Ao refletir sobre o trabalho de produção de textos dos alunos das séries iniciais, Eglê Franchi chama a atenção para
aspectos relevantes que devem ser levados em conta pelo professor, conforme se lê no texto a seguir.
Um dos aspectos que mais diretamente contribuem para a regressão da criatividade das crianças é a imposição das
convenções e das normas do dialeto padrão escolar e culto. Os esforços dos docentes para levar as crianças a utilizarem
a língua segundo os padrões da norma culta (na escola, baseada na linguagem escrita) vêm acompanhados habitualmente
de um processo de desprestígio e ridículo das formas dialetais utilizadas pela criança (em razão da idade,
de sua origem regional ou de seu meio social). Tenho certeza de que não é sem graves consequências que se rompe
o sistema linguístico da criança, que esta se sente submetida a situações de ridículo no uso de expressões dialetais de
sua linguagem doméstica e paterna: repressão linguística e opressão da normatividade ‘gramatical’ e culta.
FRANCHI, Eglê. A redação na escola. São Paulo: Martins Fontes, 1986, p. 44 Adaptado.
A análise do texto NÃO permite a seguinte conclusão: