Considere o trecho abaixo:
Quando as companhias de energia começaram a explorar alternativas para suprir a demanda por eletricidade com uma fonte que fosse segura e confiável, além de não liberar emissões de gases de efeitos estufa, perceberam que a energia nuclear era uma ótima opção, pois é a forma mais barata de gerar eletricidade nos Estados Unidos.
Assinale a alternativa em que a reescrita mantém o mesmo sentido do trecho de origem.
Vivemos esperando
Dias melhores
Dias de paz, dias a mais
Dias que não deixaremos
Para trás
Oh! Oh! Oh! Oh!
Vivemos esperando
O dia em que
Seremos melhores (melhores, melhores!)
Melhores no amor
Melhores na dor
Melhores em tudo
Oh! Oh! Oh!
[...]
Disponível em:
É possível observar na letra da composição musical que o
enunciador se sobrepõe àquilo que está sendo dito; para isso,
Os doze grandes olímpicos
Os doze grandes deuses do Olimpo eram deuses supremos
que sucederam aos Titãs. Primitivamente, o Olimpo designava o
cume de uma montanha, a maior montanha de maior altitude de
toda a Grécia, situado no Nordeste. Até mesmo na Ilíada,
essa ideia começa a desagregar-se para dar a noção de um outro
Olimpo, localizado algures num reino misterioso, em nível muito
superior ao de todas as outras montanhas da Terra. [...]
HAMILTON, Edith. Mitologia. São Paulo: M. Fontes, 1992, p. 22
O pronome demonstrativo presente na expressão essa ideia
funciona como elemento de substituição, uma vez que assegura a
cadeia referencial do texto. Assinale a alternativa cujo enunciado
representa a ideia retomada pela referida expressão.
Atenção: As questões de números 1 a 6 referem-se ao texto seguinte.
A representação da "realidade" na imprensa
Parece ser um fato assentado, para muitos, que um jornal ou um telejornal expresse a "realidade". Folhear os cadernos de
papel de ponta a ponta ou seguir pacientemente todas as imagens do grande noticiário televisivo seriam operações que atualizariam a
cada dia nossa "compreensão do mundo". Mas esse pensamento, tão disseminado quanto ingênuo, não leva em conta a questão da
perspectiva pela qual se interpretam todas e quaisquer situações focalizadas. Submetermo-nos à visada do jornalista que compôs a
notícia, ou mesmo à do câmera que flagra uma situação (e que, aliás, tem suas tomadas sob o controle de um editor de imagens), é
desfazermo-nos da nossa própria capacidade de análise, é renunciarmos à perspectiva de sujeitos da nossa interpretação.
Tanto quanto os propalados e indiscutíveis "fatos", as notícias em si mesmas, com a forma acabada pela qual se veiculam, são
parte do mundo: convém averiguar a quem interessa o contorno de uma análise política, o perfil criado de uma personalidade, o
sentido de um levante popular ou o alcance de uma medida econômica. O leitor e o espectador atentos ao que leem ou veem não têm
o direito de colocar de lado seu senso crítico e tomar a notícia como espelho fiel da "realidade". Antes de julgarmos "real" o "fato" que
já está interpretado diante de nossos olhos, convém reconhecermos o ângulo pelo qual o fato se apresenta como indiscutível e como
se compõe, por palavras ou imagens, a perspectiva pela qual uma bem particular "realidade" quer se impor para nós, dispensandonos
de discutir o ponto de vista pelo qual se construiu uma informação.
(Tibério Gaspar, inédito)
Considere este segmento do texto: Submetermo-nos à visada do jornalista que compôs a notícia [...] é desfazermo-nos da nossa própria capacidade de análise [...] Está inteiramente clara, coerente e correta esta nova redação dada ao segmento acima:
Leia o texto a seguir para responder as questões sobre seu
conteúdo.
A “LÍNGUA" DO PENSAMENTO
Publicado em Língua Portuguesa, ano 7, n.º 75, janeiro de 2012.
Adaptado de: http://www.aldobizzocchi.com.br/divulgacao.asp.
Acesso em: 28 mar 2017.
Por mais distintas que as línguas sejam,
praticamente tudo que pode ser dito em uma língua pode
ser dito nas demais. Certas palavras não encontram
equivalentes exatos em outros idiomas, as estruturas
sintáticas são muito diferentes, mas o sentido geral das
frases tende a permanecer o mesmo. Tanto que, salvo em
traduções de poesia, em que a expressão é tão importante
quanto o conteúdo, o que se traduz num texto é o seu
sentido geral e não o significado termo a termo, a chamada
tradução literal, que muitas vezes conduz a enunciados sem
sentido.
Essa possibilidade quase irrestrita de tradução é
possível porque o “sentido geral" a que estou me referindo
é algo que transcende a língua. Trata-se de uma
representação mental que fazemos da realidade e que
prescinde de palavras. Mas tampouco se dá por imagens
ou outros símbolos dotados de um significante material.
Tanto que cegos de nascença, surdos-mudos e indivíduos
privados da linguagem por alguma patologia são
perfeitamente capazes de pensar e compreender a
realidade.
Também comprovam a existência dessa
representação mental puramente abstrata, situações como
quando não recordamos uma palavra, mas mesmo assim
sabemos o que queremos dizer, ou quando alguém diz algo
e, tempos depois, lembramos o que foi dito mesmo tendo
esquecido as palavras exatas. A ideia de que pensamos
independentemente da língua que falamos e mesmo de
outros sistemas simbólicos (sons, gestos, desenhos,
esquemas) é bem antiga e tem inquietado muitos
pensadores e cientistas ao longo do tempo.
[...] Fazendo uma analogia, fatos do mundo real são
interações entre objetos formados de átomos ou de
partículas ainda menores. Se o pensamento é a
representação mental da realidade exterior, então a mente
seria povoada por “objetos" (conceitos) compostos de
partículas mínimas hierarquicamente organizadas, os quais
interagem por meio de relações lógicas e abstratas. Isso
explicaria por que substância, qualidade e ação são
categorias universais e por que classes como substantivo,
adjetivo e verbo existem em todas as línguas – ainda que,
no plano da superfície discursiva, possam estar mascaradas
em algumas delas.
Paralelamente, os estudos de Noam Chomsky
sobre a aquisição da linguagem e a competência linguística
demonstraram que, por mais pobres que sejam os estímulos
vindos do meio, toda criança aprende a falar muito cedo e é
capaz de formular corretamente frases que jamais ouviu
antes.
[...] Chomsky postula que a aptidão linguística é
inata e se dá por meio de módulos cerebrais. É como se o
cérebro fosse o hardware no qual já viesse de fábrica um
sistema operacional capaz de processar
qualquer software linguístico (isto é, qualquer língua). A
esse sistema pré-instalado Chomsky chamou de Gramática
Universal (GU). Assim, se o cérebro é como um
computador, a GU é a plataforma (como o Windows, por
exemplo) na qual roda o “software" linguístico instalado (no
nosso caso, algo como o programa “português.exe"). A fala
é então o produto do processamento desse programa, como
o papel que sai da impressora.
Mas, se não pensamos só com palavras, a GU,
sendo uma plataforma de processamento linguístico,
provavelmente ainda não é o sistema de base do
pensamento: deve haver um sistema ainda mais básico, que
permite “rodar" não só línguas mas todos os demais códigos
simbólicos já inventados ou por inventar.
[...] Eu mesmo venho realizando pesquisas sobre o
assunto, algumas já publicadas. É importante dizer que
todas as teorias, apesar das diferenças, são tributárias de
um mesmo princípio, já intuído pelos gregos na Antiguidade.
Como diria Mário Quintana, não há nada que possamos
pensar que algum grego já não tenha pensado.
Aldo Bizzocchi é doutor em Linguística pela USP, pós-doutor pela
UERJ, pesquisador do Núcleo de Pesquisa em Etimologia e História da
Língua Portuguesa da USP e autor de Léxico e Ideologia na Europa
Ocidental (Annablume) e Anatomia da Cultura (Palas Athena).
De acordo com as ideias presentes no texto, somente se pode inferir corretamente que:
Entrevista
Ciência
Domênico de Masi “A desorientação éo maior
mal do nosso tempo"
Celso Masson
Edição 24.03.2017 - nº 2467
Professor de sociologia na Universidade La
Sapienza, em Roma, o italiano Domenico de Masi,
79 anos, ficou conhecido pelo conceito de “ócio
criativo", em que trabalho, aprendizado e prazer
se combinam para gerar desenvolvimento
econômico com justiça social.
Seu mais recente livro, “Alfabeto da
Sociedade Desorientada" (Objetiva), que chega ao
Brasil esta semana, procura traduzir o que ele
chama de “rota da aventura humana pósindustrial":
um caminho que a humanidade vem
percorrendo sem uma referência sociológica que
substitua as ideologias e crenças tradicionais que
serviram como reguladoras das relações sociais.
Nesta entrevista a ISTOÉ, ele afirma que a
sociedade se tornou incapaz de distinguir “o que é
belo e o que é feio, o que é verdadeiro e o que é
falso, o que é bom e o que é ruim, o que é direita
e o que é esquerda e até o que é vivo e o que é
morto". Diz ainda que a inteligência artificial
poderá resolver problemas incompreendidos pelo
ser humano [...].
Para que serve o “Alfabeto da sociedade
desorientada"?
Talvez o mundo em que vivemos hoje não
seja o melhor dos mundos possíveis, mas, com
certeza, é o melhor dos mundos que já existiram.
A sociedade atual atingiu uma longevidade
acentuada, um número altíssimo de países
democráticos, uma ampla globalização e uma
tecnologia extremamente útil no que diz respeito
às necessidades humanas. Contudo, por uma
série de motivos que analisei em meu livro
anterior, “O futuro chegou" (Casa da Palavra),
falta à sociedade atual um modelo sociológico
como referência. Por isso, ela é incapaz de
distinguir o que é belo e o que é feio, o que é
verdadeiro e o que é falso, o que é bom e o que é
ruim, o que é direita e o que é esquerda e até o
que é vivo e o que é morto. Eu vou dedicar essa
parte final da minha vida e dos meus estudos a
tentar entender qual é a meta e qual é a rota
dessa aventura humana pós-industrial. Daí a
necessidade de explorar, com uma série de
“acupunturas sociológicas", alguns aspectos
significativos da nossa sociedade. Neste livro
exploro vinte e seis.
A desorientação é um mal do nosso tempo?
É o maior mal do nosso tempo porque
torna impossível o que é necessário e nos impede
de fazer escolhas precisas em um mundo que nos
obriga a escolher com determinação. Quando nos
encontramos na frente de algo que é necessário,
mas impossível, estamos na presença do trágico.
Como dizia Sêneca: “Nenhum vento é a favor do
marinheiro que não sabe onde querer ir".
Adaptação de http://istoe.com.br/desorientacao-e-o-maior-mal-nossotempo/,
acesso em 28 de mar. de 2017.
Segundo o entrevistado, “talvez o mundo em que vivemos hoje não seja o melhor dos mundos possíveis, mas, com certeza, é o melhor dos mundos que já existiram”. Marque a ÚNICA alternativa que contraria essa afirmação:
É correto dizer que a tradicional Faculdade de Direito do Largo São Francisco, em São Paulo prestou homenagem a:
No texto CG3A 1AAA, a forma verbal “devem", no trecho
“os membros de uma corporação profissional (...) também
devem ser submetidos ao julgamento ético-moral" (L. 9 a 12),
foi empregada no sentido de
Em relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto
CG3A 1BBB, assinale a opção correta.
Considerando as informações e as sequências discursivas do texto, é correto afirmar que
Considere as alternativas a seguir acerca do poema “Rio abaixo" e marque V nas VERDADEIRAS e F nas FALSAS.
( ) No poema, um grupo de pessoas navega num rio próximo aos bambuais.
( ) A cor do rio é caracterizada como púrpura, sangrenta.
( ) O reflexo do sol no rio forma a imagem de um gládio de prata.
( ) O tempo decorrido durante o poema passa do pôr do sol (ocaso) para a noite.
Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA.

Com relação a aspectos gramaticais do texto I, julgue o item que se seguem.
Sem prejuízo das informações originais do texto e de sua correção gramatical, o trecho “Abandonando os episódios sentimentais (...) larga e profundamente humano" (l. 71 a 76) poderia ser reescrito da seguinte forma: Ao abandonar os episódios sentimentais que até esse momento se tenha privilegiado e ao instalar-se no íntimo de suas criaturas, descobriu, Machado de Assis, seres em que reações tipicamente brasileiras não eram contrárias ao caráter humano no sentido mais largo e profundo.

Com relação às ideias desenvolvidas no texto II, julgue o item subsequente.
O narrador supõe existir um “verdadeiro Leiva" (l.64), que se vislumbra na “poesia palaciana e de modista" (l.59) deste personagem, e imagina que, caso passasse a viver em condições econômicas mais favoráveis, Leiva se revelaria descrente dos ideais revolucionários e atraído pelo conforto material.