“A imagem piramidal e hierárquica tradicionalmente associada
ao território, na qual os efeitos de proximidade têm supremacia
sobre os efeitos de interdependência a longa distância, é cada vez
mais menos verdadeira. [...] O exemplo da Amazônia é expressivo.
A ligação direta e instantânea de certas localidades da Amazônia
com os principais centros econômicos do país tornou, em parte,
desnecessária a _____ anteriormente realizada pelos degraus
inferiores da _____.”
(Adaptado de Leila Christina Dias. Redes: emergência e organização. CASTRO, Iná
Elias de; et all. (Org.). Geografia: Conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil,
2012)
Assinale a opção que completa corretamente as lacunas do
fragmento acima.
O mapa a seguir apresenta as principais áreas de embarque de escravos, na África, e de desembarque, nas Américas, entre 1500 e 1900
A partir do mapa, assinale a opção que apresenta um dos objetivos do estudo da Africa no Ensino Fundamental, segundo a
Lei nº 10.639/03
Em “As geografias oficial e invisível do Brasil: algumas
referências”, Rafael S. Anjos critica a forma como o Estado
brasileiro contemporâneo tem conduzido a política cartográfica e
geográfica no país.
Com relação à forma como o Estado brasileiro tem conduzido a
política cartográfica e geográfica, analise as afirmativas a seguir.
I. Revela uma fragmentação institucional e diferentes
prioridades de ação.
II. Fortalece os conflitos operacionais e de atribuições.
III. Causa um dano irreparável à gestão eficaz do território
nacional.
Está correto o que se afirma em
“Em qualquer estudo fitogeográfico de matas tropicais de posição
azonal marcante, como é o caso das florestas atlânticas
brasileiras, torna-se indispensável compreender a forma pela qual
elas transicionam para diferentes domínios situados a oeste e ao
sul do grande contínuo norte-sul das chamadas matas atlânticas.
A identificação pioneira das faixas de transição e contato
existentes entre os diferentes domínios de natureza no Brasil
deveu-se a uma iniciativa terminológica, intuitiva e pragmática
popular nordestina.”
(Adaptado de: AB´SABER, Aziz Nacib. Os domínios de natureza no Brasil.
Potencialidades paisagísticas. Ateliê Editorial, 2012)
Desde tempos imemoriais, reconheceu-se a faixa de transição e
contato entre a Zona da Mata nordestina e os sertões secos com
o termo
Na metade do século XX a ciência geográfica enfrentou debates
sobre sua natureza e seu escopo. Este debate estava inserido em
um conjunto mais amplo de discussões filosóficas sobre as
diferentes abordagens válidas para a produção do conhecimento
científico. No entanto, em cada disciplina, este debate é
apresentado por abordagens metodológicas e teóricas específicas
que representam diferentes posições filosóficas.
Assinale a opção que apresenta, respectivamente, o par de
diferentes abordagens filosóficas e um dos principais debates na
ciência geográfica em meados do século XX.
Em seu trabalho Espaço: um conceito-chave da Geografia,
Roberto Lobato Corrêa apresenta fragmentos de obras de
geógrafos, que de diferentes correntes do pensamento
geográfico.
Fragmento 1
“... o espaço organizado pelo homem é como as demais
estruturas sociais, uma estrutura subordinada-subordinante. E
como as outras instâncias, o espaço, embora submetido à lei da
totalidade, dispõe de uma certa autonomia”.
Fragmento 2
“O espaço mítico é também uma resposta do sentimento e da
imaginação às necessidades humanas fundamentais. Difere dos
espaços concebidos pragmática e cientificamente no sentido que
ignora a lógica da exclusão e da contradição”.
No fragmento 1, o espaço, para o geógrafo, é um fator social e
não apenas um reflexo social. No fragmento 2, o geógrafo
enfatiza os sentimentos espaciais e as ideias de um grupo ou
povo sobre o espaço a partir da experiência.
Os fragmentos 1 e 2 foram escritos, respectivamente, por
“O período técnico-científico que caracteriza a produção e o
consumo de bens e serviços na atualidade tem como um dos
grandes veículos de sua afirmação histórica as empresas
transnacionais. A internacionalização das grandes companhias
conseguiu estender as suas redes de atuação por todo o mundo,
utilizando a mão de obra mais barata dos países
subdesenvolvidos e atingindo a elevação das taxas de lucro, de
uma forma que não era mais possível quando atuavam apenas
nos mercados centrais. A capilaridade das empresas
transnacionais as tornou parceiras necessárias e, ao mesmo
tempo, ameaçadoras dos Estados nacionais.”
(Adaptado de: SANTOS, Milton. Pensando o espaço do homem.
Editora Edusp. São Paulo, 2007)
Assinale a opção que indica um dos objetivos que levou as
empresas transnacionais a atuarem nos países subdesenvolvidos,
entre as décadas de 1960 e 1970
“A globalização tende a desenraizar as coisas, as gentes e as
ideias.”
(IANNI, Octávio. A Sociedade Global. Rio de Janeiro: Ed. Record, 1992)
“Por desencaixe me refiro ao deslocamento das relações sociais
de contextos locais de interação e sua reestruturação por meio de
extensões indefinidas de tempo-espaço.”
(GIDDENS, Anthony. As consequências da Modernidade.
São Paulo: Ed. UNESP, 1991)
“À medida que o espaço parece encolher em uma “aldeia global”
de telecomunicações e em uma “espaçonave terra” de
interdependências ecológicas e econômicas [...], e que os
horizontes temporais se reduzem a um ponto em que só existe o
presente [...], temos de aprender a lidar com um avassalador
sentido de compressão dos nossos mundos espacial e temporal.”
(HARVEY, David. Condição pós-moderna. São Paulo: Edições Loyola, 1994)
A pesquisadora Lana de Souza Cavalcanti, em seu trabalho
Geografia, Escola e Construção de Conhecimento, apresenta a
ideia que subjaz às interpretações dos autores dos fragmentos
acima transcritos.
Com relação à ideia apresentada pela pesquisadora, assinale
V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) Vivenciamos um espaço fluido, não-localizável
mecanicamente, e um tempo irreversível, imprevisível e
simultâneo.
( ) Experimentamos um mundo onde a desconexão entre espaço
e tempo cria novas bases de percepção e de explicação da
realidade.
( ) Realizamos práticas sociais em um mundo em que o tempo
único é responsável pela compressão do espaço.
As afirmativas são, respectivamente,
Mesmo passados mais de 120 anos da sanção da Lei Áurea,
decisões de organismos governamentais, para atender às
demandas territoriais no país, são conflitantes e mesmo
contraditórias, como no caso dos quilombos.
Com relação ao trecho acima, analise as afirmativas a seguir.
I. Há um deliberado “esquecimento” das comunidades e dos
territórios derivados de antigos quilombos, sítio geográfico
estratégico onde se agrupavam pessoas de origem africana.
II. A situação dos quilombos contemporâneos, apesar das
disposições constitucionais de 1988, tem sido tratada com
ações episódicas e fragmentárias.
III. Os quilombos são associados a algo do passado, como se não
fizessem parte da vida nacional contemporânea.
Está correto o que se afirma em
“A presença de manchas de ecossistemas típicos de outras
provinciais no interior de um domínio de natureza distinto reflete
a dinâmica das mudanças climáticas e paleoecológicas do período
quaternário. No Brasil, são exemplos dessas ‘manchas’ as
caatingas de Macaé-Cabo Frio, rodeadas por grandes contínuos
de Mata Atlântica, ou as áreas de cerrados existentes no
entremeio das grandes florestas da Amazônia.”
(Adaptado de: AB´SABER, Aziz Nacib. Os domínios de natureza no Brasil.
Potencialidades paisagísticas. Ateliê Editorial, 2012)
O modelo científico desenvolvido para explicar a presença desses
enclaves ecossistêmicos é conhecido como teoria dos
“A evolução dos conceitos sobre espaços ecológicos é uma tarefa
de grande utilidade para um melhor ajuste entre a teoria e sua
aplicação. Da obra do grande naturalista Alexander Von
Humboldt herdou-se a consideração fitogeográfica essencial
sobre a distribuição _____ das floras. No início do século passado
falava-se em regiões climatobotânicas, aludindo, sobretudo, a
faixas de disposição _____. Em 1935, Arthur Tansley introduz o
termo de maior penetração e aplicabilidade nos meios científicos
de todos os países: o conceito de _____.”
(Adaptado de: AB´SABER, Aziz Nacib. Os domínios de natureza no Brasil.
Potencialidades paisagísticas. Ateliê Editorial, 2012)
Assinale a opção que completa corretamente as lacunas do
fragmento acima.
“O tema modernidade não é propriamente novo na análise
espacial. A modernidade apresenta diferentes formas de
espacialidade, mas, em alguns lugares, a síntese entre a mudança
e a permanência, o caos e ordem são incorporados de forma mais
evidente.”
(Adaptado de: HAESBAERT, Rogério. (Org.) Territórios alternativos.
São Paulo: Contexto, 2011)
De acordo com Haesbaert, assinale a opção que indica, entre as
diferentes espacialidades, aquela que incorpora, de forma mais
evidente, os atributos da modernidade.
“Em geral, os enfoques tradicionais sobre a organização do
território, dominados pela corrente neoclássica economicista, não
se preocupam com a busca da explicação dos fenômenos
territoriais, ocultando a verdadeira natureza da questão
territorial, cuja explicação deve apoiar-se no conhecimento real
do sistema social vigente, cujas leis devem ser decifradas a partir
de um corpo teórico crítico que não negue as contradições do
sistema capitalista. Nesta perspectiva a problemática espacial
deve ser apreendida como derivação da totalidade, já que cada
lugar é parte de um todo.”
(Adaptado de: BERNARDES, Júlia Adão. Mudança técnica e espaço: uma proposta de
investigação. Em: CASTRO, Iná Elias de; et all (Org). Geografia: conceitos e temas.
Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2012)
Considerando os pressupostos subjacentes ao tipo de análise do
espaço sugerido no texto acima, analise as afirmativas a seguir.
I. Os conflitos constituem o elemento dinamizador da
totalidade social.
II. A construção do espaço é, na aparência, um fato social e, na
essência, um fato técnico.
III. O espaço é o instrumento material manipulado pelos grupos
dominantes para manter sua posição de classe.
Assinale:
Sobre a importância da Geografia no Ensino Fundamental, analise
as afirmativas a seguir.
I. Permite ao aluno compreender o papel do espaço nas
práticas sociais e destas na configuração do espaço.
II. Auxilia o aluno a desenvolver o raciocínio necessário à sua
participação ativa na sociedade e no espaço em que vive.
III. Contextualiza o aluno como cidadão do mundo em que vive
desde a escala local à mundial.
Está correto o que se afirma em