Mentalidade Self-service e a ilusão de liberdade
Simone Ribeiro Cabral Fuzaro
Hoje, gostaria de refletir sobre uma ideia que foi entrando em nosso cotidiano, foi se enraizando em nossas vidas e transformando nosso modo de ver o mundo e as coisas: a mentalidade “self-service”. Essa expressão da língua inglesa, traduzida livremente ao Português, significa “serviço próprio” ou “autosserviço”. O self-service é um sistema de atendimento adotado principalmente em restaurantes, pelo qual o cliente tem a possibilidade de servir o seu próprio prato, de acordo com as opções disponibilizadas pelo estabelecimento.
Apesar de ter tido seu início em restaurantes, esse tipo de serviço foi se expandindo a diversos outros estabelecimentos, em que é possível que o próprio cliente execute integral ou parcialmente o atendimento (lavanderias, postos de combustível, caixas eletrônicos...).
Apesar dos benefícios e facilidades inegáveis trazidas por esse tipo de serviço, é importante olharmos para os demais efeitos que causa em nosso modo de ver as coisas e, consequentemente, em nossas vidas. Essa possibilidade de autosserviço, no qual se paga por exatamente aquilo que se deseja consumir, foi aos poucos contribuindo na transformação das relações, uma vez que foi fomentando a possibilidade de que cada um atenda efetivamente aos seus próprios desejos e interesses sem restrições relativas ao grupo que o acompanha ou àquele que presta o serviço. Já não há mais a necessidade de se escolher em família (ou em grupo) que prato pedir no restaurante e, com isso, de se negociar desejos, gostos, preferências. Mesmo que não percebamos com muita clareza, está implícito aí um engrandecimento do eu em detrimento do nós.
Já não se faz mais necessário abrir mão de um gosto, de comer um pouco do que não aprecio tanto para satisfazer alguém com quem me importo. Pouco a pouco, sem percebermos, vamos vivendo cada vez mais um modo autocentrado de ver os serviços que utilizamos, as pessoas que nos rodeiam.... o mundo. Vai ficando forte a ideia de que pago somente pelo que quero consumir, consumo somente aquilo que me interessa do serviço oferecido, ganhando o direito de “recortá-lo” segundo meus interesses e sem considerar os interesses daqueles que prestam o serviço e, às vezes, até mesmo se o serviço prestado será de qualidade se for adaptado ao meu querer.
Se olharmos a realidade, por exemplo, das escolas infantis, veremos uma quantidade cada vez maior de pais que querem escolher livremente o horário de entrada e saída dos filhos sem levar em conta os períodos escolares que são importantíssimos por vários motivos: contemplam uma rotina necessária para as crianças pequenas, asseguram um mesmo grupo de colegas e professores, o que transmite segurança e conforto afetivo, possibilitam que participem das atividades planejadas à fase escolar em que se encontram etc. O que os pais estão buscando, no entanto, é uma “escola self-service” e não percebem que acabam por prejudicar o próprio filho, que terá um serviço que não garantirá o atendimento às suas necessidades básicas para um desenvolvimento saudável.
Reina uma ideia de que temos o direito de ser “livres” para escolher segundo nossos desejos e nossas necessidades. Questiono, porém: podemos considerar essa possibilidade de escolha como liberdade? Parece-me haver um equívoco claro nessa ideia, afinal, a liberdade nos leva a escolher o bem. O que há hoje são pessoas absolutamente escravizadas, em primeiro lugar, pelos seus próprios desejos de satisfação, conforto, facilidade. Depois, escravizadas ao ter – é preciso muito para viver nessa gana de satisfações, e, então, escravizamo-nos às rotinas malucas de trabalho que roubam o direito de atendermos às necessidades reais de nossa saúde, de nossa família, de uma vida mais equilibrada.
Vale refletirmos: em que situações estamos nos deixando levar por essa “mentalidade self-service” exagerada? Vamos olhar de modo crítico as facilidades, afinal, já sabemos: as grandes e fundamentais aprendizagens acontecem quando enfrentamos as dificuldades e não quando nos desviamos delas.
Disponível em: <http://www.osaopaulo.org.br/colunas/mentalidade-self-service-e-a-ilusao-de-liberdade>. Acesso em: 25 jun. 2019.
Assinale a alternativa em que a frase destacada representa uma condição.
Leia o texto I e responda à questão.
Em “Todos os males da humanidade estariam curados se ela fosse governada por ditadores médicos, auxiliares acadêmicos, mata-mosquitos, etc., etc.", a oração destacada tem valor de:
Texto para o item.
No que se refere ao texto e a seus aspectos linguísticos, julgue os item. A oração “ao falar com o agressor” (linha 20) expressa, em relação à oração anterior, circunstância de consequência.
Da praia, dá para ver dois horizontes. O que você conhece é a fronteira entre o mar e o céu. O outro, mais sutil, é o próprio céu. Os astrônomos que estudam grandes distâncias se deparam com o seguinte problema: mesmo considerando a possibilidade de que o Universo não seja infinito, ele ainda é bastante grande. De modo que há muitas estrelas que ficam mais longe do que a distância que a luz foi capaz de percorrer desde que o Universo nasceu. [...]
Superinteressante. Ed. 398, janeiro 2019.
De acordo com o trecho acima, a função da expressão negritada é estabelecer entre as roposições relação de
A construção do texto envolve a articulação de ideias principais e secundárias (circunstanciais) – estas utilizadas com o propósito de embasar/situar aquelas. Assim, feita a leitura do texto abaixo, associe o tipo de circunstância descrito na relação de I a V e a respectiva classificação semântica exposta em uma das alternativas.

A alternativa que traz a CORRETAclassificação semântica das informações circunstanciais é:
Leia o texto a seguir para responder à questão.

Em “Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante.” (Linhas 16-17).
Nos enunciados acima, a relação semântica entre a oração introduzida pelos conectivos destacados e a oração imediatamente anterior é, respectivamente, de
Com base no texto 3 e conforme a norma padrão escrita, é correto afirmar que:
No período “a única distração de José Arcadio era recolher meninos do povoado para que brincassem na sua casa” (linhas de 2 a 4), a locução conjuntiva “para que” inicia uma oração subordinada adverbial

No que se refere ao texto e a seus aspectos linguísticos, julgue o item
A oração “se somente as três tecnologias consideradas forem empregadas” (linha 12) expressa, em relação à oração subsequente, circunstância de condição.

Em relação à tipologia do texto e às ideias nele expressas, julgue o item a seguir.
A oração “quando consegue cumprir certas tarefas sem a ajuda do outro” (linhas 3 e 4) expressa circunstância de tempo em relação à oração anterior.
Assinale a alternativa CORRETA quanto ao emprego da classe gramatical da palavra em destaque no trecho extraído do texto 01.
“Faz meses que ele não recebe medicamentos, desde que o regime explodiu os túneis pelos quais chegavam os de contrabando."
Texto para responder à questão.
Observe a seguir as modificações feitas no trecho "De tanto ser martelada, em meia década essa mensagem impregnou a sociedade." e assinale a opção em que a oração destacada expressa ide ia de consequência.
Texto para responder a questão.
A respeito dos três verbos do trecho: “... muda sua vida, amplia seus pensamentos, agrega cultura.", pode-se afirmar que:
No último quadrinho da tira, temos um exemplo de oração subordinada substantiva:
Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão.
A relação de sentido que cada trecho abaixo estabelece no seu período do texto está corretamente indicada em: