Responda as questões de 1 a 4 de acordo com o
texto abaixo.
Pais sem limites
A educação liberal é confortável para os pais.
Mas os filhos precisam saber o que são deveres e
obrigações
O avião estava cheio. Eu no fundão. Duas poltronas
atrás de mim, uma criança começou a chorar. Abriu
o berreiro. Ninguém disse uma palavra, fazer o que
quando uma criança chora? A mãe, em vez de
tentar acalmar o filho, reclamou em voz alta.
– Criança chora mesmo, e daí? Vocês ficam me
olhando, mas o que posso fazer? Criança é assim:
chora.
Tudo bem. Criança chora. Mas a gente ouve.
Ninguém havia reclamado do incômodo em voz
alta. Suponho que algumas pessoas tenham olhado
para a mãe como se pedindo que fizesse alguma
coisa. Em vez de acalmar o filho, ela brigou.
Sinceramente, nem olhar a gente pode? E mais
sinceramente ainda: como será a educação desse
menino, se a mãe prefere reclamar com quem se
sente incomodado com o choro, no lugar de
acalmar o filho? Vai ter noção de limite? Ou se
transformará num briguento, achando que tem
direito a tudo? No caso dos aviões, eu acho que há
uma irresponsabilidade enorme dos pais. Como
podem expor um bebê de colo a viagens aéreas?
Sim, existem os casos de extrema necessidade. Mas
não são a maioria. Um bebê sente dor nos ouvidos,
talvez até mais intensa que nós. Quando eu sinto,
tento mascar chiclete, chupar bala, ou pelo menos,
racionalmente, posso entender o que está
acontecendo e suportar. Um bebê não. De repente,
vem aquela dor horrível, ele não sabe o porquê.
Chora. Grita. Os outros passageiros têm de suportar
o barulho, ficam até com dor de cabeça. Mas um
bebê é um bebê, e todos temos de entender. E os
pais? Como obrigam a criança a suportar essa dor?
E os passageiros os gritos? Eu já vim da Turquia
certa vez, em uma viagem que durou o dia todo,
com duas crianças pequenas logo atrás de mim.
Classe executiva. Gritaram e choraram quase a
viagem toda. E não têm razão? Como suportariam
passar o dia todo sentados, cintos afivelados? Os
pais eram pessoas simpáticas. Tinham ido a
turismo. É certo deixar os filhos presos um dia
inteiro? É justo enlouquecer os outros passageiros?
Claro que criança tem o direito de viajar. Mas é
preciso escolher o roteiro mais adequado.
Certa vez fui a uma pousada na serra carioca.
Deliciosa. Um diretor de cinema, mais tarde,
comentou:
– Eu ia sempre lá. Mas eu e minha mulher
cometemos um crime. Tivemos uma filha. Na
pousada não aceitam crianças.
É fato. Já existem hotéis e pousadas que não
hospedam crianças. Muita gente acha um horror.
Por outro lado, o problema não está nos pais? Em
qualquer lugar onde os pais estejam com os filhos,
agem como se eles tivessem direito a tudo. Podem
correr, gritar. Dá para ler um livro embaixo de uma
árvore, no alto da serra, com crianças correndo e
gritando? E com os pais apreciando a algazarra
tranquilamente, sem se importar com os outros
hóspedes?
Eu poderia citar outros exemplos. Visitas que
chegam com filhos que pulam no sofá. Ou brincam
com algum objeto de estimação. Que batem no
prato e dizem que não gostam da comida, em
restaurantes. (E com razão. Agora criança tem de
apreciar sashimi quando quer hambúrguer?) O
problema está nos pais.
Muitos foram reprimidos quando crianças. Antes
era assim: podia, não podia. A educação tradicional
impunha limites, às vezes de forma rígida. Eu
mesmo acredito que o excesso de rigidez é
péssimo. Por outro lado, essas crianças vão crescer,
e terão de viver com normas. A vida é cheia de isso
pode e aquilo não pode. O respeito ao outro implica
entender os próprios limites. Senão é aquilo: todo
mundo querendo furar fila, tirando vantagem. O
fato é que muitos dos pais modernos, como a
mulher que esbravejou no avião, acham que criança
pode tudo. Já conversei com professoras, segundo
as quais, hoje, boa parte dos pais delega a educação
básica dos filhos à escola. Há casos, extremos, em
que a professora tem de explicar a importância de
escovar os dentes todos os dias. Não estou falando
de famílias sem condições financeiras, no caso.
Mas também de gente bem de vida, para quem é
mais fácil não discutir deveres e obrigações com os
filhos. Deixar rolar.
Mas um dia os filhos terão de aprender a viver em
sociedade. Podem contar com a mãe ou o pai para
chorar as pitangas se forem demitidos. Um ombro
sempre é bom. Mas só terão empregos e
oportunidades se souberem o que são limites,
deveres, obrigações. A educação extremamente
liberal é atraente. Principalmente, porque
confortável para os pais. Mas fica a pergunta: se os
pais não dão noção de limites, como os filhos um
dia vão ter?
Carrasco, Walcyr. Pais sem limites. Disponível
em: http://epoca.globo.com/colunas-eblogs/walcyr-carrasco/noticia/2015/09/pais-semlimites.html.
Acesso em: 12 ago. 2016.
Ao longo do texto, a conjunção mas foi usada
várias vezes. Em qual das alternativas a
substituição da conjunção mas altera o sentido do
enunciado no texto?
A demissão é uma penalidade disciplinar que se encontra regulamentada na Lei n.º 8.112/90. Assinale a alternativa que não expressa uma hipótese de aplicação dessa penalidade.
Foi com a publicação de qual teoria que a psicologia alcançou o status de ciência, rompendo definitivamente com a sua tradição filosófica?
“A construção do conhecimento ocorre quando acontecem ações físicas ou mentais sobre objetos que, provocando o desequilíbrio, resultam em assimilação ou acomodação e assimilação dessas ações e, assim, em construção de esquemas ou de conhecimento. Em outras palavras, uma vez que a criança não consegue assimilar o estímulo, ela tenta fazer uma acomodação e após, a assimilação e o equilíbrio são então alcançados.” Estamos fazendo referência à teoria de:
A implementação da Reforma Psiquiátrica no Brasil tem como principal vertente a desinstitucionalização com consequente desconstrução do manicômio e dos paradigmas que o sustentam. No Brasil, é fruto de vários debates entre trabalhadores de saúde mental, dentre estes: médicos psiquiatras, enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos, como também os usuários dos serviços de saúde mental e seus familiares. Profissionais de diversas áreas, como os do direito, também se engajaram no movimento da luta antimanicomial, para garantir os direitos das pessoas com transtorno mental. Com base nos estudos sobre a Reforma Psiquiátrica, considere a resposta correta:
Ainda sobre o Código de Ética do profissional de Psicologia, analise as assertivas a seguir: I. O atual Código de Ética do profissional de Psicologia já é o quinto formulado desta categoria. II. Advertência, multa, censura pública e suspensão do exercício profissional são as penalidades previstas no código de Ética de Psicologia. III. O psicólogo trabalhará visando promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e das coletividades e contribuirá para a eliminação de quaisquer formas de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. IV. Para realizar atendimento eventual de criança, adolescente ou interdito, o psicólogo deverá obter autorização de ao menos um de seus responsáveis. V. O Código de Ética de Psicologia poderá ser alterado pelos Conselhos Regionais de Psicologia, por iniciativa própria ou da categoria, ouvido, entretanto, o Conselho Federal de Psicologia. Estão incorretas as assertivas:
A grande extensão da base de informações
disponíveis na Internet têm gerado situações onde a
quantidade de resultados torna o processo de busca
ineficiente. Para melhorar os índices de exatidão
nestas buscas, os sistemas de busca (p.ex. google)
utilizam códigos especiais associados aos termos de
busca para refinar seus resultados. Em uma
situação de rotina em que se pretende encontrar
sites que se referem a animais e em especial a
coelhos brancos, deve-se digitar os termos de busca
no formato:
Marque a alternativa em que a ausência de vírgula não altera o sentido do enunciado.
Os sistemas de informação são gravados em diferentes dispositivos ou mídias de armazenamento permanente. Para atividades de backup de dados, primordiais no dia a dia, têm-se destacado alguns dispositivos devido à alta capacidade de armazenamento. Selecione a alternativa a seguir que identifica estes dispositivos.
Responda as questões de 1 a 4 de acordo com o
texto abaixo.
Pais sem limites
A educação liberal é confortável para os pais.
Mas os filhos precisam saber o que são deveres e
obrigações
O avião estava cheio. Eu no fundão. Duas poltronas
atrás de mim, uma criança começou a chorar. Abriu
o berreiro. Ninguém disse uma palavra, fazer o que
quando uma criança chora? A mãe, em vez de
tentar acalmar o filho, reclamou em voz alta.
– Criança chora mesmo, e daí? Vocês ficam me
olhando, mas o que posso fazer? Criança é assim:
chora.
Tudo bem. Criança chora. Mas a gente ouve.
Ninguém havia reclamado do incômodo em voz
alta. Suponho que algumas pessoas tenham olhado
para a mãe como se pedindo que fizesse alguma
coisa. Em vez de acalmar o filho, ela brigou.
Sinceramente, nem olhar a gente pode? E mais
sinceramente ainda: como será a educação desse
menino, se a mãe prefere reclamar com quem se
sente incomodado com o choro, no lugar de
acalmar o filho? Vai ter noção de limite? Ou se
transformará num briguento, achando que tem
direito a tudo? No caso dos aviões, eu acho que há
uma irresponsabilidade enorme dos pais. Como
podem expor um bebê de colo a viagens aéreas?
Sim, existem os casos de extrema necessidade. Mas
não são a maioria. Um bebê sente dor nos ouvidos,
talvez até mais intensa que nós. Quando eu sinto,
tento mascar chiclete, chupar bala, ou pelo menos,
racionalmente, posso entender o que está
acontecendo e suportar. Um bebê não. De repente,
vem aquela dor horrível, ele não sabe o porquê.
Chora. Grita. Os outros passageiros têm de suportar
o barulho, ficam até com dor de cabeça. Mas um
bebê é um bebê, e todos temos de entender. E os
pais? Como obrigam a criança a suportar essa dor?
E os passageiros os gritos? Eu já vim da Turquia
certa vez, em uma viagem que durou o dia todo,
com duas crianças pequenas logo atrás de mim.
Classe executiva. Gritaram e choraram quase a
viagem toda. E não têm razão? Como suportariam
passar o dia todo sentados, cintos afivelados? Os
pais eram pessoas simpáticas. Tinham ido a
turismo. É certo deixar os filhos presos um dia
inteiro? É justo enlouquecer os outros passageiros?
Claro que criança tem o direito de viajar. Mas é
preciso escolher o roteiro mais adequado.
Certa vez fui a uma pousada na serra carioca.
Deliciosa. Um diretor de cinema, mais tarde,
comentou:
– Eu ia sempre lá. Mas eu e minha mulher
cometemos um crime. Tivemos uma filha. Na
pousada não aceitam crianças.
É fato. Já existem hotéis e pousadas que não
hospedam crianças. Muita gente acha um horror.
Por outro lado, o problema não está nos pais? Em
qualquer lugar onde os pais estejam com os filhos,
agem como se eles tivessem direito a tudo. Podem
correr, gritar. Dá para ler um livro embaixo de uma
árvore, no alto da serra, com crianças correndo e
gritando? E com os pais apreciando a algazarra
tranquilamente, sem se importar com os outros
hóspedes?
Eu poderia citar outros exemplos. Visitas que
chegam com filhos que pulam no sofá. Ou brincam
com algum objeto de estimação. Que batem no
prato e dizem que não gostam da comida, em
restaurantes. (E com razão. Agora criança tem de
apreciar sashimi quando quer hambúrguer?) O
problema está nos pais.
Muitos foram reprimidos quando crianças. Antes
era assim: podia, não podia. A educação tradicional
impunha limites, às vezes de forma rígida. Eu
mesmo acredito que o excesso de rigidez é
péssimo. Por outro lado, essas crianças vão crescer,
e terão de viver com normas. A vida é cheia de isso
pode e aquilo não pode. O respeito ao outro implica
entender os próprios limites. Senão é aquilo: todo
mundo querendo furar fila, tirando vantagem. O
fato é que muitos dos pais modernos, como a
mulher que esbravejou no avião, acham que criança
pode tudo. Já conversei com professoras, segundo
as quais, hoje, boa parte dos pais delega a educação
básica dos filhos à escola. Há casos, extremos, em
que a professora tem de explicar a importância de
escovar os dentes todos os dias. Não estou falando
de famílias sem condições financeiras, no caso.
Mas também de gente bem de vida, para quem é
mais fácil não discutir deveres e obrigações com os
filhos. Deixar rolar.
Mas um dia os filhos terão de aprender a viver em
sociedade. Podem contar com a mãe ou o pai para
chorar as pitangas se forem demitidos. Um ombro
sempre é bom. Mas só terão empregos e
oportunidades se souberem o que são limites,
deveres, obrigações. A educação extremamente
liberal é atraente. Principalmente, porque
confortável para os pais. Mas fica a pergunta: se os
pais não dão noção de limites, como os filhos um
dia vão ter?
Carrasco, Walcyr. Pais sem limites. Disponível
em: http://epoca.globo.com/colunas-eblogs/walcyr-carrasco/noticia/2015/09/pais-semlimites.html.
Acesso em: 12 ago. 2016.
A escolha do uso de certas palavras no texto
contribui para a construção do posicionamento
argumentativo constituinte desse texto. Esse é o
caso da palavra sinceramente, usada duas vezes,
seguidamente. Com isso, marque a alternativa que
apresenta uma palavra que poderia substituir
sinceramente no texto sem alterar o
posicionamento argumentativo do mesmo.
O Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Tocantins foi criado pela Lei n.º
11.892, de 29 de dezembro de 2008. Essa norma
estabeleceu os objetivos, finalidades e
características dos Institutos Federais de Educação.
Todas as alternativas expressam os objetivos dos
Institutos Federais, exceto:
O LibreOffice é um pacote gratuito de aplicações
para escritório, que suporta a criação e a edição de
textos formatados, planilhas eletrônicas, desenhos
vetoriais, gráficos e apresentações multimídia.
Considere as alternativas a seguir e marque a opção
correta.
Inúmeras pessoas passam por momentos na vida em que o ambiente em casa está ruim e o convívio na família não vai bem. A terapia familiar pode auxiliar a compreender o que se passa e facilitar a resolução dos conflitos. Quanto à terapia familiar é correto afirmar que:
“A percepção de um acontecimento, do mundo externo ou do mundo interno, pode ser algo muito constrangedor, doloroso, desorganizador. Para evitar este desprazer, a pessoa “deforma” ou suprime a realidade – deixa de registrar percepções externas, afasta determinados conteúdos psíquicos, interfere no pensamento”. À luz da psicanálise, este fenômeno é denominado de:
Quanto à terapia de grupo, analise as afirmativas: I. O terapeuta atua como facilitador na participação e interação dos membros. II. O processo de terapia de grupo independe do estabelecimento de regras firmadas entre os membros. III. Na terapia de grupo, a interação que se estabelece entre os membros é mais importante do que a que ocorre com o terapeuta.