Em O francês Jean-Michel Frodon contou que, um dia, um taxista lhe perguntou sua profissão (linhas 1 e 2), foi suprimido(a) uma/um
TEXTO I
A resistência (trecho)
Isto não é uma história. Isto é história.
Isto é história e, no entanto, quase tudo o que tenho ao meu dispor é a memória, noções fugazes de dias tão remotos, impressões anteriores à consciência e à linguagem, resquícios indigentes que eu insisto em malversar em palavras. Não se trata aqui de uma preocupação abstrata, embora de abstrações eu tanto me valha: procurei meu irmão no pouco que escrevi até o momento e não o encontrei em parte alguma. Alguma ideia talvez lhe seja justa, alguma descrição porventura o evoque, dissipei em parágrafos sinuosos uns poucos dados ditos verídicos, mais nada. Não se depreenda desta observação desnecessária, ao menos por enquanto, a minha ingenuidade: sei bem que nenhum livro jamais poderá contemplar ser humano nenhum, jamais constituirá em papel e tinta sua existência feita de sangue e de carne. Mas o que digo aqui é algo mais grave, não é um formalismo literário: falei do temor de perder meu irmão e sinto que o perco a cada frase.
Por um instante me confundo, esqueço que também as coisas precedem as palavras, que tratar de acessá-las implicará sempre novas falácias, e, como antes pelo texto, parto por este apartamento à procura de rastros do meu irmão, atrás de algo que me restitua sua realidade. Não estou em sua casa, a casa dos meus pais onde o imagino fechado no quarto, não posso bater à sua porta. Milhares de quilômetros nos separam, um país inteiro nos separa, mas tenho a meu favor o estranho
hábito de nossa mãe de ir deixando, pelas casas da família, objetos que nos mantenham em contato. Neste apartamento de Buenos Aires ninguém mora. Desde a morte dos meus avós ele é só uma estância de passagem, encruzilhada de familiares distantes, distraídos, apressados, esquecidos da existência dos outros. Encontro um álbum de fotos cruzado na estante, largado no ângulo exato que o faça casual. Tenho que virar algumas páginas para que enfim me assalte o rosto do meu irmão, para que enfim me surpreenda o que eu já esperava.
Julián Fuks
(Extraído de: A resistência. São Paulo: Companhia das Letras, 2015)
No segundo parágrafo, a palavra “malversar” pode ser substituída, mantendo o sentido global da frase, por:
TEXTO I
A resistência (trecho)
Isto não é uma história. Isto é história.
Isto é história e, no entanto, quase tudo o que tenho ao meu dispor é a memória, noções fugazes de dias tão remotos, impressões anteriores à consciência e à linguagem, resquícios indigentes que eu insisto em malversar em palavras. Não se trata aqui de uma preocupação abstrata, embora de abstrações eu tanto me valha: procurei meu irmão no pouco que escrevi até o momento e não o encontrei em parte alguma. Alguma ideia talvez lhe seja justa, alguma descrição porventura o evoque, dissipei em parágrafos sinuosos uns poucos dados ditos verídicos, mais nada. Não se depreenda desta observação desnecessária, ao menos por enquanto, a minha ingenuidade: sei bem que nenhum livro jamais poderá contemplar ser humano nenhum, jamais constituirá em papel e tinta sua existência feita de sangue e de carne. Mas o que digo aqui é algo mais grave, não é um formalismo literário: falei do temor de perder meu irmão e sinto que o perco a cada frase.
Por um instante me confundo, esqueço que também as coisas precedem as palavras, que tratar de acessá-las implicará sempre novas falácias, e, como antes pelo texto, parto por este apartamento à procura de rastros do meu irmão, atrás de algo que me restitua sua realidade. Não estou em sua casa, a casa dos meus pais onde o imagino fechado no quarto, não posso bater à sua porta. Milhares de quilômetros nos separam, um país inteiro nos separa, mas tenho a meu favor o estranho
hábito de nossa mãe de ir deixando, pelas casas da família, objetos que nos mantenham em contato. Neste apartamento de Buenos Aires ninguém mora. Desde a morte dos meus avós ele é só uma estância de passagem, encruzilhada de familiares distantes, distraídos, apressados, esquecidos da existência dos outros. Encontro um álbum de fotos cruzado na estante, largado no ângulo exato que o faça casual. Tenho que virar algumas páginas para que enfim me assalte o rosto do meu irmão, para que enfim me surpreenda o que eu já esperava.
Julián Fuks
(Extraído de: A resistência. São Paulo: Companhia das Letras, 2015)
Um verbo encontra-se vinculado a seu complemento diretamente, sem a presença de uma preposição, em:
Texto I
Texto para as questões 1 a 19

Aline coordenou a equipe de psicólogos da ONG NaAção em Brumadinho após o rompimento da barragem. Em sua atuação ela também percebeu o aumento das tentativas de suicídio e do índice de medicalização da população de Brumadinho. (linhas 17 e 18) A respeito do segmento acima, analise as afirmativas a seguir:
I. Caso se entenda o pronome “sua”, no segundo período, com valor anafórico, é correto afirmar que existe ambiguidade.
II. É possível inferir que Aline foi mais uma pessoa a perceber a mudança para maior dos índices analisados.
III. Aline já era psicóloga da ONG antes do rompimento da barragem, mas não coordenadora de uma equipe.
Assinale
Texto I
Texto para as questões 1 a 19

Além disso, outro elemento importante, e muitas vezes negligenciado pelo poder público e pelas pessoas, é a prevenção da saúde mental. (linhas 24 e 25)
Assinale a alternativa que apresente pontuação igualmente correta para o período acima.
Texto I
Texto para as questões 1 a 19

Falta incentivo para a prevenção. Infelizmente, não tem em grande escala. Ainda existe um preconceito muito grande em relação à saúde mental e à busca por ajuda de psicólogos e psiquiatras... (linhas 26 e 27)
Assinale a alternativa em que a passagem para o plural e alterações estruturais no segmento acima tenham sido feitas segundo a norma culta.
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo.

Considerando o emprego do acento indicativo de crase, assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas pontilhadas das linhas 04, 11 e 14.
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo.

Considerando a pergunta presente nas linhas 11-14, assinale a alternativa que apresenta a correta introdução à sua resposta.
Atenção: Para responder às questões de números 1 a 10, leia a crônica abaixo.

O cronista refere-se de forma irônica a um eventual desinteresse de seus leitores no seguinte trecho:
Atenção: Para responder às questões de números 1 a 10, leia a crônica abaixo.

Retoma um termo mencionado anteriormente no texto a palavra sublinhada em:
Instrução: As questões de números 01 a 20 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.Instrução: As questões de números 01 a 20 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.


Considere as seguintes propostas de inserção e supressão de vocábulos no texto:
I. Supressão de ‘enorme’ (l. 06).
II. Supressão de ‘Grande’ (l. 15).
III. Inserção de ‘nós’ na linha 19, imediatamente após ‘se’.
IV. Inserção de ‘cujo os quais são’ na linha 33, após ‘países’.
Quais mantêm a correção e o sentido dos períodos em que estão inseridas?
Instrução: As questões de números 01 a 20 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.


Avalie as seguintes propostas de alterações em formas verbais do texto:
I. Troca de ‘aproximaram’ (l. 03) por ‘tornaram próximos’.
II. Troca de ‘origem’ (l. 13) por ‘originais’.
III. Uso de ‘é incompatível’ em lugar de ‘não é compatível’ (l. 16).
IV. Uso de ‘dar limites’ em lugar de ‘limitar’ (l. 22).
Quais provocam alteração na estrutura dos respectivos contextos de ocorrência?
Instrução: As questões de números 01 a 20 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.


Dentre as palavras abaixo, retiradas do texto, qual delas, ao ser retirado o acento gráfico, NÃO continuaria a fazer parte da Língua Portuguesa?