Começam a ser descritas as primeiras
modificações duradouras na estrutura molecular dos
genes, causadas por influências sociais e estímulos do
ambiente. Algumas delas estão relacionadas ao eixo
hipotálamo–hipófise–adrenal, eixo fisiológico hormonal
responsável pelo controle do estresse, que está
preservado em toda escala evolutiva nos vertebrados.
Durante o estresse, quando esse eixo é
ativado, a glândula adrenal libera glicocorticóides, que
são hormônios responsáveis pelos efeitos do estresse
no organismo. Há diversas comprovações científicas
de ratas que lambem, estimulam e amamentam a
ninhada durante o período neonatal e, com esse
comportamento, propiciam que os filhotes, na fase
adulta, respondam com menos sinais de ansiedade a
situações de estresse, e que repitam, com suas crias,
cuidados semelhantes aos recebidos na fase neonatal.
Isso é possível graças a comportamentos maternais
que induzem alterações moleculares em genes que
são responsáveis pela expressão de receptores
cerebrais para glicocorticóides dos filhotes, podendo
diminuir a sensibilidade ou o número desses
receptores.
Genética e Comportamento Social. Folha de São Paulo, São Paulo, 3 jan. 2009
De acordo com essas informações, é correto concluir
que filhotes expostos à atenção maternal na fase
neonatal apresentam