Sobre a constituição do profissional tradutor intérprete, considere as seguintes afirmativas:
1- Vários autores, entre eles Massuti e Santos (2008), argumentam que o processo de tradução se configura para além
de aspectos linguísticos, pois requer estratégias que levem em conta não só as subjetividades do tradutor intérprete
e da pessoa surda, mas, também, aspectos que são centrais na cultura surda e na cultura ouvinte.
2- Perlin (2006) conceitua o tradutor intérprete de língua de sinais (TILS) como intérprete da cultura, da língua e da
história das pessoas surdas. O ato de traduzir/interpretar é fazer parte da história do outro, o outro surdo. E fazer
parte significa se colocar à disposição para entender esse outro, os seus afetos e as suas experiências de vida.
3- Segundo Marques e Oliveira (2009), a partir de uma perspectiva fenomenológica, os tradutores intérpretes de língua
de sinais estão o tempo todo assimilando e internalizando novos lugares, novas temporalidades e movendo símbolos
carregados de afetividade, motivo pelo qual se encontram num espaço privilegiado de acumulação de conhecimento
maximizado em relação a Ser Surdo.
4- Para Massutti (2007), o intérprete seria como um leitor cultural e agenciador de sentidos traduzidos em zonas
fronteiriças de contato, marcadas por tensões subjetivas que reinventam os sujeitos não de acordo com uma ou outra
cultura, mas conforme o regime híbrido que tece enredos emotivos e cognitivos.
Assinale a alternativa correta.