise de informações estatísticas;
 coordenação e consolidação das informações estatísticas;
 produção e análise de informações geográficas;
coordenação e consolidação das informações geográficas;
estruturação e implantação de um sistema de informações ambientais;
 documentação e disseminação das informações;
 coordenação dos sistemas estatístico e cartográfico nacionais.


Por que o IBGE é importante?


O IBGE é um órgão de grande importância para o levantamento de dados relacionados ao cenário geográfico, demográfico e social do Brasil. Os estudos realizados por essa instituição, com destaque para o censo demográfico, são cruciais para a fundamentação de diversas políticas públicas. Portanto, o IBGE fornece subsídios importantes para o desenvolvimento do país, contribuindo para traçar um panorama adequado da sociedade brasileira por meio de dados estatísticos.


Não responder a pesquisa do IBGE é crime?

A participação nas pesquisas é um dever cívico de todo cidadão brasileiro. A recusa na participação das pesquisas realizadas pelo órgão é, inclusive, passível de multa, por meio da Lei no 5.534, de 14 de novembro de 1968. Essa legislação aponta osvalores aplicados à não participação nos questionários do censo e garante o sigilo dos dados coletados pelos entrevistadores.


Fonte: Mundo Educação. Disponível em: http://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/
ibge.htm
Acesso em 25 jul. 2023 (adaptado)

Na frase “A sua produção atende diversos órgãos públicos e privados, e ainda auxilia na implementação de diferentes políticas públicas”, a conjunção destacada coordena duas orações. O mesmo fenômeno ocorre em:

Texto II

A importância da informação estatística para as políticas
sociais no Brasil: breve reflexão sobre a experiência do
passado para considerar no presente


O Brasil seria diferente do que é hoje se não fossem as informações produzidas pelo IBGE e por outras instituições do Sistema Estatístico Nacional. Com todas as iniquidades sociais que ainda persistem no país, o quadro seria seguramente pior caso não houvesse informações estatísticas levantadas há mais de 80 anos ou quase 150 anos, se forem considerados os esforços de realização do primeiro Censo Demográfico em 1872, no final do Império, quase 20 anos depois do planejado, pelas resistências da elite latifundiária e escravocrata da época. Não há como não reconhecer que parte das conquistas republicanas de universalização da educação básica, do acesso à água, redução da pobreza, promoção do desenvolvimento regional, ampliação da cobertura do emprego formal e da previdência
pelo vasto território brasileiro deve-se à disponibilidade de informação estatística de boa qualidade e cobertura levantada pelo IBGE e outras instituições como o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, os departamentos de estatísticas e pesquisas dos Ministérios e órgãos subnacionaisde planejamento e estatística.

É claro que a efetividade das políticas sociais depende de uma série extensa de fatores, mas a informação estatística cumpre papel instrumental relevante em todas as fases de implementação de um programa público, da formulação à avaliação do mesmo (HOWLET et al., 2013). Políticas sociais são muito intensivasem informação no processo de seu desenho e implementação. Elas se estruturam como sistemas complexos, articulando programas de natureza universal com ações redistributivas em várias áreas setoriais, operados por agentes em diferentes níveis federativos de governo, em contextos desiguais em termos de capacidade de gestão e de perfil socioeconômico de públicos-alvo. Como discutido em Jannuzi (2016), para que essas políticas e programas sociais consigam cumprir seus objetivos específicos e contribuir para maior efetividade social da ação pública, é necessário produzir informação e estudos de
diferentes naturezas – levantamentos diagnósticos detalhados, sistemas de indicadores de monitoramento de ações, pesquisas
de avaliação de processos e de resultados de programas, investigação de potenciais impactos e externalidades negativas –, valendo-se de uma combinação plural de metodologias (quali, quanti e participativas), com abordagem de diferentes sujeitos envolvidos (beneficiários, usuários, técnicos na ponta e gestores).

Entre tais levantamentos figuram, em especial, os Censos Demográficos, a cinquentenária Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD, e agora PNAD-Contínua) e as edições, há 20 anos, da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic). Essas pesquisas parecem se constituir nos levantamentos estatísticos mais impactantes para a formulação e avaliação de políticas sociais no Brasil. Há certamente outras pesquisas importantes a serem mencionadas, como as Estatísticas do Registro Civil, as Pesquisas de Orçamento
Familiar, a Pesquisa Mensal de Emprego, a Economia Informal Urbana e, mais recentemente, a Pesquisa Nacional de Saúde, cujas contribuições precisam ser resgatadas em outros textos e estudos.

Os Censos têm permitido o desvelamento dos bolsões de pobreza e outras iniquidades no território nacional, nos municípios e seus bairros. As PNAD (e PNAD-C) possibilitam acompanhar os efeitos – e defeitos – de políticas e programas nas mais variadas áreas setoriais, tais como trabalho, educação, saúde, previdênciae assistência social, entre as principais. As Munic e, desde 2012, as Pesquisas de Informações Básicas Estatuais (Estadic) têmviabilizado o dimensionamento da capacidade subnacional de gestão de políticas, de equipamentos públicos e de atendimento de serviços sociais. As três pesquisas se destacam pelo conjunto integrado de informações que proporcionam, pela abrangência temática, regularidade e cobertura territorial. Essas características garantiram a produção de dados cruciais para identificação de demandas sociais, elaboração de diagnósticos, formulação de políticas e programas e avaliação da efetividade dos mesmos ao longo das últimas décadas.


É o que se procura resgatar de forma breve e ensaística nesse texto, como subsídio para o debate acerca do mérito e dificuldades de financiamento do Censo 2020, dos suplementos temáticos das PNAD-C, Munic e outras pesquisas do Sistema Estatístico. Trata-se de um debate que precisa ser realizado com perspectiva histórica e pluralidade de visões acerca do uso da informação estatística para o Estado e sociedade no país. Não são pouco gravosas as consequências da eventual descontinuidade de séries históricas de longa data ou a decisão de adiar a captação de dados acerca de novas questões da agenda social no país.


Fonte: JANUZZI, P. M. A importância da informação estatística para as políticas sociais
no Brasil: breve reflexão sobre a experiência do passado para considerar no presente.
“Revista Brasileira de Estudos de População”, V. 35, N. 1, 2018, p. 1-10. (adaptado)
Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbepop/a/77qbqWdQWx3b5gg7wLVmtsF/?lang=
pt#
Acesso em 26 jul. 2023.

No trecho “É claro que a efetividade das políticas sociais depende DE uma série extensão de fatores”, destaca-se a preposição “de”, exigida pela forma verbal “depende”. A alternativa em que também há preposição exigida pelo verbo é:

Texto II

A importância da informação estatística para as políticas
sociais no Brasil: breve reflexão sobre a experiência do
passado para considerar no presente


O Brasil seria diferente do que é hoje se não fossem as informações produzidas pelo IBGE e por outras instituições do Sistema Estatístico Nacional. Com todas as iniquidades sociais que ainda persistem no país, o quadro seria seguramente pior caso não houvesse informações estatísticas levantadas há mais de 80 anos ou quase 150 anos, se forem considerados os esforços de realização do primeiro Censo Demográfico em 1872, no final do Império, quase 20 anos depois do planejado, pelas resistências da elite latifundiária e escravocrata da época. Não há como não reconhecer que parte das conquistas republicanas de universalização da educação básica, do acesso à água, redução da pobreza, promoção do desenvolvimento regional, ampliação da cobertura do emprego formal e da previdência
pelo vasto território brasileiro deve-se à disponibilidade de informação estatística de boa qualidade e cobertura levantada pelo IBGE e outras instituições como o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, os departamentos de estatísticas e pesquisas dos Ministérios e órgãos subnacionaisde planejamento e estatística.

É claro que a efetividade das políticas sociais depende de uma série extensa de fatores, mas a informação estatística cumpre papel instrumental relevante em todas as fases de implementação de um programa público, da formulação à avaliação do mesmo (HOWLET et al., 2013). Políticas sociais são muito intensivasem informação no processo de seu desenho e implementação. Elas se estruturam como sistemas complexos, articulando programas de natureza universal com ações redistributivas em várias áreas setoriais, operados por agentes em diferentes níveis federativos de governo, em contextos desiguais em termos de capacidade de gestão e de perfil socioeconômico de públicos-alvo. Como discutido em Jannuzi (2016), para que essas políticas e programas sociais consigam cumprir seus objetivos específicos e contribuir para maior efetividade social da ação pública, é necessário produzir informação e estudos de
diferentes naturezas – levantamentos diagnósticos detalhados, sistemas de indicadores de monitoramento de ações, pesquisas
de avaliação de processos e de resultados de programas, investigação de potenciais impactos e externalidades negativas –, valendo-se de uma combinação plural de metodologias (quali, quanti e participativas), com abordagem de diferentes sujeitos envolvidos (beneficiários, usuários, técnicos na ponta e gestores).

Entre tais levantamentos figuram, em especial, os Censos Demográficos, a cinquentenária Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD, e agora PNAD-Contínua) e as edições, há 20 anos, da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic). Essas pesquisas parecem se constituir nos levantamentos estatísticos mais impactantes para a formulação e avaliação de políticas sociais no Brasil. Há certamente outras pesquisas importantes a serem mencionadas, como as Estatísticas do Registro Civil, as Pesquisas de Orçamento
Familiar, a Pesquisa Mensal de Emprego, a Economia Informal Urbana e, mais recentemente, a Pesquisa Nacional de Saúde, cujas contribuições precisam ser resgatadas em outros textos e estudos.

Os Censos têm permitido o desvelamento dos bolsões de pobreza e outras iniquidades no território nacional, nos municípios e seus bairros. As PNAD (e PNAD-C) possibilitam acompanhar os efeitos – e defeitos – de políticas e programas nas mais variadas áreas setoriais, tais como trabalho, educação, saúde, previdênciae assistência social, entre as principais. As Munic e, desde 2012, as Pesquisas de Informações Básicas Estatuais (Estadic) têmviabilizado o dimensionamento da capacidade subnacional de gestão de políticas, de equipamentos públicos e de atendimento de serviços sociais. As três pesquisas se destacam pelo conjunto integrado de informações que proporcionam, pela abrangência temática, regularidade e cobertura territorial. Essas características garantiram a produção de dados cruciais para identificação de demandas sociais, elaboração de diagnósticos, formulação de políticas e programas e avaliação da efetividade dos mesmos ao longo das últimas décadas.


É o que se procura resgatar de forma breve e ensaística nesse texto, como subsídio para o debate acerca do mérito e dificuldades de financiamento do Censo 2020, dos suplementos temáticos das PNAD-C, Munic e outras pesquisas do Sistema Estatístico. Trata-se de um debate que precisa ser realizado com perspectiva histórica e pluralidade de visões acerca do uso da informação estatística para o Estado e sociedade no país. Não são pouco gravosas as consequências da eventual descontinuidade de séries históricas de longa data ou a decisão de adiar a captação de dados acerca de novas questões da agenda social no país.


Fonte: JANUZZI, P. M. A importância da informação estatística para as políticas sociais
no Brasil: breve reflexão sobre a experiência do passado para considerar no presente.
“Revista Brasileira de Estudos de População”, V. 35, N. 1, 2018, p. 1-10. (adaptado)
Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbepop/a/77qbqWdQWx3b5gg7wLVmtsF/?lang=
pt#
Acesso em 26 jul. 2023.

No trecho “o quadro seria seguramente pior caso não houvesse informações estatísticas levantadas há mais de 80 anos ou quase 150 anos, se forem considerados os esforços de realização do primeiro Censo Demográfico em 1872, no final do Império, quase 20 anos depois do planejado, pelas resistências da elite latifundiária e escravocrata da época” (1º parágrafo), sobre os termos destacados, quanto à concordância, pode-se afirmar que:

A cantina da Escola Theta possui uma jarra de suco com o formato de um tronco de cone reto. Um professor de geometria desafiou os estudantes de uma turma a calcular o volume dessa jarra. A área total da jarra é conhecida e igual a 120π cm². Os raios das bases da jarra são 4 cm e 7 cm, respectivamente. Se os alunos fizerem os cálculos corretos, eles encontrarão que o volume da jarra é igual a 124π cm³.

O MITO DA MADRASTA MALVADA QUE PERSISTE ATÉ HOJE


O mundo da ficção está repleto de madrastas bastante desagradáveis – algumas delas retratadas como monstros assassinos. A madrasta invejosa da Branca de Neve ou a madrasta de João e Maria, que obriga os enteados a se perderem na floresta, pertencem a uma classe de mulheres malvadas com “apetite voraz”, às vezes “até pela carne e sangue ou 
pelo fígado e pelo coração dos seus próprios parentes”, segundo Maria Tatar, professora de literatura, folclore e mitologia da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, no seu livro The Hard Facts of the Grimms’ Fairy Tales (A Cruel Realidade dos Contos dos Irmãos Grimm, em tradução livre). Existem mais de 900 histórias escritas em todo o mundo sobre madrastas maldosas ao longo dos séculos (sem falar na corrente interminável de adaptações cinematográficas) que fazem com que 
elas, muitas vezes, sejam consideradas menos afetuosas, gentis, alegres e agradáveis – mais cruéis, injustas e até odiosas. Famílias com padrastos e madrastas de todos os tipos certamente enfrentam dificuldades e conflitos que podem até reforçar alguns elementos desses estereótipos. Mas não existem evidências reais que sustentem a caricatura perversa da madrasta. Na verdade, existem pesquisas que demonstram que as madrastas podem ser muito benéficas para as famílias, servindo como o laço que une familiares entre si depois de uma separação e fornecendo maior apoio para as crianças que sofrem com a perda. Por que, então, esses juízos hostis persistem? E, com as madrastas se tornando cada vez mais comuns em todo 
o mundo, será que um dia essas imagens irão desaparecer? 

O estereótipo da madrasta perversa existe há milênios nos contos de fadas e no folclore em todo o mundo. Algumas histórias datam dos tempos dos romanos. Outras referências podem ser encontradas na Bíblia. Sara, a matriarca que deu à luz Isaac, filho de Abraão, conseguiu com que o pai expulsasse o outro filho, Ismael, para evitar a divisão da herança. A pesquisadora Maria Tatar explica que boa parte das madrastas fictícias conhecidas hoje, assim como outros personagens clássicos, se estabeleceram no nosso imaginário, com ajuda de filmes e livros, a partir de 1812, quando os irmãos alemães Jacob e 
Wilhelm Grimm publicaram, pela primeira vez, a coleção Contos de Grimm. Os autores usaram fragmentos de histórias orais existentes e se apropriaram de outras para formar novas narrativas.  Essa combinação gerou contos de fadas como João e Maria, Cinderela e Branca de Neve. Embora sejam obras de ficção, o foco nas madrastas, de fato, reflete algumas verdades sobre a sociedade do século 19. “Quando esses contos de fadas foram criados, a expectativa de vida era extraordinariamente baixa”, afirma Lawrence Ganong, professor emérito de desenvolvimento humano da Universidade de Missouri, nos Estados Unidos. Ganong estudou famílias com madrastas por décadas. Naquela época, as mulheres morriam  frequentemente no parto, deixando as crianças aos cuidados apenas dos pais. As madrastas malvadas que apareciam nas páginas dos contos de fadas ofereciam um alerta para que a família tivesse cautela. Os pais deveriam proteger e sustentar os seus filhos e as 
madrastas deveriam cuidar bem dos seus enteados – ou algo de ruim iria acontecer. As histórias também  ofereciam aos leitores soluções terapêuticas seguras para processar sentimentos tidos como tabu, como a raiva materna, segundo Tatar.
No século 19, os pais frequentemente se casavam novamente com mulheres mais jovens, que poderiam ter idade próxima de suas enteadas. Nessas circunstâncias, poderiam surgir situações e sentimentos “intensos e estranhos”, como a rivalidade  pela atenção do pai, “concursos de beleza” entre gerações, como vemos em Branca de Neve, e “um nível considerável de disputas, raiva e conflitos”, afirma Tatar. Da publicação dos contos de Grimm pra cá, a madrasta perversa transportou-se das histórias para a vida real. E, mesmo quando o divórcio, o novo casamento e a criação de famílias com madrastas e padrastos ficaram mais comuns no final do século 20, diversos psicólogos ajudaram a diluir a fronteira entre a ficção e a realidade. Nos anos 1970, os pesquisadores deram um nome aos casos de abuso por parte de madrastas e  padrastos: o Efeito Cinderela. Desde então, estudos concluíram que padrastos e madrastas realmente prejudicam as crianças com mais frequência do que os pais genéticos, mas é importante observar que virtualmente todos os casos de violência envolvem os padrastos – e não as madrastas. Outros estudos também ajudaram a perpetuar o mito, talvez de forma não intencional. Pesquisas dos anos 1980 concluíram que as madrastas admitem que se sentem mais próximas dos seus filhos biológicos que dos enteados, mesmo quando ambos têm o mesmo pai biológico.Também não foi preciso ter evidências empíricas para que os estereótipos das madrastas horríveis e negligentes fossem mantidos. Eles continuaram se proliferando pelas mesmas razões de séculos atrás, segundo Ganong. As ideias culturalmente dominantes giram em torno da toda importante família nuclear e o relacionamento 
sagrado entre os pais e filhos biológicos. Mas, apesar da persistência dessas metáforas, existem poucas evidências de que as madrastas se comportem como as imagens caricaturadas da cultura popular, de pessoas sem coração – e muitas evidências demonstram que não é este o caso. “A maioria das madrastas se dá bem com seus enteados”, afirma Ganong. Ele leu cerca de 3 mil relatórios de pesquisa sobre esse tema e conversou com incontáveis famílias com madrastas. “As madrastas perversas não aparecem nos dados”, concorda o professor e pesquisador Todd Jensen, da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos. Ele estuda padrões de relacionamento entre padrastos, madrastas e enteados.

(Adaptado de https://www.bbc.com/portuguese/geral-63763967. Acesso em: 23/05/2024)

Desde então, estudos concluíram que padrastos e madrastas realmente prejudicam as crianças com mais frequência do que os pais genéticos, mas é importante observar que virtualmente todos os casos de violência envolvem os padrastos – e não as madrastas.

Classifique CORRETAMENTE a oração sublinhada no trecho acima.

Texto II

A importância da informação estatística para as políticas
sociais no Brasil: breve reflexão sobre a experiência do
passado para considerar no presente


O Brasil seria diferente do que é hoje se não fossem as informações produzidas pelo IBGE e por outras instituições do Sistema Estatístico Nacional. Com todas as iniquidades sociais que ainda persistem no país, o quadro seria seguramente pior caso não houvesse informações estatísticas levantadas há mais de 80 anos ou quase 150 anos, se forem considerados os esforços de realização do primeiro Censo Demográfico em 1872, no final do Império, quase 20 anos depois do planejado, pelas resistências da elite latifundiária e escravocrata da época. Não há como não reconhecer que parte das conquistas republicanas de universalização da educação básica, do acesso à água, redução da pobreza, promoção do desenvolvimento regional, ampliação da cobertura do emprego formal e da previdência
pelo vasto território brasileiro deve-se à disponibilidade de informação estatística de boa qualidade e cobertura levantada pelo IBGE e outras instituições como o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, os departamentos de estatísticas e pesquisas dos Ministérios e órgãos subnacionaisde planejamento e estatística.

É claro que a efetividade das políticas sociais depende de uma série extensa de fatores, mas a informação estatística cumpre papel instrumental relevante em todas as fases de implementação de um programa público, da formulação à avaliação do mesmo (HOWLET et al., 2013). Políticas sociais são muito intensivasem informação no processo de seu desenho e implementação. Elas se estruturam como sistemas complexos, articulando programas de natureza universal com ações redistributivas em várias áreas setoriais, operados por agentes em diferentes níveis federativos de governo, em contextos desiguais em termos de capacidade de gestão e de perfil socioeconômico de públicos-alvo. Como discutido em Jannuzi (2016), para que essas políticas e programas sociais consigam cumprir seus objetivos específicos e contribuir para maior efetividade social da ação pública, é necessário produzir informação e estudos de
diferentes naturezas – levantamentos diagnósticos detalhados, sistemas de indicadores de monitoramento de ações, pesquisas
de avaliação de processos e de resultados de programas, investigação de potenciais impactos e externalidades negativas –, valendo-se de uma combinação plural de metodologias (quali, quanti e participativas), com abordagem de diferentes sujeitos envolvidos (beneficiários, usuários, técnicos na ponta e gestores).

Entre tais levantamentos figuram, em especial, os Censos Demográficos, a cinquentenária Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD, e agora PNAD-Contínua) e as edições, há 20 anos, da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic). Essas pesquisas parecem se constituir nos levantamentos estatísticos mais impactantes para a formulação e avaliação de políticas sociais no Brasil. Há certamente outras pesquisas importantes a serem mencionadas, como as Estatísticas do Registro Civil, as Pesquisas de Orçamento
Familiar, a Pesquisa Mensal de Emprego, a Economia Informal Urbana e, mais recentemente, a Pesquisa Nacional de Saúde, cujas contribuições precisam ser resgatadas em outros textos e estudos.

Os Censos têm permitido o desvelamento dos bolsões de pobreza e outras iniquidades no território nacional, nos municípios e seus bairros. As PNAD (e PNAD-C) possibilitam acompanhar os efeitos – e defeitos – de políticas e programas nas mais variadas áreas setoriais, tais como trabalho, educação, saúde, previdênciae assistência social, entre as principais. As Munic e, desde 2012, as Pesquisas de Informações Básicas Estatuais (Estadic) têmviabilizado o dimensionamento da capacidade subnacional de gestão de políticas, de equipamentos públicos e de atendimento de serviços sociais. As três pesquisas se destacam pelo conjunto integrado de informações que proporcionam, pela abrangência temática, regularidade e cobertura territorial. Essas características garantiram a produção de dados cruciais para identificação de demandas sociais, elaboração de diagnósticos, formulação de políticas e programas e avaliação da efetividade dos mesmos ao longo das últimas décadas.


É o que se procura resgatar de forma breve e ensaística nesse texto, como subsídio para o debate acerca do mérito e dificuldades de financiamento do Censo 2020, dos suplementos temáticos das PNAD-C, Munic e outras pesquisas do Sistema Estatístico. Trata-se de um debate que precisa ser realizado com perspectiva histórica e pluralidade de visões acerca do uso da informação estatística para o Estado e sociedade no país. Não são pouco gravosas as consequências da eventual descontinuidade de séries históricas de longa data ou a decisão de adiar a captação de dados acerca de novas questões da agenda social no país.


Fonte: JANUZZI, P. M. A importância da informação estatística para as políticas sociais
no Brasil: breve reflexão sobre a experiência do passado para considerar no presente.
“Revista Brasileira de Estudos de População”, V. 35, N. 1, 2018, p. 1-10. (adaptado)
Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbepop/a/77qbqWdQWx3b5gg7wLVmtsF/?lang=
pt#
Acesso em 26 jul. 2023.

Na frase “Trata-se de um debate que precisa ser realizado com perspectiva histórica e pluralidade de visões acerca do uso da informação estatística para o Estado e sociedade no país” (5º parágrafo), o verbo destacado, quanto à transitividade, classifica-se do mesmo modo que o verbo destacado em:

Texto I


Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)


O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi
criado na década de 1930 como uma organização estatal para
auxiliar no planejamento de políticas públicas


O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é o órgão estatal brasileiro responsável pelo levantamento de dados do país. Esse instituto, fundado com o intuito de reunir informações geográficas e estatísticas brasileiras, possui grande importância em termos governamentais. Ele é responsável, entre outras funções, pela realização do censo demográfico. Tradicionalmente, o IBGE realiza censos em períodos decenais cíclicos, fornecendo informações socioeconômicas importantes para o país.

O que é IBGE?


O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística é um órgão estatal brasileiro responsável por realizar levantamentos de dados quantitativos e qualitativos sobre diferentes setores da economia, da sociedade e da demografia do Brasil. Esse órgão é o responsável, entre outras funções, pela realização do censo demográfico brasileiro. O IBGE possui grande importância no fornecimento de dados às instituições públicas e privadas do país.


Qual a história do IBGE?


A história oficial do IBGE iniciou-se na data de 29 de maio de 1936, por meio da implementação do chamado Instituto Nacional de Estatística (INE). Essa instituição pública foi a antecessora histórica do IBGE, conjugando funções relacionadas às informações estatísticas e geográficas brasileiras, visto que também contava com o chamado Conselho Brasileiro de Geografia (CBG).
Em 1938, surgiu o formato atual do IBGE, sigla que designa o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Já a sua designação como fundação pública e sua subordinação ao Ministério da Economia do Brasil ocorreu somente em 1967, sendo todas essas mudanças fruto de decretos governamentais.
Atualmente, o IBGE é um dos principais órgãos pelo levantamento de dados e estudos técnicos dentro da organização do governo
brasileiro, como, por exemplo, o censo demográfico da população do país. Ele está presente nos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal. A sede atual do IBGE está situada na cidade do Rio de Janeiro.


Função do IBGE


O IBGE é considerado o principal órgão de levantamento de dados geográficos e estatísticos do Brasil. A sua produção atende diversos órgãos públicos e privados, e ainda auxilia na implementação de diferentes políticas públicas. O IBGE, conforme disponibilizado no seu site oficial, tem as seguintes funções:
 produção e análise de informações estatísticas;
 coordenação e consolidação das informações estatísticas;
 produção e análise de informações geográficas;
coordenação e consolidação das informações geográficas;
estruturação e implantação de um sistema de informações ambientais;
 documentação e disseminação das informações;
 coordenação dos sistemas estatístico e cartográfico nacionais.


Por que o IBGE é importante?


O IBGE é um órgão de grande importância para o levantamento de dados relacionados ao cenário geográfico, demográfico e social do Brasil. Os estudos realizados por essa instituição, com destaque para o censo demográfico, são cruciais para a fundamentação de diversas políticas públicas. Portanto, o IBGE fornece subsídios importantes para o desenvolvimento do país, contribuindo para traçar um panorama adequado da sociedade brasileira por meio de dados estatísticos.


Não responder a pesquisa do IBGE é crime?

A participação nas pesquisas é um dever cívico de todo cidadão brasileiro. A recusa na participação das pesquisas realizadas pelo órgão é, inclusive, passível de multa, por meio da Lei no 5.534, de 14 de novembro de 1968. Essa legislação aponta osvalores aplicados à não participação nos questionários do censo e garante o sigilo dos dados coletados pelos entrevistadores.


Fonte: Mundo Educação. Disponível em: http://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/
ibge.htm
Acesso em 25 jul. 2023 (adaptado)

Na frase “Essa instituição pública foi a antecessora histórica do IBGE, conjugando funções relacionadas às informações estatísticas e geográficas brasileiras, visto que também contava com o chamado Conselho Brasileiro de Geografia (CBG)”, podese substituir o conector destacado, mantendo-se a relação de sentido, pelos seguintes conectores:

SBT PODE ANUNCIAR VERSÃO INÉDITA DE “A MADRASTA” PARA NOVO HORÁRIO DE NOVELAS EM 2024

A nova versão do clássico foi protagonizada por Aracely Arámbula e Andrés Palacios


O SBT está empenhado em buscar reverter a queda de audiência histórica em 2024, e no embalo dos lançamentos de programas inéditos previstos, a emissora estaria planejando exibir o remake de A Madrasta (2022) De acordo com o perfil Febre Latina, no X (antigo Twitter), o canal de Sílvio Santos enviou a nova versão do dramalhão mexicano para o processo 
de dublagem – a obra, inclusive, é a quinta produção da franquia Fábrica de Sueños, projeto que reúne remakes das tramas clássicas de maior sucesso da Televisa, o qual teve início em 2019. Com 50 capítulos, o reboot de A Madrasta deve já fazer parte da nova grade vespertina do SBT em 2024, a ser transmitida na faixa das 15h30, antecedendo o possível novo programa do fim das tardes do canal. Estrelado por Aracely Arámbula e Andrés Palacios, A Madrasta é uma versão do clássico homônimo de 2005, e foi exibida pelo canal Las Estrellas. Em sua transmissão, que aconteceu entre agosto e outubro de 2022, a trama conquistou uma média de 3,1 milhões de telespectadores nas terras mexicanas.


(Disponível em: https://www.otempo.com.br/entretenimento/celebridades/sbtpode-anunciar-versao-inedita-de-a-madrasta-para-novo-horario-de-novelas-em-2024-1.3293261. Acesso em: 
23/05/2024).

O SBT está empenhado em buscar reverter a queda de audiência histórica em 2024.

No trecho acima, o sintagma que exerce a função de complemento nominal é o seguinte:

O MITO DA MADRASTA MALVADA QUE PERSISTE ATÉ HOJE


O mundo da ficção está repleto de madrastas bastante desagradáveis – algumas delas retratadas como monstros assassinos. A madrasta invejosa da Branca de Neve ou a madrasta de João e Maria, que obriga os enteados a se perderem na floresta, pertencem a uma classe de mulheres malvadas com “apetite voraz”, às vezes “até pela carne e sangue ou 
pelo fígado e pelo coração dos seus próprios parentes”, segundo Maria Tatar, professora de literatura, folclore e mitologia da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, no seu livro The Hard Facts of the Grimms’ Fairy Tales (A Cruel Realidade dos Contos dos Irmãos Grimm, em tradução livre). Existem mais de 900 histórias escritas em todo o mundo sobre madrastas maldosas ao longo dos séculos (sem falar na corrente interminável de adaptações cinematográficas) que fazem com que 
elas, muitas vezes, sejam consideradas menos afetuosas, gentis, alegres e agradáveis – mais cruéis, injustas e até odiosas. Famílias com padrastos e madrastas de todos os tipos certamente enfrentam dificuldades e conflitos que podem até reforçar alguns elementos desses estereótipos. Mas não existem evidências reais que sustentem a caricatura perversa da madrasta. Na verdade, existem pesquisas que demonstram que as madrastas podem ser muito benéficas para as famílias, servindo como o laço que une familiares entre si depois de uma separação e fornecendo maior apoio para as crianças que sofrem com a perda. Por que, então, esses juízos hostis persistem? E, com as madrastas se tornando cada vez mais comuns em todo 
o mundo, será que um dia essas imagens irão desaparecer? 

O estereótipo da madrasta perversa existe há milênios nos contos de fadas e no folclore em todo o mundo. Algumas histórias datam dos tempos dos romanos. Outras referências podem ser encontradas na Bíblia. Sara, a matriarca que deu à luz Isaac, filho de Abraão, conseguiu com que o pai expulsasse o outro filho, Ismael, para evitar a divisão da herança. A pesquisadora Maria Tatar explica que boa parte das madrastas fictícias conhecidas hoje, assim como outros personagens clássicos, se estabeleceram no nosso imaginário, com ajuda de filmes e livros, a partir de 1812, quando os irmãos alemães Jacob e 
Wilhelm Grimm publicaram, pela primeira vez, a coleção Contos de Grimm. Os autores usaram fragmentos de histórias orais existentes e se apropriaram de outras para formar novas narrativas.  Essa combinação gerou contos de fadas como João e Maria, Cinderela e Branca de Neve. Embora sejam obras de ficção, o foco nas madrastas, de fato, reflete algumas verdades sobre a sociedade do século 19. “Quando esses contos de fadas foram criados, a expectativa de vida era extraordinariamente baixa”, afirma Lawrence Ganong, professor emérito de desenvolvimento humano da Universidade de Missouri, nos Estados Unidos. Ganong estudou famílias com madrastas por décadas. Naquela época, as mulheres morriam  frequentemente no parto, deixando as crianças aos cuidados apenas dos pais. As madrastas malvadas que apareciam nas páginas dos contos de fadas ofereciam um alerta para que a família tivesse cautela. Os pais deveriam proteger e sustentar os seus filhos e as 
madrastas deveriam cuidar bem dos seus enteados – ou algo de ruim iria acontecer. As histórias também  ofereciam aos leitores soluções terapêuticas seguras para processar sentimentos tidos como tabu, como a raiva materna, segundo Tatar.
No século 19, os pais frequentemente se casavam novamente com mulheres mais jovens, que poderiam ter idade próxima de suas enteadas. Nessas circunstâncias, poderiam surgir situações e sentimentos “intensos e estranhos”, como a rivalidade  pela atenção do pai, “concursos de beleza” entre gerações, como vemos em Branca de Neve, e “um nível considerável de disputas, raiva e conflitos”, afirma Tatar. Da publicação dos contos de Grimm pra cá, a madrasta perversa transportou-se das histórias para a vida real. E, mesmo quando o divórcio, o novo casamento e a criação de famílias com madrastas e padrastos ficaram mais comuns no final do século 20, diversos psicólogos ajudaram a diluir a fronteira entre a ficção e a realidade. Nos anos 1970, os pesquisadores deram um nome aos casos de abuso por parte de madrastas e  padrastos: o Efeito Cinderela. Desde então, estudos concluíram que padrastos e madrastas realmente prejudicam as crianças com mais frequência do que os pais genéticos, mas é importante observar que virtualmente todos os casos de violência envolvem os padrastos – e não as madrastas. Outros estudos também ajudaram a perpetuar o mito, talvez de forma não intencional. Pesquisas dos anos 1980 concluíram que as madrastas admitem que se sentem mais próximas dos seus filhos biológicos que dos enteados, mesmo quando ambos têm o mesmo pai biológico.Também não foi preciso ter evidências empíricas para que os estereótipos das madrastas horríveis e negligentes fossem mantidos. Eles continuaram se proliferando pelas mesmas razões de séculos atrás, segundo Ganong. As ideias culturalmente dominantes giram em torno da toda importante família nuclear e o relacionamento 
sagrado entre os pais e filhos biológicos. Mas, apesar da persistência dessas metáforas, existem poucas evidências de que as madrastas se comportem como as imagens caricaturadas da cultura popular, de pessoas sem coração – e muitas evidências demonstram que não é este o caso. “A maioria das madrastas se dá bem com seus enteados”, afirma Ganong. Ele leu cerca de 3 mil relatórios de pesquisa sobre esse tema e conversou com incontáveis famílias com madrastas. “As madrastas perversas não aparecem nos dados”, concorda o professor e pesquisador Todd Jensen, da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos. Ele estuda padrões de relacionamento entre padrastos, madrastas e enteados.

(Adaptado de https://www.bbc.com/portuguese/geral-63763967. Acesso em: 23/05/2024)

Sara, a matriarca que deu à luz Isaac, filho de Abraão, conseguiu com que o pai expulsasse o outro filho, Ismael, para evitar a divisão da herança.

Os sintagmas sublinhados no trecho acima exercem, respectivamente, as seguintes funções sintáticas:

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