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Em consonância com o Decreto n.º 1.601/2021, que aprova o regulamento da Lei n.º 6.217/1983, acerca da organização básica da PMSC, assinale a opção correta.

Livro 1 “Memórias póstumas de Brás Cubas” (Autor: Machado de Assis);
Livro 2 “Triste fim de Policarpo Quaresma” (Autor: Lima Barreto).

Considerando o contexto da obra, Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, analise as afirmativas abaixo e, a seguir, responda o que se pede.

I. Brás Cubas narra, depois de morrer, as lembranças da vida. O lugar do qual o narrador fala é estratégico: morto, sua voz alcança maior distanciamento em relação aos fatos e aos seres humanos, “liberado” das consequências por sua cômoda posição de autor defunto.

II. De acordo com o narrador-protagonista, a causa de sua própria morte foi uma ideia grandiosa e útil: a invenção de um medicamento. E quando estava ocupado em preparar e apurar essa invenção recebeu um golpe de ar, adoeceu e não se tratou completamente.

III. A máxima “Olhe que os homens valem por diferentes modos, e que o mais seguro de todos é valer pela opinião dos outros homens.”, é uma das muitas máximas que Brás Cubas escreveu ainda em vida, tal como “Crê em ti; mas nem sempre duvides dos outros.”,apresentadas no capítulo CXIX do romance.

IV. Para Brás Cubas a morte traz liberdade porque o olhar da opinião perde a virtude. Não há vizinhos, amigos, inimigos, conhecidos ou plateia. Então o defunto pode ser franco, confessar de modo liso o que foi e o que deixou de ser. Não é preciso poupar o vexame e a hipocrisia.

Está(ão) INCORRETA(S) a(s) afirmativa(s):

Observando-se a relação entre o primeiro e o segundo parágrafos, é correto concluir que a progressão textual se caracteriza pelo acréscimo, no segundo parágrafo, de argumento que

O senso comum propala que há poucos ingênuos na
sociedade contemporânea. Acresce de forma provocadora
que as honrosas exceções, tão merecedoras de admiração,
confirmam a regra de que “todo mundo tem um preço”.

A generalização, porém, é abusiva. Por quê? Porque supõe que
corromper-se seja um traço congênito dos homens. Ora, se
muitos prevaricam, o mesmo não pode ser dito de todos. Afi-
nal, as condições históricas não propiciam iguais tentações
a cada um de nós. De um lado, nem todas as sociedades
humanas instigam seus agentes a transgredir os padrões
morais com a mesma intensidade; de outro, nem todas as
pessoas estão à mercê das mesmas tentações para se cor-
romper. Nesse sentido, ao incitar ambições e ao aguçar ape-
tites, as sociedades em que prevalecem relações mercantis
abrigam mais seduções do que as sociedades não mercantis.
Resumidamente: expõem mais as consciências à prova e,
em consequência, contabilizam mais violações dos códigos
morais.


Ademais, ainda que se aceite que todo mundo tenha um
“preço”, a pressuposição só faz sentido em termos virtuais.
Afinal, nem todos estão ao alcance do canto das sereias. Di-
zendo sem rodeio: muitos não são corrompidos porque não
vale a pena suborná-los!


E isso coloca em xeque a anedota desesperançada do
filósofo Diógenes, que se achava exilado em Atenas: munido
de uma lanterna em plena luz do dia, procurou em vão um ho-
mem honesto. Ora, convenhamos: será que ninguém naque-
la cidade-estado, absolutamente ninguém, merecia crédito?
Não parece lógico; é uma fábula que não deve ser levada ao
pé da letra. Qual então o seu mérito? Denunciar a deprava-
ção moral que então grassava. De qualquer modo, ponde-
remos: nem todos os atenienses possuíam cacife o bastante
para vender a alma ao diabo.


(Robert H. Srour. Ética empresarial. Adaptado)

Casas amáveis


Vocês me dirão que as casas antigas têm ratos, goteiras,
portas e janelas empenadas, trincos que não correm, encanamentos
que não funcionam. Mas não acontece o mesmo
com tantos apartamentos novinhos em folha?


Agora, o que nenhum arranha-céu poderá ter, e as casas
antigas tinham, é esse ser humano, esse modo comunicativo,
essa expressão de gentileza que enchiam de mensagens
amáveis as ruas de outrora.


Havia o feitio da casa: os chalés, com aquelas rendas de
madeira pelo telhado, pelas varandas, eram uma festa, uma
alegria, um vestido de noiva, uma árvore de Natal.
As casas de platibanda expunham todos os seus disparates
felizes: jarros e compoteiras lá no alto, moças recostadas
em brasões, pássaros de asas abertas, painéis com datas
e monogramas em relevos de ouro. Tudo isso queria dizer
alguma coisa: as fachadas esforçavam-se por falar. E ouvia-
-se a sua linguagem com enternecimento. Mas, hoje, quem
se detém a olhar para rosas esculpidas, acentos, estrelas,
cupidos, esfinges, cariátides? Eram recordações mediterrâneas,
orientais: mitologia, paganismo, saudade.


Agora, os andaimes sobem, para os arranha-céus vitoriosos,
frios e monótonos, tão seguros de sua utilidade que não
podem suspeitar da sua ausência de gentileza.
Qualquer dia, também desaparecerão essas últimas
casas coloridas que exibem a todos os passantes suas ingênuas
alegrias íntimas – flores de papel, abajures encarnados,
colchas de franjas – e suas risonhas proprietárias têm sempre
um Y no nome, Yara, Nancy, Jeny… Ah! não veremos mais
essas palavras, em diagonal, por cima das janelas, de cortininhas
arregaçadas, com um gatinho dormindo no peitoril.
Afinal, tudo serão arranha-céus.


E eis que as ruas ficarão profundamente tristes, sem a
graça, o encanto, a surpresa das casas, que vão sendo derrubadas.
Casas suntuosas ou modestas, mas expressivas,
comunicantes. Casas amáveis.


(Cecília Meireles. Escolha o seu Sonho. Adaptado)


Vocabulário:
• Platibandas: espécies de mureta construída na parte mais alta das
paredes externas de uma construção, para proteger e ornamentar a
fachada.
• Compoteiras: elementos ornamentais parecidos com vasos.
• Monogramas: siglas formadas por uma ou várias letras, conjuntas ou
entrelaçadas, significando um símbolo ou a inicial, ou iniciais, de um
nome.
• Cariátides: suportes arquitetônicos, originários da Grécia antiga, que
se apresentavam quase sempre com a forma de uma estátua feminina
e cuja função era sustentar um entablamento.

Na passagem “Ah! não veremos mais essas palavras, em diagonal, por cima das janelas…”, observa-se que o narrador exprime


Leia o texto para responder às questões de números 01 a 12.


Hora do pesadelo


O carnaval de rua veio para ficar. O número de blocos
autorizados pela Prefeitura de São Paulo a desfilar entre os
dias 15 de fevereiro e 1o de março chegou a 644, 180 a mais
do que no ano passado. Haverá 678 desfiles em cerca de
400 pontos da cidade. São dados que mostram a potência
econômica e turística desse evento para a cidade. Dessa forma,
cabe às autoridades competentes cuidar para que um
acontecimento dessa magnitude transcorra da maneira mais
tranquila possível, não apenas para os milhares de participantes
mas também para os que, malgrado não queiram participar
da festa, são obrigados a conviver com seus efeitos
mais danosos – sejam as interdições que obrigam moradores
a alterar drasticamente sua rotina de deslocamentos, seja a
incivilidade de muitos dos foliões.


O potencial econômico dos desfiles carnavalescos ajuda
a explicar o exponencial crescimento dos blocos e a atração
de cada vez mais turistas. Esse gigantismo pode representar
ganhos para a cidade, mas é um enorme desafio para
a Prefeitura. A julgar pela experiência dos anos anteriores,
o ambiente para os foliões tem sido em geral satisfatório. O
problema é que a Prefeitura tem sido incapaz de oferecer o
mesmo tratamento àqueles – grande maioria – que não estarão
nos desfiles. Para estes, o carnaval é a hora do pesadelo,
que vem se tornando mais tétrico a cada ano que passa.


Mais blocos e mais desfiles pela cidade significam mais
sujeira, mais barulho, mais ruas fechadas. Paulistanos tornam-
se reféns dentro de suas próprias casas, tendo de suportar,
dia e – principalmente – noite, a algazarra de foliões
que estendem a festa até altas horas, fazendo seu carnaval
particular em local público.


Ao mesmo tempo que aceita e estimula a expansão do
carnaval de rua na cidade, a Prefeitura tem demonstrado
escassa capacidade para coibir o comportamento selvagem
dos que abusam do direito de se divertir na festa. Mas as
vítimas desse descaso começam a reagir.


Um abaixo-assinado de moradores da Vila Leopoldina
levou a Prefeitura a desistir de incluir a Avenida Gastão Vidigal,
a principal do bairro, no circuito dos blocos. Os moradores
disseram que “a região não é servida por metrô e a extensão
da avenida não comporta grandes multidões”. Além disso, “a
estrutura de forças de segurança local não comporta eventos
dessa magnitude” e “haverá multidões apertadas no calor”,
com “barulho, sujeira, urina e vandalismo”, sem falar no cerceamento
do direito de ir e vir e no prejuízo ao comércio –
que inclui a Ceagesp.


A Prefeitura aparentemente aceitou parte dos argumentos,
ao dizer que cancelou o desfile na Avenida Gastão
Vidigal “por motivo de organização e otimização dos espaços
públicos”. A vitória dos moradores da Vila Leopoldina é um
alento para os paulistanos que se sentem destituídos de sua
condição de cidadãos durante o carnaval – período no qual,
para muitos, a lei e as regras de civilidade deixam de valer.


(Editorial, “Hora do pesadelo”. https://opiniao.estadao.com.br. 16.02.2020.
Adaptado)

Analisando-se o título do texto, conclui-se corretamente que o editorial foi elaborado para enfatizar a perspectiva

LINGUA PORTUGUESA

Leia atentamente o texto abaixo e responda as questões propostas.

MEU MELHOR CONTO

Moacyr Scliar

   Você me pergunta qual foi o melhor conto que escrevi. Indagação típica de jovens jornalistas; vocês 
vêm aqui, com esses pequenos gravadores, que sempre dão problema, e uma lista de perguntas – e aí 
querem saber qual foi o melhor ponto que a gente fez, qual provocou maior controvérsia, essas coisas. Mas 
tudo bem: não vou me furtar a responder essa questão. Dá mais trabalho explicar por que a gente não 
responde do que simplesmente responder.
   Meu melhor conto... Não está em nenhum dos meus livros, em nenhuma antologia, em nenhuma 
publicação. Ele está aqui, na minha memória; posso acessá-lo a qualquer momento. Posso inclusive lembrar 
as circunstâncias em que o escrevi. Não esqueci, não. Não esqueci nada. Mesmo que quisesse esquecer, 
não o conseguiria.
   Eu era então um jovem escritor - faz muito tempo, portanto, que isso aconteceu. Estava concluindo o 
curso de Letras e acabara de publicar meu primeiro livro, recebido com muito entusiasmo pelos críticos. É 
uma revelação, diziam todos, e eu, que à época nada tinha de modesto, concordava inteiramente: 
considerava-me um gênio. Um gênio contestador. Minhas histórias estavam impregnadas de indignação; 
eram verdadeiros panfletos de protesto contra a injustiça social. O que me salvava do lugar-comum era a 
imaginação - a imaginação sem limites que é a marca registrada da juventude literária e que, como os cabelos, 
desaparecem com os anos.
   Mas eu não era só escritor. Era militante político. Fazia parte de um minúsculo, obscuro, mas 
extremado grupo de universitários. Veio o golpe de 1964, participei em manifestações de protesto, cheguei a 
pensar em juntar-me à guerrilha - o que certamente seria um desastre, porque eu era um garoto de classe 
média, mimado pelos pais, acostumado ao conforto, enfim, uma antípoda do guerrilheiro. De qualquer modo, 
fui preso.
   Uma tragédia. Meus pais quase enlouqueceram. Fizeram o possível para me soltar, falaram com 
Deus e todo mundo, com políticos, jornalistas e até generais. Inútil. O momento era de linha dura, linha 
duríssima, e eu estava em mais de uma lista de suspeitos. Não me soltariam de jeito nenhum.
   Fui levado para um lugar conhecido como Usina Pequena. Havia duas razões para essa 
denominação. Primeiro, o centro de detenção ficava, de fato, perto de uma termelétrica. Em segundo lugar, o 
método preferido para a tortura era, ali, o choque elétrico.
   O chefe da Usina Pequena era o Tenente Jaguar. Esse não era o seu verdadeiro nome, mas o apelido 
era mais que o apropriado: ele tinha mesmo cara de felino, e de felino muito feroz. Ao sorrir, mostrava os 
caninos enormes - e isso era suficiente para dar calafrios nos prisioneiros.
   Fiquei pouco tempo na Usina Pequena, quinze dias. Mas foi o suficiente. Da cela que eu ocupava, 
um cubículo escuro, úmido, fétido, eu ouvia os gritos dos prisioneiros sendo torturados e entrava em pânico, 
perguntando-me quando chegaria a minha vez. E aí uma manhã eles vieram me buscar e levaram-me para a 
chamada Sala do Gerador, o lugar das torturas, e ali estava o Tenente Jaguar, à minha espera, fumando uma 
cigarrilha e exibindo aquele sorriso sinistro. Leu meu prontuário e começou o interrogatório. Queria saber o 
paradeiro de um dos meus professores, suspeito de ser um líder importante na guerrilha.
   Tão apavorado eu estava que teria falado - se soubesse, mesmo, onde estava o homem. Mas eu não 
sabia e foi o que respondi, numa voz trêmula, que não sabia. Ele me olhou e estava claramente decidindo se 
eu falava a verdade ou se era bom ator. Mas ali a regra era: na dúvida, a tortura. E eu fui torturado. Choques 
nos genitais, o método clássico. No quarto choque, desmaiei, e me levaram de volta para a cela.
   Durante dois dias ali fiquei, deitado no chão, encolhido, apavorado. No terceiro dia o carcereiro entrou 
na sala: o Tenente queria me ver. Implorei para que não me levasse: eu não aguento isso, vou morrer, e 
vocês vão se meter em confusão. Ignorando minhas súplicas, arrastou-me pelo corredor, mas não me levou 
para o lugar das torturas, e sim para a sala do Tenente. O que foi uma surpresa. Uma surpresa que aumentou 
quando o homem me recebeu gentilmente, pediu que sentasse, ofereceu-me um chá. Perguntou se eu tinha 
me recuperado dos choques; e aí - eu cada vez mais atônito - pediu desculpas: eu tinha de compreender que 
torturar era a função dele, e que precisava cumprir ordens.                                                                                                                                  Ficou um instante olhando pela janela - era uma bela manhã de primavera - e depois voltou-se para 
mim, anunciando que tinha um pedido a me fazer.
   Àquela altura eu não entendia mais nada. Ele tinha um pedido a me fazer? O todo-poderoso chefe 
daquele lugar? O cara que podia me liquidar sem qualquer explicação tinha um pedido? Estou às suas ordens, 
eu disse, numa voz sumida, e ele foi adiante. Eu sei que você é escritor, e um escritor muito elogiado.
   - Está na sua ficha - acrescentou, sorridente. - Nós aqui temos todas as informações sobre sua vida.
   Olhou-me de novo e acrescentou:
   - Tem uma coisa que eu queria lhe mostrar.
   Abriu uma gaveta e tirou de lá um recorte de jornal. Era uma notícia sobre um concurso de contos. 
Cada vez mais surpreso, li aquilo e mirei-o sem entender. Ele explicou.
   - Eu escrevo. Contos, como você. Mas tenho de admitir: não tenho um décimo do seu talento.
   Nova pausa, e continuou:
   - Quero ganhar esse concurso literário. Melhor: preciso ganhar esse concurso literário. Não me 
pergunte a razão, mas é muito importante para mim. E você vai me ajudar. Vai escrever um conto para mim. 
Posso contar com você, não é?
   E então aconteceu a coisa mais surpreendente. Eu disse que não, que não escreveria merda 
nenhuma para ele.
   Tão logo falei, dei-me conta do que tinha feito - e fiquei a um tempo aterrorizado e orgulhoso. Sim, eu 
tinha ousado resistir. Sim, eu tinha mostrado a minha fibra de revolucionário. Mas, e agora? E os choques?
   Para meu espanto, o homem começou a chorar. Chorava desabaladamente, como uma criança. E 
então me explicou: quem tinha mandado aquele recorte fora o seu filho, um rapaz de catorze anos que 
adorava o pai, e adorava as histórias que o pai escrevia.
   - Ele quer que eu ganhe o concurso, o meu filho - o Tenente, soluçando. – E eu quero ganhar o 
concurso. Para ele. É um rapaz muito doente, talvez não viva muito. Eu preciso lhe dar essa alegria. E só 
você pode me ajudar.
   Olhava-me, as lágrimas escorrendo pela face.
   O que podia eu dizer? Pedi que me arranjasse uma máquina de escrever e umas folhas de papel.
   Naquela tarde mesmo escrevi o conto. Nem precisei pensar muito; simplesmente sentei e fui 
escrevendo. A história brotava de dentro de mim, fluía fácil. E era um belo conto, diferente de tudo o que eu 
tinha escrito até então. Não falava em revolta, não satirizava opressores. Contava a história de um pai e de 
seu filho moribundo.
   Entreguei o conto ao Tenente, que o recebeu sem dizer palavra, sem sequer me olhar. E no dia 
seguinte fui solto. 
   Nunca fiquei sabendo o que aconteceu depois, o resultado do concurso, nada disso. Não estava 
interessado; ao contrário, queria esquecer a história toda, e inclusive o conto que eu tinha escrito. O que foi 
inútil. A narrativa continuava dentro de mim, como continua até hoje. Se eu quisesse, poderia escrevê-la de 
uma sentada.
   Mas não o farei. Esse conto não me pertence. É, acho, a melhor coisa que escrevi, mas não me 
pertence. Pertence ao Tenente, que esses dias, aliás, vi na rua: um ancião alquebrado, que anda apoiado 
numa bengala.
   Ele me olhou e sorriu. Talvez tivesse, com gratidão, lembrado aquele episódio. Ou talvez estivesse 
debochando de mim. Com esses velhos torturadores, a gente nunca sabe.

(Porto Alegre, 2003.)
Conto de Moacyr Scliar publicado no livro “Do conto à crônica”.

Marque a alternativa CORRETA. No início da narrativa, observa-se que o escritor é indagado por um jornalista. Qual trecho do texto melhor explica o motivo pelo qual o escritor decide responder à pergunta sobre qual seria o seu melhor conto?

Um trecho do texto que apresenta uma definição de ética é

O título apresenta uma estrutura sintática que permite:

A partir da leitura do texto, é correto afirmar que 

Esse texto pertence ao gênero informativo, caracterizado predominantemente pela objetividade, que é construída pela estruturação geral do texto, com o objetivo de fornecer claramente dados da realidade.

Assinale a opção que apresenta uma informação adequadamente retirada do segmento destacado.

Num artigo interessante sobre os impostos no Brasil, intitulado Sete fatos impressionantes sobre os impostos no Brasil, o autor, Emanuel Steffen, cita como um desses fatos:


“Não bastasse a complexidade existente, todos os dias são criadas mais 46 leis tributárias - Desde a promulgação da Constituição de 
1988, o Brasil criou 320.343 leis tributárias. Sim: trezentos e vinte mil, trezentos e quarenta e três leis tributárias. Levando-se em conta o número de dias úteis no período, foram criadas 46 novas leis todos os dias, segundo um levantamento do IBPT. Se continuarmos nesse ritmo, nossa complexidade tributária só tende a piorar e complicar ainda mais os negócios do país, que já precisam seguir 40.865 artigos legais para poderem funcionar.”

O fato citado é considerado “impressionante” pelo autor do texto em função

Sobre a constituição do texto, é correto afirmar, EXCETO:

Diferentemente do método de Barbier, o método de Haüy

Na progressão temática do texto, depois de citar as novas tecnologias que permitem a produção de vídeos falsificados — as deep fakes (parágrafo 4) —, desenvolve-se a ideia de que

O trecho do texto que explica o sentido do termo “desbancarizado” é

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