Nesse início de milênio, as classes que vivem do trabalho sofrem a sua mais aguda crise que atingiu sua subjetividade, sua materialidade e sua forma de ser (ANTUNES, 2003).
ANTUNES, Ricardo. Os sentidos do trabalho. Ensaio sobre a afirmação e a negação do trabalho. 6. ed. São Paulo: Boitempo Editorial, 2003.
São características desse processo:
I. As alterações no mundo do trabalho após 1970 traz impactos no âmbito da família quando seus membros não conseguem adentrar neste sistema de produção, onde as transformações exauriram o trabalho vivo e elevaram o número de pessoas desempregadas.
II. Tendo em vista as mudanças no mundo do trabalho, identificamos situações conflituosas no âmbito do gênero feminino devido à dupla jornada de trabalho em que as mulheres encontram-se inseridas, pois, além de trabalhar no âmbito público, a mulher ao chegar em seu lar desempenha atividades relacionadas à educação, cuidado dos filhos e cuidados domésticos.
III. A nova forma de produção industrial é o reflexo do capitalismo através do espelho do neoliberalismo. A acumulação econômica passa a ser financeira, voltada para a estabilização destas economias, transferindo ao mercado o controle e regularização do trabalho, do emprego e de seu salário.
IV. A reestruturação produtiva e o modo de regulação proposto pelo neoliberalismo em esfera global afetam diretamente a classe trabalhadora, que não tem a proteção ao trabalho e as garantias sociais que eram propostas anteriormente. As políticas neoliberais impõem, neste momento, a flexibilização das relações de trabalho, através de novas formas de regulamentação de trabalho e emprego. Os contratos temporários, terceirizados, instituição de banco de horas, suspensão do contrato por motivos econômicos, são alguns exemplos da precariedade que o trabalhador está exposto sob estas novas organizações.
Está correto o que se afirma em
