Questões de Concurso – Aprova Concursos

Idôneo – local de crime não preservado, violado. 

Área mediata – local de crime adjacente ao delito. 

Inidôneo – local de crime preservado, não violado. 

Área imediata – local de crime indiretamente relacionado com o delito. 

Área ambiental – local de crime aberto. 

Dentre os vestígios mais importantes a serem analisados no local do acidente, estão as marcas de frenagem, derrapagem ou de arrasto eventualmente deixadas pelos pneumáticos dos veículos envolvidos.

Registro fotográfico, análise topográfica, sinalização (placas, faixa de pedestres e semáforo) e pavimentação também são elementos fundamentais para se chegar à conclusão acerca da causa determinante do acidente. 

Sempre quando possível, as informações do acidente de trânsito devem ser registradas em planilhas ou croquis ainda no local da ocorrência, ainda que representem apenas um esboço inicial. 

As marcas de frenagem produzidas por veículos dotados de sistema de freios do tipo ABS (Antilock Brake System) são mais intensas e de maior durabilidade que as produzidas por freios a disco, pois aquele sistema trava as rodas do veículo. 

O fenômeno de frenagem de emergência pode ser dividido em cinco fases: percepção, reação, travamento das rodas, marcas de espelhamento, e marcas de frenagem. A ocorrência dessas fases depende da velocidade desenvolvida pelo veículo. A análise dessas marcas permite calcular a velocidade mínima para o travamento das rodas e, consequentemente, serve para estimar a velocidade veicular. 

Na identificação são considerados os seguintes parâmetros: idade, gênero, etnia, estatura e peso; que servem para particularizar o indivíduo. 

Para a distinção de gênero, podem-se considerar diferenças entre ossos da pelve, da face e do crânio. Por exemplo, homens têm pelve mais estreita, de forma oval com bordas mais espessas e rugosas. 

Outras características ocasionais, a exemplo de calos ósseos, próteses dentárias, cicatrizes e tatuagens; por serem comuns, não possuem nenhum valor pericial. 

Medidas de ossos longos são comparadas a valores dispostos em tabelas oficiais, podendo estimar a estatura do indivíduo em vida. 

O processo de identificação resulta de esforço multiprofissional e interdisciplinar de servidores públicos comprometidos com a perícia. Ele agrega vários conhecimentos técnico-científicos, a fim de empregar, com excelência, os recursos humanos e materiais, da forma mais eficiente possível. 

É possível revelar fragmentos de impressões digitais no pneumático de um veículo através de aplicação da reação de polimerização do cianoacrilato. A técnica consiste em fumigação desse polímero em câmara controlada. 

O êxito pericial para identificação de digitais em lugares improváveis, como em pneumáticos de veículos, depende da quantidade de gordura depositada na superfície emborrachada, da intensidade da aposição e da recenticidade do exame.

Atualmente, existem novas tecnologias para aprimorar a perícia veicular, como equipamentos que produzem uma reação eletroquímica em superfícies metálicas capazes de revelar a numeração destruída. A tecnologia eletromagnética atua como uma espécie de radiografia de superfícies metálicas; permitindo ao perito visualizar, com clareza, os sinais de adulteração.

O chassi ou número de identificação veicular (NIV) é o sinal identificador do veículo, composto por 17 caracteres, numa combinação única de letras e números, divididos em três grupos. 

Através do Chassi, não é possível saber diversos dados do veículo, como: identificação do fabricante e do país de origem, ano e modelo, carroceria, motor e também seu número de série.

Apartamento A.

Mato M.

Região R.

Beco B.

Hospital H.

A Informática Forense está relacionada exclusivamente aos crimes digitais. 

A Informática Forense visa obter informações por meio da análise de dados armazenados em dispositivos eletrônicos, da análise de sistemas, redes ou até por meio da execução de invasões em sistemas de informática, quando legalmente autorizado.

Não cabe à Informática Forense buscar vestígios para solucionar crimes contra o patrimônio, contra a pessoa, nem mesmo crimes ambientais.

Os especialistas dessa área rastreiam e analisam todo tipo de dado coletado a partir de qualquer dispositivo que possa conter informações que sejam valiosas para cada caso. Apenas o domínio da área de inteligência artificial capacita os peritos para auditar sistemas, detectar fraudes, rastrear informações, e assim, encontrar evidências de crimes cibernéticos. 

O AFIS, Automated Fingerprint Identification System, é um sistema que captura impressões digitais e permite processá-las, estabelecendo uma relação entre essas impressões e as pessoas. Esse sistema ainda tem a vantagem de dispensar cadastro prévio. Todos os softwares em uso no mundo para o AFIS estão associados a uma única tecnologia proprietária. 

Documentoscopia é a parte de criminalística que estuda os documentos de interesse legal, importando-se com a determinação de sua legitimidade; sem, no entanto, identificar sua autoria

Pode-se subdividir a Documentoscopia em diferentes ramos, a saber: Perícia Grafotécnica, Mecanografia, Alterações de Documentos, Exames de Moedas Metálicas, Exames de Selos, Exames de Papel-Moeda, Exame de Papéis, Exame de Tintas, Exame de Instrumentos Escreventes, dentre outros. 

A verificação da autenticidade de cédulas de Real deve, obrigatoriamente, ser feita manualmente, não sendo possível o emprego de procedimentos automatizados, recursos de softwares, ou qualquer outra técnica que submeta o suposto papel moeda a diferentes fontes de luz (comprimentos de onda) ou a ampliações para otimizar e agilizar a perícia. 

A Grafotécnica compreende o estudo da escrita mecânica, a Mecanografia preocupa-se com a análise da escrita manual.

As alterações documentais que devem ser observadas são detecção de rasuras, acréscimos e substituições, contudo, não existem técnicas disponíveis para identificar obliterações.

Atualmente, o Brasil não possui um Banco Nacional de Perfis Genéticos com dados de condenados, investigados, nem de vestígios de local de crime. Diversas investigações poderiam ter sido solucionadas se existisse tal ferramenta. Pois, conforme o ordenamento jurídico vigente, a identificação do perfil genético de condenados por crimes hediondos, como homicídios, latrocínio, sequestro e estupro é facultativa.

Os bancos de dados criminais, voltados para as ciências forenses, podem servir tanto para indicar um suspeito de um ato delituoso, quanto para inocentar. No caso dos bancos de perfis genéticos, o vestígio é coletado pela perícia, no local do crime ou no corpo da vítima, para pesquisa de material biológico e extração de DNA. São exemplos de vestígios: sangue, unhas, fios de cabelo e vestes. 

A identificação de um indivíduo através de aplicação de softwares de reconhecimento facial envolve técnicas de inteligência artificial. O sistema biométrico de identificação pela imagem facial baseia-se em características únicas de cada face. A tecnologia pelo reconhecimento facial leva em consideração parâmetros do rosto que não se alteram nem mesmo se houver intervenção por cirurgias plásticas, a exemplo da medida da distância entre os olhos. 

A assinatura biométrica facial do indivíduo parte da identificação e registro de pontos nodais, que são picos e depressões existentes na face. Os softwares medem esses pontos e, após a captura da imagem, o sistema gera um algoritmo que será armazenado em banco de dados separadamente da imagem. 

A ferramenta de perícia digital israelense Uffed, da fabricante Cellebrite, permite acessar fontes de dados de celulares ou computadores, recuperar mensagens ou imagens, mesmo quando apagadas em qualquer equipamento eletrônico. Este software é um dispositivo de uso das Forças de Segurança Pública e foi utilizado durante várias fases da operação Lava Jato.

O Coeficiente Balístico representa o poder de penetração do projétil. 

A densidade do meio, o fator de forma do projétil, sua velocidade e seu calibre influenciam o arrasto. 

Um projétil é dito estável em sua trajetória quando seu centro de massa e seu centro de pressão estão alinhados com a trajetória.

O movimento de rotação do projétil (devido à presença de raias no cano das armas) está relacionado a outros dois movimentos, a saber, o de precessão e o de nutação; ambos assemelham-se a um peão de brinquedo em desaceleração. 

Ondas de choque e de pressão são idênticas em amplitude e velocidade, por isso produzem o mesmo efeito no tecido atingido, resultando no fenômeno de cavitação. 

Dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais. 

Apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais. 

Colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias. 

Evitar o reconhecimento de pessoas e coisas. 

Ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes. 

Divisão acadêmica de Balística Forense consiste em Balística Interna (que estuda o movimento dos projéteis no ar), Balística Externa (que abrange o estudo das armas) e a Balística Terminal (que estuda os efeitos do projétil a partir de seu impacto no alvo).

O tamanho e a forma dos grânulos de pólvora não interferem na velocidade de queima da carga propelente de um cartucho. 

Durante deslocamento do projétil, a gravidade e a resistência do ar exercem pouca ou nenhuma influência em sua trajetória.

O potencial lesivo do projétil independe da energia cinética a ele associada. 

Entende-se por projéteis qualquer sólido pesado que se move no espaço, abandonado a sí mesmo após haver recebido um impulso.