O dia da criação (Vinícius de Moraes)

Leia os itens e, de acordo com o texto acima, assinale a alternativa correta.
I - Nesse poema, há a repetição sistemática de uma oração: “Porque hoje é sábado".
II - A relação estabelecida entre essa oração que se repete, os fatos e comportamentos descritos desempenha uma função explicativa: “Ser sábado".
III - As afirmações e a oração “porque hoje é sábado" são coordenadas entre si. Cada uma delas é sintaticamente independente da oração identificada e se relaciona com ela por meio da conjunção explicativa porque.
IV - A opinião do eu lírico a respeito da criação dos seres humanos, no poema, deixa claro que ela deveria ter acontecido mesmo.
A questão refere-se ao poema seguinte de Mário Quintana:
Indique a afirmação verdadeira quanto à relação entre as ideias do poema e sua organização em períodos.
Leia o texto abaixo e responda às questões de 1 a 7:
ENTÃO, ADEUS!
(Lygia Fagundes Telles)
Isto aconteceu na Bahia, numa tarde em que eu visitava
a mais antiga e arruinada igreja que encontrei por lá, perdida na
última rua do último bairro. Aproximou-se de mim um padre
velhinho, mas tão velhinho, tão velhinho que mais parecia feito
de cinza, de teia, de bruma, de sopro do que de carne e osso.
Aproximou-se e tocou o meu ombro:
— Vejo que aprecia essas imagens antigas — sussurroume
com sua voz débil. E descerrando os lábios murchos num
sorriso amável: - Tenho na sacristia algumas preciosidades. Quer
vê-las?
Solícito e trêmulo foi-me mostrando os pequenos
tesouros da sua igreja: um mural de cores remotas e tênues como
as de um pobre véu esgarçado na distância; uma Nossa Senhora
de mãos carunchadas e grandes olhos cheios de lágrimas; dois
anjos tocheiros que teriam sido esculpidos por Aleijadinho, pois
dele tinham a inconfundível marca nos traços dos rostos severos
e nobres, de narizes já carcomidos... Mostrou-me todas as
raridades, tão velhas e tão gastas quanto ele próprio. Em
seguida, desvanecido com o interesse que demonstrei por tudo,
acompanhou-me cheio de gratidão até a porta.
— Volte sempre — pediu-me.
— Impossível — eu disse. — Não moro aqui, mas, em todo
o caso, quem sabe um dia... — acrescentei sem nenhuma
esperança.
— E então, até logo! — ele murmurou descerrando os
lábios num sorriso que me pareceu melancólico como o destroço
de um naufrágio.
Olhei-o. Sob a luz azulada do crepúsculo, aquela face
branca e transparente era de tamanha fragilidade, que cheguei a
me comover. Até logo?... "Então, adeus!", ele deveria ter dito. Eu
ia embarcar para o Rio no dia seguinte e não tinha nenhuma ideia
de voltar tão cedo à Bahia. E mesmo que voltasse, encontraria
ainda de pé aquela igrejinha arruinada que achei por acaso em
meio das minhas andanças? E mesmo que desse de novo com
ela, encontraria vivo aquele ser tão velhinho que mais parecia um
antigo morto esquecido de partir?!...
Ouça, leitor: tenho poucas certezas nesta incerta vida,
tão poucas que poderia enumerá-las nesta breve linha. Porém,
uma certeza eu tive naquele instante, a mais absoluta das
certezas: "Jamais o verei." Apertei-lhe a mão, que tinha a mesma
frialdade seca da morte.
— Até logo! - eu disse cheia de enternecimento pelo seu
ingênuo otimismo.
Afastei-me e de longe ainda o vi, imóvel no topo da
escadaria. A brisa agitava-lhe os cabelos ralos e murchos como
uma chama prestes a extinguir-se. "Então, adeus!", pensei
comovida ao acenar-lhe pela última vez. "Adeus."
(...)
Durante o jantar ruidoso e calorento, lembrei-me de
Kipling. "Sim, grande e estranho é o mundo. Mas principalmente
estranho..."
Meu vizinho da esquerda quis saber entre duas garfadas:
— Então a senhora vai mesmo nos deixar amanhã?
Olhei para a bolsa que tinha no regaço e dentro da qual
já estava minha passagem de volta com a data do dia seguinte.
E sorri para o velhinho lá na ponta da mesa.
— Ah, não sei... Antes eu sabia, mas agora já não sei.
http://www.releituras.com/lftelles_entaoadeus.asp - acesso em 11/01/2017
Leia a citação abaixo, retirada do texto acima mencionado, e assinale a alternativa que indica a possível substituição da palavra em destaque, sem prejudicar o sentido da mensagem. “Sob a luz azulada do crepúsculo, aquela face branca e transparente era de tamanha fragilidade, que cheguei a me comover.”
A partir do poema Retrato de Cecília Meireles é possível compreender que o vocábulo mudança
está indicando:
I - Mudança possui o sentido de transferência de moradia;
II - Mudança está indicando que a poeta tenta desvendar quando foi que a sua vividez, a sua
alegria, quando a sua essência se perdeu, ao longo da vida.
III - Mudança foi o vocábulo escolhido pela autora para retratar a si mesma, mostrando o antes e o
depois do passar do tempo.
IV - A autora ilustra as mudanças ocorridas com o passar do tempo fazendo descrições das partes
do corpo como se estivesse desenhado para o leitor. Descreve seu rosto, suas mãos, seus lábios e
até mesmo seu coração.
Das afirmações seguintes:
I- O eu lírico é uma mulher e representa todas as mulheres da história humana, inclusive as consideradas “anormais".
II- No verso “no sulco que os pés escreveram" a função sintática do pronome relativo destacado é de objeto direto.
III- Em “as que comiam terra", a função sintática do pronome relativo destacado é de predicativo do sujeito.
Os trechos sublinhados nos versos indicam que a atividade do escritor
Pela forma como se utilizam as palavras, é correto afirmar que o texto enquadra-se na função
Levando em conta suas características, é correto afirmar que o texto
O poema foi publicado no livro “A rosa do povo”, de 1945, que reúne textos escritos por Drummond durante a Segunda Guerra Mundial e a ditadura do Estado Novo, instaurada por Getúlio Vargas no Brasil. Considerando esse fato, indique a afirmativa falsa.
“(...) não há temas ou conteúdos exclusivos da literatura ou da poesia; nem temas que não possam ser por elas tratados. Qualquer assunto pode ser matéria de poesia; qualquer assunto pode ser tema da literatura." (Programa Gestão da Aprendizagem Escolar).
Considerando a amplitude e diversidade ligados ao gênero literário e poética, indique a alternativa correta quanto ao entendimento dos gêneros citados:
O título do poema, Aonde?..., é uma pergunta repetida na primeira e na última estrofe. O que causa essa pergunta feita pelo eu lírico é:
Leia o poema do piauiense Da Costa e Silva e responda à questão.
A cada nova estrofe, o eu lírico evoca