Texto para responder às questões 47 e 48.
As fissuras podem ser consideradas como a
manifestação patológica característica das estruturas de
concreto, sendo mesmo o dano de ocorrência mais comum e
aquele que, a par das deformações muito acentuadas, mais
chama a atenção de leigos, proprietários e usuários aí
incluídos, para o fato de que algo de anormal está
acontecendo.
É interessante observar que, no entanto, a
caracterização da fissuração como deficiência estrutural
dependerá sempre da origem, da intensidade e da magnitude
do quadro de fissuração existente, posto que o concreto, por
ser material com baixa resistência à tração, fissurará por
natureza, sempre que as tensões trativas, que podem ser
instaladas pelos mais diversos motivos, superarem a sua
resistência última à tração.
Ao se analisar uma estrutura de concreto que esteja
fissurada, os primeiros passos a serem dados consistem na
elaboração do mapeamento das fissuras e em sua
classificação, que vem a ser a definição da atividade ou não
delas (uma fissura é dita ativa, ou viva, quando a causa
responsável por sua geração ainda atua sobre a estrutura; e
será inativa, ou estável, sempre que sua causa se tenha feito
sentir durante certo tempo e, a partir de então, tenha deixado
de existir).
Classificadas as fissuras e de posse do mapeamento,
pode-se dar início ao processo de determinação de suas
causas, de forma a poderem ser estabelecidas as
metodologias e poder se proceder aos trabalhos de
recuperação ou de reforço, como a situação o exigir.
Vicente Custódio Moreira de Souza e Thomaz Ripper, Patologia,
recuperação e reforço de estruturas de concreto.
São Paulo: PINI, p. 58-9 (com adaptações).
A viga de concreto armado a seguir apresenta fissuração
com disposição helicoidal.
O tipo de solicitação que provoca fissuras com esse
mapeamento é o( a )