Em 1984, pela primeira vez em vinte anos, a sucessão presidencial não seguiu os trâmites normais do período militar. Por um lado, o governo procurava evitar a Emenda Dante de Oliveira; por outro, não conseguia controlar as divergências internas do PDS em torno da definição de um candidato à presidência. A Emenda Dante de Oliveira seria votada. Entretanto, apesar de o envolvimento nas manifestações representar a vontade da maioria da população brasileira em reestabelecer as eleições diretas, a emenda acabou sendo rejeitada em 25 de abril de 1984.
(Conceição Aparecida Cabrini, 16 de abril de 1984 – Diretas Já. Em: Circe Bittencourt (org.), Dicionários de datas da história do Brasil. Texto adaptado)
Com a derrota da Emenda Dante de Oliveira,
Às dez da noite de 13 de dezembro de 1968 o ministro da Justiça, Gama e Silva, em cadeia nacional de rádio e televisão, fizera uma rápida introdução de cinco minutos e passara a palavra a Alberto Curi, que durante dezoito minutos havia apresentado, num tom monocórdico e solene, o texto do Ato Institucional no 5 (AI-5).
(Lilia M. Schwarcz e Heloísa M. Starling, Brasil: uma biografia. Texto adaptado)
O AI-5 autorizava o presidente da República, entre outras possibilidades,
Teve rígida organização hierárquica, dividido em alas. Usou uniforme – camisa verde com gravata preta, o símbolo era a letra grega sigma. Adotou o lema Deus, Pátria e Família. Havia um cumprimento, com o braço direito levantado e pronunciando a palavra “anauê”, da língua tupi, um grito de guerra ou saudação. Apoiou o golpe do Estado Novo: fez antes homenagens a Vargas em comícios e desfiles.
(Francisco Iglésias, Trajetória política do Brasil: 1500-1964.
Texto adaptado)
O excerto faz referência