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Dadas as assertivas abaixo, assinale a alternativa correta.

A Constituição Federal de 1988 assegurou a todos o direito de receber dos órgãos públicos

informações de seu interesse particular ou de interesse coletivo ou geral, que serão

prestadas nos prazos fixados em lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas

cujo sigilo seja imprescindível à segurança do Estado e da sociedade. Além disso,

preocupada em resguardar a moralidade administrativa e a probidade dos agentes públicos,

a Carta de 1988 garantiu o direito de participação dos usuários na Administração Pública

direta ou indireta, na forma da lei, especialmente no que diz respeito ao direito de acesso a

registros administrativos e às informações sobre atos do governo. Determinou, ainda, como

dever da Administração Pública, na forma da lei, a gestão de documentos governamentais e

as providências para franquear as consultas respectivas a quantos delas necessitarem. Com

base nessa matriz constitucional (art. 5º, caput e incisos X e XXXIII; art. 37, caput, § 3º e

inciso II; e art. 216, caput e § 2º, da Constituição Federal de 1988), foi editada a Lei nº

12.527/11 (Lei de Acesso à Informação). Tal diploma legal trouxe, entre outras disposições,

novas figuras típicas de ilícitos administrativos, além de promover algumas alterações

importantes na Lei nº 8.112/90 (Lei do Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis

da União, das autarquias e das fundações públicas federais). Sendo assim, levando em

consideração as redações atuais dessas duas leis ordinárias, tão valiosas à proteção da

moralidade e da probidade administrativas, é correto afirmar que:

I. Os órgãos e entidades públicas respondem diretamente pelos danos causados em

decorrência da divulgação não autorizada ou da utilização indevida de informações

sigilosas ou informações pessoais, cabendo a apuração de responsabilidade

funcional nos casos de dolo ou culpa, assegurando o respectivo direito de regresso.

II. É dever do servidor público, entre outros, levar as irregularidades de que tiver ciência,

em razão do cargo, ao conhecimento da autoridade superior ou, quando houver

suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento de outra autoridade competente

para apuração. Nenhum servidor poderá ser responsabilizado civil, penal ou

administrativamente por dar ciência à autoridade superior ou, quando houver suspeita

de envolvimento desta, a outra autoridade competente para apuração de informação

concernente à prática de crimes ou improbidade de que tenha conhecimento, ainda

que em decorrência do exercício de cargo, emprego ou função pública.

III. A autoridade que tiver ciência da irregularidade no serviço público é obrigada a

promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo

disciplinar (PAD), assegurada ao acusado a ampla defesa. Os prazos de prescrição

contra a ação disciplinar começam a correr na data em que o fato se tornou

conhecido, sendo que a abertura de sindicância ou a instauração de processo

administrativo disciplinar (PAD) interrompe a prescrição, até a decisão final proferida

pela autoridade competente.

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