Concursos Forças Armadas: FIM das restrições para mulheres. Entenda!

Publicado em 30/10/2023

O Ministério Público Federal (MPF) propôs três Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) com o objetivo de garantir o acesso igualitário de homens e mulheres às vagas em concursos das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica).

Essas restrições violam a Constituição Federal, que assegura o direito à igualdade de gênero. As ações foram encaminhadas ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta última sexta-feira, 27, para análise.

Entenda as restrições

Um dos problemas citados pelo MPF é a reserva de um percentual muito baixo de vagas para mulheres nos concursos. Por exemplo, nos concursos da Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx), apenas 9,09% das vagas são destinadas a mulheres, enquanto 90,91% são reservados aos homens.

Na Aeronáutica, todas as vagas para oficiais de infantaria são destinadas exclusivamente a candidatos do sexo masculino, sob pretexto de desempenho físico e habilidades que os cargos exigiriam.

Embora tenha havido um avanço recente na Marinha, com a inclusão de mulheres no concurso de admissão ao Curso de Formação de Soldados Fuzileiros Navais, a quantidade de vagas oferecidas para elas ainda é bastante limitada, representando apenas 14,28% do total.

O dever do Estado de promover a inclusão

A procuradora-geral da República, Elizeta Ramos, ressalta que a Constituição estabelece o dever do Estado de promover a inclusão e conceder tratamento favorável às mulheres que buscam cargos públicos.

Portanto, qualquer norma que imponha restrições a esse direito fundamental é considerada inconstitucional, por não há base legal para oferecer tratamento desigual e prejudicial às mulheres nos concursos das Forças Armadas.

Solicitação para concorrer a todas as vagas

As Ações Diretas de Inconstitucionalidade apresentadas pelo MPF incluem um pedido para que o STF conceda medida cautelar, suspendendo os efeitos das normas que permitem a reserva de vagas exclusivamente para homens nas Forças Armadas.

O MPF solicita urgência na análise, pois a continuação dessas restrições pode prejudicar as pessoas interessadas em concorrer aos cargos.

O objetivo é garantir que a tutela às mulheres seja realizada de forma ampla e rápida, sem qualquer discriminação. Além disso, é fundamental que a proteção das mulheres seja assegurada, conforme preconizado pela Constituição.

Ações contra restrições em outros estados

Antes das ações direcionadas às Forças Armadas, o MPF já havia apresentado ações para impugnar dispositivos que violam os direitos das mulheres em 14 estados brasileiros. Estas leis estaduais estabelecem limites máximos para a participação de mulheres nos concursos da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar.

As ações já estão em andamento e algumas apresentaram resultados positivos, como a suspensão do concurso para soldados da Polícia Militar do Rio de Janeiro, que restringia a participação das mulheres.

Prepare-se para Concursos das Forças Armadas

Se você tem interesse em concorrer a um cargo nas Forças Armadas, é essencial começar a se preparar! E isso requer muito foco e dedicação, e contar com o auxílio de um preparatório pode ser bastante vantajoso.

O Aprova Concursos oferece cursos com professores especialistas em aprovação. As aulas são otimizadas, de curta duração, para facilitar a assimilação dos conteúdos mais relevantes. Comece agora e aproveite já a oportunidade!

Banner

Deixe seu Comentário

RECEBA EM PRIMEIRA MÃO NOTÍCIAS E DICAS SOBRE CONCURSOS