Atenção: O texto abaixo refere-se às questões de números 23 e 24.
O fato mais marcante da vida humana é que temos valores. Pensamos em modos pelos quais as coisas poderiam ser melhores e mais perfeitas e, portanto, diferentes do que são e também em modos como nós mesmos poderíamos ser melhores, e, portanto, diferentes do que somos. Por que é assim? De onde tiramos estas ideias que vão além do mundo que experimentamos e parecem colocá-lo em questão, julgando-o, dizendo que ele não é satisfatório, que ele não é o que deveria ser? Claramente não as tiramos da experiência, pelo menos não de uma maneira simples. E é intrigante também que estas ideias de um mundo diferente do nosso nos conclamam, dizendo-nos como as coisas deveriam ser e que nós deveríamos torná-las assim.
(KORSGAARD, Christine. The Sources of normativity. Cambridge University Press, 1996, p. 1. − Tradução de Telma Birchal, citado nas Orientações Pedagógicas para o Ensino Médio em Filosofia, em http://crv.educacao.mg.gov.br)
O texto acima se refere a uma das questões mais antigas
da história da filosofia, a saber, à relação entre
Atenção: O texto abaixo refere-se às questões de números 25 e 26.
Em todo sistema de moral que até hoje encontrei, sempre notei que o autor segue durante algum tempo o modo comum de raciocinar, estabelecendo a existência de Deus, ou fazendo observações a respeito dos assuntos humanos, quando, de repente, surpreendo-me ao ver que, em vez das cópulas proposicionais usuais, como é e não é, não encontro uma só proposição que não esteja conectada a outra por um deve ou não deve. Essa mudança é imperceptível, porém da maior importância. Pois como esse deve ou não deve expressa uma nova relação ou afirmação, esta precisaria ser notada e explicada; ao mesmo tempo, seria preciso que se desse uma razão para algo que parece totalmente inconcebível, ou seja, como essa nova relação pode ser deduzida de outras inteiramente diferentes.
(HUME, David. Tratado da Natureza Humana. Tradução de Débora Danowiski. Livro III, Parte I, Seção II. São Paulo, Editora UNESP, 2000, p. 509, citado nas Orientações Pedagó- gicas para o Ensino Médio em Filosofia, em http://crv. educacao.mg.gov.br)
Nesse texto, Hume afirma que
No que se refere ao ensino do tema universalismo versus
relativismo moral, o professor de filosofia deve apresentar
a discussão procedendo a uma
Do mito das raças, Hesíodo tira um ensinamento que dirige
mais especialmente ao seu irmão Perses, um pobre tipo,
mas que vale também para os grandes da terra, para
aqueles cuja função é regulamentar as querelas por arbitragem,
para os reis. Hesíodo resume este ensinamento
na seguinte fórmula: escuta a justiça, Dike, não deixes
aumentar a desmedida, Hybris.
(VERNANT, Jean-Pierre. Mito e pensamento entre os gregos.
Edusp, 1973, p. 11)
Na passagem acima, Vernant vê no mito uma clara rela-
ção com a
Com o advento da Idade Moderna, começam a ocorrer
mudanças, como:
I.A técnica passa a se vincular à ciência.
II.A filosofia começa a perder a primazia para a ciência.
III.A matemática passa a ser mais valorizada em detrimento
da lógica.
IV.A teologia começa a se tornar o principal objeto de
estudos.
V.A física passa a investigar as finalidades internas a
cada ser natural.
Está correto o que se afirma APENAS em
É denominado correto APENAS o argumento que
O mito de Prometeu é uma das imagens mais ricas já inventadas
para diferenciar o homem dos demais seres vivos.
Nesse mito, o
No campo da filosofia moral, estabeleceu-se ao longo da
história uma discussão entre os defensores do relativismo
e os defensores do universalismo, os primeiros defendendo
que as leis morais possuem sua origem nos costumes
e os segundos defendendo que elas possuem uma validade
atemporal. Nessa discussão, a moral de Kant
Quando, em seu Do espírito das leis (livro I, capítulo 1),
Montesquieu afirma que a lei é também relação e que resulta
da “natureza das coisas", o filósofo quer dizer que a lei
As Orientações Curriculares para o Ensino de Filosofia
chamam a atenção para o 'papel peculiar da filosofia no
desenvolvimento da competência geral da fala, leitura e
escrita' (p. 26), que estão profundamente vinculadas à natureza
argumentativa da disciplina e contribuem para o desenvolvimento
de um pensamento autônomo e crítico.
Para desenvolver essas competências de uma maneira
especificamente filosófica, é preciso lembrar que o diferencial
do ensino da disciplina Filosofia está em sua referência
à História da Filosofia ou, em outras palavras, à tradição
filosófica.
Segundo indica este texto, a História da Filosofia seria importante
no currículo do Ensino Médio porque